My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 7
Dez anos atrás


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que me deixaram comentários fofos *---*



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Patrick se sentou na cadeira que fica na frente da mesinha de Teresa.

–Qual é o caso de hoje?

–Temos um caso de uma mulher encontrada morta dentro de um carro na estrada que liga a Califórnia com Nevada.

–Meh, só isso? Então por que me chamou aqui?

–Jane...-Ela parou por uns segundos, pensando no que iria dizer – Os exames de DNA da exumação do corpo da menina que está enterrada no tumulo da sua filha chegaram.

–Bom...então?

–Jane, os ossos da menina que estavam no tumulo, são na verdade de Ruth Rivera, desaparecida a dez anos atrás, após se afastar dos pais em um passeio no lago e nunca mais ser vista por ninguém desde então.

Jane engoliu aquilo a seco. Por dentro estava feliz, claro. Mas sentia pena dos pais da garota, pois ele sabia como era a sensação de perder alguém. E pior, eles ainda deveriam ter chances de encontrar a garota viva em algum lugar, algum dia...

–Patrick, acho que nós deveríamos dar a noticia a eles, o que acha?

–Acho que é certo – Respondeu, dando um sorrisinho para sua chefe.

–Ok então – Ela se levantou e pegou sua jaqueta – Vamos.

Enquanto isso, Rigsby estava na cozinha da CBI, fazendo um lanchinho rápido enquanto nenhuma nova informação do caso que estavam trabalhando aparecia.

Charlotte que passava por ali, o viu sozinho e aproveitou a oportunidade para descobrir o que tinha acontecido entre Van Pelt e ele.

–Oi Rigsby – Cumprimentou, encostando as costas na geladeira. – Como vai?

–Hey Charlotte – Respondeu sorrindo - Eu vou bem e você?

–Melhor impossível.

Ela cruzou os braços e o encarou.

–Ah...precisa de algo?-Perguntou incomodado com os olhares indiscretos da garota.

–O que aconteceu entre você e a Van Pelt? – Perguntou se aproximando – Eu sei que tiveram um caso, mas por que acabaram?

–Seu pai já falou da gente pra você?

–Não, não precisou. Eu vejo pelo seu olhar que você a ama, o jeito que a toca, o jeito que desvia o olhar quando olha para ela...

–Como assim? Eu não sei do que você está falando.

–Vocês já se beijaram, com certeza já – Afirmou – Mas por que acabaram ?

–Ninguem acabou nada, nunca tivemos.

–Está sendo infantil. Aposto que quem terminou tudo foi ela, não foi?

–Menininha, eu vou contar pro seu pai o que você está fazendo.-Ameaçou, enquanto dava algumas mordidas no seu sanduiche.

–Se você contar pro meu pai, eu não vou poder ajuda-lo...

–Me ajudar? – Perguntou curioso – Como ?

–Eu posso te ajudar a ficar com ela, se quiser. –Ela se sentou sobre a bancada da cozinha. –É só você pedir.

–É impossível, aqui na CBI há regras claras sobre relacionamentos entre agentes.

–Mas o que te impede de ficar escondido com ela? É tão fácil.

–Fácil? –Perguntou sendo sarcástico – A nossa chefe, Teresa, ela iria nos expulsar se ficássemos juntos, e é impossível ela não ficar sabendo.

–Vai por mim, Teresa é a mais fácil de enganar.-Ela desceu do balcão e parou na frente dele – Eu posso te ajudar, acredite em mim.

–Não é assim tão fácil já disse, eu tenho um filho pra cuidar, a mãe dele precisa de mim...-Tentou dar uma desculpa qualquer, mas a menina continuava o fitando.

–Primeiro que você não é casado, não usa anel. Segundo, provavelmente não gosta do jeito que a mãe do seu filho cuida dele, estou certa?

–Como sabe? – Perguntou assustado.

–Disse “a mãe dele precisa de mim” de uma forma fria, totalmente sem emoção. Novamente eu digo, posso te ajudar, só você pedir...

Ele ficou pensativo por alguns instantes. Não sabia como aquela garota poderia ajuda-lo, mas ele estava desesperado, ficar com Grace era o que ele mais queria na vida.

–Eu vou pensar no seu caso, Charlotte.

–Ok tio Rigsby – Ela sorriu – Aproveite e pense em como Grace seria uma boa mãe pro seu filhinho.

Charlotte saiu deixando Rigsby confuso e pensativo na cozinha, se deliciando com o lanche.

Teresa e Jane bateram na porta da casa dos Rivera, ambos aflitos.

Uma moça de aproximadamente 40 anos, desarrumada e com os cabelos pretos e alguns fios brancos atendeu a porta.

–Olá, posso ajuda-los ?

