Aqueles olhos verdes, ah aqueles olhos verdes.


Draco estava sentado na grama, suas costas estavas totalmente apoiadas na macieira que ficava atrás do campo de quadribol da escola. Draco gostava daquela árvore, não só por causa das maças, é claro, que adorava as maçãs, mas aquela árvore era especial, Draco a amava, pode-se dizer.

Tudo havia acontecido ali. Tudo que Draco mais amava em sua vida havia acontecido naquela árvore e ele era grato à ela por tudo isso. Agora mais uma vez ele estava com ela, suas costas apoiadas nela enquanto olhava para o céu; o céu estava lindo aquele dia, Draco havia percebido. As nuvens branquinhas e fofas dançavam felizmente no céu mergulhadas em um profundo oceano azul. Ora a quem ele queria enganar? Ele não estava olhando o céu por ele ser uma imensidão azul-brilhando; durante anos voando pelos céus de Hogwarts como jogador de quadribol nunca fora de ficar reparando no céu e seu azul. O que lhe encantava era o verde. A imensidão verde que a árvore o apresentara.

Já fazia um certo tempo, mas ele se lembrava perfeitamente de quando descobriu-os. Ele e o dono da imensidão verde estavam prestes a se matar. Draco estava prensado nesta mesma árvore, uma varinha prensava sua garganta e a imensidão verde tomava uma cor avermelhada. Era para ele ter morrido, mas o que veio foi um beijo, o melhor de sua vida. Ele nunca iria se esquecer daquele dia. Daquela árvore.

Ele riu se lembrando do primeiro dia do resto de sua vida, do dia em que tudo mudou, sem tirar os olhos do céu. Lá estava ele com os amigos voando pelo céu, a coisa que mais gostava de fazer, subir em uma vassoura e voar. Achara bobo no princípio, mas sua árvore o mostrou, depois de tardes deitado apenas olhando e tentando capturar o verde, o quão encantador ela vê-lo voar em cima de uma vassoura. E quando conseguia capturar a imensidão verde, seu coração derretia. Ele o olhava nos olhos, sorria e então quase caia da vassoura por ficar olhando para baixo, pode ser considerada uma atitude idiota, ou até mesmo considerá-lo um idiota por isso, mas para Draco era completamente adorável.

Lá estava ele, mas uma vez repetiria o ato, então jogaria-lhe um beijo e voltaria a voar. Então o colega rolaria os olhos e os dois iriam começar uma briga de brincadeira e a namorada desse amigo iria desistir de voar e iria sentar com Draco assistir. Foi o que aconteceu, mais uma vez.
Então ele olhou para Draco e sussurrou um "eu te amo" que como sempre, derreteu Draco que apenas olhou nos olhos dele e sussurrou "eu também".

Aqueles olhos verdes, ah aqueles olhos verdes.