7 de dezembro de 2009.

Eu acordei ansiosa. Faríamos um ano de namoro, era claro que eu só queria ficar com ela né? Mas óbvio que nem tudo era fácil, e como eu sou loura, bem: prova de recuperação. Terminei a prova e segui para o ônibus.

Regina me mandava mensagens, perguntando se eu não ia entrar na internet para conversarmos um pouco e eu respondia dizendo que estava sem luz, que teríamos que ficar na sms mesmo.

Mandei uma dizendo o quanto queria estar com ela, e ela respondeu que também queria estar comigo, que era o nosso dia.

Então quando eu finalmente cheguei à porta da sua casa mandei: “Olha pela janela”. Ela respondeu com um “pq?” e eu não me demorei pra pedir “Vem abrir a porta pra mim”, ela respondeu “Mentiira?”... “Se demorar muito eu vou embora”... “Awn... Perai que vou me arrumar pra gente dar uma volta”.

Eu subi até a porta dela e ela saiu, fomos até um parque que tinha próximo a casa dela, andamos um pouco à procura de privacidade, então finalmente sentamos em um banquinho numa área mais isolada.

Eu tremia. Estava nervosa. Olhava pra ela a todo instante sem saber se era ou não o momento certo. Provavelmente tão nervosa que nem me lembro de exatamente como aconteceu.

Eu disse que tinha um presente pra ela, então me ajoelhei no chão e abri a caixinha com o par de alianças. A dela era tão pequenina, número 14. Aqueles dedos finos, lindos, a mão de princesa.

Me deu “Tilt”, eu esqueci em que mão que colocava a aliança. Elas eram mais grossas que o convencional, com uma pedrinha em cada. A moça da joalheria disse que meu namorado não iria gostar daquele modelo.

Bom, eu acho que a namorada gostou. Ela sorria meio boba e talvez até meio puta, por eu ter usado um discurso “contra” o uso de aliança cerca de um mês e meio antes. Mas só por que eu já tinha planos de surpreendê-la assim.

Mas infelizmente, o parque estava meio lotado e Regina me levou até os reservados do local. Estavam todos vazios, entramos no último e começamos a nos beijar. As mãos entrelaçadas pelos dedos, agora eu a sentia ainda mais minha.

Não posso evitar o pensamento sobre o quanto eu adoro a forma como ela se contorcia ao ser tocada, e os gemidos sem som que saíam de seus lábios... E principalmente a forma como ela tremia toda, deliciosamente em meus dedos ao alcançar o objetivo.

Ela foi toda minha naquele momento, só minha, como deveria ser.