Damon And Elena - A True Love escrita por Duda
Notas iniciais do capítulo
Novo capítulo, espero que gostem.
Elena narrando
A escola estava sendo terrível. Todos ficavam me perguntando o que havia acontecido e fingiam se preocupar. Até mesmo Matt teve a coragem de chegar até mim e falar comigo.
-- Ah! Por que você não vai perguntar pra Caroline como ela está? - respondi a ele.
-- Elena pare com isso.
-- Estou bem, Matt. Agora pode voltar lá para sua namoradinha.
Eu e Bonnie saímos pelo corredor e eu dei de cara com o jovem do hospital, quase derrubando-nos no chão.
-- Olá, Elena.
Bonnie ficou com o queixo no chão ao analisar o jovem da cabeça aos pés.
-- Estou bem, Sr. Misterioso. Pode ir embora - falei, sendo um pouco rude demais. Ele me olhou e fez um olhar fingindo estar magoado.
-- Ouch! Essa magoou...
-- Ótimo! - respondi. -- Desde quando você estuda aqui?
-- Não estudo. Apenas vim aqui me...
-- Certificar de que eu estava bem - completei a frase antes que ele o fizesse.
-- É...
Bonnie ainda encarava-o e ele parecia tirar proveito disso, lançando olhares sedutores e dando piscadinhas. Rolei os olhos, rindo.
-- Bem... Agora que você já viu que estou okay, acho que podemos continuar andando... - Puxei Bonnie pelo braço e ela me olhou, como se quisesse dizer "temos mesmo que ir embora?"
Fomos para a classe e ela me encheu de perguntas.
-- Como você conheceu ele? Quem é ele? Por que você deu um fora nele?!
-- Calma... - falei rindo. - Ele me levou ao hospital depois do acidente. E eu não sei quem é ele e eu lhe dei um fora porque não quero nada com ele!
-- Não quer nada com ele? Qual é seu problema?!
Continuamos rindo até que o professor entrou na classe. Teríamos aula de história agora, mas aquele definitivamente não era o professor de história.
-- Quem é ele? - perguntei à Bonnie, mas ela parecia tão confusa quanto eu.
-- Eu sou o novo professor de história, - apresentou-se o homem. - Alaric Saltzman.
Bonnie me mandou uma mensagem de texto no celular e eu tive que me segurar para não rir.
"Eu fico com aquele garoto lá que te salvou e você pega o professor. Nos encontramos hoje lá no bar".
-- Hoje iremos rever o assunto sobre as guerras da...
Não estávamos realmente prestando atenção na aula. Bonnie e eu mandávamos SMS toda hora e era impossível nos concentrarmos no assunto.
A aula acabou rapidamente e eu e Bonnie só nos falamos novamente na hora da saída.
-- Eu e Caroline combinamos de ir ao Grill de noite... Se quiser ir...
-- Matt estará lá? - perguntei.
-- Acho que não.
-- Ótimo; encontro vocês mais tarde.
Voltei para casa e eu e Jeremy almoçamos juntos. Jenna - nossa tia - ainda não havia chegado.
-- Como foi o dia? - perguntei a ele. Felizmente meu irmão havia saído da fase de depressão depois da morte dos nossos pais. Ele ficara arrasado, mas já havia se recuperado.
-- Foi bom. E o seu?
-- Também.
Lavei a louça e ele as guardou. Depois foi para a biblioteca estudar e eu fiquei novamente sozinha em casa. Depois de algumas horas a campainha - como já era esperado - tocou. Suspirei, já prevendo quem seria, e abri a porta.
Não era o jovem, mas sim Matt.
-- O que faz aqui? - perguntei rispidamente.
-- Elena me desculpe... Eu, eu... Olha, foi um erro eu ter ficado com Caroline aquela noite, okay?
-- Matt a vida é sua. Faça o que você quiser, mas fique longe de mim. Não quero te ver nunca mais na minha vida.
-- Elena, eu posso explicar...
-- Não, Matt. Não pode não. Você ama a Caroline e me usava pra fazer ciúmes, não era?
-- Não, Elena. Eu juro! - disse ele, mas não parecia muito confiante.
