Depois do jantar, foi anunciado um jogo chamado “Caça a bandeira”. Eu já tinha jogado esse jogo antes,  na escola, e não era muito boa naquilo. Na verdade, eu não queria jogar, mas Annie me falou que todos eram obrigados, e também que aquele era um treinamento de batalha e construtor de reputações. Ficamos no time vermelho, junto com os chalés 7, 10, 14 e 18.

- Ok, pessoal – Quíron disse – vocês tem cinco minutos para se organizarem, dois para chegarem em seus postos. O jogo começa quando o sino tocar. Lembrando, não vale matar, esquartejar, aleijar e essas coisas terminadas em ar.

Ele saiu trotando, e na mesma hora que o outro grupo foi elaborar suas estratégias, Annie começou a dar ordens.

- Vistam suas armaduras, enquanto isso, eu vou selecionar suas posições! – como alguns campistas já tinham vestido suas armaduras, ela pediu para uma garota me ajudar. O nome dela era Agnes, e ela foi bem simpática comigo. Ela também se dizia minha irmã.

- Ataque – Annie começou – Piper, Buck, Will, Lacy, Malcolm, Stephen e Caleb. – os sete se dirigiram até o lado dela. Todos eles eram fortes, e deviam ter pelo menos quinze anos. – Defesa – ela apontou para a floresta – perto do riacho, aonde não está a nossa bandeira, quem chegou aqui nos últimos seis meses.

Isso me incluía nesse grupo.

- Quem não está em nenhum desses grupos, vocês sabem o que fazer.

Todos começaram a se levantar ou caminhar na direção da floresta. Eu estava sem direção até sentir uma mão gelada tocar em meu braço direito. Era Vanessa. Do lado dela estava Agnes; atrás viam Isabella, uma garota que eu não conhecia e um garoto que já estava com o capacete de luta.

                       ...

Quando chegamos no riacho, Isabella nos divide. Vanessa, eu e o garoto com o capacete ficamos do lado esquerdo, enquanto ela, Agnes e a garota ficaram do lado direito. O sino tocou, o que significava que o jogo começara.

- Então, o que nós fazemos? – perguntei

- Esperamos alguma coisa acontecer – Vanessa falou

O garoto riu.

- Tem certeza que você é filha de Atena?

Reconheci a voz dele, e encontrei seus olhos me encarando, como se eu estivesse mentindo. Tudo que eu queria aquela hora era gritar e chamar meu pai para resolver o problema. Mas ele não estava ali.

- Se aquela coisa branca em cima da minha cabeça foi um sinal, acho que sou sim.

- Sua dislexia é forte, então? – ele perguntou curioso, ainda me encarando.

- Eu não tenho dislexia!

Ele ia perguntar outra coisa quando a fera apareceu.