O Dia Em Que O Jogo Se Tornou Real escrita por Celly


Capítulo 24
Resgatamos Lue!


Notas iniciais do capítulo

MDS, tensa a história de como toda a idealização desse capítulo veio. Tudo por causa de uma música, HUE. Ele ficou meio grandinho, aproveitem =w='



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A correria para o porto não foi nada agradável, tropeçar em pedras ou em monstros pode acabar mesmo com a paciência, ainda mais a minha, que é pouca por natureza. Embarcamos o mais depressa possível, segurei Lupus para que ele não desse um tiro no capitão do navio voador qualquer que entramos. Tivemos que mudar a rota à força, porque nunca chegaríamos a pé de onde estávamos.

O caçador conseguiu fazer com que o navio parasse próximo à Base dos Anões, em uma localização estratégica. Desembarcamos e corremos pelo local, até avistarmos Sieghart e o resto de sua equipe.

- Finalmente chegaram – Disse o moreno, revirando os olhos.

- Queria que chegássemos aqui com teletransporte? – Revidou Lupus.

- Quietos! Celly, Íris, Neko! – Teffy veio ao nosso encontro – Estão todas bem?

- Sim... Sujos, suados e cansados, mas estamos bem – Íris soltou um pequeno sorriso.

- Onde está o grupo do pessoal que ficou no QG? – Perguntei um pouco preocupada, ainda não tinha os visto ali.

- Ainda não chegaram, mas não se preocupe com isso – Any aproximou-se.

- Provavelmente já estão chegando – Disse Neko, tentando ser positiva. Enquanto conversávamos, Sieghart e os outros chasers discutiam algo; provavelmente a estratégia da batalha que estava por vir.

Ficamos cerca de meia hora esperando, a cada minuto que passava a nossa preocupação apenas aumentava. Não era boa ideia descuidar-se dos demais com isso tudo acontecendo; mas por fim conseguimos ver algumas silhuetas ao longe. Era o grupo que faltava.

- Perdoe-nos pela demora, pessoal. Acontece que Vermécia é um pouco longe de Arquimídia – Ronan aproximou-se juntamente aos outros, com um sorriso simpático no rosto.

- Detesto esperar – Lass revirou os olhos.

Procurei Carlos no meio do pessoal e lá estava ele, com aquele mesmo sorriso tranquilo. Minha vontade era correr até ele e abraçá-lo, mas eu não podia fazer isso. Apenas retribuí o sorriso.

- Não podemos perder mais tempo aqui. Temos que ir até o acampamento do Duel – Disse Elesis, autoritária, cortando algumas conversas e cochichos.

- O acampamento não é muito longe daqui, por isso escolhemos a Base dos Anões como ponto de encontro – Sieghart sorria como se fosse um gênio por ter feito a escolha do ponto em que todos se encontraram – Explicaremos a estratégia no caminho. Sigam-me, mortais! – Apenas virou-se, começando a caminhar. Todos não tiveram escolha senão segui-lo.

Depois de aproximadamente dez minutos de caminhada, chegamos até o acampamento. Era bem grande, de fato, pois abrigava muitos livros e um nem tão pequeno exército de monstros. Astaroth estava mesmo juntando vários monstros de todos os continentes, não seria nada agradável caso ele conseguisse chegar até o portal.

- Certo... – A ruiva que estava olhando para trás, preocupada, finalmente virou-se para o imortal – Tudo o que precisamos fazer é... Sieghart?!

- Que bonitinho, Duel. Não sabia que agora você também sequestra garotinhas inocentes – Antes que qualquer um pudesse perceber o moreno já estava frente a frente com o asmodiano, que no momento estava sentado pesquisando em algum livro. Ele ergueu a cabeça devagar.

- Grand Chase... – Levantou-se da mesa, largando o livro ali – Como me encontraram aqui?

- Digamos que vocês deixaram uma grande pista para trás. Uma pista chamada Hareupe – O imortal sorriu.

- Maldição! Eu disse que devíamos ter acabado com aquele verme de uma vez! – Astaroth pareceu ouvir a conversa, já se aproximava dali.

- Hm, me parece que vocês fizeram algum tipo de acordo, visto que o objetivo de cada é diferente – Sieghart recuou levemente uma de suas mãos para trás, fazendo um sinal com a mesma.

- É o sinal! Rápido, vamos soltar a Lue! – Any ordenou, já que isso era tudo parte da estratégia. Estávamos todos escondidos em meio aos enormes engradados empilhados por várias partes do acampamento; estavam cheios de armas ou de livros, os dois estavam realmente trabalhando juntos.

