A Casa De Hades escrita por Renato


Capítulo 4
Capítulo 4 - Frank


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, tive que trocar e omitir algumas informações, por isso a demora.



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Frank


Frank estava se sentindo péssimo. Depois de ver aquelas imagens na faca de Piper, ele vinha sentindo uma estranha sensação de estar perdendo as forças e os poderes dele como filho de Marte, principalmente quando o gigante da direita falava. Ele transmitia uma sensação oposta a de que ele sentia quando estava perto do seu pai Marte. Ele se lembrou do nervosismo de batalha, a sensação era semelhante aquilo.


Alguém bateu em sua porta.

– Entra. – ele falou.

O treinador Hedge entrou. Frank o achava diferente, já que estava acostumado com faunos mendigos e não com um lutador de bode-fu.

– Pensando na reunião, acertei? – o bode perguntou.

– Eu não sou o espião! – ele berrou.

– Eu não o estou acusando. Mas todos estão desconfiando uns dos outros, o que não é bom. Vocês precisam se unir, senão Gaia vencerá.

– Mas como podemos nos unir se temos um espião entre nós?

– Na Guerra contra os Titãs, o Acampamento Meio-Sangue tinha um espião, mas mesmo assim ganhou a Guerra. Talvez vocês consigam vencer convivendo com ele.

– Eu não sei, mas vamos tentar.

– Está se tornando sábio, meu filho. Boa sorte, eu confio em você.

O sátiro apagou por um momento e depois piscou os olhos como se estivesse acordando de um transe.

– O que eu estou fazendo aqui? – ele perguntou.

– Meu pai, Marte, o trouxe até aqui e falou comigo através de você.

– Que honra o senhor Ares usar meu corpo como mensageiro. Admiro muito seu pai.

– Os dois tem um gênio destrutivo. – resmungou Frank.

O Treinador saiu da cabine e voltou a assistir seus filmes. Frank se deitou e dormiu pelo que pareceram duas horas, quando alguém bateu em sua porta.

– Pode entrar. – ele disse.

Hazel entrou no quarto, com os olhos vermelhos de tanto chorar.

– O que houve? - perguntou.

Ela correu e o abraçou por um longo momento. Depois puxou o rosto dele e o beijou. Não era um beijo qualquer, era um beijo que puxava carinho, afeto e proteção. Frank não hesitou e retribuiu. Depois de se soltarem, eles se sentaram na cama dele.

– Eles desconfiam do Nico. Não consigo suportar isso. – ela respondeu.

– Não se preocupe Hazel, eu confio em você.

– Não acredito que ele pode fazer isso.

– Ele não é o espião. Disso eu tenho certeza.

– Você sabe quem é? Ou tem alguma ideia.

Frank hesitou por um momento antes de responder. Qualquer coisa indevida que ele falasse poderia resultar em sérias consequências.

– Não, eu não sei.

– Posso deitar aqui, não consigo dormir.

– Claro que sim.

Eles se deitaram e se enrolaram no cobertor. Frank a abraçou de forma carinhosa e protetora, esperando ela dormir pra se sentir melhor.

No outro dia, Frank acordou com os gritos do Treinador Hedge pelo navio. Hazel não estava em sua cabine. Ele vestiu rapidamente uma camisa que comprou em Roma e uma calça jeans.

– Onde você estava, Senhor Zhang? – perguntou o sátiro.

– Na minha cabine. – ele respondeu.

– E porque a senhorita Levesque estava saindo do seu quarto essa manhã?

Leo soltou uma gargalhada. Frank o fulminou com o olhar e voltou os olhos pra Hazel, que enrubesceu e desviou o rosto.

– Ela queria falar comigo.

– Sobre?

– Nada demais.

– Então você pode nos contar.

– Mas é segredo.

– E porque tinha que ser a essa hora da manhã?

– Treinador, já chega. – Piper interrompeu.

Frank percebeu que ela estava usando charme e lançou um olhar de “muito obrigado” pra ela.

– Hum, tudo bem. Vamos comer.

O restante do café da manhã foi em silêncio. Quando Frank estava indo repetir, os alarmes soaram e ficavam mais altos a cada segundo.

– Algo se aproxima rapidamente, em direção ao navio. – anunciou Léo.

– Nem posso comer em paz. – resmungou Piper.

Todos correram para o convés principal e observaram uma criatura rosa se aproximar com velocidade. Frank se assustou.

– É a Porca Camoniana.

O Treinador Hedge, pelo contrário, parecia animado.

– Hoje vou ter churrasco de porco! – ele se animou.

– Ou vai virar churrasco de bode. – rebateu Jason.

Então as coisas saíram do controle. Das costas da porca, 20 caixas de metal “pularam” e se transformaram em guerreiros de metal, pousando no navio.

– Acho que não vai dar pra fazer churrasco com esses dai. – Leo disse.

Os heróis sacaram as armas e partiram o ataque.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?