Como Irritar Um Capitão Pirata escrita por Mrs Jones


Capítulo 45
Capítulo 41 - Mudanças em Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Gente, alguém me explica que episódio foi aquele de Once. Foi tudo lindo! Estou adorando Regina e Robin



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Vou escrever aqui porque o Nyah parece que diminuiu ainda mais as notas iniciais. Ai gente eu amei aquele episódio, só odiei o fato de todos ficarem contra o Hook. Ele só queria proteger o Henry. Aff, Emma, acorda pra vida mulher! Ela é muito mal agradecida isso sim. Mas gente, estou com medo do próximo episódio porque tem uma cena na promo em que o Hook cai e parece que desmaia. Enfim...

Não sei se vão gostar desse capítulo. Eu me baseei no episódio 05 da primeira temporada, That Still Small Voice. Resolvi colocar umas coisas da série pra não ficar muito focado só no Killian e Ruby. Espero que gostem.

Capítulo 41 - Mudanças em Storybrooke

Tomar café no Granny’s acabou tornando-se um hábito. Killian acordava mais animado e ia trabalhar mais feliz depois que via Ruby.

Henry sempre vinha com aquela baboseira de maldição. Killian não julgava o garoto, mas todos pareciam achar que ele era meio doido. O menino insistia que Killian era Capitão Gancho e que Emma era a Salvadora e um dia iria quebrar a maldição e salvar a todos. Essa conversa às vezes aborrecia Killian, mas ele até que gostava de quando Henry lhe fazia companhia.

– Você já viveu muitas aventuras na Floresta Encantada – ia dizendo Henry, enquanto Killian mantinha os olhos em Ruby – E tinha um navio, o Jolly Roger. Um dia você seqüestrou a Princesa Ruby, que também é a Chapeuzinho...

– O que disse? – Killian se voltou para o garoto ao ouvir o nome Ruby.

– Disse que você seqüestrou a Ruby. A Chapeuzinho Vermelho.

– Ah... a mesma Ruby que está servindo a senhorita Blanchard? – ele olhou na direção da professora que conversava animadamente com Ruby.

– Sim. Vocês já foram casados, mas minha mãe os separou com a maldição.

– Sei... E acha mesmo que ela iria se casar com um cara como eu?

– Você não acredita, não é? – Henry estava desanimado. Todos pareciam achar que ele vivia fantasiando, quando na verdade toda a história da maldição realmente acontecera. Henry tinha esperanças de que alguém acreditasse nele, mas pelo visto nem Killian o levava a sério. – Você não foi sempre assim. Você era muito conhecido quando vivia na Floresta Encantada e fez coisas realmente impressionantes.

– Ah é claro. A bordo do meu navio, não é? E suponho que eu deva conhecer um tal Senhor Smee também.

– E conhece mesmo. Só que ainda não consegui descobrir quem ele é aqui em Storybrooke. E sabe o que mais? Mary Margaret e Ruby são irmãs, só que não sabem disso.

– Ah claro... elas até que são parecidas hein?

– E Emma é filha da Mary, o que faz de Ruby tia da Emma e você sendo casado com Ruby é tio da Emma também. Então... então você é meu tio-avô! – o garoto concluiu animado. No fim das contas, ele parecia gostar de ter uma família grande.

Killian não pôde evitar de soltar uma gargalhada. Henry era mesmo engraçado. Como aquele garoto conseguia ser tão imaginativo? Imagine só, Killian casado com Ruby, tio de Emma e tio-avô de Henry. O garoto devia estar pirando.

– Quando ler o livro vai acreditar em mim – disse Henry – Eu vou provar a todos vocês que estou dizendo a verdade.

– Henry! – a senhorita Swan se aproximou – Não está atormentando ninguém com essa história de maldição, está?

– Não, estávamos apenas conversando – disse Killian e piscou para Henry – Você deve ser a senhorita Swan. – ele se levantou para cumprimentá-la, subitamente assumindo um jeito sociável.

– Me chame de Emma – eles apertaram as mãos.

– Sou Killian.

– É um prazer conhecê-lo, Killian. Vamos, Henry, vou levá-lo até o ponto do ônibus.

Mãe e filho saíram para a rua e Killian terminou seu café. Havia umas poucas pessoas tomando café àquela hora. Ele viu o Xerife Graham, o bonitão que fazia as mulheres suspirarem por ele. O doutor Whale tomava um cappuccino antes de assumir seu turno no hospital. Mary Margaret Blanchard terminou sua porção de ovos mexidos e fez seu caminho até a escola em que trabalhava. Archie acenou alegremente quando o viu e a prefeita Mills se sentou no balcão, onde pediu um café forte.

– Parece que virou freguês – a Vovó comentou sorridente quando Killian pagou pela refeição – As pessoas que vêm aqui pela primeira vez geralmente voltam.

