Porque Ninguém Precisa De Um Namorado escrita por Amélie Poulain


Capítulo 4
Brigas e descobertas indesejáveis


Notas iniciais do capítulo

Playlist: In My Life - Beatles. *-*
Continuem acompanhando, peço apenas isso, integrantes do LHC. *-*



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  Eu havia ficado um tanto aliviada quando percebi que Andrew havia saído do estabelecimento de meus pais, por certo, ele só havia perguntando algo à respeito das provas para a Cathie. Ela sempre era conhecida como a nerd da turma, mas isso não vem ao caso. E quando eu estava prestes a abrir um sorriso, Andrew dá uma piscadela de despedida para Cathie.

  E foi aí que o meu mundo parou de girar.

 — Eu fui convidada pelo Andrew Fitzgerald! — ela deu um grito estridente, essa era a hora de todas nós parabenizá-la. Mas o que aconteceu naquele milésimo, não pude descrever muito bem. As coisas começaram a girar e uma escuridão tomou-me por completo.

XXX

  Ainda não havia aceitado muito bem aquilo, então o que aconteceu? Eu havia simplesmente desmaiado de nervosismo. Eu conseguia escutar burburinhos comentando que eu deveria está feliz pela Cathie, que eu era muito nervosa e por aí vai. Não é questão de não está feliz por ela, é que eu conhecia todas as cartas de Andrew Fitzgerald. Nada que ele teve algo comigo! Ele era o tipo de garoto que as garotas se abanavam quando ele passava ou começavam a cantar Call Me Maybe, entende? A hipótese de saber que uma das suas melhores amigas está prestes a ficar com o coração partido não é boa.

  São noites incansáveis com ela pelo telefone, aguentando toda aquela ladainha que ela não é bonita, que irá morrer sozinha. Eu já havia aberto o jogo para meus pais, se eu ficasse com um zero na média, poderia contratar um serial killer para matar minha amiga. Porque em meio de uma semana incansável de provas, o namorado da sua amiga acha que é a melhor hora para acabar o relacionamento! Isso é outro pretexto para denominar os homens como uma raça impura e abominável.

  E já prevendo esse futuro para minha amiga, preferi aguentar as notícias desmaiada.

  — Ela está acordando! — reconheci a voz da mamãe.

  — A Marni acordou gente! — Cathie ainda com sua voz carregada de felicidade gritou para as garotas.

  Com um pouco de dificuldade fui abrindo meus olhos, sendo surpreendida com diversas pessoas ao meu redor, olhando-me com expressões estranhas. Nota mental: nunca desmaiar em meio da lanchonete de meus pais, quando estiver lotada.

  — Gente! Saiam de cima dela! Isso não é bom para quem está despertando de um desmaio. — logo me empertiguei, não reconhecendo a dona daquela voz.

  Era Angelique ou Angie como todos conheciam-na, irmã do Will Bloom. Eu sorri feliz por vê-la ajudando-me, depois daquele episódio que eu meio que espalhei que seu irmão era assexuado, não esperava que ela fosse muito amigável comigo. Com um solavanco levantei-me do sofá da gerência do 4230. Ainda sem proferir palavra alguma, diz um gesto para todas as garotas me seguirem. Tudo poderia voltar ao normal, porém fomos abordadas pela minha mãe.

  — Garotas, não querendo ser grossa, mas só por questão de saúde acho melhor esse encontro ser adiado para amanhã. A Marni não está sentindo muito bem. — ela articulou enquanto saímos da sala.

  — Mas... — quando fui contestar logo reconheci um daqueles famosos olhares da mamãe, traduzindo que gostaria de encerrar o assunto.

  — Eu te ligo mais tarde, certo? — Cathie disse e logo em seguida ouvi o barulho da porta fechando-se.

