New life, new love. escrita por Alice Fontinelle


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Entãaaaaaaaaaaaaaaaaaao, começando >



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‒  Mariaaaaaaaaaaaaaaaanne – Pedro disse querendo me acordar, e bem, ele conseguiu – vamos, temos que nos arrumar.

‒ Hã? Nos arrumar? A gente vai pra onde?

‒ Pra lugar nenhum, maninha. Eu vou fazer uma festa aqui, você sabe né? Já são 15:30 e nós temos que arrumar a casa para minha festa. Eu já comprei tudo então só precisamos arrumar mesmo. Ah,  o pessoal só chega de noite, mas a casa tá super suja.

‒ COMO ASSIM SÃO TRÊS HORAS DA TARDE PEDRO?

‒ É dorminhoca, acredite se quiser. Bom, agora vou deixar você ir tomar seu banho e fazer sei lá o que você faz quando acorda.

Dito isso ele me deixou sozinha no meu quarto, peguei uma blusa branca bem leve e um short jeans e fui tomar meu banho. Entrei no box e liguei o chuveiro, resolvi tomar um banho gelado para que eu acordasse de vez, eu tinha que ajudar meu irmão nessa festa. Comecei a pensar em tudo enquanto a água passeava pelo meu corpo. Como eu, uma garota tão preguiçosa e anti-social, posso ter um irmão tão popular e festeiro, tá tudo bem, eu posso não ser a pessoa mais anti-social do mundo, mas bem, eu só não gostava de ter que agradar a todos e muito menos ter que aguentar os comentarios de todo mundo, isso tudo era cargo do meu irmão, como podiamos ser irmãos e tão diferentes? Fazer o que né, a vida sempre sendo ironica. Terminei o meu banho rapidamente, me troquei e fui ver o que eu tinha pra fazer.

‒ Então grandão, você precisa da minha ajuda pra quê?

‒ Ei anã, só porque eu sou maior que você não quer dizer que eu seja tão grande assim, viu? – disse ele bagunçando meu cabelo.

‒ Nem sou tão pequena assim tá? – eu disse ficando de ponta de pé pra ficar do mesmo tamanho que ele, ou quase – Tá, talvez eu seja. Mas o que eu faço?

‒ Bota essas coisas aqui na geladeira.

Fui em direção a nossa nova cozinha, tinhamos nos mudado a pouco tempo, mais ou menos 2  semanas, nós moravamos com a nossa tia desde a morte de nossos pais a 5 anos, mas como o Pedro já tinha 20 anos e eu 16 decidimos vir morar no nosso proprio apartamento, por mais que amassemos nossa tia e com certeza ela nos ama também, sabiamos que uma hora ou outra iriamos ter que sair dali, e essa hora chegou e Pedro como o grande festeiro que ele é tinha que fazer uma super festa de comemoração, como eu não tinha me enturmado ainda ele me convenceu a fazer isso para conhecer novas pessoas, mas eu só aceitei porque sabia que ia deixar ele feliz, a realidade é que eu não gostava muito do estilo das pessoas dessa cidade, preferia meus amigos antigos, na capital tudo era mais exagrado, mais complicado, no interior que moravamos antes era tudo bem mais fácil, só que eu havia prometido a ele que eu pelo menos tentaria fazer amigos, e ao que parecia ele já tinha feito bastante amigos novos, pois é, mudamos de cidade mas ele será o mesmo para sempre. Meu celular começou a tocar.

‒ Alô?

‒ Já esqueceu dos amigos é? Bom saber. É Vanessa aqui, da sua cidade antiga lembra? Nós costumavamos ser amigas, costumavamos nos falar, mas agora tá assim né, nem lembra mais de mim.

‒ Cala a boca sua ridicula, nem te esqueci, só não reconheci sua voz, eu estava distraida aqui – falei e ouvi uma risada do outro lado a linha – Acredita que Pedro está fazendo uma festa?

‒ Lógico que acredito, vocês mudaram de cidade Mari, e não de vida. Bom, eu só liguei pra saber se estava tudo bem mesmo, e agora eu tenho que desligar porque eu marquei pra sair com minha mãe e você sabe como ela é – rimos juntas.

‒ Sei sim, manda um beijo pra ela e pra todos ai. Depois eu ligo pra você pra a gente conversar melhor. Beijos.

Voltei a colocar as coisas na geladeira e fui assistir televisão.

‒ Peeeeeeeeeeeedro. Que horas sua festinha começa? E que horas são?

‒ O pessoal deve está chegando umas 22:00 horas. E agora são – ele fez uma pausa, provavelmente pra olhar no relógio a hora – 19:00 horas.

Voltei a assistir televisão, mas o que eu estava assistindo tinha acabado, então fui procurar alguma coisa em outros canais, estava passando Bob Esponja e como sou muito fã dele fui assistir. Acabei adormecendo.

