Spread your wings escrita por Duda Nyan


Capítulo 12
Capítulo 12: Bloco de notas


Notas iniciais do capítulo

Acho que demorei novamente, - isso que era para ser rápida - mas eu tenho minhas razões (preparem-se para mais uma sessão de desculpas da Duda): fiquei doente, minha garganta estava super inflamada, todas as pessoas que consultaram ficaram espantadas. Não fiquem se perguntando o que tem a ver inflamação da garganta com escrever ou mexer no computador, mas na verdade, meu corpo inteiro foi afetado (uma dor aqui, outra ali, fazia com que eu mal me mexesse e não tivesse força para ligar o computador).

Mas está aí, espero que gostem, não deixem de comentar :)

#Créditos ao Neir que me ajudou na parte do parquinho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322101/chapter/12

Não andamos muito para chegar ao lugar, não é muito longe da escola (aqui em Amour Sucré acho que nada é muito longe).

É um parquinho que fica de frente para uma igreja, ele é uma parte gramado e outra em areia, na parte de areia tem dois balanços e alguns escorregadores, tem ferros ao redor da parte de grama para cercá-la, várias árvores, principalmente palmeiras imperiais, o parque tem três caminhos para andar em um ponto, os três passam por um lugar com bancos e tem algumas lojas ao redor. Pelo horário, não tem muitas crianças, mas acho que deve ser um bom ponto para brincadeiras.

Sentei no balanço, Lysandre ficou em minha frente, me olhando, comecei a balançar e sorri para ele, ele retribuiu, ficou me olhando com fascinação de repente um flash de algo que parece ter acontecido em um passado não tão distante veio em minha mente: parece que eu tenho 12 anos, ouvi minha risada infantil, olhei para o céu e voltei para a atualidade.

Parei de balançar e fui para o lado de Lysandre.

– Vamos começar?

– Sim. - Ele procurou alguma coisa na mochila. - Ai meu deus, perdi meu bloco de notas.

– Tem certeza que pôs ele na mochila?

– Tenho, foi quando achei ele perto do seu caderno no ginásio.

– Olhe de novo.

Ele remexeu a mochila.

– Não está aqui.

– Vamos procurar então.

– Na escola?

– Pode ser...

Ele me pegou pela mão e fomos correndo até a escola. Olhamos em todos os corredores, na nossa sala, no auditório, no ginásio, na estufa do clube de jardinagem (ele gosta de escrever músicas lá), mas não estava em lugar nenhum. Resolvemos perguntar aos nossos amigos se eles acharam ou se souberam de alguém que o tinha encontrado.

A primeira vítima foi Nathaniel, como ele não estava na escola fomos a sua casa, quem atendeu o portão foi Ambre.

– O que você está fazendo aqui? - Ela perguntou para mim em tom hostil.

– Eu vim aqui falar com Nathaniel. - Lysandre falou antes que eu pudesse respondê-la.

– E-entra. - Ela corou e deu passagem para mim e Lysandre.

Nathaniel está na sala olhando uns papéis com Yuri.

– Nathaniel, preciso falar com você.

– O que houve Lysandre?

– Perdi meu bloco de notas.

– De novo?

– Sim, você o viu?

– Não.

– E você Yuri, viu meu bloco de notas?

– N-não. - Ele levantou os óculos. - Oi Anelisie.

– Oi Yuri.

– Muito obrigado garotos, - Lysandre agradeceu - até amanhã.

Saímos da casa.

Chegamos à conclusão de irmos até a casa de Castiel.

Da esquina podíamos o ouvir tocando guitarra, ele é bom.

Paramos em frente ao portão e Lysandre tocou a campainha. Demorou um pouco até uma mulher de cabelos pretos lisos compridos, com um vestido azul marinho, rosto jovem, apareceu no portão.

– Olá, Lysandre. Castiel está lá em cima.

– Obrigado Judy.

– Entrem.

Ela abriu espaço para passarmos.

– Olá. – Disse.

