Os Infectados escrita por mylla


Capítulo 6
Sabendo de toda a verdade


Notas iniciais do capítulo

Ai ta ai mais um Cap kkk
Espero que gostem acho que caprichei nesse hihi..
Comentem please isso ajuda muito viu a qualquer escritor.
Boa noite e boa leitura.



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—Harry posso falar com você?—O aguardava no corredor do quarto em que passara a noite anterior, ele ficou surpreso a me ver logo tão cedo esperando por ele.

—Claro do que se trata?—Terminava de colocar o jaleco branco.

—Eu acreditei em você, mas vejo que não foi de todo sincero comigo Harry—Despejei de uma vez em cima dele o comentário.

—Como assim Black?—Me olhava sem entender nada.

—Scott Wood esta vivo, bem eu acho—Pausei—Mas alguém aqui quer que todos acreditem que ele morreu não é mesmo Harry?

A palidez tomou conta do homem, ele ajeitou os óculos e me puxou pelo braço me levando até o quarto dele, fechou a porta e ficou de costas para mim como se tomasse força para me olhar.

—Estou esperando uma resposta Harry—Por fim ele se virou me olhando seriamente.

—Como sabe disso?—Seu tom de voz estava um pouco mudado.

—O farol, eu fui ontem à noite lá, e me deparei com uma figura presa em um refrigerador, ele estava com bastante fome—Admiti contando a verdade.

—N-não tinha o direito de invadir o meu Farol Black—Me olhava feio.

—Não mude de assunto Harry e me conte, aquele era seu irmão? O Scoot?

Ele ficou mudo e aquilo me deixou irritado já estava incrédulo por tudo que já tinha visto noite passada e ele ainda tentava Omitir a verdade.

—Seu silêncio só é a confirmação para as minhas suspeitas Harry, ele é seu irmão, como pode mantê-lo preso naquele estado?—Mais uma vez a minha resposta foi um vácuo de silêncio—Não que falar nada? Pois bem vou comunicar ao Rick, já ia caminhando até a porta quando ele começou a falar.

—Rick já sabe, nós dois sabemos e agora você.

—Pode me fazer o favor de me contar tudo?—Insistir

—Sente-se a história é Longa—Me apontou a cama e dei meia volta me sentando lá, ele puxou uma cadeira colocando a mesma em minha frente.

—Pode começar Harry.

[...]

Eu estava boquiaberto com tudo que tinha escutado, era uma história bem longa mesmo e difícil de acreditar, se eu não tivesse visto o estado de Scoot juro que não acreditaria em só uma palavra de Harry.

—Mais você me disse que o encontrou caído no chão do seu laboratório, pois havia tomado um líquido, o que era?

—É uma mistura que eu havia feito especialmente para os cães daquela época, ainda era um teste e eu havia deixado no refrigerador da minha sala, também tinha uma certa toxina de cogumelo no líquido o que agravou ainda mais o estado de Scoot, no começo achei que ele estivesse mesmo morto, mais depois sabe, depois de algumas horas ele recobrou a consciência, voltou dos mortos eu dizia assim,pois eu mesmo havia avaliando seu pulso e ele não tinha pulso e quando coloquei o estetoscópio o coração já havia parado de bater alguns minutos.

—E depois?—A curiosidade me tomava.

—Depois quando ele voltou, notei que algo em seu comportamento também tinha mudado, ele estava mais violento e começou a babar demais uma espécie de baba esverdeada, depois foi questão de dias para ele se autodestruir por completo, a pele enrugou ainda mais, os olhos vermelharam-se e ele não se satisfazia com a quantidade de alimento de antes, estava consumindo muito mais, além da conta.

—Percebi—Me lembrando da noite anterior quando tinha jogado o pedaço de porco e depois de devorá-lo ainda parecia querer mais.

—Minha decisão foi prender ele no refrigerador, o frio parece encubar o vírus que tem no corpo dele, pelo menos ele andava se espalhando com mais dificuldade, mais de uns dias para cá nem o frio é mais capaz de impedir a proliferação do vírus no corpo de Scoot e a cada dia ele se espalha ainda mais pelo corpo dele.

—Mais então tudo começou com a mordida do cão modificado?

