Damon And Elena - A True Love escrita por Duda


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, espero que gostem.



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Elena narrando

A escola estava sendo terrível. Todos ficavam me perguntando o que havia acontecido e fingiam se preocupar. Até mesmo Matt teve a coragem de chegar até mim e falar comigo. 

 -- Ah! Por que você não vai perguntar pra Caroline como ela está? - respondi a ele.

 -- Elena pare com isso. 

 -- Estou bem, Matt. Agora pode voltar lá para sua namoradinha. 

 Eu e Bonnie saímos pelo corredor e eu dei de cara com o jovem do hospital, quase derrubando-nos no chão.

 -- Olá, Elena. 

 Bonnie ficou com o queixo no chão ao analisar o jovem da cabeça aos pés. 

 -- Estou bem, Sr. Misterioso. Pode ir embora - falei, sendo um pouco rude demais. Ele me olhou e fez um olhar fingindo estar magoado. 

 -- Ouch! Essa magoou... 

 -- Ótimo! - respondi. -- Desde quando você estuda aqui? 

 -- Não estudo. Apenas vim aqui me...

 -- Certificar de que eu estava bem - completei a frase antes que ele o fizesse. 

 -- É... 

 Bonnie ainda encarava-o e ele parecia tirar proveito disso, lançando olhares sedutores e dando piscadinhas. Rolei os olhos, rindo. 

 -- Bem... Agora que você já viu que estou okay, acho que podemos continuar andando... - Puxei Bonnie pelo braço e ela me olhou, como se quisesse dizer "temos mesmo que ir embora?"

 Fomos para a classe e ela me encheu de perguntas. 

 -- Como você conheceu ele? Quem é ele? Por que você deu um fora nele?!

 -- Calma... - falei rindo. - Ele me levou ao hospital depois do acidente. E eu não sei quem é ele eu lhe dei um fora porque não quero nada com ele!

 -- Não quer nada com ele? Qual é seu problema?!

 Continuamos rindo até que o professor entrou na classe. Teríamos aula de história agora, mas aquele definitivamente não era o professor de história. 

 -- Quem é ele? - perguntei à Bonnie, mas ela parecia tão confusa quanto eu. 

 -- Eu sou o novo professor de história, - apresentou-se o homem. - Alaric Saltzman. 

 Bonnie me mandou uma mensagem de texto no celular e eu tive que me segurar para não rir. 

 "Eu fico com aquele garoto lá que te salvou e você pega o professor. Nos encontramos hoje lá no bar". 

 -- Hoje iremos rever o assunto sobre as guerras da... 

 Não estávamos realmente prestando atenção na aula. Bonnie e eu mandávamos SMS toda hora e era impossível nos concentrarmos no assunto. 

 A aula acabou rapidamente e eu e Bonnie só nos falamos novamente na hora da saída. 

 -- Eu e Caroline combinamos de ir ao Grill de noite... Se quiser ir...

 -- Matt estará lá? - perguntei.

 -- Acho que não.

 -- Ótimo; encontro vocês mais tarde. 

 Voltei para casa e eu e Jeremy almoçamos juntos. Jenna - nossa tia - ainda não havia chegado. 

 -- Como foi o dia? - perguntei a ele. Felizmente meu irmão havia saído da fase de depressão depois da morte dos nossos pais. Ele ficara arrasado, mas já havia se recuperado. 

 -- Foi bom. E o seu? 

 -- Também. 

 Lavei a louça e ele as guardou. Depois foi para a biblioteca estudar e eu fiquei novamente sozinha em casa. Depois de algumas horas a campainha - como já era esperado - tocou. Suspirei, já prevendo quem seria, e abri a porta. 

 Não era o jovem, mas sim Matt. 

 -- O que faz aqui? - perguntei rispidamente. 

 -- Elena me desculpe... Eu, eu... Olha, foi um erro eu ter ficado com Caroline aquela noite, okay? 

 -- Matt a vida é sua. Faça o que você quiser, mas fique longe de mim. Não quero te ver nunca mais na minha vida. 

 -- Elena, eu posso explicar...

 -- Não, Matt. Não pode não. Você ama a Caroline e me usava pra fazer ciúmes, não era? 

 -- Não, Elena. Eu juro! - disse ele, mas não parecia muito confiante. 

