P.O.V. – Lana.

Domingo, 07-janeiro-2013, 14:00pm.

“Depois de tudo o que aconteceu na festa, dos paramédicos e de minha explicação que estávamos fazendo um teatro, — porque era isso que os mortais viam atravez da névoa, Lucas contou —, e eles o levaram para o hospital, Grover voltou com novidades animadoras. Você sabe, que Leo viria para nos levar para o acampamento. Mas Percy e Rachel ainda não tinham melhorado, e as feridas ficavam maiores, e eles ficavam pálidos a cada minuto. Tão pálidos, que tivemos de levá-los no colo para o meu quarto. Eles estão ficando mais fracos, e não há nada que podemos fazer. Temos certeza que aquela lâmina tem um veneno poderoso, mas parece que tem mais efeito em Percy do que em Rachel. Nenhum néctar dos deuses está ajudando.”

— Então, Percy, quer que eu te leia uma história? — perguntei, sorrindo.

— Depende. Se for história de verdade... — forçou um sorriso.

— Tenho Senhor dos Anéis, As Crônicas de Gelo e Fogo, Harry Potter, Jogos Vorazes...

— Realidade. Realidade. Realidade. Realidade. — suspirou. — Tudo isso existe. Que tal um João e Maria?

— João e Maria é somente uma história? — perguntei, rindo.

— É somente uma história — disse ele.

— Então vou ler João e Maria para você — respondi, sentando-me ereta no pé de minha cama.

P.O.V. – Rachel.

— Como você está? — Lucas perguntou, assim que eu abri os olhos, me olhando com carinho.

— Melhor, obrigada. — sorri. — Precisava mesmo dormir.

— Está com fome?

— Não. — suspirei. — Lucas, preciso falar com você... — disse, apoiando meus dois braços no colchão e me sentando com dificuldade.

— Está doendo?

— Não — garanti. — Só estou um pouco enferrujada. A luta acabou com minhas forças.

— Precisamos descobrir o que há naquela lâmina...

— Está desviando do assunto — interrompi. — Falemos disso mais tarde, quando Percy estiver melhor e quando Leo chegar. Eu quero falar sobre você e Lana. — Lucas soltou um suspiro alto, se acomodando melhor na poltrona ao lado de minha cama.

— Não há nada para conversar. — disse ele. — Qual seu problema? Primeiro, você age como se se preocupasse com ela, depois, fala desse jeito sobre ela? Não te entendo, Rachel.

— Não tem que me entender. — respondi, uma onda de frustração tomando conta de mim. — Eu me preocupo com o Acampamento, é diferente. E, se ela é uma “arma” — fiz aspas com as mãos — para derrotar Gaia, precisamos de todos os nossos esforços para que nada aconteça com ela. Isso não quer dizer que gosto da garota.

— Então está com ciumes?! — Lucas perguntou, segurando o riso, mas dando uma pequena risada. — Qual é!

—Também não — menti. — Só quero entendê-lo. Somos amigos há muito tempo, Lucas. É só me falar.

— Eu já falei o que tinha de falar, Rach. — respondeu. — Eu vou seguir seu conselho, e tentar esquecê-la. Mas isso não acontece da noite pro dia, sabe?!

— Tudo bem, eu... — Lana abriu a porta do quarto com um baque, sorrindo para mim e Lucas.

— Ele chegou!