Me Perdoa... Eu Te Amo escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 12
Quebra-Cabeças


Notas iniciais do capítulo

E cheguei ao fim da minha primeira fic. Foi bom demais. Foi a fic que eu mais gostei de fazer e vou ser sempre um eterno apaixonado por ela.

Eu tentei fazer o mais possível do que eu imaginei. TENTEI não deixar muito melosa, mas tenho quase certeza que tem partes que ela tá muito melosa e muito repetitiva e como era o ultimo, tentei fazer algo grande, mas não ficou tanto assim, mas beleza.

Enfim, espero que gostem do ultimo capítulo (:



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Blaine dirigiu para o único lugar que ele poderia tentar se imaginar vendo Kurt. Ele foi pra praia. Você poderia pensar na Dalton, mas qual a cor que mais poderia chegar perto da cor dos olhos de Kurt? Exatamente. Mas essa praia não era apenas um praia comum. Foi onde ele e Kurt tiveram alguns momentos juntos. Dias ensolarados maravilhosos, brincadeiras, tudo isso perdido.

Blaine estava sentando na areia da praia. Sem sapatos, com a barra da calça dobrada, sem a gravata e com a camisa aberta. O rapaz tinha os olhos fechados e absorvia toda a energia do sol, o cheiro do mar, o som das ondas. Mil coisas passavam em sua cabeça, todas centralizadas em Kurt.

Blaine ignorou todas as chamadas que recebeu no celular. Eles podiam ficar preocupados o quanto quiserem, agora sem Kurt, o moreno nunca mais estaria bem. No fundo, ele tinha a esperança de Kurt, mas sabia que nunca receberia, já que o toque do celular do castanho era o único diferente.

Depois que o sol havia ido embora. Depois de 112 ligações perdidas, sendo 40 de Coop, Blaine resolveu ir para a casa. O moreno se dirigiu ao carro sabendo que quando chegasse em casa, receberia uma bronca enorme de sua mãe. Mas o problema é que hoje o seu dia não teria sido maravilhoso que pudesse compensar a gritaria de sua mãe...

[...]

A situação de Blaine havia ficado pior do que nas férias. Depois de uma semana que soube que Kurt não iria mais voltar à Ohio, o rapaz tinha ficado mais magro, com o cabelo maior, deixado a barba crescer, mais pálido, ele havia se descuidado totalmente, já que não teria ninguém para quem se arrumar ou a quem talvez pudesse se arrumar. Hoje em dia ele não falava mais com ninguém, havia saído do New Direcitons, não perguntava sobre Kurt e o mesmo não tinha dado sinal de vida.

Blaine estava no auditório, com um piano preto, igualmente à sua roupa. Com as luzes bem baixas. Ele não queria desabafar com ninguém. Ele se sentia sozinho. O único modo de tentar se livrar daquela dor que a cada dia o consumia mais, era cantando.

Same bed, but it feels just a little bit bigger now
Our song on the radio, but it don't sound the same

Tennage Dream…

When our friends talk about you
All that it does is just tear me down
Cause my heart breaks a little
When I hear your name
And all just sounds like ooh, ooh, ooh, ooh, ooh

O rapaz alternava em olhar o auditório ou olhar para as teclas.

Too young, too dumb to realize
That I should've bought you flowers and held your hand
Should've give you all my hours when I had the chance
Take you to every party
Cause all you wanted to do was dance
Now my baby is dancing, but he's dancing
With another man

Como uma pessoa podia ficar tão quebrada? Se sentir um nada? Como que em alguns meses, um belo rapaz de 16 anos iria mudar a vida de Blaine de uma tal maneira; que hoje, com o termino dos dois, Blaine se sentia no fundo no poço, o pior dos seres humanos.

My pride, my ego
My needs and my selfish ways
Caused a good strong man like you
To walk out my life
Now I never, never get to clean up
The mess I made
And it haunts me every time I close my eyes
It all just sounds like ooh, ooh, ooh, ooh, ooh

Parecia que alguém havia vigiado o que Blaine tinha passado nesses meses. Como Bruno Mars poderia passar por tudo que Blaine passava? Era exatamente a mesma coisa. O mesmo sentimento de culpa, o mesmo arrependimento, a mesma dor.

Too young, too dumb to realize
That I should've bought you flowers and held your hand
Should've give you all my hours when I had the chance
Take you to every party
Cause all you wanted to do was dance
Now my baby is dancing, but he's dancing
With another man

Ao mesmo tempo que cantar essa música era praticamente um desabafo com um ombro amigo, era um soco inesperado na barriga. Blaine queria mudar tantas coisas. Evitar tantas coisas. Mas a única coisa que acontecia era pensar em Kurt com outra pessoa, chorar e desabafar para o piano.

