Como Irritar Um Capitão Pirata escrita por Mrs Jones


Capítulo 38
Capítulo 34 - The Jewel Of The Realm e preparativos de casamento


Notas iniciais do capítulo

Yo ho girls! Gente, estou em estado de choque. Acabei de ver o episódio de Once ao vivo e estou realmente chocada, foi um episódio muito foda, mas também triste. Não vou dar spoilers, mas as fãs de CaptainSwan vão gostar rsrs O Hook tava tão fofo



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As coisas iam bem para Ruby e Killian. Os preparativos para o casamento continuavam e o castelo se agitou com tanta coisa acontecendo. Anita se preparava para voltar a morar com a mãe. O irmão mais novo de Anthony assumiria o trono. Anne e Josh estavam se mudando para o castelo. Era tanta coisa que os corredores tinham virado um vaivém de pessoas.

Como Ellanor previra, foi um momento de paz para Ruby e Killian. Eles agora só pensavam no casamento e o Capitão não via a hora de reencontrar seu pai.

– Eu queria fazer alguma coisa, mas Ellanor disse que ele vai me encontrar. Mas quando? Como?

– Temos que confiar no destino, suponho – disse Ruby.

Eles passeavam pelos jardins do castelo e Ruby mais uma vez visitara o túmulo do pai. Outubro já estava quase no fim e o dia do casamento quádruplo se aproximava. Killian queria que ele e Ruby vivessem numa casa confortável, mas ainda não tivera tempo de pensar nisso. Ela dissera que seria feliz morando num navio, mas o Capitão pensou que talvez fosse melhor eles morarem em terra firme por um tempo. A princesa logo entendeu que Killian queria montar uma família. Ele também se apegara a Josh e andara falando sobre filhos. Era óbvio que ele queria ser pai.

– Eu acho que devemos dar um tempo, sabe. Já corremos risco demais e eu poderia ter perdido você várias vezes. – ele afastou o cabelo que caía sobre o rosto dela.

– Podemos morar no castelo por um tempo – ela sugeriu – se você quiser...

– Acho que precisamos de mais privacidade, se é que me entende – Killian sorriu maroto e Ruby enrubesceu.

– Pervertido!

– Eu já mencionei o quanto você fica linda quando está envergonhada? – ele riu maroto e a princesa ficou ainda mais vermelha.

– Ah aí estão vocês – Anita veio na direção deles e Ruby tentou disfarçar a vergonha que ainda sentia – Procurei vocês por toda parte... Tem tanta coisa acontecendo que não tive tempo de pensar em vocês dois, mas acabei por me lembrar que precisam muito de um navio.

– Bem, na verdade estávamos pensando em viver em terra firme por uns tempos – ia dizendo o Capitão.

– Mas vocês certamente irão voltar à pirataria um dia, não é? Eu não julgo vocês, suponho que devem adorar essa vida errante a bordo de um navio.

– É, vamos dizer que as aventuras são o que mais vale à pena.

– Venham comigo – e Anita andou em direção às docas. O mar estava bem calmo nesse dia e algumas gaivotas voavam ao longe. Will e Tinker Bell conversavam deitados na areia da praia e pareciam ocupados demais para perceber a presença de Anita, Ruby e Killian. A ex-Rainha os levou até onde os três navios do Rei ficavam atracados - Sei que nenhum desses poderá substituir o valor sentimental que o outro navio tinha, mas é um presente de casamento que ofereço a vocês.

– Está falando sério? – o Capitão olhou fascinado para os três navios.

– É claro! Até hoje não sei qual a necessidade de se ter tantos navios sendo que o Rei só faz uso de um. Apenas escolha qual deles quer.

O Capitão mal podia acreditar nisso. Ruby dissera mesmo que a mãe ia dar um navio a Killian, mas ele estava pensando em não aceitar. Ele teria roubado outro navio, mas já que estava ganhando como presente de casamento, bem, então ele apenas aceitara. Ele escolheu o menor dos três navios, mas que era duas vezes maior que o Jolly Roger e tinha três mastros, cada um com três velas.

– Obrigado, nem sei como agradecer – ele disse abraçando a sogra.

– Não agradeça, apenas cuide bem de minha filha. – Anita sorriu.

Alguns corsários apareceram ali e Charlotte veio caminhando toda imponente. Ela realmente se achava muito importante.

– O que significa isso? – ela perguntou à Anita – Está dando um navio a ele? – e olhou para Killian com um misto de repulsa e raiva.