-- Tchau, Matt.
Fechei a porta e ele tornou a tocar a campainha, mas eu não atendi. Se ele quisesse ficar com a Caroline, tudo bem. Ela não tinha culpa nisso.
Tranquei a porta apenas por precaução e fui tomar um banho para me acalmar. Meu ferimento no braço ainda doía um pouco e aquela faixa me deixava com calor.
Troquei de roupa, já me vestindo para ir ao Grill e desci as escadas. Nem Jeremy nem Jenna haviam voltado, mas eu não me preocupava. Nada ruim acontecia em Mystic Falls...
E então, pela segunda vez, a campainha tocou. Fui até a porta pensando em quantas vezes eu teria que dizer para Matt que nosso relacionamento havia acabado, mas me surpreendi ao ver o jovem na porta.
-- Olá, Elena.
-- Estou bem, okay? Pode ir embora agora.
-- Eu não vou.
Ah... Como ele era lindo! Mas eu não podia me envolver com ele. Não podia. Eu nem o conhecia! E ele escondia tanta coisa... Isso só me deixava mais curiosa.
-- Andei pensando... Como sabe onde eu moro? - perguntei a ele.
-- Vi na sua ficha lá no hospital... Que por sinal é bem grande, hein?
-- Ah, cale a boca. Não é justo você saber tudo sobre mim e eu não saber nada sobre você.
-- Bem... Acho que posso contar algumas coisas... - respondeu ele, pensando no assunto. Finalmente!
-- Você gostaria de entrar? Podemos conversar lá dentro - convidei-o.
-- Claro.
Ele olhou pra soleira da porta - o que achei engraçado - e entrou. Levei-o até o sofá e preparei-nos um café. Antes de voltar para a sala mandei uma mensagem à Bonnie dizendo que iria atrasar um pouco.
Sentamos no mesmo sofá e eu lhe ofereci uma xícara. Ele bebericou e elogiou o café.
-- Então... - comecei a puxar assunto.
-- Não posso lhe contar muito - avisou ele. - Mas meu nome é Damon. Damon Salvatore.
Damon narrando
Meu coração acelerou assim que ela me convidara para entrar em sua casa. Pelo menos agora eu poderia vigiá-la de mais perto.
Eu tinha que me conter para não contar tudo a ela, pois ainda era perigoso demais ela saber sobre mim. Mas eu não podia adiantar muito essa conversa... Ela corria riscos. E eu não deixaria nada acontecer.
"Hoje à noite contarei a ela, se tudo der certo. Não posso mais continuar mentindo. Estou parecendo o Stefan..." prometi a mim mesmo.
Ela começou a puxar assunto e eu tinha que me controlar para não revelar muito. Mas então comecei a analisar os detalhes de seu rosto e me perdi. O que estava acontecendo? Eu não podia me apaixonar...
-- Não posso lhe contar muito - avisei, ainda olhando para seu rosto perfeito. Seu cabelo comprido combinava muito com ela, deixando-a mais adulta. Seus olhos castanhos eram intensos e hipnotizadores. Baixei os olhos para seus lábios, mas me forcei a levantar o olhar. "Não se perca, Damon". -- Mas meu nome é Damon. Damon Salvatore.
O café que ela me servira era realmente ótimo.
Elena narrando
Damon... Então este era seu nome!
-- Então, Damon... Que tal me contar algo sobre sua história?
-- É entediante, acredite.
-- Bem... Se vai continuar a esconder coisas...
-- Mudei para cá há alguns meses. Moro sozinho - confessou, bebericando o café.
-- Não tem irmãos? Onde estão seus pais?
Vi ele engolir em seco. Era um assunto delicado, percebi. Mas quanto mais ele tentasse esconder de mim, mais eu iria querer saber.
-- Meus pais morreram há alguns anos.
Bem, tínhamos algo em comum. Não... O que eu estava tentando fazer? Achar algo em comum com ele? "Elena pare. Você não pode se apaixonar."