– Estou apaixonado pela sua lasanha – ele respondeu, o que de todo não era uma mentira. Mas o principal e real motivo de ele ir sempre ao Granny’s era Ruby. – Não sei como vivi tanto tempo sem vir aqui.

– Bem, fico feliz por ter mais um freguês. – ela se afastou e Killian ia saindo da lanchonete quando Ruby veio para o lado dele:

– Já vai? – perguntou ao mesmo tempo em que depositava a bandeja sobre o balcão.

– Preciso trabalhar – ele sorriu – Tchau!

– Tchau!

Todos os dias Ruby o cumprimentava e às vezes eles trocavam umas breves palavras, mas nunca passava disso. Ele bem que estava tentando se aproximar, mas era difícil. E ele não sabia nada sobre ela.

– O que tem que fazer é se aproximar dela aos poucos – Orlando aconselhou – Mas devagar. Deixe que ela vá acostumando com sua presença. Aí vocês podem virar amigos.

– Mas eu nunca sei o que dizer. Na maioria das vezes é ela quem puxa papo comigo.

– Você devia se sentar no balcão. Aí vai ficar mais perto dela.

– Mas o que devo dizer?

– Qualquer coisa – e Orlando imitou o sotaque irlandês de Killian – “Bom dia, Ruby. Como vai?” ou então “Oh, mas como esse cappuccino é maravilhoso!”, “Eu realmente adoro essas panquecas”... Qualquer coisa, entendeu? Você pode até falar sobre o tempo.

– Isso não vai me ajudar a conhecê-la melhor.

Orlando balançou a cabeça, impaciente:

– Não seja idiota! Não percebe que é assim que vai conquistá-la? Ela vai te achar legal, carismático... Aí você pode pular para a parte de ficar amigo dela. E depois vem a coisa toda do namoro, casamento, filhos e etcetera e tal.

– Engraçado você dizer isso – Killian riu – Henry estava dizendo que Ruby e eu éramos casados. Você sabe, aquela história da maldição. Na cabeça do garoto eu sou tio-avô dele. – e contou a Orlando tudo o que Henry dissera.

Orlando divertiu-se com a história e chegou à conclusão de que Henry inventava aquelas histórias para chamar atenção. Depois Christopher, o dono da peixaria, interrompeu a conversa dos dois dizendo que um carregamento de peixes chegara. Os dois foram ajudar a esvaziar o caminhão.

Christopher era um homem gordinho e muito simpático. Os funcionários da peixaria gostavam muito dele. O problema mesmo era sua esposa, Esmeralda. A mulher era muito exigente, além de insuportável. Havia quem dissesse que ela era versada em feitiçaria e magia das trevas, embora muitos não acreditassem nessas coisas.

– Vamos, seus molengas! – ela gritava com os funcionários – Não temos o dia todo!

Killian acidentalmente derrubou uma caixa de salmões, visto que mal conseguia segurá-la com uma mão só. Esmeralda estreitou os olhos e Killian previu um escândalo.

– Seu estúpido! – ela gritou e pessoas que passavam por ali pararam para ver a cena – Olhe o que você fez! Era só o que me faltava... não sei onde estava com a cabeça quando fui contratar um aleijado.

– Esmeralda! – Christopher ralhou – Foi um acidente! Tenho certeza de que Killian não fez por mal.

– É claro que não. Mas agora terei que descontar do salário dele. Mais de um quilo de salmão foi desperdiçado...

Era só o que faltava! Sorte que Orlando lhe emprestara dinheiro para o aluguel, ou logo Killian ia acabar despejado. O rapaz estava pensando em arrumar outro emprego, algo que pudesse fazer sem estragar tudo. Ele não agüentava mais a patroa, assim como não suportava mais aquele cheiro de peixe.

– Estão precisando de gente na loja de pesca – Jake, outro funcionário da peixaria, informou a Killian quando este comentou seu desejo de abandonar aquele emprego – Você devia passar lá.

Killian disse que ia fazer isso e na hora do almoço foi com Jake e Orlando ao Granny’s. Dessa vez eles encontraram o Sr. Gold, solitário como sempre. Sidney Glass, do jornal Storybrooke Daily Mirror, almoçava com a prefeita e eles pareciam discutir algo importante. Emma Swan estava sentada numa das mesas do canto e parecia realmente concentrada em suas batatas fritas. Marco, o faz-tudo, conversava com a Vovó. E Ruby conversava com Kate.

Assim que os rapazes se sentaram, Kate veio perguntar o que iriam querer. Killian ficou desapontado porque esperava que Ruby fosse servi-los. Mas Kate também era muito bonita.

– To sabendo que você gosta da Ruby – Jake comentou com um sorriso maroto e Killian olhou para Orlando.

– Era para ser segredo, sabe?

Orlando riu.