– Estou sim. Algum problema? Ao que parece eu ainda tenho direito sobre algumas coisas que eram de meu marido e estes navios pertenciam a ele.

– Mas são navios do Rei e não navios piratas... Como pode simplesmente dar a um pirata?

– Pense o que quiser, querida. Estes navios estão parados há muito tempo, precisamos que alguém os use, não é mesmo? E já que está aqui, gostaria mesmo de conversar com você. Seus serviços já não são necessários, você está dispensada.

– C-como é? – Charlotte empalideceu – Está me demitindo? É isso mesmo?

– Você me entendeu. Seus serviços como corsária já não são necessários. Considere-se demitida.

– Não pode fazer isso comigo! – a Capitã gritou – Eu fui contratada pelo Rei. Graças a mim sua filha foi encontrada. Eu a trouxe de volta!

– Nós duas sabemos que ela nunca foi seqüestrada. – Anita queria dar o assunto por encerrado – Não precisamos de corsários, não há mais nada que vocês possam fazer pelo reino. Quero que desocupem o navio que lhes foi dado e então acertaremos o pagamento por seus serviços.

– Isso não vai ficar assim! – Charlotte saiu marchando com raiva e Anita apenas suspirou e fez seu caminho até o castelo, deixando Killian e Ruby sozinhos novamente.

– Bem feito! – o Capitão falou – Essa Charlotte é mesmo uma metida.

– Você ainda não me contou por que a manteve prisioneira – lembrou Ruby.

– Ah... pensei que tivesse esquecido essa história – ele coçou a cabeça, nervoso.

– Não, não esqueci. Pode me contar tudo.

Eles subiram no novo navio do Capitão e Killian se sentou ali mesmo no convés. Uma brisa suave balançava as velas brancas do navio e ele balançava suavemente com o movimento das ondas. Ruby se sentou ao lado do Capitão e ficou esperando que ele falasse.

– Eu sei o que vai falar e sei que estava errado. Charlotte tem motivos para me odiar – ele disse – Acontece que uma noite estávamos nos divertindo numa taberna e Charlotte tentou me seduzir. Sabe, eu até entendo que sou um homem muito charmoso e as mulheres são loucas por mim... – Ruby revirou os olhos fazendo Killian rir - ...mas Charlotte extrapolou naquela noite. Pensei que ela estivesse interessada em mim, mas na verdade queria me roubar. Ela sabe ser encantadora quando quer.

– Vocês se beijaram? – Ruby perguntou com a voz carregada de ciúmes e com uma sobrancelha erguida.

– Bem... sim... mas ela me embebedou, eu estava meio fora de mim naquela noite.

– Céus! Aconteceu o que eu acho que aconteceu?

– Nós não fizemos “coisas”, se é o que está pensando – o Capitão riu. Ruby estava realmente enciumada e ele gostava disso. – Ela me levou de volta ao navio porque eu mal conseguia andar. E então, depois que caí no sono ela aproveitou para surrupiar todas as minhas coisas valiosas. Incluindo este colar – ele mostrou o cordão de prata com pingente de cruz que sempre usava – Era de minha mãe, tem muito valor para mim. Por sorte Smee veio até a cabine e a pegou roubando. Depois, na manhã seguinte, eu acordei e ela estava presa no porão. Smee me contou o que tinha acontecido e então Charlotte me implorou para que a soltasse. Ela disse que era muito pobre e precisava muito de dinheiro, por isso resolveu roubar de nós, pois sabia que piratas juntavam muitas riquezas.

– Então ela roubou por necessidade?

– Sim. Eu até que a entendo, já que eu mesmo roubei por necessidade, mas eu estava com tanta raiva que a deixei trancada lá no porão. Estava me sentindo usado. Ela chegou a dizer que me amava e eu quase acreditei. Sabe, eu era bem carente nessa época... Não sei o que me deu, só sei que me dava prazer vê-la trancada naquele porão imundo. Não me orgulho do meu passado, Ruby, você sabe. Depois me arrependi e a deixei ir embora. Ela ficou lá por cinco meses. É por isso que me odeia tanto.

– Bem, pelo menos você se arrependeu. Esqueça isso, já passou.

Ele sorriu e a puxou para mais perto, passando um braço por trás dela. Depois ficou pensativo e Ruby imaginou que ele devia estar pensando no pai.

– Ele vai te achar, não se preocupe – disse tentando confortá-lo.