Bonnie - pela bondade divina - quebrou o silêncio, mandando-me uma mensagem. O som do bipe do celular me fez pular do sofá e eu quase derramei o café. Peguei o aparelho na mão e vi que ela estava dizendo para eu me apressar. Mas... Como eu diria ao Damon para ele ir embora? Bem... Já que eu não podia dispensá-lo...
-- Damon... Eu e minhas amigas combinamos de ir ao Grill agora... Você gostaria de ir comigo?
Uma voz dentro da minha cabeça me dizia que eu estava fazendo a pior coisa da minha vida e que tudo daria errado, mas aquilo parecia certo. Eu não iria me apaixonar por ele. Seríamos só amigos - prometi a mim mesma.
Damon narrando
Ah... Como eu queria aceitar aquele pedido...
"Não" pensei. "Você só complicará as coisas..."
"Mas ela... Ela é... Ah, cara... O que eu fiz de errado? Eu não a mereço..."
"Pode ser sua única chance" disse uma voz irritante na minha cabeça.
Parecia que meu cérebro se dividira em dois, cada um dizendo uma coisa.
"É só uma saidinha..."
-- Eu... Eu não sei Elena.
-- Por favor? - pediu ela. Sua voz tinha um efeito hipnotizador sobre mim e era impossível de resistir. Mas eu tinha que tentar. Não podia criar falsas esperanças de um novo amor nas nossas cabeças. Aquilo tinha que terminar. Eu não a merecia.
-- Desculpe-me, Elena. Não posso... Tenho um compromisso.
-- Ah... Okay - pude ver a dor e a tristeza em sua voz. A última coisa no mundo que eu queria fazer era magoá-la, mas não via outro jeito de protegê-la.
-- Talvez outro dia - falei, levantando-me do sofá e colocando a xícara sobre a mesinha de centro.
-- Talvez.
Ela me acompanhou até a porta, com um olhar triste. Despediu-se de mim e eu saí andando.
"É melhor assim, você não pode se apaixonar por ela. Seu dever é protegê-la, nada mais."
Ah... Eu estava tão perdidamente apaixonado por ela que quase - quase - corri de volta e aceitei o pedido.
-- Você não pode se apaixonar, Damon. Não é certo para ela. Ela é boa demais para você. Você não a merece - falei comigo mesmo.
Como o amor era difícil. Eu estava pensando em desligar minha humanidade, mas isso traria consequências muito graves. E se eu a machucasse?
-- Pare de pensar nela, Damon.
Elena narrando
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Sempre que eu olhava para Damon, me perdia. Meu coração brigava com o meu cérebro e aquilo estava me matando por dentro. E o pior era que ele parecia sentir a mesma coisa.
-- Não posso ficar com ele... Não posso.
O que aconteceria se eu admitisse que gostava dele? Eu nem o conhecia direito! Tínhamos que nos afastar. Eu não merecia ficar com ele.
Quando nossos olhares se encontravam, eu sentia que não havia nada ao meu redor. Éramos só eu e ele. E ele me respeitava. Eu me sentia livre.
-- Pare de pensar nele, Elena.
Damon narrando
Voltei para casa, ainda pensando sobre ela. Abri a porta da sala e - apenas por um instante - esqueci sobre Elena. Eu não podia acreditar no que estava na minha frente. Aquilo era assustador. E colocaria todos na cidade em perigo. Por um momento eu quis dar meia-volta e fugir. Mas isso só complicaria tudo.
Porque o que eu estava vendo ia além de tudo. Eu não entendi porque ele voltara agora. E não entendia o quê estava acontecendo.
Elena estava correndo um perigo tão grande que eu nem conseguia imaginar. E o pior é que ela não sabia de nada.
Porque o que eu via na minha frente era um dos seus piores pesadelos.
-- Stefan - falei.
O chão estava encharcado de sangue. Suas roupas pareciam ter sido mergulhadas em líquido vermelho. Na sala havia pelo menos vinte garotas, todas mortas.
-- O que diabos você está fazendo aqui, irmão?
-- Vim dizer olá para Elena. Onde ela está Damon? - perguntou ele. Ele não parecia mais com "Stefan, o assassino de coelhos". Ele estava pior do que tudo. Ele desligara sua humanidade.
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