– Desculpa, cara. Eu acabei comentando isso com o Jake, mas fique tranqüilo.

– Estamos aqui pra te ajudar – falou Jake – É isso que os amigos fazem. E então, quando é que vai chamá-la pra sair?

Killian precisou explicar que não tinha intenção de chamá-la para sair ainda. Primeiro precisava conhecê-la melhor.

– Achei que não precisava conhecê-la, já que se diz tão apaixonado por ela – riu Orlando – Você mesmo disse que foi amor à primeira vista.

– É sério? – perguntou Jake – Você acredita nisso, Killian?

– É claro! Vocês nunca sentiram isso, por isso não podem dizer nada. – Killian respondeu irritado. Eles pareciam achar que Killian não sabia o que estava sentindo – E, aliás, não é você Orlando, quem nutre um amor platônico pela repórter do jornal?

Orlando ficou muito vermelho.

– É diferente!

– Pelo menos eu conheço a Ruby pessoalmente. Você só vê essa repórter pela TV e acha que a ama.

– Mas eu a amo mesmo. Ela é perfeita!

– De quem vocês estão falando? – indagou Jake.

– Da Rose Bells... – ia dizendo Killian.

Foi quando a porta da lanchonete se abriu e Orlando ficou abobado olhando a pessoa que entrara.

– Não acredito! É ela! É ela!

Os outros dois viraram a cabeça para ver. E não é que era a repórter? Era uma moça de uns vinte e poucos anos, magra e baixa. Ela amarrara o cabelo loiro num coque e usava um terninho de jornalista. Sentou-se a uma das mesas e concentrou-se no cardápio.

– Eu não acredito! – Orlando guinchou – É o destino! Será que eu devo ir falar com ela?

Antes que os outros dois dissessem algo, a porta se abriu novamente e um homem e uma mulher entraram.

– Os apresentadores do jornal! Não acredito! Roberto Gaivota e Sirena Harbor aqui. Ah meu Deus! Eu vou lá falar com eles!

Orlando foi pedir um autografo aos seus ídolos e Ruby ficou rindo da animação do rapaz.

– Eu estaria animada assim se fosse o Ian Somerhalder que passasse por aquela porta – ela comentou enquanto depositava os pratos na mesa – Me chamem se precisarem de algo.

– Pare de babar, Killian – Jake brincou depois que Ruby se afastou.

Killian ficou envergonhado e voltou sua atenção para o strogonoff que pedira. Orlando contou a eles que os apresentadores e a repórter do Storybrooke News estavam fazendo uma matéria ali perto e por isso resolveram parar para almoçar no Granny’s. No caminho até a peixaria, Orlando não parou de falar o quanto Rose Bells era bonita.

***

Nos domingos, como de costume, Killian fazia suas caminhadas na praia. Ele acordou mais cedo e foi tomar café no Granny’s. Ruby não estava lá e foi Kate quem o serviu. Ele pensou em perguntar à garçonete onde estava Ruby, mas não quis parecer intrometido. Porém, não tardou a descobrir o paradeiro da moça.

– Elas brigaram de novo – ele ouviu Kate contar ao cozinheiro, um homem forte e todo tatuado – Ruby está sempre se queixando da vida. Não sei como a Vovó agüenta isso.

– Bem, era de se esperar que isso acontecesse – falou o cozinheiro – Você devia colocar juízo na cabeça da Ruby, Kate.

– Eu bem que tento, mas ela não me escuta. Diz que quer sair por aí atrás de aventuras... Bem, só espero que ela pense melhor no que está fazendo.

Killian fez seu caminho até a praia. Não era surpresa nenhuma que Ruby tivesse brigado com a avó, já que as duas sempre discutiam. Pelo menos Ruby não chegara a se demitir da lanchonete. Ele ia odiar se isso acontecesse.

O sol da manhã estava bem morno. Eram pouco mais de oito horas e quase ninguém se levantara ainda. Killian gostava daquela caminhada solitária pela praia. Só ele, a areia, o sol e o mar. E mais ninguém para incomodá-lo ou julgá-lo. Mas nesse dia havia mais alguém. E ele sorriu quando a avistou.

– Bom dia! – ele cumprimentou aproximando-se.

Ruby estava sentada na areia e parecia bem pensativa. Dessa vez não usava aquelas roupas curtas. Usava um vestido vermelho com um casaquinho branco por cima. Botas de couro aqueciam seus pés e seus cabelos muito negros e lisos esvoaçavam com o vento. Embora o sol estivesse quente, o tempo esfriara um pouco.

– Bom dia! – ela sorriu – Não quer sentar comigo? Eu realmente preciso de companhia.

Killian ficou muito surpreso, mas acabou sentando-se ao lado dela. Ruby parecia meio confusa.

– Então, esteve no Granny’s? – ela perguntou e ele assentiu – Suponho que todos já devam saber que eu discuti com a Vovó.

