Falsa Realidade escrita por Sonhando alto


Capítulo 2
O gato sem camisa


Notas iniciais do capítulo

Miiiiil desculpas angels. Só deu pra por hoje o capitulo. Quero dedicá-lo às minhas leitoras Ms Oliver, por favoritar a fic no primeiro capitulo e à Mandy Valdez, uma das melhores leitoras/escritoras do nyah! Espero que gostem



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Tudo bem Katie, respira. Vai dar tudo certo. Você sabe que vai. Respira.

Eu estava no trem, indo pra academia. Minha mãe chorou na hora da despedida e me fez prometer que ligaria sempre que pudesse. Meu pai apenas me abraçou e bagunçou meu cabelo, dizendo “se cuida, minha pequena”.

Eu tinha pegado um avião, e do aeroporto fui direto pra estação ferroviária. Pelos meus cálculos, eu estaria na academia daqui a aproximadamente 20 minutos.

Eu estava á apenas 20 minutos do meu sonho. 20 Minutos da minha rede de mentiras.

Peguei meu Iphone e ouvi musica pra descontrair. Quando dei por mim, já estava na estação final, a mais próxima da academia.

Saí do trem com minhas malas e vaguei por alguns minutos. Nova York era enorme, eu estava perdida. Tinha calculado cada passo que eu daria, mas simplesmente esqueci!

Fiquei andando à esmo por algum tempo, até que resolvi pedir informações pra alguém, o que foi difícil, pois só via pessoas falando no celular. Então eu vi duas garotas, aproximadamente da minha idade rindo e conversando. Ambas carregavam muita bagagem. Aproximei-me delas e perguntei:

- Hu-hun, alguma de vocês pode me dizer onde fica a Academia Nacional de Artes?

- Claro que sim, querida! Nós estávamos indo para lá agora mesmo! Sou Silena e essa aqui é minha irmã, Piper.

- Prazer, sou Katie. Katie Gardner. – Respondi educadamente, e abri um pequeno sorriso para demonstrar gentileza e gratidão.

Enquanto caminhávamos discutimos coisas banais, e nos conhecemos um pouco melhor. Silena era gentil, apaixonada por moda e adorava cantar. Esse era o principal motivo para ela ter entrado na academia. Piper era diferente. Não tinha a mesma paixão por moda que a irmã e seu sonho mesmo era atuar.

Quando, enfim, chegaram à Academia, as três pararam para apreciar a beleza do lugar. O local era enorme. Encontrava-se no meio de um terreno bem cuidado, com a grama aparada e eu sabia q na parte de trás havia um pequeno lago. A estrutura era branca e enorme. Subimos a escadaria da frente e entramos pelo grande portão, que no momento estava aberto (por ser o primeiro dia).

La dentro, as pessoas movimentavam-se freneticamente, todas com um sorriso estampado, mesmo quando estavam se despedindo de seus entes queridos.

- Venha, precisamos conversar com a diretora. Ela nos dará a chave para o dormitório, uma folha com nossos horários e falará quem será nossa companheira de quarto. – Piper esclareceu.

 - Como sabe disso, mana?

 - Eles explicam isso na folha onde comunica que fomos aceitos na Academia e também está no site.

- Eu não li isso.

- Sorte sua que eu li!

- Nós teremos aulas normais?? Tipo, física, química, álgebra... - perguntei

- Das 8:00 am até o 12:00 teremos aula normal. Depois é o almoço e o tempo para descansar. Depois começam as aulas de teatro, música e dança. Cada dia da semana é um tipo de dança. – Piper se pronunciou novamente.

Chegamos á sala onde deveria ser a diretoria e batemos na porta. Alguns instantes depois uma mulher alta, de cabelos escuros presos num rabo de cavalo alto. Aparentava ter uns 35 anos e eu a reconheci como uma das juradas do teste que teve de passar para entrar na academia.

- Entrem garotas – Sua voz era severa e possuía uma autoridade de dar medo. – Nomes?

- Piper Mclean

- Silena Beauregard

- Katie Gardner

A diretora procurou algo em uma gaveta cheia de pastas, que deveriam ser arquivos com os dados pessoais dos alunos. Ela tirou três folhas de pastas diferentes e depois abriu outra gaveta e retirou de lá 3 chaves.

Ela entregou uma chave e uma folha a cada uma de nós e disse:

- Devem saber o que consta nessa folha, e se não sabem eu não explicarei. Dispensadas.

 Saímos de lá o mais rápido possível.

- Que megera! – Exclamou Silena, quando já estávamos a uma distância razoável da sala da diretora.

- Ela é a diretora, tem que ser megera. Quem é a companheira de vocês?

- A minha é uma tal de Clarisse. – Silena

- Incrivelmente, ficarei no mesmo dormitório da minha meia irmã Miranda – Falei, surpresa.

- O nome da minha parceira é Annabeth. Espero que ela não tenha chegado ainda, quero escolher minha cama.

