Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 9
Um pouco confuso, um pouco de tudo


Notas iniciais do capítulo

Como o próprio nome diz ficou dois subtemas no mesmo capítulo, mas eu juro que no próximo vou desenvolver cada subtema direitinho. Digam o que acharam hein?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322478/chapter/9

Acordei e olhei para o meu lado direito e lá estava Felipe dormindo, virei e vi a janela do meu quarto com raios entrando, ao meu lado esquerdo, então olhei para o relógio no criado-mudo e eram 10 horas da manhã. Eu já tinha perdido duas aulas da faculdade!

– Felipe! Acorda! Já perdi duas aulas da faculdade!

– Oi? Hã? O que? - ele resmungou.

– Levanta! - eu gritei enquanto me levantava para me vestir.

– Não vai ter nenhum dia em que você vai acordar ao meu lado e falar "bom dia Fe, dormiu bem"? - ele perguntou ainda com os olhos fechados.

– Bom dia Fe, dormiu bem? Feliz agora?

– Bem melhor. - ele abriu os olhos, levantou, se aproximou se mim e envolveu minha cintura com seus braços - Que tal você mudar seu plano para ficar igual o meu? Bora faltar na faculdade?

– Eu não sei...

Felipe me puxou para mais perto ainda e me beijou, deu corpo e alma no beijo, como se fosse a única coisa que poderia me convencer de faltar na aula, porém para mim era um tanto quanto estranho, há dois dias atrás eu e Felipe éramos amigos e só isso, e agora ele está usando beijo como algo para me convencer. Então eu me afastei dele, saindo também do beijo, o que fez Fe parecer confuso.

– Algo errado? - perguntou.

– Não, só quero ir logo para a padaria, estou com fome.

– Então vamos logo. - ele colocou uma camiseta, uma bermuda e um chinelo e já saiu pela porta do quarto com a chave do carro nas mãos.

Coloquei meus sapatos e o segui, até entrarmos no elevador. Felipe pegou minha mão e logo depois eu a soltei, não dava, era estranho.

– Nós temos que conversar. - falei.

– Por que eu sinto que vou levar um fora?

– Não é um fora, eu só acho muito estranho de uma hora pra outra sairmos da amizade pra isso.

– Não foi de uma hora pra outra, teve uns beijos aí no meio, depois sexo e depois mais beijos...

– Felipe! Você me entendeu!

– Tudo bem, nós podemos ir aos poucos e descobrir o que nós queremos, se é amizade, se é isso, o que for. - eu assenti com a cabeça e me senti mais tranquila após a resposta dele.

A porta do elevador abriu e demos de cara com a garagem, andamos até a minha vaga de visitas, onde estava o carro do Felipe, e entramos no carro. O caminho de casa até a padaria foi engraçado, já que Fe foi cantando músicas da minha banda favorita com a voz desafinada dele. Quando chegamos à padaria eu sentei em uma mesa enquanto ele iria fazer nossos pedidos no balcão. Então comecei a pensar, cheguei a conclusão que tudo no mundo é imprevisível, olhe para mim, quem diria que a menina que estava na balada olhando para um copo de coca-cola dormiria com o cara mais pegador daquela mesma balada.

– Terra chamando Ju. Oi? - saí do meu transe quando uma voz masculina me chamou, me concentrei para voltar ao normal e ver quem era, pois não era a voz de Felipe.

Era Matheus, um colega de faculdade, me lembro dele de várias duplas e grupos que fizemos juntos, ele era um cara legal.

– Oi! Desculpe, ainda estou com bastante sono. - respondi ao chamado.

– Percebi, então você também vai chegar atrasada na faculdade hoje? Posso te acompanhar se quiser.

– Bem eu ainda estou em um conflito sobre ir ou não ir, vou decidir depois do café, mas muito obrigada.

– Magina, eu também estou esperando meu café para depois ir. E relaxa, se você não for posso te passar toda matéria que você perder por mensagem.

– Sério? Isso seria ótimo! Você tem meu número? - perguntei.

– Acho que não, meu celular nem está comigo agora, escreve em algum papel que depois eu salvo seu número.

Peguei um guardanapo, Math me passou uma caneta e então eu escrevi meu nome e meu número, quando fui entregar percebi que ele estava se divertindo um pouco com a cena.

– Qual a graça? - perguntei, curiosa.

– Parece cena de filme, só falta você deixar a marca do batom no guaradanapo. - eu sorri também e dei um beijo no guaradanapo na esperança de ficar alguma marca e logo depois entreguei para ele. - Se cuida Ju.

Matheus foi até o balcão pegar seu café e depois saiu da padaria. E finalmente chegou Felipe com meu café da manhã, ele parecia emburrado, nem olhou na minha cara, chegou, sentou e ficou comendo olhando para o prato.

– Ei zangado, por que você está assim?

– Assim como? Eu estou normal.

– Olha essa não é a primeira vez que eu acordo ao seu lado ou tomo café da manhã com você, eu sei que você não tem isso de mal humor de manhã. Fala logo.

