A Casa De Hades escrita por Renato


Capítulo 18
Capítulo 19 - Annabeth


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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                       Annabeth

Annabeth se sentiu aliviada. Finalmente viu a luz do sol depois de tanto tempo e reencontrou os amigos. Mas ela precisava manter a calma, ainda tinha deveres a cumprir.  Durante o caminho da Vila dos Arrependidos até as Portas da Morte, vários monstros se juntaram a equipe. Cerca de trinta lestrigões, dez karpoi, quinze cães infernais, vinte harpias e até um Drakon. O exército de Giges agora tinha cento e quarenta componentes e empurrava os inimigos pra trás, forçando-os a recuar.

O Argo II bombardeava um gigante com partes metálicas, enquanto metade dos semideuses ficou com o gigante das armas e a outra com Porfírion. Percy já estava no meio da batalha, com um escudo no braço esquerdo e Contracorrente na direita, apunhalando os gigantes na barriga.

- Annabeth, você sabe o que fazer. – gritou ele.

A voz dele a fez acordar. Ela incitou o pégaso a subir para o Argo II. Lá em cima, o treinador Hedge e dois homens que ela não conhecia, comandavam as balistas.

- Treinador, preciso de ajuda. Abra a porta do casco. – ordenou ela.

- Olá cupcakes. O que pretende fazer?

- Destruir esses gigantes, mas preciso de ajuda. Vou chamar as deusas.

O sátiro correu para os controles, enquanto Annabeth disparava para o casco. Lá embaixo, pegou um escudo e continuou correndo. Ao alcançar a estátua, estava suando e arfando, mas tinha que ser rápida.

- Athena Parthenos, Sequencia de Comando, Dédalo 23. Começar Ativação. Destruir Gigantes de Gaia e monstros inimigos. – Annabeth falou.

A estátua deslizou pela porta do casco e aterrissou em pé. Os olhos dela piscaram e a deusa Niké voou para seu ombro. Athena Parthenos colocou o escudo e pegou a lança.

Nesse momento, a equipe de Giges era forçada a recuar em direção à cratera. Giges estava na linha de frente, com seus cem braços e com o Drakon, abrindo caminho na vanguarda inimiga, causando pânico nas alas. Os lestrigões, os karpoi, os ciclopes e cães infernais do exército da Vila dos Arrependidos destroçavam os flancos. Arion, os pégasos e os centauros trabalhavam na retaguarda, mas estavam se distanciando da força principal. No céu, um coruja gigante e as harpias faziam pássaros de Estinfália despencarem do céu.

Annabeth analisou a equipe dos semideuses. Jason não estava à vista. Nico, Hazel e Frank lutavam com Pelorus, enquanto Leo, Piper e Percy ficaram com Porfírion. A Athena Parthenos se juntou a luta, mas os gigantes não eram fáceis de derrubar. A batalha era um mar de estrondos, gritos e insultos, fogo crepitando, misseis explodindo. As Portas da Morte continuavam abertas e a batalha não chegaria ao fim enquanto elas não fossem fechadas.

- Percy, precisamos fechar as Portas! – ela gritou.

- Convoque Giges e os outros. Mande o Argo II segurar os monstros. – respondeu ele.

Annabeth voou com seu pégaso e passou a mensagem para o navio e para o centimano. Giges pegou uma trompa e assoprou. Em instantes, o exército descia a cratera em direção a Porfírion, enquanto o Argo II bloqueava o avanço dos lacaios de Gaia.

- Piper, Hazel, comigo! – Annabeth chamou.

As duas se aproximaram. Piper usava sua adaga na mão direita e o corno da abundância na esquerda. Hazel carregava a espada de cavalaria e estava montada em Arion. Mimas avançava com dificuldade, suas partes metálicas, encharcadas. Pelorus tinha escorregado numa poça, lutando para se levantar. Annabeth teria rido se ela não estivesse tão perto de morrer.

- Vamos ter que segurar os Gigantes? – perguntou Piper.

