The Lucky One escrita por Helo Hudson


Capítulo 2
The Lucky One - A Fotografia


Notas iniciais do capítulo

Esses primeiros capítulos podem parecer que a história vai ser bem chata e cansativa.. mas é só no começo, depois começa a ação e o romance.
Ps: Obrigada a todos que mandaram reviews na fic! :D



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Finn Hudson parou no estacionamento de um hotel precário na entrada da cidade de Hampton, pegou a tijela e colocou o restante da comida do cão. Enquanto Spark comia, Finn ficou observando a cidade, era uma cidade muito pobre e carente. As lojas estavam todas vazias e percebeu a decadência nos telhados.

Mesmo assim era estranho. Estar ali. Não tinha certeza de como Hamptom seria, mas não era assim.

Isso não importava, enquanto Spark acabava de comer, tentou calcular quanto tempo demoraria a encontrá-la. A mulher da fotografia. A mulher a que viera encontrar.

Mas ele iria encontrá-la. Disso tinha certeza. Pegou sua mochila – Está pronto?

Spark afirmou com a cabeça e eles seguiram atrás de um quarto para passar a noite. Eles foram em direção a recepção para fazer o cadastro.

Até ter encontrado a fotografia, a vida de Hudson seguia como há havia planejado. Ele sempre tinha um plano. Quis ser bem sucedido na escola e conseguiu; quis praticar esportes e cresceu praticando futebol americano na escola ( assim ficou forte e ágil). Quis praticar bateria em casa e tornou-se competente o suficiente para compor sua própria música. Depois de se formar no colégio de Lima, planejou entrar para os fuzileiros Navais. E o recrutador ficou emocionado com sua decisão de alistar-se como soldado em vez de oficial. Chocado, porém emocionado. A maioria dos estudantes não mostrava interesse por esse cargo, mas era exatamente isso que ele queria.

Seu pai havia sido um bom fuzileiro por quinze anos, havia ganhado prêmios no Vietnã, e pelos anos que serviu em Granada, Panamá, Bósnia e na primeira Guerra do Golfo. Era um grande homem e muito conhecido. Seu pai havia falecido deu um ataque cardíaco em um infarto agudo que veio do nada. Em um instante estava tirando a neve da entrada da casa com a pá e, no outro, estava morto. Isso havia acontecido com Hudson quando tinha apenas 4 anos na época.

A maioria dos soldados não passa de crianças. As pessoas se esquecem disso ás vezes. Estavam confiantes, bem treinados e ansiosos para entrar em ação, mas era impossível ignorar a realidade de que estava para acontecer. Alguns deles morreriam. Alguns não conseguiam dormir outros dormiam o tempo todo. Era triste em um dia você estava falando com seu amigo e no outro ele estava morto.

Certo dia Finn resolveu jogar Poker para esfriar a cabeça. Seu velho amigo havia o ensinado a jogar, conhecia o jogo... ou pelo menos achava que conhecia. Não demorou muito tempo para descobrir que havia gente que conhecia muito mais. Nas primeiras três semanas, perdeu tudo que havia ganhado desde que se decidiu alistar-se, isso o deixou de muito mal humor por vários dias. Detestava perder.

O único antídoto eram as longas corridas que fazia assim que acordava antes mesmo do nascer do sol. No fim de uma das suas corridas, quando já avistava as tendas, começou a diminuir o ritmo. Nessa hora, o sol já começava a nascer no horizonte, espalhando seus raios dourados pela paisagem árida. Recuperava o fôlego com as mãos na cintura, quando viu o brilho pálido de uma fotografia, meio enterrada na areia. Parou para pega-la, tirou o pó para ver a imagem com mais nitidez e foi então que viu pela primeira vez.

A morena sorridente tinha olhos brilhantes cor de chocolate, vestia uma saia xadrez e uma camiseta estampada com as palavras “Garota de sorte”. Ao fundo, havia uma faixa com os dizeres “ feira de Hamptom” e um cachorro com o focinho grisalho ao lado dela. No verso da fotografia, havia a seguinte frase manuscrita: “Se cuida! E”.

Não que ele tivesse percebido isso tudo de uma vez. Na verdade, seu primeiro instinto havia sido jogar a fotografia fora, ao voltar ao acampamento colocou a foto em um mural de avisos caso álguem tivesse perdido que recuperasse a foto.

Uma semana se passou, depois dez dias. Ninguém pegou a fotografia. Nessa altura, seu pelotão treinava todos os dias e muitos soldados ainda jogavam várias partidas de Poker, e muitos homens já haviam perdido quase 10 mil dólares. Finn, já havia desistido de jogar fazia tempo, depois de ser humilhado, preferia passar o tempo refletindo sobre as próximas invasões e com pequenos gravetos que encontrava finjia tocar e tentava memorizar musicas de bateria. Três dias antes da próxima invasão, viu a foto ainda presa ao quadro de avisos e, por razões que nunca compreendeu bem, tirou-a de lá e a colocou no bolso.


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Notas finais do capítulo

Curiosos pro próximo capítulo? haha
Reviews? :)