    Cathie não deveria está muito feliz com aquela minha atitude, porque querendo ou não, meu desmaio meio que transpareceu o que estava tentando explicar. Que ela não fosse ao baile com o Andrew, claro, quando todas nós estamos caídas de amor, deixamos os conselhos das amigas, da sua mãe de lado. Por que? Somos ingênuas pensando que o garoto é PERFEITO, todavia ele não é. Já imaginava o que Cathie iria dizer comigo, após eu conversar com ela. Iria me chamar de egoísta por não está lhe desejando o melhor, quero dizer, está feliz por ter sido convidada por Andrew Fitzgerald.

  Bom, foi isso que ocorreu. Após entrar na minha casa, meu celular tocou, era Cathie e tivemos uma discussão. Creio que ninguém goste de discutir com sua amiga, mesmo que você tenha todos os argumentos e ela se obrigue a não acreditar em você.

  — Irei caminhar no parque. — gritei para meus pais que estavam na cozinha.

  Quem sabe caminhar poderia esfriar minha cabeça e pensar se realmente eu estava errada. Poucas nuvens diáfanas corriam pelo horizonte, parecia que o crepúsculo era minha única companhia naquela hora. Não adiantava ligar para nenhuma das garotas, ela deveriam está ocupadas discutindo sobre seus vestidos para o baile. E eu aqui sozinha.

  Eu estava naquela monotonia até escutar alguém cantarolar Hey Jude. Como qualquer fã, saí desesperada procurando o dono da voz. Eu espantava os pássaros na calçada com minha correria.

  Mas não fora uma boa ideia seguir o dono daquela voz. Era Will Bloom com um violão. Eu até pensei em sair de lá sorrateiramente, mas o mundo se opôs a mim, havia pisado em um galho e chamado sua atenção. Seus olhos que estavam concentrados no violão, logo subiram e encontram os meus.

  — Desculpa aí. — eu disse sentindo o fulgor em meu rosto, estava corando.

  — Tudo bem, pode vir aqui, M. — após ele proferi aquilo, fiquei em estado de choque. O garoto tem horror da minha cara está falando comigo? Após todos esses anos me ignorando?

  — Desde quando você gosta dos Beatles, Bloom?

  — Nossa, Marni! Desde sempre, só porque você é super fã, não quer dizer que eu não os admire.

  — Isso é um espanto para mim. Pelo menos alguém que tenha o mesmo gosto musical que o meu!

  — Estamos no mesmo barco.

  E rapidamente me vi sem nenhum assunto para puxar. Não seria novidade, a pessoa que te ignorou durante todo seu ensino fundamental e parte do ensino médio, começar a falar contigo do nada!?

  — Então, vai ao baile? Mas lógico, não que me interesse! Você pode tá matando alguém, mas não me importo! Certo? — a última coisa que gostaria de parecer era interessada por Will Bloom.

  — Vou sim, vou com a Danny Underwood. — ele disse enquanto fazia uma careta. — Por quê? Isso é tão ruim? — ele indagou com aquele costume de coçar a nuca.

  — Não, não é. Na verdade isso é até bom. Nunca te vi com uma garota! — eu ri, sabendo que ele iria se lembrar daquele ocorrido no passado.

  — Deixei claro que não sou assexuado, não é? — perguntou ele com sarcasmo.

  Eu apenas assenti. Um intervalo se passou rapidamente, o horizonte já havia escurecido, eu fiquei um pouco assombrada após escutar um urro chamando Will, vir-me-ei subitamente e meus olhos encontravam uma silhueta conhecida. Era Danny Underwood. Ela sorriu abertamente para Will, que esse logo a correspondera com outro largo sorriso. Típico de casais apaixonados.

  — Vou indo, então. — falei um pouco alto, interrompendo o momento deles. Mas nenhum se deu o luxo de proferi palavra alguma.

  E eu fui assim caminhando até minha casa.  


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Notas finais do capítulo

Integrantes do LHC, sério mesmo, a próxima atualização irá sair o mais rápido possível! :D
Continuem acompanhando, please. :*