—Sim e piorou devido ele esta com o vírus da raiva, só agravou ainda mais para o lado do Scoot, tanto que dias depois o cão foi sacrificado, mostrava-se muito violento e estava atacando os outros cachorros do Canil—Pausou e deu um suspiro fraco, porém continuou—Já pode imaginar não é meu irmão foi contaminado pela raiva do Cão modificado e quando tomou aquele líquido com a toxina tudo piorou no organismo dele.

—Sim até que ele ficou naquele estado—Relembrei da cena da noite passada ela ia e voltava na minha cabeça—Mais não a uma cura?

—Cura?—Revirou os olhos—É o que venho buscando desde então, mas não Obtive bons resultados aliais não Obtive nenhum resultado positivo, e já estou desistindo Black—Confessou tristemente.

—Então se não existe uma cura ou pelo menos ela ainda não foi encontrada isso significa que?

—Que ele ficará naquele estado por um bom tempo Black, é isso que significa—Levantou-se da cadeira indo até a janela do quarto onde se recostou. —Eu sofro por ele todos os dias, sinto que é minha culpa.

—Você não previu isso, não pode ser sua culpa Harry—Tentei ajudá-lo falando isso.

—Mais eu piorei o estado dele ainda mais com os meus ‘testes’ eu expus ele demais e agora não posso mais voltar atrás se quer posso abraçar meu irmão, ele já não fala, somente faz alguns barulhos, não sente mais nenhum tipo de emoção, ele parece um...

—Zumbi?—O cortei, mas pelo jeito que ele me olhou parecia não ter gostado do nome.

—NÃO! Eu prefiro o chamar de Infectado—Voltou a olhar para a Janela—É que ele parece um morto, com vida, mas mesmo assim sua alma não está mais aqui.

—Já tentou levar ele para Cambridge?—Perguntei e logo em seguida o vi mexer a cabeça negando—Sabe lá tem ótimos hospitais ou quem sabe Boston, eu acho que aqui ele não tem a assistência que merece ele pode piorar ainda mais.

—Mais ainda?—perguntou.

—Acho que sim, se esses vírus for tão forte quanto me disse Acho que ele pode piorar ainda mais e se o que eu vi ontem era ruim nem quero imaginar o pior.

—Não posso tirá-lo daqui Black, não nesse estado.

—Há é? E pretende fazer isso quando?—Rebati.

—Não vê que ele pode causar medo nas pessoas lá fora? Você mesmo me disse que se assustou e olha que ele estava preso, não queira vê-lo solto ele é imprevisível. Além do mais não quero expor ele.

—Isso é transmitido?—Eu o olhava esperando que o mesmo parasse de encarar aquela janela e me olhasse.

—A-Acho que sim!—Disse em dúvidas.

—Acha? Ou tem certeza Harry?

—Fiz alguns testes, eu dei a ele um porco vivo ele apenas mordeu um pouco a coxa do animal, então o tranquei e esperei alguns dias e lá estava o porco com o mesmo vírus que ele, e se comportava praticamente igual, agressivo e só se alimentava se carne fresca.

—Viu! Imagina se esse vírus passa para os humanos—Falei preocupado.

—Só pega o vírus se levarem uma mordida do infectado—Parou de olhar a janela e me olhou.

—Hum! Mesmo assim quem garante o dia de amanhã.

—Só eu vou naquele farol, ninguém é permitido chegar lá.

—Eu fui—Falei despreocupado.

—Pois é eu estava para te perguntar, como foi parar lá? Pergunto por que é muito estranho que tenha partido de você essa idéia—Cruzou os braços esperando por minha resposta, mas eu não sabia se era certo entregar Gerald daquela forma, então resolvir omitir.

—Fiquei curioso, e resolvi ir até lá.

—Se era uma simples curiosidade devo imaginar que você tenha quebrado o cadeado? Pois só eu tenho a chave dele.

—É eu o quebrei. —Confirmei—Mas assim que sair o recoloquei de volta dei um jeito de ficar seguro a porta.

—Isso não tem nada haver com o Gerald não é Black?—Perguntou desconfiado, mas acabei negando—Pois bem eu te contei toda a verdade espero que eu possa confiar em você agora.

—Claro pode contar com a minha descrição, mas vou querer algo em troca Harry—Sua expressão mudou ficando mais sério—Vou tirar Scoot dessa ilha, aqui eu não posso deixá-lo ficar.

—Não mesmo Black! Te contei o que queria saber agora não venha com essa idéia absurda de querer tirar meu irmão daqui, ele está seguro aqui.—Defendeu.

