Não É Uma Historia De Amor escrita por You Me And Charlie


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Essa não é uma historia de minha autoria, ela foi escrita pela minha namorada, larissa kelly e eu a convenci de transforma-la em uma oneshot faberry, deixem suas criticas e comentários e recomendem se gostarem >< e me avisem caso queiram mais historias tanto da minha autoria quanto da dela, enfim, boa leitura.]
Se quiserem outros textos dela esse é o seu tumblr: reticen-cias.tumblr.com



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323148/chapter/1

O que eu vou citar aqui pode até parecer ou se quer condizer com uma história de amor, mas tenha cuidado. Quem também se engana é o coração, ainda mais quando a gente perde a razão…

Tudo começou naquele dia, o primeiro em que nós nos falamos 20 de abril de 2009. Deste dia em diante posso afirmar que ali

sim começou a batalha. Batalha essa da imprescindível razão contra o emotivo coração. Eu não fazia ideia do que estava prestes a acontecer em minha vida, eu não fazia ideia de que tudo poderia mudar assim, tão bruscamente.


Era uma tarde comum para mim, como qualquer outra. Estava dentro do ônibus, sentada, com os fones de ouvidos no máximo, em minha mão meu livro velho e surrado “o céu está em todo lugar”. Cansada da manhã trabalhosa, porém, acostumada com a rotina de sempre, perdia meus pensamentos ao olhar pela janela, mas sem ao menos perceber a paisagem que se passava do lado de fora. Viajando totalmente em meus devaneios, perdida na imensidão de meus pensamentos fico por alguns instantes, breves, até que de repente acordo dos meus sonhos, desperto para a triste realidade de minha vida solitária. Não sabia que minha sorte poderia mudar, justamente naquele dia. Horas depois perdido pelas esquinas da cidade acontece o tão inesperado encontro. Desatenta como sempre, esbarro em uma bela moça, moça essa que dificilmente se passa despercebida e é claro eu a notei, observei, me afundei naqueles lindos olhos cor de chocolate, marrons como o mais puro cacau, com um brilho tão ofuscante quanto o do luar… A única coisa que posso afirmar, é que por pequenos instantes eu simplesmente parei de respirar, perdi o fôlego, o ar. Ela estava parada em minha frente e eu a encarando sem ao menos me tocar, até que finalmente ela me diz: “olá!”. Então meu rosto cora, como que um ato involuntário e entre a timidez e a educação solto um sonoro: “me desculpe moça, mas eu não pude deixar de perceber, seus olhos são lindos”. Então ela sorri acanhada abaixa a cabeça. Aquele foi o sorriso mais lindo que já vi em minha vida… Sim, esse foi apenas o nosso primeiro encontro, casual…


Eu nunca mais me esqueci daquele dia. Depois deste tiveram outros, meio que propositais da minha parte e compreendo que da parte dela também. Semanas, meses depois eu finalmente tomei coragem e resolvi convidá-la para sair, afinal já estava mais do que na hora. Como sou tímida e não tenho o menor jeito para lidar com esse tipo de coisa, eu escrevo um bilhete qualquer, treinando minhas falas, para quando finalmente chegar até ela saber o que falar. Acontece que tudo acaba sendo um desastre e eu mais uma vez desajeitada deixo o bilhete cair de meu bolso, ela o apanha e lê sem ao menos pedir minha permissão. De imediato ela sorri e me responde com um: “eu aceito”. Naquela mesma noite, eu chego em casa desesperada, preocupado em achar a melhor roupa, o perfume mais cheiroso, arrumar o cabelo e parecer o mais ajeitada possível e em tentativas falhas eu acabo finalmente me arrumando, não de qualquer jeito, porém, não como gostaria… Eu chego a casa dela, com um buquê das flores mais lindas que havia encontrado, toco a campainha e em instantes ela abre a porta e me recebe da maneira mais graciosa. Eu me lembro como se fosse ontem, ela estava com um vestidinho preto rodadinho, o cabelo solto, de salto, sabe daquele jeito que as meninas normalmente se vestiriam, mas não ela tinha algo de especial e não era a roupa em si, era ela, o brilho no olhar, o sorriso cativante, as palavras suaves e bem ditas, cada gesto seu era magnífico… E se vocês querem saber o resto da noite, eu digo-lhes mais, usem a imaginação, pois não direi nada mais que me seja específico…


Depois de dias, ela se tornou minha namorada. Fizemos coisas tradicionais, como qualquer casal por ai faz, mas eu achava, eu acreditava que tínhamos algo mais. Os meses foram se passando, estávamos cada vez mais próximas uma do outra, eu podia sim dizer que havia me apaixonado, aliás, não precisava de palavras, estava óbvio, estampado em minha cara, eu me sentia totalmente hipnotizada pelo som da risada dela, o jeito como suas covinhas se abriam quando ela sorria, ou como seu toque era tão macio sobre minha pele. Eu poderia gritar aos quatro ventos, dançar, pular o mais alto, correr o mais rápido, andar, subir ao monte mais elevado, sorrir feito uma idiota, planejar nosso futuro, tocar a canção mais melosa do mundo. Ah, sim! Eu poderia chamar a atenção do mundo inteiro, tudo pra dizer para ela o quanto eu tinha aprendido o que era amar, o que era o amor. Essa coisa tão maravilhosa quanto dizem ser, eu tinha descoberto a magia, todavia, não sabia que quando finalmente se descobre todo o segredo da química, o encanto acaba, some como quem não quer nada…


E de repente as horas foram se passando lentamente e o que nós jurávamos e dizíamos que era amor, estava perdendo o sentido. Não nos dávamos mais tão bem, nossos diálogos já não eram mais como os de um casal. Estávamos nos tornando meras desconhecidas. E aqueles dias de tortura vieram sobre mim, me derrubaram como a uma garotinha, eu jamais tinha sentido tal coisa. Ela havia sumido da minha vida e com um doce, no entanto cruel bilhete me escrevia em um papel rasurado o verso preferido do meu velho livro: “o que acha das nossas línguas se apaixonarem loucamente e se mudarem para Paris?”. Logo embaixo dizia, “eu sei que foi verdadeiro o que tivemos e peço perdão por deixá-la assim, mas peço-lhe humildemente não se esqueça do que vivemos, pois foi verdadeiro de ambas as partes. Dê sua pequena. Adeus!”… O que posso te dizer, essa é só uma carta de despedida, relato de um breve momento. Engano do coração ou não, esses são apenas alguns dias de minha vida com e sem ela, esta é uma mensagem do que sobrou do meu coração. Quem sabe não voltaremos a nos esbarrar por ai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não É Uma Historia De Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.