- Sim. – a filha de Atena respondeu.

- Um trabalho das garotas. Temos a Athena Parthenos do nosso lado, podemos vencer. – disse Hazel, animada.

Com o canto do olho, Annabeth viu Percy, Leo, Frank e Nico dentro do templo, de frente para as Portas. Pelorus rugia de ódio e se aproximava com a espada na mão. Athena conseguiu bloquear o golpe com a haste da lança e o golpeou com o escudo. O gigante cambaleou para um lado. Mimas se aproximava, com um machado na mão direita.

- Hazel, pode manter ele ocupado? – Piper questionou.

- Não sei por quanto tempo, mas vou tentar. – respondeu ela.

A garota disparou montada em Arion, golpeando as pernas de dragão de Mimas. O gigante rugia de fúria e a tentava pegar, mas o cavalo era rápido. Hazel embainhou a espada e empurrou o ar, fazendo o gigante cambalear pra trás e cair sentado.

- A armadura dele é de bronze! Claro, ela pode controlar os metais. – refletiu Annabeth.

Piper já avançava em direção a Pelorus, como chifre disparando água e encharcando o gigante. Athena o golpeava, mas só fazia abrir talhos na pele, fazer o icor escorrer e depois se reconstituir.

- Não entendo, minha mãe disse que funcionaria. – pensou Annabeth, confusa.

- Talvez eu possa ajudar. – disse uma voz.

Um ser alado, com belas asas negras, pairava ao lado de Annabeth. Usava um manto negro e era um homem belo, com a pele morena. Ela o achou o cara mais bonito de todos, mas não atraente. Apenas bonito.

- Eu sou Tânatos, o deus da morte.

Annabeth quase desmaiou. A própria morte falou com ela, o que jamais conseguiria esquecer.

- Precisamos de ajuda. – disse ela.

- Só poderei ajudar se você recuar a estátua. A aura dela bloqueia meus poderes.

- Athena Parthenos, retorne. – ordenou Annabeth.

Athena empurrou Pelorus e voltou para o pedestal. As cordas se entrelaçaram e a levaram de volta para o Argo II em segurança.

- E o que você faz agora? – ela perguntou.

- Vamos à guerra. – respondeu ele.

Uma foice surgiu na mão do deus e ele voou em direção à batalha. Annabeth o acompanhou no pégaso dela.

- Piper, ai vamos nós. – ela gritou.

A garota arregalou os olhos quando viu Tânatos, mas voltou os olhos para o gigante rapidamente.

A Morte ergueu a foice e golpeou o braço de Pelorus, mas não fez muito efeito. Piper fez jorrar água do corno, inundando o local. Um momento depois, um pégaso castanho a tinha carregado. Annabeth admirou a tática da garota. Pelorus não podia voar e enquanto o lugar estivesse inundado, seria mais fácil ele cair.

- Continue Piper. – Annabeth incentivou.

Depois de ter transformado o campo de batalha num lago, Pelorus caiu. Annabeth golpeou a cabeça dele com o escudo e Tânatos lançou uma esfera de energia negra. No lugar onde Pelorus estava, restava apenas uma espada gigante, a armadura e pó de monstro.

- Bom trabalho Tânatos. – disse Piper.

- Não teria funcionado sem vocês. Mas ainda temos três problemas, dois Gigantes e as Portas de Mim.

- Nós podemos fecha-las? – Annabeth perguntou.

- Poder pode, mas o processo exige sacrifícios.

- Não gosto dessa palavra. – resmungou Piper.

- Eu também não. – falou Tânatos, sorrindo. – Devo avisar que quando elas forem fechadas, se vocês conseguirem, uma força lançara tudo num raio de cinco quilômetros pra longe, a maior parte das coisas é destruída.

- Bom saber. – disse Piper.

Foi quando Hazel gritou pedindo ajuda. Annabeth tinha quase certeza de que os problemas eram grandes.


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Notas finais do capítulo

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