A Diabólica Vida De Eleonora Duncan escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Mudança de planos! O capítulo que eu planejava escrever agora, vou escrever beeeem lá na frente, haha xD
Espero que gostem!



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– O que eu estou dizendo é: Eleonora precisa aprender a controlar seus poderes. – Apoiei a mão no queixo e olhei para Demon – Não só seus poderes, mas o seu emocional também. Bom, pelo menos Marin será de bom uso nesse quesito.

– Controlar, certo. Mas por quê? Digo, não são poderes extraordinários, não são enormemente fortes. – Demon perguntou com curiosidade. – Você pode deixar mais claro, Kaoru?

– Sim, você está certo. O que a garota possui não é tão forte assim, Enma jamais confiaria tal poder na mão de um humano, mesmo que ele possua o coração mais puro de todos os corações... Enfim, a luz que foi concebida a Eleonora pode facilmente se apagar e se tornar escuridão, mudando toda a concepção de vida da menina.

– Ok, deixe-me ver se entendi: vamos supor que alguém magoe Eleonora tão fortemente, a ponto de ela sentir não só raiva, mas ódio. A sua mente seria tomada por pensamentos malignos e ela poderia se converter em “sombra”... algo como Dakota?

– Exato, embora não se saiba como Dakota obteve suas forças. – Pontuei.

– Acredito que ele não tenha nascido com eles. Eu o vi quando moleque, quando bem pequeno, o rapaz era dócil. Mas deixemos isso para lá, não queremos focar nisso.

– Uhum. – Balancei a cabeça.

– O que está havendo? – Eu e Demon nos surpreendemos... Enma estava aqui... O que o “rei” do mundo espiritual estava a falar com simples subordinados como nós? É algo que me intriga. Eu e o “demônio” nos curvamos, demonstrando respeito e inferioridade, de certa forma.

– Senhor Enma. – Falei – Nos vimos obrigados a acordar os poderes de Eleonora, nossa protegida, lembra-se? Eu, Kaoru, pedi sua permissão.

– Oh, sim, claro que me lembro. Kaoru e David, huh? – Demon demonstrava sua decepção em seu rosto.

– Demon, senhor. – Ele mesmo corrigiu.

– Estamos procurando a melhor forma de ensinar-lhe a administrar o que lhe foi dado, considerando tanto a força quanto o emocional, já que estamos tratando de luz.

O rei estava claramente pensativo.

– Venha ao meu escritório às 18h espiritual, Kaoru, conversemos lá sobre isso. – Nos avisou e voltou para seu aposento.

– Preciso voltar, amigo. – Demon estendeu a mão e nos cumprimentamos – Não pense demais sobre o trabalho, descanse um pouco até a hora que a ti foi dada.

Demon’s POV

Quando retornei, percebi que Eleonora estava sozinha e encurralada por Ambre. Nessas horas, gostaria que Ambre pudesse vir o seu próprio guardião, assim eu poderia me colocar entre as duas ou até mesmo socar essa garota... mas se eu não podia fazer isso...

– Nora, soca a cara dela! – Óbvio que Nora não faria isso, mas ela não havia percebido a minha presença ali.

Mesmo que minha função seja estar ao seu lado 24/7, eu não estou. Não estou cumprindo dever que a mim foi designado e não estou sendo um bom amigo. Escondi o rosto nas mãos, envergonhado. Desculpe, Eleonora, eu terei que deixar seu lado mais uma vez, mas é para o seu bem...

Irei chamar Castiel.

Enquanto eu procurava o rapaz pelas salas, tentei fazer contato com sua protetora.

Angelique. Por favor, diga que você está com Castiel e onde vocês estão. Ambre está aporrinhando Eleonora no corredor, perto da sala B e está bem agressiva.

Demon! – Escutei a voz de Ange – Estamos no pátio, em direção ao corredor agora mesmo. Volte para perto de Nora e lhe dê apoio, ok?

Eleonora’s POV

Marin e eu já havíamos voltado para casa, assim que ela chegou de sua viagem, ela começou a falar entusiasticamente sobre as coisas que havia aprendido, disse também que eu teria algumas sessões com ela para testar suas novas habilidades. Eu ficava realmente feliz quando eu lhe via animada.

