Mudanças escrita por Ruby


Capítulo 9
Meu porto-seguro.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Como vocês estão? *-*
Desculpem a demora, mas a faculdade voltou com tudo! Consegui pegar 4 estágios esse ano. Meu tempo livre vai ser quase inexistente, mas se tudo der certo, terei um tempinho livre pra escrever a Parte 2 de Mudanças e postar pra vocês ♥
Bora pro capítulo? Voltamos ao POV Bella ^^
Espero que vocês gostem e não sofram muito! rs ♥



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Eu estava tremendo. Minhas mãos tremiam tanto que eu mal conseguia segurar o telefone. Minhas pernas ficaram bambas de repente e eu me agarrei na borda da mesa para não cair.

– Srta. Swan?

Sam voltou a me chamar, mas eu não conseguia responder. Minha voz não saía, por mais que eu tentasse falar. Havia alguém esperando por mim na portaria.

– Isabella, a Srta. ainda está na linha?

Eu podia sentir o desespero em sua voz, mas eu não conseguiria acalmá-lo, pois meu desespero era ainda pior. Meus olhos se encheram de lágrimas. Eu sentia que era ele quem estava me esperando. Tentei me acalmar e parar de chorar, pois no fundo eu sabia que ele me seguiria até aqui. Mas vê-lo fazer isso e tê-lo a alguns metros de mim era algo totalmente diferente.

– Me d-desculpe, Sam, eu estava... Estava pegando minha caneta que caiu no chão, e...

– Ah, sim, me desculpe, eu fiquei preocupado, a Srta. não respondia.

– Como é o nome do rapaz, Sam? – eu já sabia quem era, mas precisava confirmar.

– Edward. Edward Cullen. – meu coração deu uma fisgada ao ouvir esse nome. Eu nunca mais conseguiria ouvi-lo sem sentir dor novamente.

As lágrimas rolaram e eu fiz o possível para manter minha voz sob controle.

– Não o deixe subir, Sam. Aliás, não deixe subir ninguém que não seja visita para Alice.

– Tudo bem.

– E, Sam, dê um recado a ele... – eu soltei todos os palavrões que conhecia. Me senti um pouco mais aliviada ao terminar de falar, mas também culpada por obrigar Sam a ouvir tudo aquilo.

– Tudo bem, eu dou o recado. – ele disse, um pouco assustado – Melhoras.

– Obrigada.

Ele desligou o telefone e eu disquei novamente para o único amigo com quem eu poderia desabafar agora.

– Jacob?

– Ei, Belinha! Já sei, já sei, vai me contar as novidades?

– Mais ou menos, Jake...

– Não precisa, eu já sei de tudo. Nessie lê a “Teentação”, ela me mostrou a capa da revista. Você e Cullen, hein? Quem diria!

– Jake, é sobre isso que preciso falar com você, mas antes quero te pedir uma coisa – eu não consegui segurar. Minha voz falhou, denunciando que eu estava chorando – Nunca mais diga o nome dele p-perto de mim... Por f-favor!

– Bella... – sua voz estava preocupada. – Meu Deus, o que houve?

– Ah, Jacob – eu soluçava. Contei a ele tudo que tinha acontecido desde quando cheguei em Los Angeles. Contei que Rosalie Hale tinha virado quase uma inimiga mortal, mas que ela pelo menos tinha mostrado lealdade. Ela estava tentando me proteger no final das contas, mas eu não tinha percebido isso.

– Uau. – ele disse, depois de escutar a história – Ele realmente pisou na bola.

– Pois é. – Nessa altura eu já tinha parado de chorar e estava cansada demais emocionalmente.

– Nessie vai odiar ouvir isso... Mas pode ser bom. Quem sabe ela para de babar por aquele vampiro branquelo.

Eu comecei a rir no telefone.

– Cuidado, ela pode acabar trocando você por um vampiro. – respondi, ironicamente. Ouvi sua risada do outro lado da linha – Obrigada por me fazer rir, Jake. Eu estava precisando disso. Mas acho que agora preciso dormir um pouco.

– Tudo bem, Bella. Por favor, se cuida. E se você precisar de um ombro pra chorar ou de alguns músculos pra quebrar a cara desse mané, me liga.

– Ah, Jake! – eu ri ainda mais.

– Ora, não é pra isso que servem os amigos?

– Claro. Obrigada. Lembrarei dos seus serviços de assassino profissional, quando precisar deles.