 -- Tchau, Matt. 

 Fechei a porta e ele tornou a tocar a campainha, mas eu não atendi. Se ele quisesse ficar com a Caroline, tudo bem. Ela não tinha culpa nisso. 

 Tranquei a porta apenas por precaução e fui tomar um banho para me acalmar. Meu ferimento no braço ainda doía um pouco e aquela faixa me deixava com calor. 

 Troquei de roupa, já me vestindo para ir ao Grill e desci as escadas. Nem Jeremy nem Jenna haviam voltado, mas eu não me preocupava. Nada ruim acontecia em Mystic Falls...

 E então, pela segunda vez, a campainha tocou. Fui até a porta pensando em quantas vezes eu teria que dizer para Matt que nosso relacionamento havia acabado, mas me surpreendi ao ver o jovem na porta. 

 -- Olá, Elena. 

 -- Estou bem, okay? Pode ir embora agora. 

 -- Eu não vou. 

 Ah... Como ele era lindo! Mas eu não podia me envolver com ele. Não podia. Eu nem o conhecia! E ele escondia tanta coisa... Isso só me deixava mais curiosa.  

 -- Andei pensando... Como sabe onde eu moro? - perguntei a ele. 

 -- Vi na sua ficha lá no hospital... Que por sinal é bem grande, hein? 

 -- Ah, cale a boca. Não é justo você saber tudo sobre mim e eu não saber nada sobre você.

 -- Bem... Acho que posso contar algumas coisas... - respondeu ele, pensando no assunto. Finalmente! 

 -- Você gostaria de entrar? Podemos conversar lá dentro - convidei-o. 

 -- Claro. 

 Ele olhou pra soleira da porta - o que achei engraçado - e entrou. Levei-o até o sofá e preparei-nos um café. Antes de voltar para a sala mandei uma mensagem à Bonnie dizendo que iria atrasar um pouco. 

 Sentamos no mesmo sofá e eu lhe ofereci uma xícara. Ele bebericou e elogiou o café. 

 -- Então... - comecei a puxar assunto.

 -- Não posso lhe contar muito - avisou ele. - Mas meu nome é Damon. Damon Salvatore. 

Damon narrando

Meu coração acelerou assim que ela me convidara para entrar em sua casa. Pelo menos agora eu poderia vigiá-la de mais perto. 

 Eu tinha que me conter para não contar tudo a ela, pois ainda era perigoso demais ela saber sobre mim. Mas eu não podia adiantar muito essa conversa... Ela corria riscos. E eu não deixaria nada acontecer. 

 "Hoje à noite contarei a ela, se tudo der certo. Não posso mais continuar mentindo. Estou parecendo o Stefan..." prometi a mim mesmo. 

 Ela começou a puxar assunto e eu tinha que me controlar para não revelar muito. Mas então comecei a analisar os detalhes de seu rosto e me perdi. O que estava acontecendo? Eu não podia me apaixonar... 

 -- Não posso lhe contar muito - avisei, ainda olhando para seu rosto perfeito. Seu cabelo comprido combinava muito com ela, deixando-a mais adulta. Seus olhos castanhos eram intensos e hipnotizadores. Baixei os olhos para seus lábios, mas me forcei a levantar o olhar. "Não se perca, Damon". -- Mas meu nome é Damon. Damon Salvatore.

  O café que ela me servira era realmente ótimo.

Elena narrando


Damon... Então este era seu nome! 

 -- Então, Damon... Que tal me contar algo sobre sua história? 

 -- É entediante, acredite. 

 -- Bem... Se vai continuar a esconder coisas...

 -- Mudei para cá há alguns meses. Moro sozinho - confessou, bebericando o café.

 -- Não tem irmãos? Onde estão seus pais? 

 Vi ele engolir em seco. Era um assunto delicado, percebi. Mas quanto mais ele tentasse esconder de mim, mais eu iria querer saber. 

 -- Meus pais morreram há alguns anos. 

 Bem, tínhamos algo em comum. Não... O que eu estava tentando fazer? Achar algo em comum com ele? "Elena pare. Você não pode se apaixonar." 