Although it hurts
I'll be the first to say that I was wrong
Oh, I know I'm probably much too late
To try and apologize for my mistakes
But I just want you to know…

Blaine havia subido para um tom bem mais alto do que a música pede. Era como um tiro no meio da escuridão. Um pergunta para o nada que com certeza não receberia uma resposta.

I hope he buys you flowers, I hope he holds your hand
Give you all his hours when he has the chance
Take you to every party cause I remember
How much you loved to dance
Do all the things I should've done
When I was your man

Blaine chorava. Agora ele havia descido o tom, ele cantava como se estivesse sussurrando para alguém. Ele tocava as notas do teclado com tanta suavidade, parecia alguém que jamais havia conhecido o instrumento e dedilhava como se fosse a coisa mais simples e divertida do mundo. A voz era suave como as ondas do mar, subiam e desciam como se fossem um nada, mas com um poder esplendoroso. Chegava a ficar com peito inchado de dor, mas sem errar uma nota. Sem errar uma palavra. Sempre sendo solenemente, levado pela música.

Do all the things I should've done
When I was your man...

Kurt. Joseph. Pela música poderiam até achar que Blaine havia aceito o fato de nunca mais ter o ex-namorado de volta. Mas não, ele não havia aceito e nunca aceitaria. Se pudesse, poderia morrer solteiro. Poderia morrer agora. Blaine abaixou a cabeça em cima do piano e chorou. Chorou novamente, pela que parecia ser a milésima vez, mas não tinha como controlar. Ele sentia muita saudade de Kurt.

Clap, clap, clap, clap

A cada palma que se escutava, era um novo passo.

– Seja lá quem for, vá embora. Não quero conversar com ninguém.

– Vim de muito longe pra ir embora assim.

Era impossível. Tinha que ser impossível. Blaine deveria estar em algum colapso ou ter finalmente enlouquecido. Aquilo. Aquela voz. Não poderia ser.

Blaine mesmo com receio e medo de se decepcionar por realmente ser uma ilusão. Se virou. Sim, ele estava certo.

Sim, era o único: Kurt Hummel.

Era como alguma coisa ou alguém tivesse o trazido de volta à vida. Como se só por estar alguns metros longe de Blaine, Kurt Hummel teria trazido toda a luz e alegria que um dia houve na vida do rapaz. Como se aqueles escuros e tristes meses não tivessem passado apenas de uma lembrança ou apenas um pesadelo. E Kurt, aquele que cuidaria de Blaine, aquele que protegeria Blaine até que ele estivesse de volta ao mundo dos sonhos.

– K-kurt? O... O-o que você faz aqui? – Blaine tinha o tom de voz baixo. Era por não estar acreditando no antigo Kurt de volta.

Sim, antigo Kurt. Cabelos totalmente castanhos, sem piercings, sem jaqueta de couro. Apenas com as botas Doc Martens, as calças pretas e coladas, as camisas do Marc Jacobs e o incrível topete com meio litro de laque. Como era bom ver aqueles olhos azuis de novo, aquele sorriso bobo e rosado, aquela pele de porcelana.

– Nova Iorque ainda não é meu lugar. – Disse o castanho se aproximando e olhando ao redor do auditório. – Ainda. – Kurt sorriu para o nada. Provavelmente se lembrava de algo. Ou alguém. Blaine assistia tudo com muito cuidado e com o coração acelerado. – E tenho coisas a terminar aqui e outras à continuar. – O mais velho olhou para Blaine. Que sorriu e olhou para as mãos em seu colo.

– Mas... Você tinha uma oportunidade de ouro. – O moreno disse ainda olhando para as mãos.

– Sim, eu sei. Mas como eu disse, tenho coisas a resolver. Primeiro terminei a Pré-NYADA e como não aceitei me mudar de escola, vou continuar aqui e no fim do ano letivo, tentarei o teste da NYADA.

– Mas o que tanto quer aqui? – Blaine perguntou com lágrimas nos olhos.

– Coisas que deixei pra trás e que senti saudades. Quero meus amigos de volta. Quero minha família de volta. Quero minha escola de volta. – Kurt sentou do lado de Blaine e levantou o queixo do moreno. – Quero meu Blaine de volta.

Pior do que ouvir o que não se espera, é ouvir o que se espera. Blaine tinha o coração completo de volta. Ele estava cheio, alegre, com viva. Com amor. Ele tinha o amor de Kurt novamente. Mesmo que pareça meloso e repetitivo. Blaine não entendia como uma pessoa podia fazer aquilo. Com apenas cinco palavras, havia salvado Blaine. Havia mudado o que há cinco minutos atrás ele achou que jamais poderia acontecer.

