Bloodbath escrita por ray_diangelo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, primeira fic de THG... beijoos com queijos, e aí está o primeiro cap ♥



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Primeiro cap:

     Era isso, o dia da colheita, o dia mais esperado de todos. Era hoje que iriam sortear o menino e a menina que seriam levados de cada distrito para se tornarem tributos nos jogos vorazes. Tenho pesadelos com esse dia desde os meus 12 anos de idade, e hoje, eu com 15, começo a achar que a sorte realmente não está ao meu favor, o que eu agradeço muito nesse caso.

      Moro no distrito 4, o distrito da pesca. Como já havia dito antes, tenho 15 anos e me chamo Rayssa, mas prefiro que chamem de Ray. Moro em uma pequena cabana com meus pais e minhas duas irmãs mais novas. Comecei a trabalhar com pescaria desde os meus dez anos, aqui começamos a trabalhar cedo, o que é até bom, porque nos preparamos para os jogos vorazes,aprendemos a nadar, a pescar e a usar facas para matar os peixes nas áreas mais rasas.

      Coloquei meu melhor vestido para ir até o pátio da prefeitura, que é uma grande área, mas com um cheiro horrível de peixe morto, já que o comércio fica ao lado. Chegando lá fui me identificar e me juntar ao resto das meninas com a minha idade.

       Tudo começou quando uma mulher, que devo dizer que é extremamente estranhas, surgiu de uma daquelas coisas voadoras, mamãe já havia me dito o nome daquilo.. como era ? Aerovoador ? Não... Aerodeslizador ! Acho que era isso mesmo. Ela tinha longos e cacheados cabelos azuis, roupas de um estranho tom de verde e sapatos da mesma cor do cabelo.

-Cidadãos de Panem ! É uma honra e um imenso prazer vir até o distrito de número 4 para ver quem são os corajosos e destemidos adolescentes que serão levados até a arena para lutarem por seu povo e sua vida ! Então vamos passar o filme que mostra o porque dos Jogos Vorazes existirem, prestem bastante atenção.

     Nossa, como eu odiava esse filme, era a quinta vez que eu assistia e já havia decorado as falas. Na minha cabeça aquilo não passava de um gigante e intenso blá blá blá, que o que eles queriam dizer na verdade, era: Nós é quem mandamos e vocês são simples vermes que fazem tudo para nos divertir. Quando o filme acabou, a mulher de cabelo azul que eu ainda não ouvi descobri o nome falou:

-Então vamos começar, e como de costume, primeiro as damas.

     Depois de colocar sua mão perfeitamente cuidada dentro do pote com os nomes, a mulher de cabelo azul tirou um papel, e com sua voz sufocante falou:

-Rayssa Oliveira.     – Ao ouvir meu nome, meu coração gelou, olhei de relance para minha família, minha irmã de nove anos,Julia, chorava compulsivamente e tentava a todo custo ultrapassar a segurança e chegar até aonde eu estava, minha mãe se apoiava em meu pai prestes a desmaiar e a pequena Sofia, de 4 meses, olhava para todos os cantos tentando entender o motivo da confusão, e logo pequeninas lágrimas escorreram de seus olhinhos azuis.

-Venha até aqui, querida, deixe todos verem quem é você.   –Disse a monstra, opa.. mulher azul.

-Então, Rayssa, tem algo a dizer ? Tem quantos anos ?     -Ela perguntou.

-Tenho 15.    –Respondi secamente. A voz da mulher de azul era apenas um sussurro fraco na minha mente, meu corpo inteiro estava focado nas duas criancinhas que choravam e gritavam,na mulher desmaiada e nas lágrimas que brotavam nos fortes e cansados olhos de meu pai.

-Então... espero uma resposta.    –Ela disse e eu olhei finalmente para ela. Sua aparência era ainda mais estranha olhando de perto, sua pele tinha um pouco de brilho, o que era aquilo ? Acho que já ouvi falar.. era.. purpurina ? Acho que é isso.

-Eu não escutei a pergunta.   –Falei sendo sincera.

-Deixe... vamos ver logo quem é o menino sortudo.    –Ela falou voltando ao sorriso gigante.

    Com suas mãos finas ela fez o mesmo movimento de antes, só que dessa vez no pote dos meninos, e rapidamente tirou um papel azul, e disse:

-Gabriel Medeiros !    -Eu conhecia ele, era um garotinho pequeno e fofo que estudava em meu colégio, devia ter uns doze anos,como podiam mandar pessoas como ele pra esse jogo sangrento e frio ?

-Tentarei trazer a glória que o vencedor dos jogos leva para casa até o nosso distrito !    -Falou o menino no microfone, e não vou mentir, minha boca quase foi ao chão. Imaginava que ele ficaria morrendo de medo e choraria até o momento de sua morte, mas não, pelo contrário, ele já contava como se fosse vencer. Só um de nós pode vencer, e se eu tiver que matá-lo para voltar a ver minhas irmãs, eu faria.

Pov. Lucas Oliveira.   –Distrito 2.

     Eu estava em pé com o resto dos garotos de 14/15 anos, olhava para todos os lados tentando imaginar quem seria chamado e rapidamente deixei que meus olhos voassem para o outro lado, onde estavam as meninas, e encontrei um par de lindos olhos verdes me encarando. Victoria me olhava como se esperasse por aquilo a vida inteira, eu sabia que esse era seu sonho, entrar para os jogos e matar a todos, e se dependesse de mim, era isso que ela faria. Claro que eu queria ganhar, mas se ela fosse chamada, eu já havia bolado um plano para ir junto e garantir que ela voltasse para casa, era isso ou mais ninguém no mundo teria a linda visão da garota mais bonita que já havia visto.