– Às ordens. Tchau, gatinha.

– Tchau, Jake.

Desliguei o telefone e adormeci no sofá, enquanto as lágrimas voltavam e molhavam a almofada.





– Bella? Bella...!

Eu acordei com Alice me chamando. Olhei no relógio na parede: estava anoitecendo. Eu dormira o dia inteiro.

– Você está melhor?

– Oh, Alice! – Ela se sentou no sofá e eu deitei no seu colo – Deu tudo errado!

– O que aconteceu, amiga? Por favor, me conte!

Eu contei a história pra ela e as lágrimas voltaram outra vez. Mas que droga! Por que eu não conseguia parar de chorar? Ele não merecia minhas lágrimas!

– Bella... – ela hesitou – Você já parou para pensar na possibilidade de você ter entendido errado?

Eu me levantei do sofá e encarei seus olhos escuros.

– Do que diabos você está falando?

– Bella, preste atenção! – Ela se virou de frente para mim, pegando minhas mãos – Rosalie Hale não é confiável! Eu falei com Edward e ele...

– Você falou com ele?! – eu praticamente gritei– Não acredito! E agora você vai me dizer que acreditou na historinha dele?

– Me escute! – ela pediu, segurando meus ombros – Ele estava realmente mal com a história toda...

– Ele é ator!

– ... e ele me contou o que aconteceu – ela disse mais alto – Disse que você entendeu tudo errado, que pegou metade da história e perdeu o contexto!

– Eu ouvi, Alice! – foi minha vez de gritar – Eu ouvi quando ele disse que ele estava me usando, que não ligava para mim! Não tem como entender isso errado!

– Você ouviu seu nome?

Eu parei de repente. Ela havia me encurralado.

– N-não... – eu hesitei – Mas de quem mais ele poderia estar falando? Se não era sobre mim, era sobre quem? De alguma outra namorada, provavelmente!

Alice suspirou. Eu a conhecia o suficiente para saber que ela não tocaria mais nesse assunto hoje. Ela tinha desistido de me convencer.

– Você está com fome? – ela me perguntou, tentando mudar o assunto.

– Não - respondi um pouco seca. Na mesma hora me arrependi. Ela não devia pagar pelo meu fracasso amoroso.

– Eu tenho uma notícia para te dar. – ela não me olhava. Como eu não respondia, ela continuou: – As gravações terminaram e o Café será transferido para outro local.

– Para onde? – minhas sobrancelhas arquearam.

– Para o centro da cidade. Marcus e James serão transferidos para lá, e eles contratarão mais funcionários. Nós ficaremos neste Café e você ajudará a servir as mesas. Jasper ocupará o lugar de Marcus.

– Tudo bem.

– Mas precisaremos voltar amanhã para ajudar Esme e Victoria a arrumar as coisas. A estréia do novo Café será na sexta-feira...

– Ok.

– ... na Premiére de “Sangue e Coração”.

Meu coração deu outro salto. Ela só podia estar brincando. Por que eu não podia por um fim nessa história? Seria obrigada a encontrá-lo por todo lugar que eu fosse? Teria que encarar seus olhos verdes como castigo?

Eu não consegui responder. Simplesmente concordei com a cabeça, fingi que estava tudo bem e fui tomar um banho. Quando saí, Alice veio falar comigo novamente.

– Tem certeza de que não quer comer? Você não comeu nada o dia inteiro.

– Tenho, eu só... Só quero ir pro meu quarto.

Entrei sem esperar resposta, fechando a porta e deitando em minha cama. Eu chorava silenciosamente, esperando que Alice achasse que eu estava dormindo. O telefone tocou. Eu estava procurando forças para gritar para Alice que não queria falar com ninguém, mas ela já tinha atendido.

– Alô?... Oi. Como você está? – ela diminuiu o volume, mas eu ainda conseguia ouvir – Não, ela não melhorou. Não comeu nada o dia inteiro, só chora... Sim, ela vai... Eu não acho que você deveria... Espere mais um pouco, Edward.

Meu coração deu outro salto e as lágrimas vieram com mais força. Eu enterrei meu rosto no travesseiro, tentando não ouvir mais nada, mas Alice tinha voltado a falar alto.

– Porque ela não quer falar com você!... Tudo bem, amanhã nós conversamos... Não, eu quis dizer eu e você... Pra você também.