– Blaine... Me contaram tudo o que houve quando eu estive fora. Eu pedi para não contarem noticias sobre mim. Eu sei que foi egoísmo da minha parte. – Kurt limpava uma lágrima que tenta escorrer. Blaine prestava toda a atenção naqueles olhos. – Mas, comigo por perto e sabendo o que acontecia comigo, você nunca entenderia o que você teria que fazer para receber o meu perdão. Então eu... – Kurt fechou os olhos e direcionou a cabeça para o teto, tentando conter o fluxo de lágrimas, respirou fundo e voltou a olhar o baixinho. Blaine tentava não chorar. – Eu fui embora. Eu peguei minhas coisas, comuniquei apenas meu pais e Finn. Provavelmente os outros ficaram sabendo depois. Então nesses meses eu aprendi muito Blaine. Aprendi coisas maravilhosas, conheci pessoas incríveis. Mas tudo que eu sempre queria e sempre vou querer, vai estar aqui. Com você. Porque... – Kurt não conseguia mais falar.

– Porque somos um quebra-cabeças. Porque você é a minha outra metade, Kurt. Você é a minha outra peça. Sem você, eu fico cego, sem você fico surdo. Não funciono sem você. Temos uma ligação que provavelmente existiu, se realmente existir, em outras vidas. Em minutos atrás eu não queria ter mais um minuto de vida, agora com você aqui, me dizendo essas coisas, e-eu só quero viver cada segundo da minha vida intensamente, sem pensar em consequências ou se vai dar certo. Por você, Kurt, eu sou capaz de qualquer coisa. – Kurt já deixava as lágrimas correrem livremente pelo rosto. Blaine segurava as mãos do rapaz com muito convicção. - Você sempre vai ser aquele mesmo garoto pra quem cantei “Teenage Dream”. Eu tive o azar de fazer esperar por mim e por acreditar em mais alguém que não fosse você, mas eu agradeço por ter a sorte de ter te conhecido tão jovem. Kurt, você sempre vai ser meu sonho adolescente. Você sempre vai ser minha peça perdida. A quem sempre vou ter que encontrar, não importa quando ou onde. Onde sempre no final estaremos ligados. Porque é assim que tem que ser. E não importa o que aconteça, sempre. Sempre – Blaine avançou em Kurt, olhou no fundo da imensidão azul, que agora com as lágrimas, parecia mais fiel ainda ao mar, e segurou a mandíbula dele. – Estaremos e ficaremos juntos. Kurt e Blaine. Blaine e Kurt. Amigos, namorados e futuramente assim espero, maridos. Kurt, eu te amo. Você é o amor da minha vida. Tudo o que eu sempre quis e nunca mais irei trocar. Me desculpa por ser o cara mais idiota e descuidado do planeta.

Kurt parecia maravilhado com o que tinha te escutado. Era o que deis do início ele sempre quis ouvir. O que ele sempre sonhou em ouvir e até mesmo se imaginava ouvindo. Mas aquelas palavras finalmente haviam se tornado reais. Com a suas verdadeiras magnitude e paixão. Kurt vivia tudo de melhor que um cara pudesse pedir. Kurt novamente era feliz.

– Blaine... Eu também te amo. E eu te perdoou.

Blaine não aguentou e avançou aos lábios de Kurt. Aquele beijo onde ele pode sentir o gosto da lágrima, mas também o doce gosto de morango do hálito de Kurt. Aquela dança de línguas que se encaixavam e se entendiam tão bem. Blaine aproveitou e colocou a mão atrás do pescoço de Kurt, puxando um pouco a parte de baixo do cabelo do rapaz, ele também segurava com a outra a mandíbula de Kurt. Kurt tentava respirar com toda força que conseguia e se segurou no tríceps de Blaine para que não caíssem do banco do piano. Ele tinha esquecido o quão bom os dois eram naquilo. O quão bom Blaine era naquilo.

Eles se separaram por falta de ar e juntaram as testas respirando pesadamente. Rindo. Novamente felizes. Novamente juntos

– Então. Kurt Hummel. – Blaine encara sem folego os olhos de Kurt. – Você aceita ser meu namorado? Novamente. – Blaine deu uma leve risada.

– Odeio quebra-cabeças sem suas peças. – Com isso Kurt sorriu e voltou a beijar Blaine.

Depois que os dois haviam conversado um pouco sobre tudo. Sobre eles, sobre o que viveram nesse tempo e o que pretendiam viver dali pra frente. E até mesmo depois de muito beijos e caricias. Eles resolveram ir para casa de Blaine.

Quando os dois estava saindo do auditório de mãos dadas, Blaine disse:

– Kurt...

– Sim?

– Só me prometa... Uma coisa.

– Qualquer coisa.

– Nunca mais me abandone.

– Eu nunca faria isso...


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Notas finais do capítulo

E foi isso. Acabou assim (':
Deixem os seus reviews e possíveis recomendações. Não sei se vai rolar continuação.

Músicas do Capitulo: http://letras.mus.br/bruno-mars/when-i-was-your-man/traducao.html

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