—Não! Seguro aqui ele não está, além de colocar a sua segurança em risco coloca a das outras pessoas até mesmo dos presos. Não adianta teimar comigo Harry ou ele vem comigo ou eu trago reforços para buscá-lo, ele é como uma arma aqui nesse lugar colocando a vida de todos em risco.

ELE É MEU IRMÃO BLACK—Gritou irritado tirando os óculos.

—Não, ele está mais para seu paciente Harry, viu em que situação você o deixa?—Ele foi abaixando a face refletindo minhas palavras—Acorrentado, sem se alimentar direito, você deve estudá-lo sempre que pode, faz testes em seu corpo o que torna a situação mais perigosa, sei que se importa com ele, mas se realmente que ver ele bem, o certo é tirá-lo da Ilha Harry, não discuta comigo eu vou levá-lo, se quiser pode vim junto.

—Isso não é o certo—Advertiu.

—Você não esta em estado de falar o que é melhor para ele, tenho certeza que em Boston podemos encontrar um bom tratamento para ele, com medicamentos que não tem aqui, a medicina esta avançada hoje em dia.

—Tenho tudo que preciso aqui Black—Ele voltou a colocar os óculos e já ia saindo do quarto quando o segurei pelo Braço.

—Não adianta, partiremos daqui uma hora, o arrume e me encontre no barco, Juro que se não for eu voltarei com reforços e será bem pior—Ele se soltou contrariado e saiu batendo a porta do quarto.

[...]

Depois do combinado de 1hora eu estava sentado em uma pedra olhando para Larry que ajeitava o barco para a nossa partida, a tempestade da noite anterior havia passado e o dia estava melhor, sem sol mais bem melhor. Eu havia passado na sala de Rick e como combinado de me despedir dele antes de partir o mesmo me desejou uma boa viagem de volta e ainda teve a coragem de me dizer que eu poderia voltar quando quisesse naquela hora tudo que mais queria era sair daquele lugar e voltar para minha casa.

—Que dizer que vamos levar mais dois tripulantes?— Perguntou Larry.

—É—Confirmei.

—Quem são?

—Harry e um paciente dele, ele anda meio mal então Harry e eu decidimos levá-lo para Cambridge ou talvez Boston não sei.

—É Bom não ser contagioso—O velho brincou o que me fez ficar sério.

—Não se preocupe—Foi o que conseguir falar.

Depois de meia hora já atrasados Harry apareceu segurando Scott, o mesmo usava uma capa preta cobrindo todo o corpo, e um capuz que cobria sua cabeça, parecia um pouco Mole, pois cambaleava e se não fosse pelo o apoio do irmão que o segurava com certeza ele cairia, me aproximei deles ajudando Harry a carregar Scoot, no começo ele pareceu não querer minha ajuda mais depois aceitou.

—Traga ele aqui eu ajudo—Larry se ofereceu mais Harry negou.

Assim que conseguimos subir no barco o colocamos sentado e Harry sentou-se ao lado dele passando a mão em volta de sua cintura.

—Podemos ir Larry?—Perguntei olhando para o relógio em meu pulso, já se passava das 11horas.

—Já estamos partindo—O velho seguiu para a Cabine.

—Tudo bem com ele?—Perguntei a Harry.

—Sim, eu apliquei um calmante nele, acho que o deixará desatento por algumas horas.

—Que bom, vou lá no Larry vê se já vamos partir—Dei as costas para os dois, mal cheguei a cabine de Larry e sentir uma picada um pouco acima do ombro, me virei vendo que Harry havia injetado uma seringa em mim, me virei tirando-a do local afetado e logo sentir uma forte dor de cabeça, minha visão ficou turva e tropecei nos próprios pés caindo pelos bancos do barco, não aguentando  o próprio peso acabei caindo no chão, com a vista embaçada apenas vi quem eu pensava que era Scoot tirar a capa preta e o capuz, e para minha surpresa não era o Scoot e sim uma loira, não conseguir ver direito a vista falhava, a cabeça estava martelando, ainda pude escutar a voz de Larry no fundo, ele perguntava o que estava acontecendo e pelo barulho que escutei vindo do mesmo acho que Harry aplicou o mesmo conteúdo da seringa nele também, Fechei olhos vencido pela fadiga que se apossava do meu corpo e tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Vixiii e ai Harry não teve uma boa atitude porque será que ele fez isso heim?? E a loira quem será?
Aguardem o próximo cap.
beijuss