– Está com fome? – Perguntei – Você disse que chegaria a tarde, então tomei a liberdade de preparar um bolo para tomarmos um café. – Sorri.

– Ah, mas que gentil a minha filha, huh? – Ela disse enquanto se sentava diante a mesa, fui em direção a cozinha para buscar o que havia preparado. – Como está Castiel? – Ela perguntou, eu quase deixei o bolo cair de minhas mãos ao me lembrar do que havia acontecido.

– Ele está bem, muito bem. Bem o suficiente pra fingir estar mal só para me enganar. – Suspirei – É uma criança. – Coloquei a bandeja sobre a mesa e cortei um pedaço para servir Marin.

– E ele foi um bom anfitrião? – Ela me perguntou com um sorriso, eu congelei no mesmo instante.

– Como?

– Eu tinha certeza de que se ele soubesse que você ficaria em casa sozinha por tanto tempo, ele te ofereceria proteção! – Eu olhei para ela e caí no chão no mesmo instante.

– Me perdoe, Marin, eu fui rude. - Eu estava cabisbaixa – Ele não teve escolha, já que eu decidi por mim mesma que ficaria lá. Você pode me bater com um chicote agora. – Suspirei.

– Eleonora! – Ela exclamou e começou a rir – Sim, isso foi um pouco rude, mas ele não se importou, não é mesmo? – A aura de Marin começou a mudar, eu olhei para cima e ela estava assustadora.

– Não, não, não! Nem um pouquinho, eu cozinhei para ele todos os dias, limpei a casa, fiz o que podia para demonstrar minha gratidão. – Ela suspirou em alívio e pôs-se a comer o bolo.

– Bom saber.

– Ela fez mais coisas também. – Demon disse, segurando uma gargalhada – Ela confessou seu amor por Castiel e tentou demonstrá-lo também, caso ele não acreditasse.

Marin quase engasgou com a água que tomava. Ela olhou para mim com olhos esperançosos e segurou minhas mãos, seu rosto demasiadamente feliz estava começando a me dar arrepios.

– E vocês finalmente estão namorando? Vocês vão me dar netos maravilhosos? – Demon estava rolando de rir sobre a mesa. Para piorar, imagens como eu e Castiel casados, eu e ele com filhos, nós procurando casas para morar, vieram em minha cabeça, me fazendo corar por todo o rosto.

– N-não. – Finalmente falei – Ele nunca me deu uma resposta, só disse que era complicado. – Só de pensar que o meu amor não podia ser correspondido começou a me deixar para baixo.

– Aahh... lá se vai a minha chance de ter um neto. – Marin reclamou e possuía um rosto chorão.

– O quê?! – Exclamei – Eu só tenho 17 anos, mulher, ainda tenho tempo pra arranjar um namorado e ter filhos!

– Bom saber que você é bem confiante! – Ela me disse com um sorriso.

– Mas é claro! Nunca se pode deixar de ter esperanças! – Eu me assustei com a minha própria fala... como eu pude falar isso sendo que eu já estava me sentindo completamente sem chances? E num curto período de tempo... Eu sorri e olhei para Marin. – Obrigada. – Ela sabia exatamente do que eu precisava. – Ah, mulher maldita e sua psicologia, me dá vontade de arrancar os cabelos! – Brinquei e nós rimos e conversamos até a hora de ir para a cama.

– Hm, Nora... – Demon sussurrou.

– Fala, Den.

– É... sabe aquele pote com a maldição que você purificou? – Ele falou com cautela.

– Sei... – Aonde ele quer chegar?

– Na verdade, sabe seu poder? Você diria que já pode controla-lo ou você acha que ele controla você?

– É... acho que a segunda opção. Houve tempos em que eu não me lembrava de nada após tentar a purificação.

– Então... Kaoru e eu estávamos conversando, vamos precisar que você faça um treinamento de vez em quando para tentar controlar isso. Também, Marin vai precisar cuidar da sua mente também. Como sempre, ainda não podemos te contar toda a história, está bem?

– Está bem... está bem...


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