A Menina De Cabelo Azul escrita por Clara Selenator


Capítulo 13
Sweetdream... Nightmare!


Notas iniciais do capítulo

GENTEVOLTEITÔFELIZHUEHUHUEHUEHUHEHEUHEHUEHUHEUHEUH



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POV. Army Lutely Jaspl

Quando acordo, me deparo com o adorável rosto de Primery ao meu lado. Ela é linda. Sua pele pálida lembra uma porcelana que acabou de sair da fábrica. Seus olhos, agora fechados, tão azuis quando o mar cristalino, puro, tem uma transparência em que se pode ver sua alma. Sua boca, também pálida, parece que foi contaminada com flocos de neve, tão graciosos e brilhantes quanto eles.

Mas tem o cabelo.

Seu cabelo é tão lindo, que quando os toco pareço estar tocando a água... Tão macio... Seus fios são azuis vivos, mas não uma cor do tipo “oi, cheguei”. É discreto, e percebo que apesar de tudo que ela tem que fazer para sobreviver, ela sempre o desembaraça... Provavelmente bem de noite quando todos nós dormimos. Sabemos que a Primery fica acordada até mais tarde, segundo ela para “se assegurar que tudo estará certo quando acordarmos”... Hihihi... Acho que descobri o seu segredo...

Tomo um pequeno susto quando a sinto se mexer. Ela abre os olhos devagar, piscando algumas vezes. Assim que ela me vê abre um sorriso.

– Oi, raposinha!

– Oi, ararinha-azul

– Como foi sua noite?

– Foi boa, e a sua? – Percebo que estamos falando muito suavemente e dou um pouco mais de força à voz.

– Ahn, muito boa! – Ela olha um pouco para baixo – Eu tive um sonho bastante esquisito... Não acho que seria bom contar...

Eu arregalo meus olhos e dou um leve sorriso, me aproximando. Ela ri.

– Certo... Bom... Havia uma garota... Ela tinha cabelos azuis... Mas dava para saber que não era do meu povo. Ela tinha olhos vívidos cor de mel, e sua pele não era nem avermelhada nem azulada, era neutra, bege, e seus lábios eram meio lilases... Aparentava ter mais ou menos 6 anos. Ela brincava alegre com... – Primery suspirou aflição.

– Com o que? – Pergunto bastante curiosa.

– Com... ninguém... – Acho esquisito e tento entender.

– Como assim?

– Ela brincava com o ar... Ria como se algo estivesse fazendo cócegas nela, falava uma língua estranha. Sentou em um banco onde havia uma estátua de bronze de uma mulher. Magra, cabelos curtos... Sem rosto...

Ela faz uma pausa.

– Ela não tinha cabelos marcados, nem nada, apenas tudo era liso que com leves curvas representavam o fim do cabelo e do vestido que usava após o joelho. E ela parecia escutar o que diziam... Mas subitamente o sonho muda. Para algo mais assustador... Eu estava em uma espécie de acampamento. Um homem que aparentava ser meu amigo tinha feito colares que eu queria muito ter. Para todos do acampamento, menos para mim. O colar era normal, mas tinha uma pedra retangular azul. Fiquei irritada e me tranquei em um carro. Estava no início de uma floresta. E então ele começou a andar. Tentei parar, mas os pedais pareciam muito longe. Ele não parava, então resolvi tentar conduzi-lo pelo volante para que ele batesse na árvore e parasse. Mas estranhamente ele não me obedecia, era como se ele tivesse um rumo certo. Ele começou a entrar no floresta e vi o colar que eu queria pendurado nas árvores, vários dele, com sua pedra brilhando. Continuei tentando desviar, mas algo chamou mais minha atenção. A sequência de colares continuava, só que dessa vez, ele tornava vermelho, bastante vivo e brilhante. Comecei a ficar com medo, e tentei mais desesperadamente que nunca bater. De repente, passo na frente de um banco com uma estátua. A estátua do outro sonho. Ela está lá sentada, enquanto tento parar, e quando passo, não percebo o que ela faz. Ela vira a cabeça, de modo enferrujado, para me olhar com seus olhos inexistentes. Ainda tento bater quando essa estátua pula em cima do carro e tenta me atacar. Mas depois o sonho muda para um campo de margaridas, quando acordo.

Primery percebe que eu estou assustada e se apressa em dizer:

– Mas foi só um sonho. Logicamente nada disso poderia acontecer. Além do mais, tudo isso é muito surreal. É do mecanismo do carro obedecer aos nossos comandos.

– Se você diz... – Eu reviro os olhos preocupada. Passamos certo tempo a mais conversando e nos esquecemos das nossas obrigações. Quem nos lembrou foi Villtish, que tinha acordado e nós nem percebemos.

POV. Villtish Bawn Meiden.

Acordo e ouço vozes. Vejo as meninas conversando e resolvo não fazer barulho. Incrível como elas se tornaram amigas tão rápido, mas OK. Me levanto devagar do chão e vou até a mesa, em que temos todos os materiais roubados, o que a torna muito cheia, impossível de se trabalhar. Então, finalmente, resolvo chamá-las. Seria impossível arrumar tudo aquilo sem fazer barulho.

– Oi, mocinhas do amor...

– Papel, pinico e cocô! – Responde Army instantaneamente.

– AHAHAHA! – Rio alto antes de começar a arrumar a mesa com a ajuda de Ro.

– Bom, Army, você falou que tinha uma certa experiência com biologia e essas coisas, certo? – Rose perguntou suavemente, aguardando uma resposta pacientemente.

– Humm... Certo!

– Bom, nós temos que começar aperfeiçoar nossos poderes. Army, você conhece esse lugar melhor do que nós. Você conhece algum lugar mais rural?

– Posso já ter visitado um. Uma fazenda.

– Ótimo!

POV. Primery Dallia Rose

Para procurarmos ao menos algum material mais forte, conjurei garras de ferro que se encaixavam no meu dedo. Como sou muito forte, eu facilmente conseguiria cavar para achar algum material forte o suficiente para nós podermos combater. Porém, quanto mais pessoas melhor, e eu tinha certeza que Army teria que participar dessa guerra. Achei melhor não avisa-la no momento, seria muito para a cabecinha dela. De qualquer forma, eu precisava de materiais extras para ela. Felizmente, nós já tínhamos nossa arma de fogo.


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Notas finais do capítulo

AIQUEEMOSSAUMJESSUS!