– Acho que não. – ele respondeu meio sem saber o que dizer – Mas todos notaram sua ausência.

Ficaram em silêncio por uns segundos. Killian observava o mar e Ruby fazia o mesmo.

– Acabei de me dar conta de que não sei seu nome – ela notou e olhou para ele.

– Killian – ele estendeu a mão boa e eles trocaram um aperto de mão.

– Sou Ruby. Mas isso você já sabe.

Ele riu e depois decidiu que devia conversar com ela. Não queria parecer chato ou intrometido, mas já que ela pedira sua companhia...

– E então, por que discutiram? – ele acabou por perguntar. Ruby suspirou.

– Ah, a Vovó vive me criticando. Eu sei que não sou perfeita, mas ela sempre encontra defeito em tudo. Estou cansada dessa vida... queria me mudar pra Boston, ser independente... Nada dá certo pra mim. Ela vive me controlando.

– Você tem sorte de ter sua avó. Eu não tenho ninguém. E sabe, ela se preocupa com você.

– Ah eu sinto muito – ela o olhou com pena – Eu só tenho a Vovó e meus amigos. Meus pais morreram quando eu era pequena.

– Os meus também.

– É realmente horrível, não é? Crescer sem pais...

– É... mas a gente aprende a se virar.

Olharam-se por um tempo. Pelo menos tinham algo em comum: a dor de perder os pais.

– Você é irlandês? Eu notei o sotaque.

– Sou. Não faz muito tempo que moro aqui. Só uns doze anos.

– Eu morei aqui a minha vida toda. – ela suspirou – É frustrante... quero dizer, não tem nada de interessante aqui. Sempre as mesmas pessoas, as mesmas coisas... Sei que a Vovó sempre fez tudo por mim, mas ela já passou dos limites. Não quero que ela fique controlando minha vida.

– Ela só faz isso porque se preocupa com você. Não quer que nada de mal lhe aconteça.

– É, eu não tinha pensado nisso – ela refletiu por um momento – Sabe, acho que vou voltar. É... é o melhor a fazer. Não sei fazer mais nada além de ser uma garçonete.

– Nunca pensou em ter outra profissão?

– Já pensei, mas não sou boa em nada. Sou desastrada, burra, desengonçada... Não sirvo pra nada.

– Não diga isso. Tenho certeza de que você sabe fazer outras coisas. Vai descobrir com o tempo.

Ela sorriu.

– Bom, em todo caso, é melhor eu voltar antes que a Vovó fique muito zangada. Te vejo depois?

– Sim.

– Então até mais!

– Até!

Ele observou enquanto ela se afastava. Ainda conseguia sentir o perfume dela invadindo suas narinas. Estava realmente apaixonado! Orlando estava errado quando disse que a garçonete era vulgar. Talvez Ruby se vestisse daquele jeito pra chamar atenção. Ela era muito simpática, mas se parecia um pouco com Killian. Era insegura. Talvez ele pudesse ajudá-la.

***

Storybrooke estava se tornando um lugar mais interessante desde a chegada de Emma Swan. Pequenos escândalos voltaram a atenção de todos para a forasteira e ninguém falava de outro assunto mais.

Todos ficaram chocados quando a mãe biológica de Henry foi presa por roubar arquivos confidenciais de Archie. Embora ela alegasse ser inocente, o Xerife Graham precisou prendê-la e Mary Margaret Blanchard foi muito bondosa ao pagar a fiança de Emma.

Emma sabia que fora Regina quem armara para ela. A prefeita não estava gostando da aproximação entre a Senhorita Swan e Henry e bem tentou fazer com que Emma fosse embora da cidade. Mas ao contrário do que Regina pensava, Emma não tinha medo dela e resolveu ficar em Storybrooke para se certificar de que Henry ia ficar bem.

A foto de Emma saiu no jornal mais uma vez e Vovó acabou expulsando-a da pensão por não aceitar criminosos dormindo sob aquele teto. Sem um lugar para dormir, Emma acabou indo morar em seu próprio carro. Um fusca amarelo. Ruby ficara com pena dela, mas não podia fazer nada. Ela e a avó estavam em paz uma com a outra e a garçonete não queria discutir novamente.

Mas logo as pessoas começaram a notar que Emma podia ser uma pessoa prestativa. Ela ajudou o Xerife a procurar por um paciente que sumira do hospital logo após acordar de um coma. Quando eles encontraram o homem, Graham ficou muito satisfeito e convidou Emma a ser sua ajudante. Ela precisava pensar melhor e não aceitou o emprego logo de cara. Nesse meio tempo, Swan e Mary Margaret acabaram desenvolvendo uma amizade. Mary acabou convidando Emma a morar com ela em seu apartamento e tanto a professora quanto Henry ficaram muito felizes quando Emma aceitou a oferta.