 Bonnie - pela bondade divina - quebrou o silêncio, mandando-me uma mensagem. O som do bipe do celular me fez pular do sofá e eu quase derramei o café. Peguei o aparelho na mão e vi que ela estava dizendo para eu me apressar. Mas... Como eu diria ao Damon para ele ir embora? Bem... Já que eu não podia dispensá-lo...

 -- Damon... Eu e minhas amigas combinamos de ir ao Grill agora... Você gostaria de ir comigo? 

 Uma voz dentro da minha cabeça me dizia que eu estava fazendo a pior coisa da minha vida e que tudo daria errado, mas aquilo parecia certo. Eu não iria me apaixonar por ele. Seríamos só amigos - prometi a mim mesma. 

Damon narrando


Ah... Como eu queria aceitar aquele pedido... 

 "Não" pensei. "Você só complicará as coisas..."

 "Mas ela... Ela é... Ah, cara... O que eu fiz de errado? Eu não a mereço..."

 "Pode ser sua única chance" disse uma voz irritante na minha cabeça. 

  Parecia que meu cérebro se dividira em dois, cada um dizendo uma coisa. 

 "É só uma saidinha..."

 -- Eu... Eu não sei Elena.

 -- Por favor? - pediu ela. Sua voz tinha um efeito hipnotizador sobre mim e era impossível de resistir. Mas eu tinha que tentar. Não podia criar falsas esperanças de um novo amor nas nossas cabeças. Aquilo tinha que terminar. Eu não a merecia. 

 -- Desculpe-me, Elena. Não posso... Tenho um compromisso.

 -- Ah... Okay - pude ver a dor e a tristeza em sua voz. A última coisa no mundo que eu queria fazer era magoá-la, mas não via outro jeito de protegê-la. 

 -- Talvez outro dia - falei, levantando-me do sofá e colocando a xícara sobre a mesinha de centro. 

 -- Talvez.

 Ela me acompanhou até a porta, com um olhar triste. Despediu-se de mim e eu saí andando. 

 "É melhor assim, você não pode se apaixonar por ela. Seu dever é protegê-la, nada mais." 

  Ah... Eu estava tão perdidamente apaixonado por ela que quase - quase - corri de volta e aceitei o pedido. 

 -- Você não pode se apaixonar, Damon. Não é certo para ela. Ela é boa demais para você. Você não a merece - falei comigo mesmo. 

 Como o amor era difícil. Eu estava pensando em desligar minha humanidade, mas isso traria consequências muito graves. E se eu a machucasse? 

 -- Pare de pensar nela, Damon. 

Elena narrando


Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Sempre que eu olhava para Damon, me perdia. Meu coração brigava com o meu cérebro e aquilo estava me matando por dentro. E o pior era que ele parecia sentir a mesma coisa. 

 -- Não posso ficar com ele... Não posso. 

 O que aconteceria se eu admitisse que gostava dele? Eu nem o conhecia direito! Tínhamos que nos afastar. Eu não merecia ficar com ele. 

 Quando nossos olhares se encontravam, eu sentia que não havia nada ao meu redor. Éramos só eu e ele. E ele me respeitava. Eu me sentia livre. 

 -- Pare de pensar nele, Elena. 

Damon narrando


Voltei para casa, ainda pensando sobre ela. Abri a porta da sala e - apenas por um instante - esqueci sobre Elena. Eu não podia acreditar no que estava na minha frente. Aquilo era assustador. E colocaria todos na cidade em perigo. Por um momento eu quis dar meia-volta e fugir. Mas isso só complicaria tudo. 

 Porque o que eu estava vendo ia além de tudo. Eu não entendi porque ele voltara agora. E não entendia o quê estava acontecendo. 

 Elena estava correndo um perigo tão grande que eu nem conseguia imaginar. E o pior é que ela não sabia de nada. 

 Porque o que eu via na minha frente era um dos seus piores pesadelos. 

 -- Stefan - falei. 

 O chão estava encharcado de sangue. Suas roupas pareciam ter sido mergulhadas em líquido vermelho. Na sala havia pelo menos vinte garotas, todas mortas. 

 -- O que diabos você está fazendo aqui, irmão?

 -- Vim dizer olá para Elena. Onde ela está Damon? - perguntou ele. Ele não parecia mais com "Stefan, o assassino de coelhos". Ele estava pior do que tudo. Ele desligara sua humanidade.


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