Spread your wings escrita por Duda Nyan


Capítulo 16
Capítulo 16: Nanami Atsushi?


Notas iniciais do capítulo

Tudo que eu disser pode soar como uma desculpa.
Bem sou uma escritora folgada, que espera que alguma alma viva ainda leia o que eu poste no futuro.
Alguém por aí?
Bem, fiquei uns meses sem postar... Mas como prometi, vou terminar a história (menos se eu morrer, aí a história acaba de vez).
Sinceramente, vou tentar ser mais pontual quanto a postagens.

Estava com saudade de vocês leitores *-* Não me abandonem *^*



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Andei vagarosamente até a porta, a tranquei e antes de sair do prédio entreguei a chave para o velho.

Fui andando distraidamente, estava tirando fotos mentalmente dos lugares por onde estava passando, é melhor do que me perder.

Passei por vários lugares que parecem legais, tem até um café, pela minha fome (não comi nada o dia inteiro, exceto pelo almoço. Estou quase me tornando canibal.), parei para tomar um cappuccino e acabei comendo um grande pedaço de bolo baunilha, recheado de chantilly e morango, com cobertura de chocolate branco com coco.

Quando terminei voltei a caminhar, achei um ponto realmente interessante que eu sentia saudade: um fliperama.

Seu slogan é decorado com asteroides e alguns Space Invaders, está escrito em letras pixeladas Jeux Galatic (Jogos Galácticos). Passei pela porta automática, que se abriu para um mundo nerd de games.

Eu comecei a enlouquecer mentalmente, a felicidade estava dando pane nos meus neurônios. Qual jogo? Tem tantos, desde jogos criados alguns anos antes (como simuladores de corrida com cadeiras de simulação e jogos de tiro com joysticks de armas, etc.), até jogos antigos do século passado do início dos anos 80.

Comprei algumas fichas, preferi não gastar todo meu dinheiro, infelizmente minha mãe ainda não me mandou mais (provavelmente, ela desconfiou que eu fosse achar um lugar assim e... "investir"). O que sobrou dá, pelo menos, para comprar algumas roupas e sobreviver pelo resto do mês, só não posso fazer outra visita a esse fliperama.

Comecei a jogar um que me chamou a atenção Joust, estava rumo ao primeiro recorde (provavelmente eu não o conseguiria, mas não custa nada - só uma ficha de alguns centavos - tentar), acho que estava indo bem porque havia algumas pessoas em volta de mim.

Quando terminei meu nome ficou em 10, o último da lista em apresentação, infelizmente frustrou meu público. Eu poderia colocar mais uma ficha, e depois outra e outra..., só para ficar com o nome em primeiro, mas vai ser muito dinheiro perdido, prefiro me divertir em outros jogos.

– Anelisie? Você por aqui?

Virei-me para o garoto asiático que me chamara; ele é alto, olhos castanhos, o cabelo preto com efeito bagunçado tem algumas mechas vermelhas na franja, ele está usando uma camisa azul xadrez sem mangas desfiada nas alças e regata branca por baixo, calça jeans escura e tênis adidas brancos com detalhes em azul escuro.

O asiático me olhou de cima a baixo, fiz o mesmo.

– Anelisie?

"Como você sabe meu nome?" Pensei "nunca te vi... Ou vi? Maldita péssima memória fotográfica".

Firmei o olho no rosto do asiático, que me pareceu estranhamente familiar.

– Pare de me olhar assim Anelisie! - Reclamou o asiático.

– Yuri?

– Shiiiu, não me chame assim, aqui sou o Hikari Atsushi. - Levantei a sobrancelha e continuei encarando-o.

– Hikari Atsushi? - Ri do nome, não porque ele seja engraçado, é um nome muito legal, mas sim pelo grau de ridicularidade da situação. - Hikari Atsushi, eh? - Repeti em tom ainda brincalhão.

– Sim, meu nome. Você pode parar de repeti-lo se quiser. - Zombou. Até parece o Castiel, só que com o jeito estranho de Yuri falar.

