O Dia Em Que O Jogo Se Tornou Real escrita por Celly


Capítulo 8
Visão da Celly: Laços


Notas iniciais do capítulo

Novamente sou eu escrevendo :3



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E aqui estou eu de novo, narrando essa história que já tomou, há muito tempo, proporções graves e preocupantes. Como a Teffy já disse, agora a vida de uma grande amiga nossa estava em jogo. E para completar a desgraça, nós estávamos literalmente correndo contra o tempo.

Mari pesquisou mais sobre o assunto, e como foi dito anteriormente, essas duas realidades estavam a ponto de se colidir, isto é, estávamos começando a virar a mesma pessoa. O que aconteceria caso as realidades se colidissem? O óbvio: Os OOCs se juntariam com os ICs, formando uma única pessoa. E isso não era o pior: As duas dimensões iriam se juntar; Grand Chase e a realidade. Os monstros do jogo atacariam e invadiriam as cidades e os países de todo o mundo, e como todos nós sabemos, as pessoas da Terra não têm poderes para se defender. Apenas a Grand Chase possuía tal dom. E era praticamente impossível parar tantos monstros em tantos lugares do mundo ao mesmo tempo. Seria o fim da Terra, o fim da Grand Chase. E o mais desesperador, é que era apenas uma questão de tempo para ambos os fluxos temporais se juntassem. Nossa missão era trazer todos os monstros e vilões que atravessaram o portal de volta para a dimensão de Ernas, e trazer os OOCs para a Terra, e então fechar o portal.

Mas acabamos nos deparando com um contratempo: A OOC da Edna foi capturada. As intenções do Duel podem ser as mais puras possíveis, mas isso poderia prejudicar as duas dimensões de tal forma que acredito que ele nunca imaginaria. Nós tínhamos que agir, e rápido.

A situação já fora informada para a comandante, e a mesma autorizou que nós agíssemos. Nossa estratégia era a mais simples possível: Encontrar o Duel e trazer Lue de volta; Nada mais, nada menos que isso. Começava então uma caçada à Lue.

Fomos divididos em alguns grupos, e cada grupo foi procurar em um continente. Fomos todos, OOCs e ICs, depois de tanto insistirmos para que nossos ICs nos deixassem ir. Eles ainda não confiam em nós o suficiente para acreditar que ficaríamos bem. Lupus me deixou ir com uma condição: Que eu ficasse o tempo todo ao seu lado, o que no meu ver, não era algo tão ruim assim. Eu e Lupus caímos no mesmo grupo de Carlos e Zero, Mateus e Azin, Teffy e Sieghart. Na minha opinião, era um dos melhores grupos dali.

Meu grupo ficou responsável de procurar em Xênia. Usando alguns meios de transporte nem um pouco comuns, chegamos lá em questão de algumas horas. A viagem para lá fora cansativa, mas eu precisava me focar em ajudar Lupus e o resto do grupo, apesar de estar visivelmente assustada.

Mari havia dito que era apenas questão de tempo para as duas realidades se juntarem, e pelo o que percebi, isso havia alguns efeitos colaterais. Eu sabia o que Lupus estava sentindo, consequentemente acabava tendo o mesmo sentimento que ele. Se ele estava com raiva, eu também estava; Se ele estava feliz, eu também estava. Eu até conseguia ouvir os pensamentos do caçador. Isso era... Assustador.

- Algum problema? – O portador das scarlets percebera o meu nervosismo.

- Posso ouvir seus pensamentos – Eu disse, meio trêmula.

- E eu posso ouvir os seus – Ele riu – Não se lembra do que a baixinha de óculos disse? Estamos virando uma mesma pessoa. É natural que você possa ouvir meus pensamentos e vice-versa.

- E eu também sei o que você está sentindo – Completei minha frase anterior.

- Eu sei. Isso também é natural.

- Então se eu me apaixonar por uma pessoa, você também se apaixonará por ela? – Perguntei, temendo a resposta.

- Creio que não. O amor é um dos sentimentos mais complexos que existem, tenho para mim que nesse caso haveria um conflito – Respondeu Sieghart, se intrometendo no assunto – Você pode amar outra pessoa, mas a única paixão de verdade do Lupus é o dinheiro – O imortal riu – Creio que o que influenciaria é a intensidade do amor. Quanto mais você amar essa pessoa, mais o caçador amará o dinheiro. Meio óbvio, não?

- Você até que é esperto – Disse Azin.

- Anos de prática, meu caro. Muitos anos.

A nossa caminhada continuou, e não havia sinal algum de Duel. O que mais me chamava a atenção era Zero, que caminhava ao lado de Carlos. Ele observava atentamente cada detalhe, cada minúscula plantinha no caminho, e não era de se estranhar: Seu maior desejo era encontrar Duel para destruir Eclipse, a espada que o pertencia. Seria esse o seu real desejo? Ou é apenas a vontade da Grandark, que o rapaz pensava que era o seu objetivo de vida? Olhar aquele andarilho solitário me dava pena. Eu espero que ele não se esqueça do real motivo de estarmos indo atrás do Duel.

Aos poucos a noite ia caindo, e nós não havíamos encontrado nada, fato que começou a me preocupar seriamente. Resolvemos parar para descansar, estávamos quase convencidos de que Duel não estava ali, e torcíamos para que algum outro grupo já tenha o localizado.

Quanto mais escurecia, mais eu queria acreditar que estava apenas presa em um grande pesadelo, e que eu iria acordar em breve, na minha cama em pleno sábado, com a voz da minha mãe me chamando para vir tomar café. Quanto mais eu pensava, mais chegava à triste conclusão de que tudo era de fato real.

Todos estavam quase pegando no sono quando subitamente Zero se levantou, e não parava de olhar para um ponto fixo.

- Essa magia... – O rapaz dizia para si mesmo – E-essa magia...

- Zero? – Carlos olhava para o andarilho, preocupado.

- É ele... E-eu tenho certeza – O andarilho estava trêmulo, mas pude perceber que não era de medo. Carlos o segurou pelo braço, impedindo que o rapaz saísse correndo em disparada.

- Acho que achamos – Disse Mateus, se levantando.

- Essa é a nossa hora – Concluiu Azin, também se levantando.

- Hora de quebrar alguns dentes – Dizia Sieghart.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de dizer o que acharam!