– Fico pensando o que o levou a fazer um acordo com o Senhor das Trevas – Killian brincava com uma mecha do cabelo de Ruby – Será que ele esteve preso nesses quinze anos? Sempre achei estranho o fato de ele ter sumido de uma hora para a outra. Devia ter imaginado que havia magia negra no meio de tudo isso.

– Vai ver ele estava desesperado. Sua mãe estava doente, ele não tinha dinheiro... Eu acho que ele escolheu o caminho mais fácil e acabou prejudicado por causa disso.

– Eu sempre culpei seu pai, mas talvez ele não tenha culpa nisso. Se meu pai fez um acordo com o Rumple... como era mesmo?

– Rumplestiltskin.

– Se ele fez um acordo com o Rumplestiltskin, então Anthony não teve nada a ver com o sumiço dele.

– É, mas meu pai fez muitas coisas erradas, não se esqueça. No fim ele não era nada inocente.

– Mas eu sempre o culpei por isso, porque era mais fácil. E pensar que eu quase o matei... Eu comprei você!

– Não fique pensando nisso – ela abraçou o Capitão – Talvez tivesse que ser assim. Não acho que nos conhecemos por acaso. Eu quero dizer, era para ser assim, embora você tenha odiado meu pai e me comprado.

Eles mudaram de assunto e percorreram o navio. A cabine do Capitão era bem maior do que a cabine que ele tinha no Jolly Roger. A cozinha também era maior. Havia um andar a mais e o Capitão planejava dar mais espaço aos marujos, já que eles dormiam embolados no outro navio. Havia também um banheiro e Ruby ficou feliz por isso. E Killian supôs que Ellanor fosse gostar do novo porão, já que ele era mais amplo e arejado.

O nome do navio era Jewel Of The Realm (Jóia do Reino). Killian não gostou muito e Ruby disse que poderiam mudar. Pensaram em colocar Jolly Roger II. O Capitão brincou dizendo que devia se chamar Princess Ruby. Depois decidiram que o nome ia ser escolhido de acordo com a maioria.

Os marujos vieram ver o novo navio e adoraram. John amou a nova cozinha e Ellanor gostou mesmo do porão. Beto listou os reparos que deviam ser feitos e depois chamou o Capitão num canto.

– Tenho que lhe dizer algo – disse e o Capitão já sabia do que se tratava – Bem, agora que eu e Mabel vamos nos casar, resolvemos iniciar uma nova etapa em nossas vidas. Por mais que eu ame ser um pirata, decidi que o melhor para nós dois é viver em terra firme. Mabel quer formar uma família e eu também quero muito ter filhos. Bem... não foi uma decisão fácil, mas eu estou deixando a pirataria.

Killian suspirou. Estava perdendo um de seus melhores marujos.

– Eu já esperava por isso. Não vai ser fácil encontrar um carpinteiro tão bom como você, Beto. Mas deve viver sua vida. Seja feliz!

– Obrigado, Capitão!

– Eu também vou ter que te deixar na mão, irmão – Will veio para o lado deles – Você sabe que sempre gostei mais da terra, você, Jack e papai é que sempre amaram o mar. Tink e eu também queremos começar uma família.

– Eu entendo. De qualquer jeito, vocês não iam ter muita privacidade aqui no navio – o Capitão falou e Beto e Will riram – Vocês vão fazer muita falta, mas podemos dar um jeito.

Smee veio de braços dados com Ellanor e o Capitão imaginou que ele também fosse abandonar a pirataria.

– Suponho que vocês também queiram começar uma família – ele disse e Smee assentiu.

– Você sabe o quanto foi difícil para mim perder meus filhos e esposa. Eu quero recomeçar minha vida, mas não vou abandoná-lo, Capitão. Eu era o braço direito de seu pai, vi você crescer e agora sou seu braço direito. Não achou que eu fosse largar esta vida, não é? Ainda vai ter que me aturar por muito tempo.

Killian riu e abraçou o marujo gordinho.

– Obrigado, Smee. É bom ouvir isso. Mas sabem, Ruby e eu estamos pensando em dar um tempo também.

– Não vai mais ser capitão? – Ellanor perguntou surpresa.

– Eu também quero uma família e filhos. Temos que concordar que um navio não é o melhor lugar para crianças. Eu amo isso aqui, mas quero ter um tempo com minha princesa. Mas proponho uma última viagem. Uma última aventura antes de cada um seguir seu caminho.

