A Menina De Cabelo Azul escrita por Clara Selenator


Capítulo 11
O Novo.


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Oi, voltei, e com um capítulo maior! Espero que gostem. REVELAÇÕES MUAHAHAHA!



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Acordei e vi que Vill já tinha se levantado. Como da cama você já tem um visão periférica de toda a casa, percebi que ele não estava lá. Resolvi levantar e ver se ele estava no parque. Procurei e procurei, mas não achei nada. Gritei por ele e não consegui achá-lo. Resolvi entrar e esperar que ele voltasse. Quando entrei de novo, me deparo com a cena de Villtish colocando coisas sobre a mesa, como velas, maçãs e pratos. Me pergunto o que é aquilo.

– Villtish? O que é isso? – Digo desconfiada e com medo do que virá a seguir.

– Bom, eu queria reparar o erro que cometi da primeira vez... Sabe... Quando te...

– Eu sei exatamente o que aconteceu, e você não precisa me lembrar.

– Tá bom, então. – Ele dá uma risadinha e tira de uma sacola taças de vidro.

– Ai, meu Deus...! – Disse eu preocupada. – Eu não acredito nisso.

– Em quê? Eu só estou tentando fazer benfeito!

– OK, então deixe-me ver você fazendo benfeito.

Ele me convidou para sentar e puxou a cadeira.

– Hum, que gentileza! – Disse eu brincando.

– Bom, para a entrada, - fiz uma cara surpresa, com um sorriso, quando ele disse isso – Teremos apenas pão com canela e uvas.

Depois de que eu saboreei a deliciosa comida preparada pelo talento de Villtish, entrou o prato principal, Bolo de bissuis e rasfinhas com cobertura de amêndoas, com uma pitada de doce de leite ralado por cima. Depois entrou a sobremesa: Milk-shake misto, com calda de chocolate e morango.

– Estou impressionada, chefff. - Caprichei no “f” dar um ar engraçado. – Você realmente cozinha muito bem. Como você preparou isso tão rápido?

– Eu preparei numa fogueira lá fora, e quando você saiu, eu voltei correndo e preparei tudo bem rápido.

– Nem vou me perguntar como você foi tão rápido, você atinge 60 km por hora...

–E você atinge 500! – Ele olhou um pouco para o prato vazio. – Bom, me fale sobre você.

– O que? Tipo, você já sabe tudo sobre mim, como eu cheguei, que eu sou a princesa, e...

– Não, - Me interrompeu ele – Eu quis dizer... Seus gostos, sua personalidade... Entende?

– Ah, bom... Se é assim, eu não gosto muito de carne, mas amo pizza. Minha fruta favorita é a rasfinha. Tem um gosto muito bom. Vejamos... Ah, sim, eu simplesmente amo morango congelado com leite condensado. Experimentei uma vez quando fui ao planeta Terra para uma reunião. Fui à Inglaterra. É o único país que sabe da nossa existência.

– Interessante...

– Bom, eu me irrito muito facilmente e sou bastante esquecida. Eu adoro, simplesmente adoro cozinhar. Uma das minhas maiores paixões é a música, e não passava um dia sem escutar, mas aqui não dá. Também amo ler e digo, apesar de não ser verdade, que tenho um certo probleminha de TOC, porque não suporto ver coisas desalinhadas e bagunçadas. Amo de paixão praia, piscina e qualquer lugar que envolva água. Sou louca por animais e minha paixão é o tigre siberiano. Também gosto de moreias, barracudas e tubarões lixa. Ahn... Bem, é difícil me descrever, então vou parar por aqui, OK? Me fale sobre você.

– Ah, bem... Eu gosto muito de músicas agitadas e curto filmes de ação. Amo viajar e conhecer novos mundos, apesar de estar aqui e não ter essa possibilidade. Odeio coisas melosas. – “disse o cara que preparou uma mesa mega romântica para consertar um erro.”

Disse eu o interrompendo.

– MAS sou muito romântico, e sei quando é necessário. Deixe-me ver mais... Amava ir ao zoológico. Também amo ler e gosto muito, muito, muito de HQ’s.

– Bom, eu gosto muito, apesar de nunca ter lido. Eu só sei o que acontece mesmo.

– Ro...

– Sim?

– Bom, eu estava pensando... Bom, eu sou um covarde e... Eu realmente não sei bem o que dizer, mas, eu sinceramente... Eu tenho que deixar de ser um covarde... Então eu achei melhor perguntar pessoalmente.

– Ai, gente, fala logo, agonia – Eu disse irritada.

– Tá. Primery Dallia Rose, você quer namorar comigo?

Fiz silêncio por muitos segundos, acho que minutos enquanto eu tentava receber a mensagem de verdade, tentando recapitular tudo que acabou de acontecer, e então comecei a questionar.

