Hell Boy, Hell Girl escrita por Amanda Iohana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É só o primeiro capítulo, então não sei se ficou muito bom. Espero que gostem.



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Então... Já faz mais ou menos uma semana que estou enfiada nesse diabo de colégio e a única amiga que fiz até agora é uma menina alta e loira do clube de vôlei. E, bom, ela não é o tipo de garota com quem eu costumo andar. Você sabe, essas meninas atléticas com corpo perfeito e que geralmente têm muita energia pra gastar, mesmo que seja seis da manhã em um domingo. Mas não estou completamente sozinha nesse inferno adolescente. Tenho a minha melhor amiga aqui comigo, Rosalie, que é aquele tipo de garota que não precisa usar maquiagem pra ficar bonita nem fazer tratamento pro cabelo ficar maravilhoso. Na realidade, ela tem praticamente tudo o que quer; uma casa grande, roupas bonitas, garotos aos seus pés o tempo todo... Mas isso é porque ela é notada não só pela beleza, mas também pelo bom humor. Tá, quando você conhece ela pela primeira vez já toma ódio, mas depois você se acostuma com o jeito de ser dela. Ela não é chata. Pelo menos não muito.

Mas eu devia estar falando sobre mim e sobre como nada de interessante aconteceu até agora desde que eu passei pro ensino médio. Até agora. O meu colégio é como qualquer outro; cheio de panelinhas, gurias bonitas que não se dão valor, os caras do time de futebol que se acham os mais gostosos do planeta e os nerds que são excluídos de tudo e, de quebra, sofrem bullying dos mais populares. Eu não faço parte de nenhum desses grupinhos nojentos, na verdade, gosto de pensar que no meu grupo só há duas pessoas: eu e eu.

Mas, de qualquer forma, vou começar a narrar a parte em que tudo fica interessante.



— Sério que eu tenho que vir na sua casa te acordar? — Rosalie jogou um travesseiro que estava jogado no chão na minha cara e puxou meu edredom de oncinha que eu tanto amava.



— Sério que você tem que ser tão chata a ponto de não me deixar dormir? — perguntei grogue e puxei o edredom de volta. Vi sua carranca por debaixo das cobertas e continuei: — Rose, é só um dia de aula. Não vai acontecer nada interessante, não preciso ir. E você sabe que eu consigo recuperar a matéria depois com um pouquinho de ajuda.


— Pouquinho de ajuda? — ela quase gritou. — Ano passado você quase ficou em recuperação porque "consegue recuperar a matéria depois". Se não fosse pela boa vontade do meu irmão, você poderia perder de ano.


Bom... Hehe, fazer o que, né? O irmão mais velho da Rose, o Jasper, era realmente bom nos estudos e o cara até tinha futuro, sabe. Se não fosse por ele eu realmente poderia ter perdido o ano, e nem estaria aqui reclamando sobre como a vida de um estudante do ensino médio que não é popular ou pelo menos conhecido é uma bosta.

Cedi. Levantei da cama cambaleando um pouco e fui até o banheiro tomar uma ducha. Antes de entrar no box ouvi uma buzina que certamente vinha da frente da minha casa.

— Quem tá aí na frente? — gritei pra Rosalie enquanto me molhava na água morna do chuveiro.

— É só o Jasper, pedi pra ele nos dar uma carona já que a senhorita resolveu dar uma de preguiçosa. Só pra gente não se atrasar. Torce pra ele não te jogar pra fora do carro; você sabe que ele odeia chegar em cima da hora. — Ela gritou de volta.

Que ótimo, pensei comigo mesma enquanto me enxaguava. Saí do chuveiro escorregando pelo piso e voltei para o meu quarto. Rosalie tentava arrumar meus livros do dia em cima da cama e eu fui direto ao guarda-roupa. Peguei uma calça jeans e uma blusa qualquer e calcei meu all star.

— Vou tentar acalmar meu irmão e você vai se ajeitando aí. Mas não demora. E seu pai mandou você pegar uma fruta e ir comendo no caminho pra não ir de barriga vazia — disse ela saindo do quarto e descendo as escadas enquanto Jasper buzinava do lado de fora de casa e eu desembaraçava o cabelo.