– Oi, sou a mãe de Castiel, me chame de Judy. E você é...?

– Anelisie.

Subimos as escadas e Lys bateu na porta do que eu diria ser o quarto de Castiel.

– Não me amola mãe. – Ele gritou.

– Pare de ser mal educado moleque. – Lysandre respondeu igualmente gritando.

– Haha venha me obrigar. – Castiel gritou do outro lado da porta.

– Parem de gritar que isso não é show de metal. – Judy gritou lá de baixo.

Não me conti, comecei a rir.

Ouvi o barulho de várias trancas sendo abertas.

– Entrem. – Castiel apareceu na porta.

O quarto dele é bem arrumado para um bad boy, tem várias guitarras, pôsters e alguns bonequinhos de guitarristas como o Slash e Ozzy Osbourne, tem uma janela grande com uma cortina azul bem escura, as paredes são quase da mesma cor da cortina, só que é mais clara.

Quase toquei em uma das guitarras, mas Castiel impediu.

– Não toque nelas, principalmente nessa, também não olhe para ela, do jeito que vocês são podem quebrar minha White Falcon só de respirar perto dela.

– O-ok, me desculpa.

– O que vocês vieram fazer aqui?

– Vim perguntar se você viu meu bloco de notas.

– Não o vi.

– Ah... – Lysandre fez um rostinho muito triste.

– Como você consegue perder esse bloco tantas veze? Já é a 5° vez que você perde ele essa semana!

– Não sei, eu vou escrever nele e acabo esquecendo ele pelos lugares.

– Sei... Pergunta para a Íris, ela está em casa. Agora posso tocar em paz?

– Aí tem coisa, não é Castiel? Ela te rejeitou foi? – Interrompi.

– Não, ela aceitou ir.

– Então por que o mau humor?

– Levei suspensão do clube.

– Por quê?

– Bati em Pierre.

– O que ele fez?

– Falou mal de Íris e da minha banda.

– Ele mereceu. – Ri maldosamente. – Ele foi para a enfermaria ou direto para o hospital? – Demonstrei animação.

– Direto para o hospital. – Ele entrou na minha animação. – Dei um soco tão forte que quebrou o nariz dele, depois bati tanto e tão forte que o nocauteei em menos de 5 min. Depois o treinador me tirou de cima dele e me deu suspensão. Mas ainda assim foi uma boa surra.

– Ah irmãozinho, mandou bem, da próxima mande ela para a UTI. – Ele ainda vai pagar por ter me prendido naquele armário.

– Parem com isso! Que coisa feia resolver tudo com violência.

– Ok ok ok. Quero ver se falarem mal da Anne na sua frente.

– Isso é impossível por que dela não tem do que reclamar. – Corei.

– Ainda estou aqui. – Sorri.

– Nem da Íris. – Eles estavam perto um do outro se encarando, prontos para começar uma briga.

– Se continuarem perto assim vão acabar se beijando. – Zombei deles na intenção de interromper a briga.

– Anelisie! – Gritaram em uníssono.

– Calma, só tentei parar as duas granadas. Mas tudo bem continuem.

– Sem graça você. – Murmurou Castiel.

– Não vim aqui para brigar.

– Vocês já tem o que queria, então vão embora.

– Ok. Tchau.

Saímos da casa de Castiel.

A casa da Íris é bem ao lado.

Enquanto andávamos pela calçada, Íris estava saindo de sua casa.

– Íris! – Gritei. Ela veio em nossa direção.

– Oi. Vocês por aqui?

– Pois é... Você viu o bloco de notas do Lysandre?

– Já perdeu de novo?

– Sim. – Ele ficou envergonhado.

– Me desculpe, mas não vi.

– Sem problemas. Até mais.

– Até. – Ela respondeu.

Nossa próxima vítima seria Rosalya.

Ela não está em casa, foi se encontrar com Leigh.

– Não tem solução. – Vi lágrimas nos olhos de Lysandre.

