Apenas Acredite... escrita por Yuki Suuito


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a minha primeira fic séria.
Espero que curtam a leitura.
Ja Nee



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322590/chapter/1

Vou deixar bem claro logo de início: Não acredito em magia, nunca acreditei e nem pretendo acreditar.

Meu nome é Lyena Wild, tenho 15 anos e moro em Canaban, capital de Vermécia. Levo uma vida completamente normal. Acho que a única coisa que não é normal em minha vida e minha amiga. Ela acredita em magia. Acredita mesmo!! Isso que me assusta.

Jullie Ming Onette, uma estranha garota de olhos heterocromáticos. É minha amiga desde os 6 anos de idade, mas até hoje me pergunto como consigo atura-la.

Não é de agora que Jullie tem tentado me convencer de que magia existe. Ela já trouxe várias lendas da internet, várias “provas” e vários livros de magia que ela encontrava em livrarias antigas. Mas sempre foi em vão, ela nunca conseguiu me fazer acreditar em magia.

Mas agora, voltando para a minha vida. Hoje é o primeiro dia de aula do ano. O que não é nem um pouco interessante, pois são sempre as mesmas pessoas na turma. Nunca muda.

– Até mais vovô! – Gritei antes de bater porta de casa.

Casa não é o nome certo. Aquilo era um casarão daqueles bem antigos. O que é divertido, pois gosto de explora-lo quando estou com tédio, sempre achando coisas novas.

– Lyli!! – Ouvi o grito de Jullie ao longe.

– Oi Ju – Acenei quando ela chegou mais perto.

– Eu tenho uma novidade simplesmente IN-CRÍ-VEL – Ela falou com os olhos brilhando de alegria.

– Qual? – Me preparei para ouvi algo que eu provavelmente já sabia...

– Três garotos novos se mudaram para cá!

– Sério? – Fiquei surpresa – Sabe quem são? E o mais importante, como são?

– Já está pensando nessas coisas Lyli... Não esperava isso de você... – Ela balançou a cabeça negativamente.

Demorei um tempo para entender, mas quando compreendi, minhas bochechas coraram.

– Não é isso! A pervertida aqui foi sempre você!

– Ok, ok... – Ela falou fazendo biquinho – Os nomes são James Isolet, Nate Erudon e Lucas Sieghart.

– Os coitados também têm nomes de famílias antigas misturados com nomes modernos... – Dei uma risada.

– Não ria, nós também temos, e o seu é o mais estranho, Layne – Disse ela zombando de mim.

No caminho da escola, ficamos imaginando como seriam os garotos, e rindo das ideias malucas que ficávamos tendo. Chegando lá, cumprimentamos alguns amigos do ano passado. Jullie ficou com eles e eu fui direto para a sala. Jullie era extrovertida e bem popular, mas comigo era diferente. Não gosto muito de ter muita gente ao meu redor, é sufocante.

Sentei em minha carteira ao lado da janela e cruzei meus braços na mesa para fazer apoio na cabeça. Eu odeio acordar cedo, por isso decidi tentar tirar um cochilo até o professor chegar, mas depois de um tempo, me senti sendo observada e abri os olhos, encontrando um par de olhos azuis olhando para mim.

– Desculpe te acordar – O garoto falou enquanto eu voltava a sentar normalmente – Estava apenas olhando essa marca em sua mão direita... Bem interessante, não?

Olhei desconfiada para o garoto. Ele tinha cabelos prateados e seu penteado estava levemente bagunçado, o que com certeza era proposital. E seus olhos eram bem azuis, se destacando em sua pele branca. Olhei para a tal marca que ele havia comentado. Era uma estranha marca de nascença que existia pelo braço todo. Começada com um circulo nas costas da mão, e depois de dividia em algumas linhas.

– É só uma marca de nascença – Dei de ombros.

– Marcas de nascença podem dizer muita coisa... – Ele disse com um sorriso divertido. Era possível ver em seus olhos que estava brincando comigo.