Eu fechei meus olhos e rezei para que dormisse logo e tivesse um pouco de paz da dor que eu estava sentindo, mas o sono não me escutou. Eu perdi a noção de quanto tempo permaneci acordada. Depois do que eu achei serem horas, finalmente adormeci.





Acordei com o telefone tocando insistentemente. Gritei para que Alice atendesse, mas ela não respondia. Coloquei o travesseiro sobre a cabeça e esperei até a ligação cair. Antes que pudesse respirar aliviada, ele voltou a tocar.

Bufei e saí do quarto pisando duro, tamanha era a raiva por ter sido acordada. Não sabia que horas eram, mas estava escuro e silencioso lá fora. Não atendi ao telefone, que continuava tocando. Ao invés disso, fui até a cozinha, peguei um copo d’água na geladeira e encarei o telefone, desejando que ele explodisse. Segundos depois ele parou de tocar. Esperei que ele recomeçasse, mas isso não aconteceu.

Fui ao quarto de Alice ver porque ela não havia levantado, mas a cama estava vazia. Ela não estava em casa. Antes que eu pudesse cogitar onde ela estava, o telefone tocou outra vez. Não aguentando mais o barulho irritante, fui até a sala e atendi ao telefone gritando.

– Você sabe que horas são?! Isso são horas de perturbar o sono dos outros?!

Do outro lado, silêncio. Eu teria achado que a ligação havia caído, se não fosse pelo barulho de uma respiração baixa.

– Alô? – tentei outra vez – Tem alguém na linha?

Um barulho agitado, como um celular sendo segurado por muitas mãos, e então um sussurro rouco:

– Bella?

Era ele.

Era a voz que eu tanto evitei ouvir, mas que, dentro do meu coração, era a que me fazia mais falta. Foi minha vez de ficar muda.

– Isabella... – Edward disse, e fechei os olhos à menção do meu nome – Eu sei que está aí, não precisa dizer nada, mas, por favor... Me escute...

Ele estava chorando baixinho. Meu peito arfava e eu não conseguia respirar o suficiente. Meus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente, mas não consegui responder.

– Me perdoe, minha vida... – ele continuava, o desespero aumentando aos poucos em sua voz – Me perdoe por ter sido um idiota e por tê-la feito sofrer. Sei que não mereço, mas eu te peço, Bella... Por favor, me perdoe... Não sei viver sem você.

As lágrimas caiam incontroláveis, agora. Eu odiava o fato de que ele estava sofrendo tanto, odiava meu silêncio... E odiava ainda mais meu desejo de continuar ouvindo sua voz.

– Sinto muito que tenha acabado desse jeito – sua respiração estava mais calma. – Não sou digno, mas eu te peço uma última chance! E eu prometo fazer você feliz e nunca, nunca mais te fazer sofrer assim outra vez.

Tentei responder que sim, eu queria que ele voltasse! Queria que ele soubesse que eu o amava, apesar de tudo! Mas minha voz estava presa na garganta.

– Se você me perdoa, Bella... – sua voz não passava de um sussurro – Se você me perdoa, então... Abra a porta.

Meu coração deu um salto. Joguei o telefone no chão e, no segundo seguinte, eu havia pulado o sofá e escancarado a porta da sala. Ali estava ele, meu Edward. Os olhos marejados de lágrimas me encararam por um segundo antes que sua boca encontrasse a minha.

O peso no meu peito pareceu desaparecer por completo ali mesmo. Eu estava em seu colo, com as pernas jogadas uma de cada lado de seu corpo, enquanto ele me carregava até o sofá. Suas mãos dançavam pelas minhas pernas e tiravam meu pijama. Elas eram urgentes e eu desejei que aquele momento nunca acabasse.

Mas cedo demais, ele parou. Franzi a testa sem entender porque e então olhei ao meu redor. Rosalie estava ali. E Emmett. E Alice, Jacob, Laurent, Jasper, Victoria. Uma equipe de fotógrafos entrava pela porta e fui bombardeada pelos flashes. Uma mulher de cabelos loiros me perguntava como eu estava me sentindo por ser o mais novo brinquedinho de Edward Cullen. Procurei por ele em meio a confusão e o encontrei rindo, apontando para mim. Seus olhos eram vermelhos e seus dentes estavam afiados...

Acordei com o rosto banhado em lágrimas e o coração batendo acelerado no peito.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? Espero que tenham gostado! *-* Até o próximo capítulos!! ♥
(to com saudade de vocês, gente D:)