– Ok, ok, Hi-ka-ri At-su-shi.

– Hikari, quanto tempo sem aparecer por aqui, quase uma semana!

Um homem de aparentemente uns 24 anos, cabelo castanho claro totalmente arrepiado (parece até um ouriço, porco espinho ou sei-lá-o-que), não dá para perceber como são seus olhos, pois ele está usando uns óculos escuros, camiseta azul clara escrita “Like a Hurricane” em branco, calças jeans bem largas mantidas em sua cintura apenas por um cinto branco.

– Faz mesmo Chang-Lee. Não é só de jogos que se vive... – Ele bateu a mão no próprio peito duas vezes e continuou: - um homem.

Eu dei risada quando Yuri (ou Hikari, como ele se chama) disse “homem”.

– Quem é essa? – Chang-Lee se aproximou de mim com um sorriso malicioso e se recostou em meus ombros, dependurando seu peso em mim.

– Eu sou...

– Ela é Nanami Atsushi, minha irmã.

– Ele não fala muito de mim. – Tirei o braço de Chang-Lee de mim e me afaste dele ficando mais perto de Hikari na esperança que Chang-Lee não se aproximasse novamente. – E eu nem ligo. – Acrescentei, dando continuidade a história do japonês.

– Mas vocês nem se parecem!

– Nana é minha meia irmã por parte de pai, por isso tem mais características de sua mãe. – Rebateu Hikari.

– Não sei se reparou, mas meus olhos tem uma leve puxadinha. – Indiquei com os dedos quase que esticando a cara como uma retardada.

– Ah, ok. – Chang-Lee assentiu (talvez ele tenha acreditado nas loucuras que inventamos).

– E aí cara, vai jogar com a turma hoje? Acho que o pessoal ficaria feliz de conhecer sangue novo.

A palavra “sangue” me fez estremecer, me lembrei do sonho estranho que tive hoje de manhã.

– Sim. – Hikari (meu novo irmão) sorriu animadamente. – Daqui a pouco vamos até vocês.

– Ok. Não demore mais de meia hora, pretendemos dar um role pela cidade ou visitar o karaokê.

– Tudo bem.

Chang-Lee virou-se, e foi andando pelo corredor de máquinas e pessoas, até que se misturou com todos, como um camaleão.

– Anelisie Winter muito obrigado pela ajuda. Não imagina o favor que fez! – Ele falou pausadamente entre seu sorriso, como se estivesse tendo uma espécie de tique nervoso.

– Ahn, de nada. – Sorri.

– Cara, você pode continuar, ahn... Se você quiser.

– Tudo bem para mim. Parece importante para ti.

– E é. Fora Nathaniel, você e os poucos amigos que tenho na escola... – pelo que Íris me falou, devem ser poucos mesmo – A turma de Chang-Lee e o pessoal do outro fliperama são meus únicos amigos.

Pensei um pouco antes de falar:

– E se você agisse como Yuri você não seria de nenhuma das turmas dos fliperamas. – Dei uma de velha sábia (como Dumbleodore).

– Exatamente. – Ele estalou os dedos. – Para me descobrirem, me chamo Iori Yagami no outro, pelo jeito ninguém desconfiou que tirei o nome de um jogo de videogame. – Zombou.

– Nossa... – Ri. – Quero conhecer essa outra turma. Lá poderia ser sua prima Hinata Hirasaki. – Dei uma piscadela camarada.

– Com certeza. Mas só para constar: nem todos têm o nome que dizem ou a vida que contam, então não vá acreditar em tudo, como nós agora, a vida deles aqui é diferente da original.

– Ok.

– Mas não se preocupe, acho que inventar é mais divertido, menos se você for descoberto. – Ele virou o rosto. – O que não seria nada legal. – Sussurrou para si mesmo. – Vamos?

– Ok.


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Notas finais do capítulo

Mostre que não me abandonou, deixe um comentario ;)



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