Todos concordaram. Os marujos ficaram tristes ao saber que Killian não ia mais ser capitão, mas ele acabou lhes contando que seu pai ia voltar. É claro, apenas Ellanor, Ruby, Killian, Will e Smee sabiam disso. Killian então contou aos outros sobre a visão de Ellanor e disse que James estava vivo e iria voltar para eles. Talvez ele voltasse a ser capitão. Todos ficaram felizes por isso, mas como o Capitão, não conseguiam entender o que teria levado James a fazer um acordo com o Senhor das Trevas. Agora eles só tinham que esperar pela volta do antigo capitão.

***

As garotas novamente foram fazer a prova dos vestidos. Eles estavam prontos e as costureiras realmente haviam caprichado. O casamento era dali a uma semana, tempo suficiente para que preparassem os últimos detalhes.

Por mais que as garotas quisessem algo simples, aquilo acabou se tornando uma enorme cerimônia. Elas se deram conta de que havia muita gente para convidar. Mabel tinha uma enorme família de sereianos, sem falar na enorme quantidade de amigas sereias. Ellanor também tinha muitos parentes que eram feiticeiros e bruxas, e segundo ela, magia sempre esteve presente em sua família. Tinker Bell queria convidar as fadas e a Fada Azul, mesmo achando que Pan não permitiria que elas deixassem a Terra do Nunca. E Ruby tinha muitas primas e primos por aí, muitos eram nobres e outros eram plebeus como a mãe.

Os rapazes, embora fossem meio desligados e não soubessem organizar essas coisas, também começaram a pensar nos convites. Killian, sendo um pirata, conhecia dezenas de outros piratas com as quais já topara por aí, natural que quisesse convidá-los. Will tinha poucos amigos, mas queria convidar o ferreiro que o criara como se ele fosse seu filho, além dos mosqueteiros que o ensinaram a lutar. Smee e Beto tinham uns poucos parentes e amigos.

Cada um encontrou seu próprio jeito de enviar os convites. Tinker Bell escreveu em pétalas de rosa e as soprou ao vento para que elas encontrassem o caminho até a Terra do Nunca. Mabel escreveu em papeis de carta e usou conchas como envelope, mandando uma lula do mar entregá-los. Ellanor lacrou seus convites com magia, enviando-os com um corvo. Ruby mandou o mensageiro real levar seus convites. Já os rapazes usaram o método tradicional de enviar mensagens por pombo-correio.

Depois de muito brigar, finalmente as garotas encontraram o lugar perfeito para a cerimônia. Não muito longe dali havia campos floridos (como Ruby queria), com vista para o mar (como Mabel queria), uma floresta de um lado (como Ellanor queria) e montanhas ao fundo (como Tink queria). Elas se deram por satisfeitas e agora só faltavam mesmo os comes e bebes. A tarefa ficou para John e os empregados da cozinha do castelo.

– Este casamento está me deixando louca – Ellanor reclamou – Não achei que essas coisas fossem tão trabalhosas.

– Isso porque somos quatro – disse Tink – Se fizesse tudo sozinha seria ainda mais trabalhoso.

– E quanto aos convidados? Não acham que tem muita gente? – Mabel verificou as listas de convidados.

– E não foi você quem convidou gente demais? – Ellanor retrucou – Não vou me surpreender se até as baleias e tubarões aparecerem usando roupas de festa.

– Ora! E você não convidou um monte de bruxas também?

– Sem falar na multidão de fadas que irão aparecer – Ellanor ignorou Mabel – Isso se o próprio Pan não vier.

– Peter Pan não foi convidado – Tink foi logo dizendo – Ele não tem motivos para vir.

– Ah claro que não. Ele é um garoto-demônio e deve estar muito zangado depois que a senhorita fugiu da Terra do Nunca. Se ele aparecer e estragar a minha festa vocês vão se ver comigo – a bruxa ameaçou e Tink abriu a boca para responder, mas Ruby as interrompeu.

– Querem parar com isso? É um momento importante em nossas vidas, não devemos brigar.

– Ah, está bem Dona Certinha – Ella debochou – Vamos parar de brigar.

– Meninas, espero que não estejam discutindo novamente – o Capitão entrou dando um beijo em Ruby.

– E onde é que vocês estavam que não vêm nos ajudar? – Ellanor estava muito irritada – Homens... era de se esperar que largassem tudo nas nossas costas, não é mesmo?

– Por que você é tão rabugenta, Ellanor? – Ariel, que até então estivera calada, se intrometeu.

