19/05/2009 POV EMMA.

Estavamos arrasadas. Eu exagerei no ciúmes, devia tê-la deixado sair, que culpa ela tinha se eu não poderia ir com ela?

Bom, nenhuma. Combinamos que eu iria busca-la depois do vôlei. Ela me levou até a casa dela, era a primeira vez que eu entrava ali. Estávamos sozinhas, fomos até o quarto.

Assistiríamos “Imagine Eu e Você” juntas, depois de conversar.

Ela se trocou na minha frente, exibindo aquele corpo perfeito que Regina tinha. Aquela cintura, os quadris... Deitamos na cama pra ver o filme...

Mas não conversamos, nem assistimos o filme.

Seus lábios procuravam os meus avidamente, enquanto seu corpo tentava me tirar do sério. Eu já tinha ficado com garotos, e até com garotas...

Ela me provocava, com o corpo roçando deliciosamente no meu, suas roupas logo sumiram. Meus lábios escorregaram por todo seu corpo até encontrar seu centro.

Ainda posso me lembrar do sabor que ela tinha, do medo que senti achando que seria incapaz de satisfazê-la.

Mas nunca a promessa de estar sozinha no quarto com ninguém fora tão tentadora, talvez por que eu nunca tinha feito amor com alguém. Sexo é fácil, o amor não. Eu nunca mais consegui fazer isso, amor com alguém. E sexo? Sexo não tem graça depois que se experimenta o amor.

27/05/2009 POV EMMA

Estávamos tendo problemas de final de bimestre. Ficaríamos uma eternidade com o contato virtual reduzido e o real? Provavelmente ainda mais.

Eu ainda me sentia meio insegura, mas sabia que Regina me amava, e eu a amava também.

Consegui dar um pelé em Mary e faltei na escola, precisava vê-la e o timing seria perfeito para fugir de casa, já que teríamos jogo de futebol a noite pelo colégio.

Fui busca-la na escola dela, fomos ao cinema, ver o filme do Wolverine. Ou melhor, namorar né?

A nossa recém descoberta e deliciosa vida sexual havia se iniciado, eu ainda estava meio tímida, mas nos acertamos naquelas cadeirinhas. Era tão mágico estar com ela.

No final de tudo, eu abri uma caixinha, dando o que eu tinha de mais precioso pra ela: Era um pingente de ouro branco em formato de coração, o meu coração.

Eu estava dando o meu coração pra Regina.

E foi a primeira vez que eu a ouvi dizer que me amava. E aquilo foi o bastante pra mim.

Foi muito mais que o bastante. Ela havia escrito uma carta, a qual eu ainda guardo e onde ela simplesmente conseguiu me fazer a pessoa mais especial do mundo.

Ela era minha rainha, possuía meu coração, minha alma.

E eu não posso reclamar, ela ainda os tem.