Logo depois, Emma foi contratada pelo Sr. Gold. Era um homem de uns cinquenta anos que tinha um cabelo liso e escorrido e era dono de uma loja de penhores. Na verdade, a Vovó uma vez dissera a Emma que Gold era dono da cidade. Um homem influente, o Sr. Gold. Ele viera pedir a ajuda de Emma para encontrar Ashley Boyd, uma garota de dezenove anos que o roubara.

Emma ficou intrigada com a história porque ela já conhecia Ashley e a jovem parecia um tanto inocente demais. Grávida e sozinha no mundo, Ashley trabalhava no Granny’s e acabou por revelar a Emma que ninguém acreditava que ela podia cuidar da criança que estava prestes a nascer. Emma disse que era uma escolha dela e que ela não podia deixar as pessoas dizerem quem ela era. Aquilo de alguma forma ajudou Ashley e a jovem decidiu fugir da cidade. Depois Emma acabou por descobrir que o bebê de Ashley seria vendido ao Sr. Gold e era por isso que o homem queria que Emma encontrasse a garota.

Henry e Emma procuraram por Ashley e a encontraram perto da saída da cidade, entrando em trabalho de parto. Ruby bem que tentara ajudar a amiga, acobertando sua fuga, mas como Henry dissera, ninguém conseguia sair de Storybrooke.

Emma acabou fazendo um acordo com Gold em troca de ele desistir do bebê de Ashley. Ela não pensou muito quando Gold disse que ela lhe devia um favor. De alguma forma, as pessoas passaram a admirar a senhorita Swan depois de ela ajudar Ashley e a mulher decidiu aceitar a oferta do Xerife e se tornou sua assistente. Regina, é claro, não gostou nada disso, mas não havia nada que ela pudesse fazer.

Enquanto tudo isso acontecia, Killian ia desenvolvendo uma amizade com Ruby. Depois da conversa na praia, Ruby sempre vinha cumprimentá-lo alegremente. Ele às vezes se sentava no balcão e Ruby disparava a falar. Aí Vovó ralhava com ela por falar tanto e não atender os clientes e Killian ria quando Ruby mostrava a língua para a avó sem que ela visse.

– Ela é muito chata, não acha? – Ruby disse certa vez – Milhões de funcionários nesta lanchonete e sou eu quem faço tudo.

– Suponho que ela deva confiar mais em você. – Killian bebericou seu café – Você trabalha aqui há muito tempo, não é? Sabe bem o que fazer.

Ela sorriu.

– Verdade, não tinha pensado nisso.

– Ruby! Dr. Whale está esperando! – a idosa praticamente berrou para ela e Ruby bufou e foi atender o médico.

Killian estava progredindo e já até fizera uns poucos amigos. Além de Archie, Henry e Ruby, ele às vezes conversava com a Vovó e com Marco. No entanto, ainda sentia-se infeliz com seu emprego. A vaga na loja de pesca já havia sido preenchida e Killian não teve outra escolha a não ser aturar sua patroa insuportável. Era engraçado o fato de nunca haver muitos empregos disponíveis em Storybrooke.

Naquela noite, um tremor balançou Storybrooke. Todos saíram para ver o que acontecia e logo descobriram que uns túneis tinham desmoronado na velha mina. A prefeita ordenou que o Xerife e sua assistente mantivessem todos longe daquela área e ainda aproveitou para ameaçar Archie.

Henry ainda continuava com a história da maldição e achava que tudo o que Regina fazia era para prejudicar as pessoas e principalmente Emma. A prefeita exigiu que Archie acabasse com aquele mundo de ilusão em que Henry estava vivendo e ameaçou destruir a vida do psicólogo caso ele não fizesse isso.

Foi o que Archie fez e acabou devastando Henry. O psicólogo alertara Emma sobre o que poderia acontecer caso ela dissesse que Henry era louco ou que aquela história de maldição era uma bobagem sem sentido. Destruir a crença de Henry afetaria o menino e foi o que aconteceu quando Archie disse que Henry precisava esquecer tudo aquilo, aquela ilusão.

Killian ficou preocupado quando Henry passou por ele correndo. O garoto chorava e parecia realmente triste. Killian não costumava se preocupar muito com alguém além de ele mesmo, mas agora que Henry estava sendo tão gentil com ele, o homem achou que precisava fazer algo para ajudar o garoto.

– Ei, Killian! – alguém o chamou e ele sorriu ao se virar e deparar com Ruby – Soube o que aconteceu nas minas?

– Ah eu senti o tremor ontem à noite. Parece que a coisa toda vai desabar.

– Eu estava indo lá pra ver. Quer ir comigo?

– Você não tem que trabalhar? – ele ergueu uma sobrancelha, mas no fundo estava se sentindo muito feliz. Ela queria a companhia dele!