     Juseff, a mulher estranha da capital que vinha aqui todos os anos para ver quem serião os tributos, enfiou a mão dentro do pote das meninas e ouvi ela dizendo:

-Victoria Orlens.     –Vi deu um pulo ao ouvir seu nome e foi rapidamente até o palco, fazendo um pequeno discurso de encorajamento falando que iria ganhar e que já sabia como.Ela olhou para mim e sorriu, do jeito que só eu sabia o que significava, era claro que ela queria dizer “ficarei bem, não se preocupe”, e eu sei que ela é capaz de ganhar, ela é forte, carismática, e tem uma ótima mira, mas não podia arriscar, ela precisava voltar para casa. Por isso, quando Juseff foi tirar o papel dos meninos, gritei em meio a multidão.

-Eu me ofereço para ir !   -Victoria me olhou assustada, e vi a palavra formando em seus lábios, um silencioso “não”.

-Ora, ora, ora... Temos um jovem muito corajoso entre nós ! Diga-nos seu nome, querido.   –A mulher falou.

-Lucas... Lucas Oliveira, senhora.    –Falei abaixando a cabeça.

-Então cumprimentem-se, tributos. E que a sorte esteja sempre ao seu favor.  

      Eu e Victoria fomos levados até uma sala para esperar as ordens, teríamos cinco minutos no máximo.

-Você é retardado ou o que ? Como pode fazer isso, Lucas ? Um de nós dois não vai voltar, sabe disso ! Porque está fazendo isso ? Você deveria ficar aqui, para esperar a minha volta e quem sabe daqui a dois anos .. nós poderíamos nos casar ! Seríamos ricos e conhecidos !  -Vi desabou.

-Não poderia deixar você ir para a arena e assistir de camarote a sua morte, Victoria ! Entenda isso ! Farei o possível para que você permaneça viva, e na hora certa, eu mesmo enfiarei a primeira arma que achar em meu coração para que você volte para casa se for preciso.

-Deixe de ser idiota ! Não pode fazer isso, Lucas ! Achei que fosse mais inteligente quando aceitei namorar com você, mas agora vejo que não !   -Vi disse.

-E eu achei que fosse mais doce quando pedi.     –Sussurrei na esperança dela não ouvir.

-O que faremos agora ?    -Perguntou.

-Mataremos todos que entrarem em nossa frente, e podemos fazer aliança até certa parte do jogo, depois os matamos enquanto estiverem dormindo.

-E mostraremos aos patrocinadores que nós nos amamos, e aí, nos enviaram o que precisarmos.

 Pov. Julie Anne.  Distrito 8.

     Não podia ser verdade, eu não podia ter sido escolhida junto de um garoto que eu quase nem conheço ! Tudo bem que assim seria mais fácil caso precisasse matá-lo, o que não era meu objetivo. Eu tentaria ficar o mais longe das lutas possível, não queria ter que matar qualquer um daqueles adolescentes, afinal, todos tem uma família que estarão os esperando... mas se eu não matasse, eles me matariam, e eu não estava muito afim de morrer pra ser bem sincera. Olhei para o meu companheiro tributo, eu ja o vira uma ou duas vezes, mas nunca paramos para conversar, seu nome era Bruno... mas o sobrenome... não conseguia me lembrar... Ah, pera ! Era o mesmo nome de um personagem de um filme muito antigo, papai já havia me contado histórias dele, e ele me disse que seu avô o havia lhe contado, era uma história que passava de geração em geração, mas caramba, como era mesmo ? Bond ! Isso ! Era o mesmo que o agente secreto, James Bond.Bruno mantinha sua cabeça virada para baixo sem olhar para mim por um único momento,ele estava magro, deveria estar com fome... não era fácil morar no distrito oito, durante algumas épocas do ano, algumas famílias de áreas mais pobres passavam fome, talvez Bruno fosse de uma delas.

-Porque está me olhando fazendo careta ?   -Ele perguntou me encarando com medo.

-Hã.. as vezes faço isso, desculpa. Estava pensando.. de que parte do distrito oito você vem ?    -Falei.

-Sou o filho do prefeito.     –Ele falou e minha boca foi no chão.

-PORRA, PRA ONDE A MERDA DO DINHEIRO QUE A GENTE PAGA DE IMPOSTO VAI ? SE ATÉ O FILHO DO PREFEITO PASSA FOME, PRA TA MAGRO DESSE JEITO, ONDE ESSA BOSTA VAI PARAR ? É PRA COMPRAR PAPEL DE BUNDA PRA CAPITAL ?    -Explodi e vi Bond se afastando um pouco.

-Caceta, de onde você tirou isso ? Quem te disse que eu passo fome ?    -Ele falou espantado.

-Você ta tão magrinho... imaginei que não comesse a dias...    –Disse.

-Eu sou magro porque não sou um desesperado que nem você que quando vê comida cai em cima e aí acaba gorda.   –Ele falou e senti todo o meu sangue vindo pra minha cabeça.

-DO QUE QUE VOCÊ ME CHAMOU SEU VADIO DE MERDA ? GORDA É A SENHORA SUA MÃE, AQUELA BALEIA ASSASSINA QUE DÁ PRO OTÁRIO DO SEU PAI O DIA TODO ! Você ta na minha mira, Bond, e não vai ser porque o James era foda, que você também vai ser, sacou ? Te vejo na arena, idiota.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? Deixem reviews *u* beijoooooooos



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