– De qualquer forma, não acredito em coisas assim – Assim que disse isso, o professor entrou na sala, e isso foi um aviso para os demais alunos no corredor entrarem rapidamente.

Quando todos já estavam sentados em seus lugares, o professor assentiu com a cabeça e começou a falar:

– Alguns já devem saber que teremos três alunos novos esse ano. Chamarei um por um, para se apresentarem para a turma – Ela apontou a cabeça para alguém no fundo da sala.

Olhei ao redor da sala e vi um garoto de cabelos azuis se levantar de sua carteira e ir até a frente da sala. Seus cabelos batiam nos ombros, mas era loucura dizer que ele parecia uma garota, pois muitas garotas suspiraram quando ele passou.

– Me chamo Nate Erudon, espero que me aceitem – Ele fez uma reverência simples e voltou ao seu lugar.

– Parece até um nobre, não é? – Ouvi o garoto de cabelos prateados zombar dele quando ele passou, o azulado apenas riu.

O professor apontou outra pessoa com a cabeça, e dessa vez um garoto de cabelos vermelho vivo e olhos prateados se levantou.

– Meu nome é Lucas Sieghart, aguardo seus telefones – Ele piscou para as garotas, o que me fez revirar os olhos, mas é claro, a maioria suspirou.

O professor olhou para o aluno sentado a minha frente, e o garoto de cabelos prateados levantou.

– Meu nome é James Isolet. E sinto muito garotas, mas o queridinho Nate já namora o Lucas – Ele deu um sorriso divertido, e a brincadeira fez alguns da sala rirem.

– Vai pro inferno seu albino – Xingou Nate rindo.

– Tudo bem, todos quietos, James, volte ao seu lugar – Falou o professor querendo estabelecer a ordem na sala, antes que o caos começasse.

As aulas passaram, e finalmente chegou a hora do intervalo. Peguei calmamente meu lanche enquanto os outros se matavam para tentar chegar à cantina primeiro e esperei o tumulto na porta passar. Depois fui cautelosamente para o terraço, pois, por causa do jardim da diretora que fica exatamente lá, é proibido ir para lá.

No terraço havia o jardim da diretora com várias frutinhas e flores crescendo, e por algum motivo, também tinha uma macieira no local, o que é realmente estranho, mas sem ignorei esse fato, pois era a sua sombra que eu comia tranquilamente meu lanche sozinha, pois Mari não gostava de quebrar regras, então não ia para lá.

Mas minha tranquilidade acabou quando uma maçã acertou em cheio a minha cabeça. Olhei para cima enquanto massageava o local atingido e achei o curioso aluno novo de cabelos prateados.

– Desculpe, eu ia te avisar, mas não deu tempo – Ele falou enquanto pegava uma maçã e dava uma mordida – Belo lugar esse, não?

– Como você chegou aqui?! – Perguntei, já que há um segundo atrás ele com certeza não estava ali.

– Isso não importa – Ele deu de ombros – Você tem certeza que não sabe nada sobre essa marca em seu braço?

– Por que quer saber tanto algo que não é da sua conta? – Falei irritada.

– Porque cuidar da vida dos outros é muito mais interessante do que cuidar da minha – Ele falou dando um sorriso maroto, que logo se desfez quando eu taquei uma maçã nele acertando seu peito – Isso DOI!

– Na cabeça também – Bufei e voltei a lanchar.

– Você já  viu a marca ficar azul?

Olhei para ele abismada, pois quando ele falou isso, ele estava sério. Apenas ignorei, terminei o meu lanche e sai do terraço, deixando ele sozinho, mas antes de eu ir embora ele falou:

– Acreditar nos outros é bom as vezes...


–-x—x—x—x--


Depois da aula, fui direto para minha casa. Meu avô não estava, pois tinha ido cuidar de sua loja, então eu tinha a casa inteira só pra mim, e nada para fazer.

– Acho que vou caçar algo nesse casarão inútil – Suspirei.

Joguei minha mochila em um canto qualquer do sofá e fui em direção às escadas. Subi até o terceiro andar da casa e comecei a vasculhar pelos quartos vazios e cheios de poeira, mas como sempre, não tinham nada.

