Não havia nada de anormal em Demacia, o treino do militarismo continuava, a agricultura que circundava os campos mais a oeste da cidade se mostrava em perfeito estado, a cidade conhecida como exemplo em aplicações de leis e justiça continuava forte em seus métodos, até o dia em que uma mulher passou pelos portões de Demacia e largou um papel, ninguém sabe quem ela era, mas todos a viram, e inclusive todos a viram sumir, como se ela nunca estivesse ali.

Algum tempo se passou até os guardas tomarem uma reação, por medo de uma armadilha noxiana, ou pelo papel não ser do direito deles de ler. Mas por final abriram o papel, nele não havia nenhum tipo de armadilha ou maldição magica, apenas uma frase escrita em uma tinta estranha de coloração roxa, na qual dizia: Garen esta morto.

O guarda que leu a frase ficou perplexo e caiu em lamentos, ajoelhado ao chão seus amigos o olhavam com medo, pegaram o papel e mesmo mal passando os olhos acabavam por consequência no mesmo transe.

Jarvan III que era também o rei de Demacia, viu a aglomeração de pessoas no portão e foi verificar para ver o que era.

–O que esta acontecendo aqui, que maldição é essa que afeta todos os guardas, que droga quem esta cuidando do portão, voltem já para os seus postos, isso é uma ordem.

O guarda mais próximo ao rei lhe entregou o papel, que com uma certa relutância acabou pegando. Ele olhou o papel, não fez reação nenhuma e entregou-o de volta ao guarda dizendo:

–Queimem este papel, não quero ver essa tinta novamente no meu reino.

Fazendo isso o rei voltou ao palácio, um dos lugares mais nobres obviamente de toda a Demacia, nele se cultivavam o ouro altamente refinado, onde disponha desde cortinas a objetos como portas e cadeiras banhados no ouro demaciano ou assim conhecido pela maioria.

Mais especificamente Jarvan foi para uma das escadas principais que circundavam o castelo, parando nela olhou para o povo que o observava e disse:

–Prestem atenção, é com grande receio que lhes informo que hoje nesta quarta-feira um de nossos mais honrados guerreiro morreu, Garen está morto.

Com isso o caos abraçou Demacia, as crianças pararam de brincar, as mulheres que ficavam na parte de artesanato paralisaram, os trabalhadores da agricultura gritavam pragas e mais pragas aos noxianos, mas havia uma parte a nordeste da cidade em que o silêncio era absoluto, nela se encontrava uma tradicional casa demaciana, com a sua porta fechada, nela se encontravam três pessoas, que só conseguiam pensar em um jeito mais rápido de morrer, era a casa de Garen.

Durante dias e dias o tormento continuou, mas já se via melhoras na cidade, as praças já recebiam mais crianças, parecia até mesmo que a luz solar de Demacia voltava aos poucos com pequenos fios de luz que atravessavam as nuvens, mas isso era só para a totalização de Demacia, apesar de estarem preocupados devido a perda de um grande guerreiro demaciano no qual sempre defendeu a cidade independente do perigo, continuavam vivendo.

Infelizmente isso não aconteceu com a família de Garen. Rosa a mãe ficou louca com a perda do filho e por decisão própria se prendeu em um espaço qualquer da casa, já João o pai continuou trabalhando, mas não demorou muito a adoecer e entrar em uma espécie de vida zumbi, sempre foi acostumado com o trabalho e mesmo depois do sofrimento continuou a trabalhar porque seu subconsciente lhe dizia que não devia parar. E por ultimo restava a irmã de Garen, Lux, também muito conhecida por todos, entrou em um silêncio eterno. A jovem que sempre foi sorridente e brincalhona com seus feitiços de ilusão de ótica, hoje se mostra fria, as pessoas a olhão como um animal, um animal que tivesse sido arrancado do ninho e jogado ao mar, sentiam pena e medo.

Lux por ser uma jovem prodígio nos conhecimentos da magia em geral, dava aulas básicas para crianças sobre o desenvolvimento da magia, até que um dia ela parou, sumiu e nunca mais foi vista.