– Se acalma, ainda podemos achá-lo.

– Sinto que dessa vez não.

Olhei para o céu, já está escurecendo, melhor eu ir para casa.

– Lysandre, acho melhor eu ir embora.

– Tudo bem.

– Tchau. – Acenei.

– Espere, você me ajudou a procurar meu bloco o mínimo que eu posso fazer é te pagar um suco.

– Não precisa.

– Preciso sim, eu insisto. – Ele me lançou aquele olhar que me convenceria a fazer (quase) qualquer coisa.

– Tudo bem.

Fomos à lanchonete perto da praça onde sempre almoçávamos.

Ele me levou até em casa, nos despedimos e prometi ajudá-lo a procurar o bloco dele amanhã.

Minha tia ainda não havia chegado, então pus água e ração para o Bugie. Tomei banho, fiz o jantar e ela apareceu bem na hora em que pus tudo na mesa (bem espertinha ela).

Depois que terminamos, eu lavei,sequei e guardei a louça.

Resolvi olhar meu e-mail (pelo tempo que ele está abandonado, deve estar cheio de spams). Não tem nada de novo, só algumas notificações de sites e outras coisas inúteis.

Assisti alguns episódios de Ao no Exorcist (meu anime preferido) e fui dormir.

Acordei mais cedo que ontem, agora é 6:30h, dá para levar o Bugie para passear.

Tomei banho, coloquei calça jeans, camiseta verde, casaco preto, coturno, deixei meu cabelo solto.

Pus comida para o Bugie e depois fui tomar café.

Peguei a coleira, pus na corrente e andei um pouco com Bugie pela praça. Ele estava cansado então sentamos no carvalho.

Ele começou a latir e a bater a patinha em cima de algo, como se tentasse cavar, olhei no que ele estava mexendo e era uma espécie de caderninho de capa de couro marrom. Abri para ver a quem pertence e estava escrito em letras muito bonitas e de modo bem claro: Lysandre.

– Esse garoto. – Sorri e girei a cabeça em sinal negativo.

Levantei-me e voltei para casa, minha tia havia acabado de acordar, ela ainda está com o cabelo bagunçado e com remela no olho.

– Oi Anne, já fez o café?

– Fiz.

– Já deu comida para o Bugie?

– Dei.

– Já está pronta para ir à escola?

– Pronta.

– Mas ainda está muito cedo, então não.

– Então sim, 7:30h, hora de ir.

– Ok.

– Só não vá esquecer-se de escovar os dentes e pentear o cabelo.

– Ok. Espera aí... Eu sou a adulta! – Ela mostrou língua.

– Eu sei. – Dei risada e mostrei língua também. – Vou indo, tchau.

– De quem é esse caderninho?

– De um amigo, achei na praça.

– Amigo... Sei.

– Para tia.

– Qual amigo?

– Lysandre.

– Eu gosto dele, tudo bem e não forem só “amigos”.

– Sem graça. Tchau.

– Tchau.

Ela pirou de vez.

Cheguei na escola e Lysandre já estava lá.

– Oi, Lysandre?

– Oi Anne, tudo bem?

– Tudo ótimo. – Respondi com um sorrisão no rosto. – Tenho novidades.

– Quais?

– Achei seu bloco que está mais para um caderno.

– Sério?

– Sim.

Ele me deu um abraço apertado e me chacoalhou, não pude deixar de rir.

– Lysandre... Você está me esmagando.

– Ah, desculpe. – Ele se desvencilhou. – Muito obrigado.

– De nada.

– Onde estava?

– Na praça, embaixo do carvalho.

– Não me lembro de ter estado lá, mas mesmo assim obrigado.

– De nada mais uma vez.

A professora de filosofia entrou na sala. Odeio a matéria e a professora parece um zumbi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou muito feliz por ter novos leitores, espero ter mais ainda (quem escreve sempre quer ter mais leitores #fato).

Espero que tenham gostado, até o próximo episódio :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Spread your wings" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.