– Ah não, convenci a Vovó a me dar uma folga. Fizemos um trato e agora ele me dá folga aos sábados.

Eles foram juntos até a velha mina. Ruby não parava de falar e Killian gostava disso porque na maioria das vezes ele não tinha nenhum assunto para conversar com ela. Ela era engraçada e cheia de vida. E era surpreendente o quanto eles tinham coisas em comum. Os dois tinham perdido os pais. Os dois ansiavam pelo dia em que iriam embora de Storybrooke. Os dois eram inseguros e não tinham ideia do que eram capazes de fazer. E os dois odiavam o emprego que tinham.

– Você trabalha em quê? – ela perguntou quando Killian expressou seu ódio pelo emprego e pela patroa.

– Na peixaria perto das docas. Odeio aquele lugar. Você tem sorte de trabalhar numa lanchonete.

– Bem, de certa forma. Às vezes é entediante ter que ir para lá e pra cá carregando bandejas. Mas eu gosto dos clientes.

Eles chegaram à mina. Uma fita amarela isolava o local e havia uma grande quantidade de poeira cobrindo tudo. Alguns tratores estavam estacionados ali e Ruby contou a Killian que a prefeita pretendia demolir a mina e pavimentar aquela área. Rose Bells estava no local para uma reportagem e Killian quis fugir dali quando a repórter pediu que ele e Ruby dessem uma entrevista. Ruby assanhou-se toda, ainda mais quando soube que entrariam ao vivo em poucos minutos.

A câmera focou na repórter, que usava um terninho azul escuro, e ela manteve a expressão neutra quando os apresentadores do jornal falaram com ela pedindo informações sobre a mina.

– Bom dia, Roberto e Sirena. Estamos aqui na antiga mina onde ocorreu um desabamento ontem à noite. O tremor foi sentido por todos os moradores de Storybrooke. Equipes de engenheiros visitaram o local e afirmam que a mina pode desabar a qualquer momento – a câmera focou na entrada da mina, onde havia muita poeira e pedras – A área foi isolada pelo Xerife Graham, mas isso não manteve os curiosos longe. Estamos aqui com a senhorita Ruby Lucas. Você acredita que esse desabamento de alguma forma aconteceu por descaso da prefeitura? – ela estendeu o microfone para Ruby que sorriu para a câmera.

– Bem, de certa forma sim. Esta mina está abandonada há muito tempo, me admira que só agora a prefeita tenha tomado a decisão de demolir e pavimentar a área. Alguém poderia ter se machucado feio.

– Você acha que esta área poderia ser mais bem aproveitada? – perguntou a repórter

– Tem espaço suficiente para construção de casas e lojas. Quem sabe até um parquinho para as crianças... Acho que a prefeita devia focar nisso.

– Obrigada, senhorita Lucas. – a repórter agradeceu voltando a olhar para a câmera. Ruby ficou frustrada por ter falado tão pouco e Killian apenas sorriu feito bobo enquanto ela dava a entrevista – E como vocês podem ver, há tratores parados ali. – o câmera focou nos tratores – Pelo visto a prefeita vai iniciar o projeto de demolição da mina. Agora vamos falar com o senhor Killian Jones. O que você pensa sobre a demolição da mina? – ela estendeu o microfone para Killian, que tentou ficar calmo e não gaguejar.

– Bem, é algo necessário. A mina pode desabar a qualquer momento e seria horrível se alguém se ferisse. A prefeita está fazendo bem ao zelar pela segurança de todos.

Rose terminou a reportagem e Killian ficou orgulhoso de si mesmo. Mas Orlando iria querer matá-lo porque seu maior sonho era ser entrevistado por Rose Bells. A equipe do jornal foi embora e Ruby simplesmente passou por baixo da fita amarela e se aproximou da entrada da mina para ver melhor.

– Ruby, não podemos nos aproximar – Killian advertiu. Ruby era mesmo inconseqüente.

– Eu só quero ver. – ela respondeu enquanto espiava pelo buraco da entrada – Legal, não é?

– Vamos, essa coisa pode desabar a qualquer momento. – ele passou por baixo da fita e a puxou pelo braço.

– Não seja medroso! – ela riu – Está bem, vamos.

Eles voltaram pelo mesmo caminho e Killian tinha intenção de passar no Granny’s. Henry passou por eles correndo e Ruby e Killian se entreolharam assustados quando perceberam que o garoto estava indo na direção das minas.

– Henry! – Ruby chamou, mas o garoto já estava longe. Os dois correram para alcançá-lo e Henry fez menção de entrar na mina – Henry! O que está fazendo? – ela gritou pra ele.

– Procurando por provas! – e ele sumiu dentro da mina.

– O que vamos fazer? – Ruby entrou em pânico pensando que o menino poderia acabar soterrado.