Fui vasculhar o último quarto do andar, e enquanto andava, senti o piso embaixo de meus pés ranger. Olhei para baixo, e vi que estava em cima de uma tábua quadrada, o que era estranho, já que as dos outros quartos eram retangulares.

Me agachei e passei a mão pela tábua que rangeu, e vi que ela estava solta. Tentei usar as unhas para levantá-la, mas não consegui. Procurei algo em meus bolsos e achei um pequeno estilete no bolso do casaco (segurança em primeiro lugar...). O usei para tentar levantar a tábua, e como eu havia pensado, ela estava realmente solta. Botei ela em um canto e percebi que havia um estranho baú ali dentro. Peguei o baú, botei a tábua em seu lugar e fui para o meu quarto.

Examinei a aparência do baú. Parecia ser algo bem antigo. Ele tinha o tamanho de uma caixa de tabuleiro comum, e em sua tampa tinha o nome “Wild” escrito em letras azuis. O nome era a única coisa que parecia nova no baú.

Decidi abri-lo. Dentro havia apenas um grande forro e no meio havia um pequeno broche com o símbolo de uma estranha faca vermelha, com uma pedra dourada no punhal. Fiquei um pouco decepcionada, pois o baú era grande, e nele havia apenas esse broche.

Peguei o broche e fechei o baú, deixando-o embaixo da cama, pois algo me dizia que meu avô não poderia saber disso.

– Pelo menos o broche está em perfeitas condições – Comentei analisando meu prêmio de exploração do dia.

Botei-o na blusa do uniforme e fiquei me olhando no espelho. Enquanto fazia isso, a campainha da minha casa começou a tocar várias vezes.

Desci correndo as escadas e abri a porta, para ver Jullie ofegante com um olhar desesperado. Ela entrou sem pedir e trancou a porta rapidamente.

– Pronto, estamos seguras... – Ela sussurrou, parecia estar falando sozinha.

– Seguras do que?! O que aconteceu com você Ju! – Perguntei preocupada, ela estava em um péssimo estado.

– Não tem como explicar... – Ela parou de falar ao ver o broche em minha blusa – Você também...

Um grande tremor tomou conta da casa. Era como se alguém estivesse tentando arrancá-la do chão.

– Droga, estamos sem tempo... – Ela segurou minha mão e correu em direção as escadas – Eu esqueci meu livro, mas acho que você tem as Scarlets aqui...

– Do que você está falando?! – Gritei, mas ela simplesmente ignorou e me levou até meu quarto.

– Rápido, onde está o baú? – Ela perguntou impaciente.

Mesmo estando SUPER confusa, peguei o baú embaixo de minha cama e o dei para Jullie, enquanto a casa começava a tremer novamente.

– Isso é um terremoto? - Perguntei enquanto a via botar o baú em cima da cama e abri-lo.

– Não. Isso é um Gorgos Negro, logo você vai vê-lo – Ela tirou o forro vermelho, de embaixo dele havia duas pistolas vermelhas com detalhes pretos em uma pedra roxa – Pegue-as.

No momento em que segurei as armas, senti uma onda quente passar por meu corpo, e vi que a marca da minha mão direita estava estranha. Era como se saísse um fogo azul dela. Jullie abriu a janela e gritou:

– Rápido, atire nele!

E foi ai que eu vi. Parecia uma dragão, mas ao mesmo tempo não parecia, e sua cor era negra, com partes roxas.

– ATIRE LOGO!!

Sem saber o que fazer, simplesmente apontei as armas pro monstro e puxei o gatilho. Balas roxas voaram delas e o monstro caiu morto no chão, virando poeira aos poucos e sendo levado pelo vento.

– O que foi aquilo? – Perguntei em choque, não parando de olhar minha marca – POR QUE ESTÁ AZUL?

– É porque... – Seu rosto ficou sério – Você é descendente de Lupus Wild, um membro da Grand Chase.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comente o que acharam, a opinião de vocês irá me ajudar muito ^^
Ja Nee



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Acredite..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.