Porque Ninguém Precisa De Um Namorado escrita por Amélie Poulain


Capítulo 12
Eu prometo


Notas iniciais do capítulo

Playlist enorme:
1. About a Girl - The Academy Is
2. 1234 - Plain White T's
3. Saving Grace - The Maine ♥
4. Hold Onto Hope Love - Amy Stroup
~x~



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Todos eles, eu digo, sem exceção. Que humanidade é essa? Esse pessoal já trepa por aí e eu ainda nem sei a diferença entre menta e hortelã. Um coração aqui todo quebrado e abarrotado bate em meu peito, mas eu decidi não irei me importar, tudo é culpa minha. Fui uma idiota por acreditar que toda regra tinha sua exceção, contudo isso não aplica a homens ou garotos como Will Bloom.

Não recordei-me muito bem que horas tinha chegado em casa, aliás não me recordei coo cheguei em casa. Não vamos pensar nada à respeito, prefiro não ter que lembrar da noite anterior. Ele é um idiota! Eles não mudam, não adianta. Minha salvação era o convento para freiras, pelo menos estou fazem um bem maior à humanidade. O pior de tudo nem é isso, é quando você sabe que foi tão ingênua ao ponto de criar expectativas com o garoto, claro que eu sonhei acordado com Will. Estávamos alimentando pombos em algum parque comunitário, até um pássaro comer sua cabeça e eu viver feliz para sempre. Não foi isso. O que eu tento dizer é que vale a pena criar galinhas pretas. Você não se frustra e ainda tem uma macumba!

Acordei com o sol em meu rosto, a janela estava aberta e havia algo diferente naquele quarto. Aquele não era meu quarto. Eu tinha certeza, e aquela não era minha cama.

DROGA!

Fui sequestrada.

Me atirei para fora daquela cama e procurei alguma porta ou janela para dar o fora daquele lugar, embora as coisas tivesse parecido um pouco fáceis demais, percebi que eu era Marni Buxbam. Aquilo estava soando muito estranho para mim, então nas pontas dos pés saí daquela cama e peguei um vaso sobre um criado-mudo. Foda-se sequestrador, eu tenho um vaso, pensei ao passo que olhava ao meu redor.

Eu sentia a presença de alguém naquele recinto, parecia algo familiar, mas acredito que ninguém tivesse interesse em me sequestrar. A não ser um grupo de feminista que tivesse com a ideia de realizar experimentos em minha cachola, de qualquer forma isso não vem ao caso.  E de repente a porta do banheiro escancarou-se e dali saiu a pessoa que menos imaginava.

— Que porra estou fazendo aqui, Jeremy Brandshaw? — gritei cobrindo meus olhos com as mãos, uma vez que ele estava só de toalha. Eu acho. Nada de prestar atenção nos mínimos detalhes!

Jeremy apenas riu.

— Você queria o que? Que tivesse te deixado lá no meio do parque sozinha? — ele explicou e logo puxou uma muda de roupa do seu armário. E entrou novamente no banheiro.

— Estou em dúvida, Jeremy! — urrei sentando-me na poltrona próxima a cama.

— Dúvida em quê? — indagou ele saindo novamente do banheiro, vestindo uma calça jeans uma camiseta com a estampa com Napoleão.

— Se eu te empurro sem querer da ponte ou se coloco acidentalmente ácido sulfúrico na sua comida. E você sabe, eu odeio Napoleão! — disse atirando o vaso que tinha em minhas mãos nele.

— É assim que você me agradece? — ele falou com deboche desviando do vaso e agindo com naturalidade. — Custa dizer obrigada para mim? — Sei porque, você adoraria que aquele garoto... — ele disse e soltou uma gargalhada. — Will Bloom, não é? Gostaria que ele tivesse te encontrado...

Ele não disse aquilo, e também não terminou de dizer aquilo, eu atirei-me contra ele e afundei meu punho em seu rosto, felizmente para ele, eu logo me recompus e saí de cima dele.

— Nunca mais fale sobre Will Bloom, da próxima vez que você falar sobre ele, eu juro que não deixo barato para você! — ameacei semicerrando os olhos. — Saiba que garotas não são sacolas de plásticos que você pode, facilmente, descartá-las! — exclamei agarrando com minha mão esquerda a gola da camiseta de Jeremy e levantando meu olhar.

— Antes de tudo eu não estou falando sobre garotas, mas sim de Will Bloom! Marni você pode parar de ser tão ignorantes e tentar ao menos ser um pouco cabeça aberta? — ele reclamou um pouco nervoso. — Que droga! Eu mudei, não sabia que iria mudar, mas mudei! — ele colocou suas mãos em meus ombros e me afastou de leve. — E não tem nenhum pretexto eu elogiar o cara que gostaria de ser enterrado. Que cara gostaria de ver seu concorrente se dando bem? E principalmente com a sua garota? — ele deu de costas e procurou em um gaveteiro preto alguma coisa. E acho que a Terra sofreu algum abalo sísmico.

Ele segurava aquela foto antiga que ele havia tirado com sua polaroid. Eu puxei com força a fotografia e a olhei.

Uma jovem que usava óculos vermelhos e um alto coque no cabelo. Ela sorria da forma mais feliz que podia e carregava em seus braços um globo de neve com uma gravura de um par de binóculos.  

— Por que você ainda guarda isso? — questionei ainda olhando para a foto. Jeremy tomou a foto de mim.

— Gosto de guardar lembranças de um tempo feliz que acho que nunca irei voltar atrás. — ele disse simplesmente e tocou em uma mecha do meu cabelo.

— E por que você diz isso? — perguntei com olhos brilhando.

— Eu perdi uma grande oportunidade. Fui um idiota, eu admito. Ligava apenas para as aparências, nada de personalidade. — ele disse, mas ainda dá continuidade. — A vida me deu uma lição, ou melhor, você me deu uma lição. Há um tempo te achava uma mosca morta com o seu jeito desengonçado de ser e suas manias paranoicas de tentar adivinhar o clima do dia. — ele riu e eu me recordei enquanto eu fazia questão de me sentar atrás da carteira do Jeremy para sentir seu perfume. —E foi exatamente pelo seu jeito diferente, percebi que você não era como as outras. E percebi que eu era eu mesmo na sua presença. — ele confessou colocando a mecha de meu cabelo atrás da orelha. — Eu gosto de você, é isso que eu tento dizer desde nosso último encontro. — findou afastando-me de si.

— Você espera que eu faça o que? Que eu te perdoe assim do nada? Desculpa, mas não dá. — eu disse e fui para longe de Jeremy.

— Eu tenho ciência disso, Marni. Mas só quero dizer que podemos ter uma chance de começar tudo de novo. Assim... — ele respirou. — Antes do Lonely Hearts Club, sem essas suas grosserias, não seria mais fácil? — ele perguntou envolvendo-me em um abraço.

— Sim, seria. — sussurrei.

— Seremos só nos dois e o mundo, Marni. — ele disse frisando meu apelido e eu me arrepiei. — Só nós dois. — disse beijando meu cabelo....


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Notas finais do capítulo

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