– Fique aqui e ligue pra emergência. – disse Killian – Eu vou atrás dele!

– Mas pode desabar com vocês dois lá.

– Eu sei, mas não posso deixar o garoto sozinho.

Killian se abaixou para passar pela entrada da mina e Ruby ligou para o Xerife Graham e para os bombeiros. Achou que devia ligar para a prefeita, mas logo ela estaria ali. Regina parecia saber de tudo o que acontecia na cidade.

Na escuridão da mina, Killian chamou por Henry. O ar abafado cheirava à mofo e Killian caminhava devagar, temendo cair num buraco ou acabar causando outro desabamento.

– Henry! Henry, onde você está?

– Killian? – um facho de luz iluminou o rosto de Killian. Henry segurava uma pequena lanterna e carregava uma mochila – Veio me ajudar?

– Temos que sair daqui, garoto. Não viu as notícias? O teto pode desabar a qualquer momento.

– Mas eu preciso encontrar provas...

– Não! Temos que sair! – Killian tentou puxar o garoto, mas Henry apenas se afastou e saiu correndo, adentrando ainda mais na escuridão da mina.

– Eu vou encontrar provas! Vou provar pra todo mundo que a maldição é real!

O menino era mesmo maluco! Quem entrava numa mina abandonada apenas para provar algo para alguém?

– Henry, você não precisa provar nada pra ninguém. Vamos, temos que ir.

– Você não entende? É o único jeito de acreditarem em mim.

Houve um tremor e poeira começou a despencar do teto. Eles ouviram a voz de Ruby vindo da entrada do túnel.

– Vai desabar! Vocês têm que sair! – ela gritava.

Antes que eles pudessem sair do lugar, a entrada da mina desabou. Pedras rolaram e a entrada ficou completamente cerrada por grandes rochas.

– Estamos presos! – Henry desesperou-se.

– Fique calmo, garoto, vamos dar um jeito – falou Killian, ele mesmo bastante amedrontado.

A poeira abaixou um pouco e a voz de Ruby veio abafada do outro lado.

– Killian! Henry! Respondam!

– Estamos bem! – Killian gritou pra ela.

– Eu chamei ajuda! Estão vindo! Fiquem calmos!

– Tem que haver outra saída – Killian olhava em volta, mas só havia túneis antigos e trilhos enferrujados.

– Eu sinto muito! É tudo culpa minha!

– Tudo bem, Henry.

Enquanto isso, lá em cima, Graham chegou com sua viatura. O carro dos bombeiros também veio e Ruby ficou aliviada.

– Está desabando! – ela guinchou para eles – Killian e Henry estão presos lá embaixo.

Dali a pouco, Emma e Archie também vieram e a senhorita Swan desesperou-se ao saber que Henry estava lá embaixo. Não demorou até que a prefeita também viesse. Logo depois uma multidão de curiosos veio ver o que acontecia. Todos haviam sentido o tremor.

– Façam alguma coisa! – Regina berrava – Tirem meu filho de lá!

– Estamos fazendo o possível, Senhora Prefeita – disse Marco, que estava lá para ajudar.

– Pois então sejam mais rápidos! Se algo acontecer a meu filho alguém vai pagar por isso!

Emma estava por perto e revirou os olhos. Regina parecia achar que bastasse que ela estalasse os dedos para que as coisas acontecessem. Mas não dessa vez.

Engenheiros avaliavam a situação e os bombeiros tentavam encontrar um meio de tirar Killian e Henry em segurança. Alguns homens tentavam liberar a entrada e Archie se sentia culpado. Henry só estava ali porque achava que devia provar que não era louco. Nada disso teria acontecido se Archie não tivesse magoado o menino.

Um tremor mais forte balançou a área e algumas pessoas caíram. Regina começou a gritar com todo mundo.

– Parem! Estão piorando as coisas! – ela berrou para os homens que retiravam as pedras que tapavam a entrada. – Parem! Parem!

– Estamos fazendo o melhor que podemos – uma Emma irritada disse a Regina – Você sabe porque ele se meteu nessa em primeiro lugar. Foi você quem fez ele sentir que precisava provar algo.

– Eu não fiz nada! Por que ele teria algo a que provar? Você o encorajou!

– Não venha me culpar! Você sabe que está errada...

– Oh por favor.... não venha com lições de moral enquanto Henry fica sem ar... – Regina parecia realmente preocupada. Ela amava o garoto, isso era visível. Talvez ela só tivesse um jeito estranho de demonstrar isso.

– Não é hora para brigas – Archie interferiu. Como sempre, carregava seu guarda-chuva preto. Henry dizia que Archie era o Grilo Falante – Discutir não ajuda em nada.

– É claro! Falou a consciência – debochou Regina.

– Ele está certo – concordou Emma – O que quer que eu faça?

– Me ajude! – Regina se deu por vencida e Emma assentiu.