–Somos da CBI – Ela mostrou seu distintivo – Podemos entrar ?

–Sobre o que o assunto? – A moça perguntará, assustada.

–Sobre Ruth Rivera.

–Ruth...-Ela se calou, olhando fixamente para o chão – Tantos anos que não ouço mais esse nome...Podem entrar – Respondeu com a voz tremula.

A casa era pequena e bem simples, e tudo ali lembrava a garota. Fotos dela espalhadas pelas prateleiras, desenhos espalhados pela parede cor de pastel, seus brinquedos sobre o sofá. Era como se eles estivessem parados no tempo. E Jane sabia como era aquilo.

–Podem se sentar, eu estava preparando um chá com biscoitos para o meu marido, ele está com um resfriado muito forte. –Ela disse, apontando para a pequena mesa da sala – Desejam chá?

–Não, obrigada – Lisbon recusou,educadamente.

–Eu quero. –Jane aceitou, sendo censurado pelo olhar matador de Teresa.

–Tudo bem, eu vou pegar.

Ela entrou na cozinha e começou a servir os chás. Seu marido ouvindo o barulho de visitas, foi até a sala, arrastando os pés enquanto andava.

–Não esperava por visitas – Disse o senhor Rivera, usando um velho e rasgado pijama azul – São policiais?

–Querido, eu não disse para ficar deitado? Quer ir parar no hospital?

–Não, eu quis vim saber o que estava acontecendo – Ele se sentou com difilculdade em uma cadeira na frente dos dois.

–Prazer, meu nome é Ryan –Ele esticou a mão e cumprimentou os dois.

–Sou a agente Lisbon e esse é o meu consultor Patrick Jane.

–Prazer – Jane disse sorrindo.

–Vocês tem novidades sobre o desaparecimento da nossa filha?

A senhora trouxe os chás e serviu bolachinhas, sentando logo em seguida ao lado do seu marido. Ela colocou sua mão sobre a dele que estava apoiada em cima da mesa.

–Temos, mas não sei se irão gostar – Teresa afirmou, procurando pelas palavras corretas para dizer aquilo – Nós estávamos investigando outro crime quando...quando...-Gaguejou.

–Quando acharam o corpo da sua filha enterrada no tumulo da minha.- Jane completou - Sua filha foi morta há dez anos atrás por um assassino em série chamado Red John e eu acabei a enterrando achando que era a minha. Me desculpem por isso, e eu ofereço toda a ajuda financeira que puder para cobrir os gastos do enterro.

O casal estava em choque. A senhora começou a chorar desesperadamente e abraçou o marido, colocando sua cabeça sobre o peito dele.

–Jane...- Teresa murmurou zangada – Você sempre faz tudo errado – Sussurrou.

–Eu fiz a coisa certa, acredite em mim.

–Ela...ela foi abusada?- O senhor perguntou.

–Não, ela não foi, eu tenho certeza disso – Afirmou Jane.

–Ruth pelo menos foi enterrada e não jogada por ai – A senhora disse com a voz rouca –Agora podemos ficar finalmente ter paz por finalmente a terem achado...

Jane olhava aquele casal com tanta angustia dentro de si. Se sentia culpado de mais cedo, ter ficado feliz pela filha estar viva. Isso foi egoísta da parte dele, afinal de um jeito ou de outro, alguém iria acabar sofrendo do mesmo jeito.

–Eu...-Jane se levantou da cadeira e Teresa também – Quer dizer, nós...já vamos, temos um caso para resolver. Mas eu lhe dou o meu numero de celular para manterem contato sobre o orçamento de tudo. – Jane entregou a eles o seu cartão. – A propósito, posso ficar com uma foto da menina ? Só até tirar uma copia, ai eu te devolvo.

–Claro - A senhora pegou a foto que estava mais no alto e entregou ao consultor – Essa foto ela tirou quando fez seis anos de idade, quatro semanas antes de morrer. Estava tão radiante e bonita...

Na foto, a garotinha estava usando um lindo vestido branco com mangas, e seus cabelos loiros e cacheados como os de Charlotte, soltos e brilhantes.

–Eu e minha esposa ficamos gratos pela sua ajuda, senhor Jane – Ele deu um abraço demorado em Patrick.

–Eu sinto muito pela sua perda.- Jane disse, já abrindo a porta da casa e saindo com sua chefe.

–Até logo.

–Até Lisbon e Jane.

Ao entrarem no carro, Jane estava visivelmente abalado. Teresa entendia o por que, e o deixou quieto o caminho todo.


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Notas finais do capítulo

sei que pareceu grande esse capitulo, e é, mas eu prometo diminuir é que eu me empolguei. Ahh além disso quero ouvir a opiniões de vcs sobre quem pode ser Red John, pra coloca-lo na minha fic :)