Meu Anjo escrita por BG


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Personagens fictícios, qualquer semelhança - o que eu duvido que haja - com a realidade é mera coincidência.



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A ambulância chegou em poucos minutos e a policia também, afinal Caroline atropelara Bianca por ser distraída, irresponsável. Luke foi com a melhor amiga desacordada para o hospital, e de lá ligaria para Teresa, mãe da moça que com toda certeza do mundo ficaria desolada e nervosa demais para que ele a deixasse sozinha, o que o fez resolver permanecer lá até que pudesse vê-la, nem que isso demorasse dias.

– Você não pode entrar rapaz. – Falou o enfermeiro para Luke, que insistia em entrar com a amiga. – Me desculpe, mas você tem que esperar aqui.

Enquanto praguejava a si mesmo por não ter tido tempo de evitar que isso acontecesse, senhor Westerfield, que se chamava Felipe, chegou a sala de visita.

– V-o-c-ê está bem filho? – Perguntou Felipe, visivelmente preocupado.

– Estou pai, mas ela...eu...- Respondeu o garoto, se aconchegando nos braços do pai, temendo pela vida da amiga.

– B-i-a-n-c-a estava lá? – Continuava a gaguejar nervosamente.

– Sim pai, somente ela que foi atingida. E ela me salvou, acredita?

– Sempre gostei dela. – Falou Felipe, tentando amenizar o clima tenso no ar. - Já ligou para Teresa?

– Ainda não. Você pode fazer isso por mim?

– Claro filho. Sente-se um pouco. Ou quer dinheiro para comer algo?

– Comer é a ultima coisa que eu quero.

Felipe saiu da sala de espera e foi fazer a ligação que tiraria o chão de Teresa, que naquele momento só tinha a filha. 5 minutos depois o pai voltou.

– E então? Como ela aceitou a noticia? – Perguntou Luke, preocupado.

– Não pude falar com ela filho, não assim pelo telefone. Liguei para sua mãe explicando a situação e pedi que ela fosse até a casa dela.

– Ah. – Murmurou ele.

– Luke, quem estava dirigindo o carro? Você pegou a placa?

– Não precisei pegar a placa. – Disse Luke, pela primeira vez depois do incidente pensando o que faria com Caroline sobre isso. Ele não poderia continuar com ela depois de ver o brilho nos olhos de Bianca quando ele disse que também a amava. Ele já havia dado o primeiro passo, falar tudo, todo o sentimento parecia mais fácil pra ele naquele momento, mesmo que não fosse o mais apropriado para pedi-la em namoro.

– Quem foi então filho? Eu conheço?

– Oh sim, o senhor conhece muito bem. Foi a Caroline que fez tudo isso.

– O quê? Eu achei que ela fosse uma moça responsável.

– Se enganou meu caro. – O garoto colocou a mão sobre o ombro do mais velho e deu um sorriso irônico.

– Desculpe Luke, mas isso não é desculpa para você terminar com ela. Sei que foi sério, mas...

Luke tratou de tirar o sorrisinho do rosto e se sentou, na esperança de que o médico saísse por aquelas portas brancas e viesse dar noticias de sua amada, enquanto tentava dissipar a raiva do pai. Como que ele não poderia terminar com Caroline? Luke sabia que discutir não daria em nada, pelo contrario, só pioraria tudo.

O relógio parecia demorar horas para que somente um minuto fosse marcado. Já se passara meia hora desde que o pai de Luke havia dito que ele não poderia terminar com a loira irresponsável que ele estava odiando e que ainda sim teria de chamar de namorada e, se dependesse do pai, em breve chamaria de noiva e depois de esposa. Luke tremia só de pensar em ter que olhar para o rosto daquela mulher, mesmo que bonita, todo dia e saber que ela havia causado dor – muita dor – em sua melhor amiga e foi então que Teresa entrou pela porta da recepção encontrando o melhor amigo da filha sentado, com os olhos cheios de lagrimas, das quais ainda não haviam caído por seu rosto por falta de pessoa que compartilhasse da grandeza da mesma dor que ele. Teresa era a pessoa que ele esperava para partilhar o choro doído.

– Luke... - Disse a mulher que Luke tão bem conhecia. Teresa era como uma segunda mãe para o garoto, afinal quando criança ele passava muito tempo na casa de Bianca. Os dois se abraçaram e simplesmente deixaram as lagrimas escorrerem rosto abaixo.

Mais meia hora e então um médico aparentemente simpático saiu por aquela porta que Luke tanto fitava na esperança de ver alguém com boas noticias saísse de lá.

– Vocês são parentes da Bianca Jensen? – Perguntou o doutor.

– Sim. – Respondeu Luke.

– Eu sou a mãe dela. – Disse Teresa.

Como Felipe já havia ido embora vinte minutos atrás, não tinha nada pra que o médico escondesse ou negasse. Ele não podia faltar o trabalho, já que os negócios estavam indo de mal a pior, então pelo menos ele tinha de se certificar que nada piorasse.

– Ela está bem. Quebrou um braço e está com alguns cortes pelo corpo. Com alguns remédios nem ficará marca.

– Nós podemos vê-la doutor? – Perguntou a mãe da garota, após voltar a sua cor natural e dar um suspiro de alegria. Ela abraçou Luke de lado e sentiu o abraço ser retribuído, afinal os dois partilhavam da mesma alegria.

– Só tem um pequeno problema.

– Qual? – Perguntou Luke, meio nervoso, sentindo as mãos de Teresa baixarem com a tensão que estava impregnada no ar.

– Ela está em desacordada ainda e não sabemos exatamente quando ela irá acordar. – Disse o médico, secamente.

– O quê? Mas por quê? – O garoto gritou. Teresa se escorou nele e começou a chorar novamente, temendo que a filha estivesse em coma ou morta ao invés de desacordada.

– Não sei ainda a razão, temos de fazer alguns exames para entender melhor o quadro dela e só então poderei dar noticias mais esclarecedoras. Mas não se preocupem. Por enquanto. – Disse o moreno chamado Pedro que estava com a vida de Bianca em suas mãos, dando ênfase no “por enquanto” fazendo Teresa chorar mais ainda. É claro que a ênfase não havia sido proposital e sim um aviso somente.


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