Depois de penteado o meu cabelo, peguei um casaco qualquer, minhas coisas e desci as escadas apressada. Passei na cozinha e peguei uma maçã e a minha chave de casa que estava jogada na bancada da cozinha, me equilibrando pra não derrubar os livros que eu tentava segurar. Saí e tranquei a porta, entrando no carro do irmão da minha melhor amiga correndo pra ele parar de buzinar. Quando entrei no carro, Jasper disse:

— Então, Bella, não dava pra atrasar mais?

Revirei os olhos e meti a maçã na boca enquanto ele acelerava o carro. Chegamos no colégio uns cinco minutos antes de a sineta tocar, então eu e Rosalie tivemos que ir apressadas para a primeira aula do dia e deixar pra guardar as coisas no ármario quando a sineta tocasse pra segunda aula. Eu nem sabia quem seria meu novo colega de mesa na aula de Inglês (ou nova colega), já que a garota que costumava ser a minha companheira de mesa não aguentou nem o final da semana e mudou de colégio.

Estava tão apressada que sentei na minha cadeira sem nem olhar pra quem estava do meu lado, tentando enfiar os livros que eu não usaria naquela aula em algum lugar por ali. Quando, finalmente, a sineta tocou — o que significa um minuto depois da minha entrada na sala de aula — é que eu percebi que havia um ser humano sentado ao meu lado, e só então parei pra observá-lo.

Tão pouco foi o interesse que tive ao olhá-lo que logo desviei o olhar para o quadro. Sim, eu sou mal educada assim sempre. Mas é só que o cara ao meu lado era tão bonito que das duas uma: ou ele ia entrar pro time de futebol, ou ia ser mais um popularzinho escroto que só tá a fim de pegar mulher e não tem porra de nada na cabeça. E nem me diga "não julgue pela aparência", pois já ouvi isso muitas vezes e lhe digo que todo mundo julga todo mundo. Mas, que seja, não to aqui pra discutir o que é certo ou errado.

A bosta é que o cara tava mesmo a fim de conversar.

— Oi — disse ele sorrindo de canto pra mim. Virei pra ele com cara de não-to-pra-conversa-hoje e respondi com um grunhido. — Meu nome é Edward. Sou novato.

Sim, filho, eu percebi. Guardei o pensamento pra mim mesmo sentindo vontade de repeti-lo em voz alta. Ele achava que eu era débil mental ou algo do tipo? Grunhi novamente.

— To esperando por um "oi, sou fulana". Ser educada às vezes não custa nada.

Quê?

— Meu nome é Isabella, se insiste em saber. Mas, desculpe, novato, não to pra conversa hoje. Então por que você não vira a cara pro quadro e presta atenção na aula? O professor já começou a falar, caso você não tenha percebido.

Desculpe, não consegui segurar. Meu mau humor era tanto por ter sido tirada da cama à força que eu tava pra dar patada em qualquer um que me enchesse o saco. Mesmo que a pessoa não tivesse realmente me enchido o saco. Sou chata mesmo, minha mãe costumava me dizer isso muito. Até hoje, quando a gente se fala por telefone.

O sorrisinho no rosto dele não havia desaparecido mas, como eu havia pedido de forma bem grosseira, ele se virou para o quadro e começou a fazer anotações. Foi aí que decidi abrir o meu caderno e fazer as minhas também.

Depois de alguns minutos de um bom e sossegante silêncio, ele perguntou: — Tem um lápis sobrando aí?

Pra não ser mais chata do que eu já havia sido, peguei um lápis e entreguei a ele, dizendo que era pra me devolver depois que terminasse de usar. Depois de mais alguns bons minutos de silêncio, ouvi uma voz ao meu lado.

— Você é sempre grossa e carrancuda assim?

Ah, Deus, por que esse cara não cala a boca?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo. Com o tempo melhora. Ou não... Obrigada quem leu até o fim e comentem se gostaram ou não.



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