– Acho que você deveria ir pra faculdade, esqueci que tenho um encontro com uma amiga hoje a tarde. - ele não respondeu minha pergunta, só desviou o assunto.

– Fe, por que você está assim? Não vai me dizer que é porque tem um encontro.

Ele nem olhou para mim ainda, então decidi fazer o mesmo que ele fez comigo hoje de manhã. Peguei minha cadeira e aproximei mais ainda da dele, puxei o queixo dele para cima para ele me olhar nos olhos.

– Não faça eu usar meu poder sobre você aqui na frente de todos. - eu ameacei e ele ficou confuso e ao mesmo tempo curioso.

– Você não tem poder nenhum sobre mim. - ele me desafiou. E então eu o beijei, do mesmo jeito que ele me beijou hoje pela manhã para me convencer a faltar na faculdade, com corpo e alma. Quando me distanciei ele ainda estava de olhos fechados, quando os abriu parecia perdido.

– Agora fala.

– Você não pode me beijar assim logo depois de dar seu número de telefone, em um guaradanapo, para um cara!

Após ele desabafar eu analisei se ele estava mesmo falando sério ou se era somente uma brincadeira, quando percebi que era realmente verdade comecei a rir descontroladamente, Felipe estava com ciúme, morrendo de ciúme.

– Eu não acredito. Quem diria? Você me quer só para você, não é?

– Não! Você pode sair com quem você quiser! Mas primeiro você pegou meu melhor amigo bem na minha frente, e agora deu seu número para um cara enquanto eu estava pegando seu café da manhã!

– Bem, e você também ficou cantando uma menina bem na minha frente. Caso você queira saber eu não dei meu número pra um cara aleatorio, ele é o Matheus, ele faz faculdade comigo, eu falei que eu iria faltar hoje e ele disse que poderia me mandar a matéria que eu vou perder por mensagem.

– Você vai faltar mesmo? - ele perguntou, com um sorriso no canto da boca.

– Acho que não, você tem um encontro, né? Não quero atrapalhar, melhor eu ir rápido pra não me atrasar mais ainda. - me levantei, peguei minhas coisas - Melhor você tirar várias fotos com essa tal menina pra me mostrar depois, ou eu vou achar que foi só uma desculpa pra eu ir embora.

– Ju! - ele gritou, mas eu já tinha saído pela porta.

Eu não sei por que eu tive esse ataque, ele estava só com ciúmes, isso é fofo, né? Talvez seja, mas eu não quero nada sério, não assim de um dia pro outro, eu quero só Julieta e Felipe sendo amigos, com alguns benefícios, mas não mais do que isso. Com o relacionamento sério vem as brigas, discussões e então tudo perde a graça.

Fui andando fazendo o caminho para o metrô, que me levaria até a faculdade em 15 minutos. Só espero que não esteja muito lotado, não estou com paciência nenhuma para velhos me encostando.

– Ei Ju! - olhei ao redor para encontrar quem gritava pelo meu nome e vi Matheus, dentro do carro com a cabeça pra fora da janela, olhando para mim enquanto o sinal estava vermelho - Vai para a faculdade afinal?

– Sim, eu decidir ir. Estou indo para o metrô. - respondi.

– Metrô o caramba, entra aí no carro - ele abriu a porta para eu entrar - eu já estou indo pra lá mesmo, não custa nada. - eu entrei e me acomodei.

– Obrigada. Você chegou aqui só agora? Você saiu da padaria bem antes de mim.

– Passei em casa pra pegar o carro, fiquei com preguiça de ir de metrô. - respondeu, enquanto dirigia - E você? O que te fez mudar de idéia sobre faltar?

– Imaginei o quanto a professora Maria iria fazer da minha vida um inferno. - nós dois rimos.

A professora Maria era a senhora mais brava e ranzinza que eu já vi na minha vida, e ela sente um ódio enorme pelos alunos que faltam na suas aulas, sendo muito mais exigente e chata com esses alunos, a última coisa que eu quero é a raiva dela, e ter que ficar com o Felipe para conversar sobre relacionamentos.

– Aquela mulher é maluca. Você fez a coisa certa, eu não sei se também sou uma ótima fonte de matéria, eu estou indo bem mal em várias aulas.

– Nossa! Eu posso te ajudar com a matéria. - propus.

– Tá falando sério? Seria ótimo, eu tô precisando mesmo. Que dia você pode?

– Hoje a noite, amanhã quem sabe.

– Amanhã por mim ta perfeito. Eu te mando uma mensagem depois que eu estudar hoje pra falar o que eu tô entendendo nada. - ele respondeu, entusiasmado, o que me fez estranhar. Será que ele estava considerando isso tudo um encontro? Era só o que me faltava.

– Ok, e eu te mando o endereço da minha casa e o melhor horário pra mim.

Bem, se isso é um encontro já está marcado, mas eu espero que seja somente uma noite de estudos, porque mal dou conta do Felipe, imagina do Felipe e Matheus juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me falem o que vocês esperam para os próximos capítulos e me informem qualquer erro e coisas do gênero! Por favor me falem o que vocês acharam ♡



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Julieta E Seu Rom...ops Felipe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.