– Eu não sou rab... – a bruxa parou no meio da frase e pôs uma das mãos na cabeça fechando os olhos em seguida. Tinker Bell que estava mais perto a segurou antes que ela caísse.

– O que foi? Está tudo bem? Ellanor?

A mulher de repente abriu aqueles olhos sinistros e piscou insistentemente.

– Estou bem. Tive uma visão...

– O que foi? O que você viu? – o Capitão perguntou esperançoso. Talvez ela tivesse visto seu pai.

– Nada. Não é nada importante – a bruxa mentiu. Ela vira algo terrível e simplesmente não podia contar a eles.

– Está mentindo. Diga o que é – Ruby a confrontou.

– É algo que não diz respeito a vocês. Já disse, não é bom saber demais sobre o futuro.

– Mas você sabe o que vai acontecer no futuro, pode alterar a forma como as coisas irão acontecer – ia dizendo Ariel.

– E acham que eu gosto disso? – a outra retrucou ainda mais irritada do que antes – Eu nasci assim. Acham que eu gosto dos poderes que tenho? Faria qualquer coisa para me livrar disso. Enquanto uns querem aprender magia, eu quero ser normal. Bem, se me dão licença, tenho coisas a fazer.

Ela saiu deixando os outros confusos. Estava claro que ela escondia algo, como que para poupá-los. Talvez ela tivesse visto um futuro horrível para eles. Mas ninguém pensou nisso mais. Ruby e Killian foram dar uma volta pelo castelo e a princesa acabou perguntando a ele sobre seus convidados.

– Só convidei uns conhecidos. Piratas que já encontrei por aí.

– Nenhuma mulher?

– Ah você anda muito ciumenta esses dias, não é? – ele riu.

– Digamos que eu preciso cuidar do que é meu – ela disse e ele riu mais uma vez.

Os marujos faziam reparos no navio e a embarcação meio que criara vida. As velas balançavam com o vento e nas palavras do Capitão, era como se a madeira respirasse agora que o navio fora ocupado pelos piratas. Ainda não haviam escolhido um novo nome, por isso apenas o chamavam de The Jewel.

Killian lamentava ter perdido todas as suas outras coisas no Jolly Roger, mas Ruby ficou feliz por eles finalmente precisarem sair para fazer compras. Ela sempre tentara convencer o Capitão a renovar o guarda-roupa, mas ele sempre encontrava uma desculpa para não fazê-lo. Ele também perdera todos os seus livros, mapas e o diário na qual narrava suas aventuras. Ruby disse que eles podiam começar um novo diário narrando suas novas aventuras como um casal.

O Capitão foi checar algumas coisas no navio e Ruby ficou por ali nas docas, observando o movimento do mar. Ela pensava em como era sortuda por ter um homem tão atencioso e carinhoso como Killian quando alguém gritou. Ela se voltou assustada e viu que Ariel olhava para algo na praia.

– O que foi, Ariel?

– Tem alguém caído na praia! – a sereia veio correndo até a princesa – Acho que está morto.

Ruby e Ariel foram correndo até onde a sereia vira o corpo. Parecia um homem e estava com o rosto voltado para o chão. As duas se entreolharam e Ruby criou coragem para cutucar o corpo. Ela virou o homem para ver seu rosto e ele repentinamente abriu os olhos, tossiu e cuspiu água.

– Por favor... por favor... tem que me ajudar – ele balbuciou agarrando os pulsos de Ruby.

– Acalme-se, senhor.

– Meu filho... estou procurando meu filho...

O homem encarou Ruby com aqueles olhos incrivelmente azuis e ela logo se deu conta de quem era aquele.

– Céus! Você é... James?

James a olhou confuso, perguntando-se quem era aquela e como sabia seu nome. Ariel também estava confusa, mas então Ruby olhou na direção do navio e gritou por Killian. Ele certamente não escutara.

– Vai chamar o Killian! Depressa! – ela disse a Ariel e o homem reagiu ao ouvir o nome.

– Killian. Você conhece o Killian?

Antes que Ruby tivesse tempo de responder, o Capitão veio correndo com Ariel.

– Que está acontecendo? Qual é a emergência? – o olhar dele foi de Ruby para o homem caído ao lado dela com o olhar assustado e areia grudada no rosto.

– Killian...

– Pai?


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Notas finais do capítulo

Depois que assistirem o episódio de hoje me digam nos comentários o que acharam. Agora vou destruir meu emocional assistindo a finale de The Walking Dead rsrs Beijos e até a próxima



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