Lá embaixo na mina, Henry e Killian se aventuravam pelos túneis. Procuravam por outra saída. O cachorro de Archie, Pongo, começou a latir e Killian parou para prestar atenção nisso.

– Está ouvindo? É o cachorro do Archie. – ele disse a Henry – Podemos seguir os latidos.

Foi o que eles fizeram.

A equipe do Storybrooke News retornou ao local. Embora Regina tentasse expulsá-los, a repórter Bells apenas empunhou seu microfone e começou a falar para a câmera. Orlando, que estava no Granny’s, viu a reportagem pela TV e ficou desesperado quando descobriu que Killian estava na mina com Henry. Mais pessoas correram para o local e Graham e Emma precisaram conter a multidão, para evitar que se aproximassem.

– O Killian está lá! – Orlando praticamente gritava – Meu amigo está lá! Me deixem passar!

– Não há nada que possa fazer, rapaz – disse Graham – O melhor a se fazer é esperar.

Marco sugeriu que usassem explosivos para abrir a entrada. Embora fosse muito perigoso, era o único jeito. Regina não gostou da ideia, mas precisou concordar. Colocaram explosivos na entrada da mina e todos precisaram se afastar. Os explosivos foram detonados e o chão tremeu mais uma vez enquanto uma nuvem espessa e branca empesteava o ar. Não adiantou. A entrada ainda estava encoberta por destroços.

Regina começou a chorar. Emma até que ficou com pena.

Killian e Henry acabaram por achar um elevador antigo. Quando o barulho dos explosivos ecoou por ali, eles entenderam que as pessoas deviam estar fazendo o máximo possível para tirá-los de lá em segurança.

– Essa coisa funciona? – Henry perguntou enquanto Killian entrava no elevador com cuidado.

– Acho que sim. Os mineradores deviam usar isso para descer.

– Então podemos subir.

Havia uma roda giratória na parede do elevador. Precisaram fazer força para conseguir girá-la. Henry ajudou Killian, já que o homem só tinha uma mão. O elevador começou a subir. Não demorou muito para que eles chegassem lá em cima.

– Vejam! – alguém gritou – Eles conseguiram!

Ninguém tinha notado que havia um elevador ali. Embora a coisa fosse bem antiga, foi isso que salvou Henry e Killian. Todos aplaudiram quando os dois saíram da mina sãos e salvos. Regina correu para abraçar Henry e Ruby pareceu aliviada por ver Killian. Ela se jogou nos braços do homem quando ele apareceu.

– Você está bem? Fiquei tão preocupada!

– Eu... estou bem... – ele exclamou sem fôlego. Estava coberto de poeira, mas Ruby não se importou com isso. Quando eles se separaram, Ruby ficou meio envergonhada.

– Que bom que tudo acabou bem...

– Killian! – Orlando quase o derrubou – Seu louco inconseqüente! Podia ter morrido lá embaixo! Quer me matar do coração, seu maluco?

– Está tudo bem, Orlando!

– E além de tudo, ainda vai ser entrevistado pelo Rose. Ah cara, me dá um abraço! Você é demais!

Killian riu. Não podia estar mais feliz. Regina ficou muito grata a ele por ter salvado Henry. Killian, como sempre modesto, apenas disse que fez a coisa certa. Ele e Henry foram entrevistados para o jornal e depois Killian caminhou para casa com Ruby e Orlando.

Já Archie aproveitou para dizer umas poucas e boas para Regina, logo após ter pedido desculpas a Henry.

–... você vai me deixar em paz e vai me deixar trabalhar sossegado.

– Verdade? – Regina sorriu – E por quê?

– Porque um dia, Senhora Prefeita, pode ver-se em batalha de custódia. Sabe como o tribunal determina quem é o pai adequado? Consultam o especialista, especificamente o que tem tratado a criança. Então sugiro que pense sobre isso e me permita fazer meu trabalho do jeito que minha consciência disser pra eu fazer – e ele se afastou deixando Regina estagnada.

– Quem diria hein, Killian? Salvou o garoto e ainda ganhou a admiração da Ruby. – Orlando deu um tapinha nas costas do amigo depois que eles de despediram de Ruby e foram pra casa – Eu sabia que era questão de tempo até você adquirir confiança.

– Eu não adquiri confiança nenhuma. Sabe de uma coisa? Enquanto estava lá embaixo na mina, eu tive tempo pra pensar. E sabe o que descobri? Archie estava certo. As pessoas apenas têm que me aceitar do jeito que eu sou. A confiança eu vou adquirindo com o tempo...


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Notas finais do capítulo

Kate: http://www.revistarumo.com.br/upload/site_explore/Emma-Stone-Wallpaper-HD.jpg
Vou começar o próximo agora e tento postar até domingo. Beijos e até a próxima.



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