- Eu também – Eu e Silena dissemos em uníssono.

- Os dormitórios do primeiro ano ficam no 4º andar. No 1º andar fica o hall de entrada e as salas de TV, sinuca e descanso. No 2º ficam as salas de aula. No 3º ficam as salas das aulas especiais, de dança, teatro e musica. Do 4º ao 6º andar ficam os dormitórios e no 7º andar fica o dormitório dos professores.

- Piper como você sabe tanto?? – Silena estava inconformada.

- Si, ta escrito no papel, embaixo dos seus horários.

- Ah, eu não tinha visto.

Chegamos à uma sala grande, onde tinha apenas um balcão com uma moça loira atrás dele. Tinham três portas do lado esquerdo e apenas uma no lado direito, por onde tínhamos entrado.

O piso era de madeira, e em frente ao balcão havia uma escadaria de mármore que dava uma curva.  Subimos a escada até o 4º andar e lá nos separamos e procuramos nossos devidos quartos.

Número 44. Era o número do meu quarto. Procurei pelo meu quarto. Quando achei não me dei o trabalho de bater, já que seriam meus aposentos daqui em diante. Quando entrei me deparei com algo que não esperava. Tinha um garoto lá. Um garoto sem camisa.

Ele era alto, musculoso, com cabelos grandes um pouco enrolado, que no momento estavam molhados. Não saberia saber se era loiro escuro ou castanho claro.

Ele me encarou com olhos azuis perfeitos e falou:

- Você deve ser a minha companheira de quarto, prazer. – Ele disse com um sorriso do tipo eu-sei-algo-que-você-não-sabe.

Pisquei, confusa com aquilo.

- E-eu pensei que na Academia eles não juntavam parceiros cujo os sexos forem opostos.

- Bom, aparentemente eles não fazem isso. – Ele colocou as mãos no jeans, com aquele sorriso ainda no rosto. Tinha algum problema com aquele cara. Não havia gostado dele, com aquele sorrisinho e aquela postura que o faziam parecer superior de alguma forma.

- Mas neste papel tá escrito que a minha companhei... – Neste momento ouvi o barulho de descarga vindo do banheiro. Depois um garoto idêntico ao que eu estava conversando.

- Travis, toma cuidado quando entrar no banheiro, eu dei uma cagada que... – Pela primeira vez, ele pareceu perceber a minha presença no local.

- Que isso, mano, primeiro dia e você já traz uma gata pro dormitório...

 - Dá pra alguém me explicar o que tá acontecendo?!

- É o seguindo lindinha – o gato, quer dizer garoto, é eu quis dizer garoto sem camisa, que aparentemente se chamava Travis começou – Eles fizeram uma bagunça na papelada, e acabaram colocando duas duplas pra dormir no dormitório 44 e nenhuma no 45. Como o Connor e eu chegamos primeiro, nos hospedamos aqui.

- Sua companheira gata chegou aqui, ficou confusa, e nós fomos à diretoria e lá tudo foi explicado. – Connor concluiu o que seu irmão começou a explicar.

- O seu dormitório é aquele da frente, mas se você quiser ficar aqui pode dormir na minha cama comigo...

Revirei os olhos com esse comentário e saí do quarto.

Entrei no meu dormitório e assim que Miranda me viu, correu na minha direção e me deu um abraço de urso.

- KATIE!!!! EU ESTAVA COM TANTAS SAUDADES!!

- Eu também estava Miranda, mas assim você vai acabar me matando!

- Desculpe meu anjo. – Miranda tinha o costume de chamar os outros de “flor”, “anjo”, “fofa” e coisas do tipo. – A sua cama é aquela perto da janela. Quer ajuda para desfazer as malas?

Claro. – Dei uma olhada no quarto. O quarto era grande, o que eu achei desnecessário, já que passaríamos pouco tempo neles. As paredes eram todas brancas, assim como os móveis. Havia duas camas, ambas com colchas grossas e com estampas coloridas e divertidas, com figuras abstratas desenhadas. Duas mesas de cabeceira, um guarda roupa grande, e uma janela grande com cortinas.

Só havia isso no quarto. O espaço das camas ao guarda roupa era bem grande. Na parede direita havia duas portas, a de entrada e outra que devia dar no banheiro. Até elas eram brancas. A única coisa de cor no lugar era a colcha e o piso de madeira.

- Eles deixaram tudo branco por que a cada ano uma dupla diferente usa o dormitório. A gente não tem permissão pra pintar nada, mas podemos colocar o enfeite que quisermos. – Miranda explicou.

- Nós temos permissão pra sair da escola?

- Nos fins de semana temos, mas o toque de recolher é às 21:30.

- Ótimo. Sábado a gente vai comprar umas coisas pra decorarmos o quarto.

 Mirando abriu um sorrido de orelha à orelha e começou a me ajudar a guardar minhas coisas no armário. É, acho que eu vou gostar dessa escola...


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Notas finais do capítulo

E aí, reviews??