“Peeedro, vem aqui. Você tá perdendo.” Escutei alguém falar e acabei acordando, espera ai já tem gente aqui em casa? Que horas são? Merda, já são 22:30. Fui tomar meu banho e me arrumar para “tentar me enturmar”. Coloquei um vestido preto, um pouco curto e colado ao corpo, mas nada extravagante demais, calcei uma sapatilha, não sou muito fã de saltos, apesar de que me ajudariam bastante devido minha altura, mas enfim. Estava um pouco receiosa para o que teria nessa festa, Pedro havia me afirmado que não tinha chamado apenas os amigos dele da faculdade, é ele faz faculdade. Ele está fazendo o terceiro ano de arquitetura, apesar dele ser esse fanfarrão ele também é estudioso. Tomei coragem e desci.

Estava procurando Pedro, queria falar alguma coisa com ele, ou talvez eu só estivesse querendo ver ele mesmo e me nortear nesse lugar cheio de gente. Avistei ele e fui em sua direção quando alguém esbarrou em mim.

‒ Opa, olha por onde anda – ouvi a pessoa dizer para mim.

‒ Ei, quem esbarrou em mim foi você – falei olhando para traz. Era um garoto loiro de olhos azuis, acho que ele estava um pouco bebado e eu estava sem paciencia nenhuma. Continuei andando antes que eu falasse alguma coisa que daria em briga.

Achei Pedro e sai correndo em sua direção.

‒ Ei maninha, vou te apresentar umas pessoas aqui.

Ele disse e foi andando e eu fui o seguindo. Ele parou perto de um sofá onde tinha três meninos que aparentavam ser da minha idade. Um deles tinha um cabelo preto, a pele bem clara e seus olhos azuis chamavam bastante atenção, o outro era moreno com o cabelo castalho e olhos bem marrons, e o ultimo era quase loiro e usava oculos e seus olhos eram pretos. Eles pareciam ser legais e bem divertidos.

‒ Meninos, essa daqui é a minha irmã Marianne. Mari, esses aqui são Daniel, Otávio e Rodrigo. Eles estudam na mesma escola que você, mas são um ano mais velhos. E agora vou deixar vocês aqui porque eu tenho que ir.

‒ E ai ruivinha, como você tá? – Otávio perguntou.

‒ Eu to bem. Mas ruivinha? Sério? Não tinha um apelido mais criativo que esse não?

‒ Você é pequena, ruiva e tem sardas, nada mais criativo que isso.

‒ Ah, então tá certo. Vocês estudam lá no *nome da escola* é?

‒ Aham. Lá é muito bom, mas nunca te vi lá antes.

‒ É que eu entrei lá esse ano e como nós só tivemos uma semana de aula não acho muito dificil de ninguem saber que eu existo lá. Mas mudando de assunto aqui, só você sabe falar ou eles me odeiam?

Todos riram.

‒ A gente sabe falar. E não te odiamos. Pelo menos não ainda, você parece ser muito chata – Daniel disse rindo.

‒ Eu? Chata? Falou o menino que não tinha falado nada até agora. Mas tá certo. Vocês conhecem meu irmão da onde?

‒ Todo mundo conhece o seu irmão por aqui, nem parece que acabaram de chegar na cidade. – respondeu Rodrigo.

‒ E porque vocês ficaram aqui isolados?

‒ Ei, não estamos isolados. Mas nós não conhecemos muito essas pessoas e também não fazemos muita questão de conhecer.

‒ Ah, então são dos meus – todos riram – Cansei disso aqui já. Querem ir lá pra dentro? A gente pode assistir alguma coisa, ou jogar video-game e melhor de tudo ainda podemos comer.

‒ Você geralmente convida as pessoas para ir para seu quarto quando você acaba de conhece-las ou foi só com a gente mesmo? – perguntou Otávio querendo fazer graça.

‒ Na verdade vocês são os primeiros. Mas e ai? Eu vou entrar, se quiserem ir me sigam.

Fui na frente e eles me seguiram, eles eram muito legais, principalmente o Otávio, fiquei muito aliviada em saber que eles estudavam no *nome da escola* também, poderiamos conversar lá e eu não ficaria mais sozinha, bem eu não ficava exatamente sozinha lá, mas tudo bem, eles me pareciam melhor do que outras companias que eu conseguiria naquela escola.

‒ Bonito quarto ruivinha.

‒ Obrigada. Sentem ai, fiquem a vontade. Querem fazer o que? Mas não se acostumem com essa hospedagem toda que estou dando a vocês, porque eu geralmente não sou assim.

‒ Sabia que era chata – disse Daniel.

Ficamos conversando por horas no meu quarto até que 04:10 eles tiveram que ir. Tomei um banho e quando percebi que todos tinham ido embora fui falar com Pedro.

‒ Entra Mari.

‒ Como foi a festa?

‒ Foi ótima pra mim. E pra você? Quase não te vi.

‒ Foi legal, eu fiquei conversando com os meninos que você me apresentou, eles são bem legais. Obrigada.

‒ Ei maninha, dorme aqui comigo hoje? Por favor.

‒ Não muda nunca né? Vai tomar banho que eu durmo com você. – Pedro sempre com essa mania de querer dormir comigo, sempre fomos muito grudados, como uma pessoa só que foi dividida, e bem quando foi dividida ficamos bem diferentes. Mas tudo bem.

‒ Pronto, tomei banho – disse ele logo depois de ter saido do banheiro e se deitando ao meu lado na cama. – Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, se alguém ler deixe review por favor kk, é isso ai, nos vemos no próximo.