– Não, você não deve ter certeza do que fala, OK? Você... Eu acho que você devia pensar no que você acabou de falar... – Ele começou a perder as esperanças – Eu acho que algo de errado aconteceu porque – disse eu mudando rapidamente o jeito que eu falava – eu achei que você nunca pediria.

Dei um sorriso, e ele sorriu também, um sorriso aliviado. Ele se levantou e me abraçou. Senti que era o início de algo grande.

POV. Villtish

Bom, pois é. Eu me sinto muito bem perto da Rose. É algo especial. Desde a primeira vez que a vi, acho que me mexi por dentro. Tem algo nela que não teria em mais ninguém, algo único. Algo estranho, que me faz amá-la mais e mais a cada dia. Quando brigamos me senti muito mal, e não quero nunca mais magoá-la. Por isso, vou ter todo o cuidado que consegui. Ela é minha única esperança nesse mundo, e talvez, juntos, nós consigamos salvar nosso planeta. Eu não posso simplesmente deixá-la ir.

– Ro, eu tive uma ideia, uma bela ideia – Disse eu gesticulando sobre o assunto. – Olha, a gente podia tirar um dia só pra gente, sabe, pra descansar de toda essa tensão sobre guerra, elementos diabólicos e a casa da mãe Joana.

– De onde você tirou essa da casa da mãe Joana?

– Sei lá, é que é tanta coisa que eu não sei mais o que a gente faz ou não...

– Ah.

– Você não achou engraçado, não?

– AHAHAHAHA. – Ela riu forçadamente e eu fiz uma careta. – O que você acha que a gente pode fazer?

– “Mim” dá um abraço primeiro!

– Mim não te dar abraço. Mim índio mal! – Disse ela sarcasticamente

– Foi mal, é que eu parti cedo de casa, e não fiz muito parte da escola.

– Sem problemas. Mas é “me”, OK?

– OK... Vamos almoçar primeiro, OK?

– OK. – Depois que almoçamos, começamos a pensar no que fazer.

– TIVE UMA IDEIA!

– Ai, muié! Calma no coração!

– A gente pode escrever um diário. Sabe, contando nossa vida, desde o início.

– ÓTIMA ideia! Como vai ser a primeira frase? – Passamos um tempo pensando quando ela diz:

– “Meu mundo. Ele acabou. Assim como eu. Pelo menos por dentro”.

Ela parece comovida com isso e fica meio... Mexida. Mas então, escutamos um barulho na porta, uma batida, como se alguém quisesse entrar. Não podia ser Pega-o-Azul, ele não tem mãos. E se tentasse bater, derrubaria a porta. Só podia ser um ignosow. Rose imediatamente pegou o arco e posicionou a flecha, apontando pra baixo, andando sorrateiramente. Estamos quase na porta, e quando chegamos eu abri e Rose imediatamente levantou o arco.

– Não! Por favor! E-eu não quero machucar vocês! Por favor, abaixe o arco! – Era uma ignosow inofensiva, pequena, em volta dos 13 anos. Olhei para Rose e sabia o que ela estava pensando. Ela abaixou o arco.

– O que você quer? – Perguntou ela rispidamente.

– Bom, eu fui expulsa de casa.

– Então procure outro lugar!

– Ro, calma, deixe a garota falar!

– Eu conheço muito bem esses ignosowes, Vill! Eles não são alguém em que você possa confiar!

– Deixe ela terminar!

– Certo! – Disse ela com raiva.

– Bem, eu fui expulsa porque conversei com minha família e disse que achava que vocês não eram uma ameaça, depois que eles falaram mal de vocês. Eu disse que deveríamos dar uma chance para vocês, mas eles são muito fixos na lei, e são muito racistas. Eles servem ao Rei. Então eu precisava...

– Espere, você disse que eles serviam ao rei? – Perguntou Rose, trocando a raiva por curiosidade.

– Sim, disse.

– Vill, ela pode ser útil no nosso plano. A família dela serve ao rei! – Disse ela sussurrando para mim, enquanto a garota esperava. – Bem, - Disse ela aumentando o tom de voz – Quer dizer que você quer ficar conosco?

Rose estava falando com bastante firmeza.

– Sim, é isso. – A garota falou receosa do que viria a seguir.

– Certo, você pode ficar.

O rosto da garota abriu um largo sorriso, no lugar do medo. Ela abraçou a Rose, que não gostou muito do gesto. Eu, por outro lado, a abracei de volta, com a mesma animação que ela. Agora somos dois e meio.


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Notas finais do capítulo

Gente, quando a Rose se descreve, é uma referência a mim, eu me descrevo nela! Legal, né?



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