Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 4
"Minha casa, minhas regras"


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei bastante pra postar esse cap, me desculpem, andei meio sem inspiração, mas consegui terminar, o próximo eu já comecei. Espero que vocês gostem, comentem. Obrigada ♥



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– Fe? Oi é a Julieta. – falei pelo telefone

– Eu sei quem é, anta. Fala logo o que você quer.

– Olha vou deixar bem claro que você está sendo minha ultima opção. – comentei um pouco envergonhada – Mas o meu apartamento vai reformar e eu não posso ficar lá por uma semana...

– Você quer ficar aqui em casa? É isso? – ele começou a rir loucamente – Por que não pediu para a sua mãe?

– Eu pedi, mas ela disse que não ia dar muito certo, pois ela está pintando a casa dela e eu tenho alergia.

– Não seja por isso, eu também estou pintando o meu apartamento, com a linda cor “contra Julieta”.

– Felipe, vai tomar no...

– Cuidado com a boca, seja uma dama, Juju. Você pode vir sim, por uma semana.

– Sério? Obrigada! Te amo!

– Me ama nada, você me odeia.

– Verdade. – respondi

Desliguei o telefone aliviada, e eu acho que vou precisar de um psicólogo pra não estressar com o Felipe todos esses dias da semana e nem tentar matar meu grande namorado falso.

O resto do dia eu fui pra faculdade e pro trabalho depois, tudo estava tranquilo, peguei um metrô e fui até a casa do Felipe que já tinha enviado o endereço por mensagem logo depois de eu pedir para ficar por lá.

Finalmente achei o prédio do Fe, e o porteiro mal fez perguntas e já me deixou entrar, a única coisa que ele disse foi “enfim o Seu Felipe conseguiu uma namorada mais gostosa...quer dizer, interessante” o que me fez pensar que aquele cara era ou cego ou estava na seca fazia muito tempo. Achei melhor nem responder, só fingi que não ouvi e fui até o apartamento.

– Felipe! Cadê a campainha dessa coisa? Atende aqui!

– Já vejo que nos próximos dias você vai me irritar mais do que quando minha mãe vem passar um tempo comigo. – respondeu enquanto abria a porta.

– Serei um anjo, prometo.

– Julieta e anjo, que lindo paradoxo. – ele respondeu.

– Cala a boca.

– Não disse? Enfim, fiz um jantar para nós, mas não acostuma porque será só hoje.

Ele me levou até a cozinha que estava com uma mesa toda arrumada. O apartamento dele tinha dois quartos, não era tão grande, mas era arrumado para um homem de 20 anos que mora sozinho.

– Poxa, cadê nosso jantar à luz de velas? – ele sorriu um pouco envergonhado – Brincadeira, está ótimo, obrigado por me aceitar aqui.

– De nada, mas só avisando de sexta e sábado você ficará no seu quarto e eu aqui na sala com as minhas meninas.

– Tudo bem, menino pegador, mas por favor faça pouco barulho, quero dormir sem morrer de nojo. – respondi rindo.

Jantamos e logo depois Felipe me levou para o “meu quarto” que na verdade é o quarto dele onde ficam todos os vídeo games e livros.

– Você lê? Tipo...livros? – perguntei surpresa.

– Claro, só porque eu sou bonito e descolado não significa que também não sou culto.

– Não esqueça que você é muito modesto também. – falei com ironia.

– Ai ai, isso ai, bonito, culto, modesto, descolado e engraçado. Agora eu sei porque você me namora. Enfim, boa noite Juju.

– NÃO SOMOS NAMORADOS!

– Minha casa, minhas regras. E somos só de brincadeirinha, menininha brava.

Ele deu um beijo na minha testa e saiu do quarto, minha cama já estava arrumada e tinha um abajur do lado. Eu estava me sentindo confortável, até eu dormir e ter mais um daqueles pesadelos. Morte do meu pai. Acordei e me senti como uma criança indo até o quarto da mãe durante a noite pra pedir ajuda, mas comigo era até o quarto do Felipe e eu ainda nem sabia o que falar ou o que pedir.

– Felipe?

– Julieta? Hm, algo de errado?

– Bem, eu tive um pesadelo.

– Ah, não, não, não. Vou fingir que você não disse isso, ok?

– É sério. Você pode fazer um chocolate quente ou um chá? Isso costuma me acalmar e eu não sei onde ficam as coisas.

– Argh.

Ele levantou estressado e foi até a cozinha. Fez meu chocolate quente e ficou em pé me observando, eu estava com vergonha, não conseguia olhar pra ele por muito tempo já que ele dormia só de cueca.

– Sonhou com o quê? – ele perguntou com voz de sono.

– Particular, quem sabe um dia te conto.

– Não vou questionar, muito sono.

Acabei meu chocolate quente, Felipe voltou para o seu quarto, quando eu estava indo para o “meu quarto” ele pegou minha mão e me guiou para o seu quarto também.

– Acha mesmo que eu vou correr o risco de você ter outro pesadelo e me fazer levantar?

– E você acha mesmo que esse pesadelo me fez mal ao ponto de eu dormir na mesma cama que você.

Ele deitou na cama, foi para o lado e continuou segurando a coberta pra eu entrar. Felipe fez uma cara de bravo e eu entrei dentro da coberta com medo.

- Boa noite, criancinha.

- Boa noite, inútil.


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