A Maldição Dos Deuses escrita por Eline Sandes


Capítulo 18
Capítulo 18 - A Caverna do Dragão




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- Mas que merda é essa? – ouvi Samuel gritar de longe – gente, vocês podem me ajudar?

Olhei para Vanessa e ela olhou para mim. Saí em disparada escada a baixo, Vanessa atrás de mim. A escadaria descia muito, muito fundo. O lugar era escuro, parecia que ficava dentro de um vulcão, porém descartei a ideia. Estávamos no Brasil, embaixo de uma igreja. Ao meu lado estava Samuel, enrolado em uma rede, armadilha; havia também um pequeno córrego que nos separava de uma criatura grande e dourada.

-Ah! – gritou Vanessa, atrás de mim – Susan, olhe para cima!

Olhei para cima, e gostaria de que aquilo tivesse sido um pesadelo. Apenas um pesadelo. Havia corpos pendurados de cabeça para baixo, alguns estavam vivos, outros mortos. Abaixei a cabeça novamente e percebi que a criatura do outro lado do córrego estava olhando para nós. Aquilo não era uma criatura. Era um dragão. Ele iria vir até nós, eu já sabia disso. Mas precisava tirar Samuel dali, ou logo ele seria um dos diversos corpos pendurados no teto.

- Vanessa, você pode distrair o bicho enquanto tiro Sam dali? – perguntei, apontando para o dragão.

- Ah claro, eu tenho muitos poderes, sabe?

- Por favor, eu tenho que ajudar o Sam.

Vanessa olhou para mim com cara de “isso mesmo, me deixe morrer enquanto você o salva”, mas depois fez que sim com a cabeça e gritou: “Ei, dragãozinho, por que você está me encarando?”

Corri até a armadilha em que Samuel estava preso e tirei o marca-páginas do bolso da calça que estava vestindo há dois dias. “Owls” falei baixinho. Com a adaga, cortei um pedaço da rede bem pequeno. O material era resistente e demorei quase dois minutos para cortar o tamanho suficiente para que Samuel saísse.

- Vamos, Sam, não temos tempo a perder.

- Eu ouvi direito ou você acabou de me chamar de Sam? – disse ele tirando um emaranhado de cordas cortadas da cabeça.

- Queria encurtar seu nome, idiota – falei.

- Aham, sei. Três vezes.

- Cale a boca, Vanessa precisa de nós.

Ele chegou mais perto de mim, e por um momento, pensei que ele ia me beijar. Eu não teria deixado. Vanessa gritou. Graças aos deuses.

- Pessoal, seja lá o que vocês estiverem fazendo, podem vir me ajudar?

 Corri o mais rápido que pude, mas estava morrendo de medo. A coragem que senti antes de descer as escadas sumira, como se a benção tivesse acabado.

Atirei a adaga na barriga do dragão; ele sumiu no momento que ela o acertou. Não haviam cinzas de monstro, e o lugar ficou silenciosamente medonho. De repente, tudo ficou escuro.

Filha de Atena

Até então o que aconteceu em seguida foi a experiência mais assustadora de minha vida. Ao piscar meus olhos por um instante, notei uma rajada de luz na minha frente. Quando abri-os, estava em um lugar diferente. Estava na beira de um precipício.


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