- Lass, iremos precisar de você com suas adagas. Jin, você vai vir de guarda-costas! Rápido! – Ela teria gritado se pudesse.

- Querem ajuda? – Perguntei.

- Melhor você ficar aqui Celly, deixe isso com a gente – Respondeu, forçando um sorriso. O trio logo correu para certa direção, ambos guiados por Any. Ela e sua equipe já estiveram aqui, sabia onde Lue estava presa.

- São negócios, meu caro rapaz. Ajudo-o a resgatar a amada, e então ele me ajuda a dominar o outro mundo – Astaroth soltou uma gargalhada seca.

- Que sede por poder enorme você tem, meu caro Astaroth – O imortal parecia estar no meio de uma grande brincadeira, mesmo sendo o contrário – E você, Duel? Não se conforma de ter perdido a Edna? – Sorriu para o outro, como se o provocasse.

- Claro, claro... Podemos pular para a parte em que vocês saem correndo daqui, como gatinhos medrosos? – O asmodiano estava sério, não gostava nem um pouco da nossa presença ali.

- Eu adoraria ficar para brincar, mas tenho outros assuntos pendentes – O imortal continuara sorrindo, como se prevesse o tempo necessário para ir até Lue e soltá-la.

- Duel, seu grande idiota! A garota! – Astaroth exclamou, após perceber a estratégia.

- Sinto muito azulão, mas quem morreu, já morreu – Lass corria com Lue em suas costas. Ela estava acordada, mas aparentemente muito fraca e um pouco machucada; seus pulsos estavam marcados com as cordas que a prendiam.

- Peguem eles! – O grito impaciente de Astaroth fez com que a pequena parte de seu exército presente ali atacasse, forçando a todos os chasers e OOCs aparecerem. Mesma formação de antes: OOCs mais afastados, ICs atacando.

- Agora é com você, ruivinha. Junto com os outros, distraiam eles até tomarmos uma distância segura, sairei daqui juntamente com Lass e nossas duas OOCs, porque não seria nada legal eu e Lass largarmos nossas garotas aqui – Sorriu para ela, enquanto puxava Neko e Teffy – Vejo vocês nos arredores da Base dos Anões! – Correu puxando as duas, junto ao Lass.

- Ei, mas eu quero ficar para ver a batalha! – Relutava Teffy, inconformada.

- Celly, sua maldita... Fique bem – Neko sussurrava para si mesma.

A ruiva não teve tempo de responder, apenas virou-se mandando todos atacarem freneticamente.

- Pensou que ia me enganar juntamente com seus amiguinhos, caçador? – No campo de batalha, Astaroth resolvera atacar justamente Lupus. O outro apenas revidou com seus tiros, não vendo necessidade de começar uma discussão.

Eu diria que foi uma linda batalha entre espada e armas de fogo no meio daquela grande disputa entre monstros e a Grand Chase, se o caçador não tivesse se descuidado por um segundo e deixado o inimigo arrancar uma das scarlets de suas mãos, enquanto ela caia longe dele.

- Vai morrer aqui e agora, caçador de Hades! – Astaroth gargalhou, e estava prestes a acertar um lindo golpe no meu IC. É claro que eu não ficaria parada.

Corri imediatamente até a Scarlet caída no chão, por um momento resei mentalmente – Vamos, me obedeça igual às rupturas, pelo bem de seu dono – Sussurrei, antes de apontá-la para Astaroth e fazer algo sem nem ao menos pensar direito – Delegar!!

Acho que apertei o gatilho com tanta força, que a arma resolveu me obedecer: acertei o inimigo em cheio com o tiro, e isso o fez cair no chão. Imediatamente joguei a scarlet para o moreno, que já havia se levantado.

- Por favor, tenha mais cuidado – Foi a única coisa que eu consegui dizer.

- Bela pontaria, garotinha – Ele sorria sarcástico, parecia que estava um pouco feliz de ter visto meu feito. Porém Astaroth levantou-se e voltou a atacar, eu tive que me afastar e Lupus voltou ao combate.

O que eu não esperava é que havia dois guardas prontos para me fincarem suas lanças por trás, mas quando percebi era tarde demais para desviar; sorte que Carlos e Zero estavam por perto.

Sem pensar muito e vendo o perigo em que eu me encontrava, ele apenas aproximou-se da Grandark mesmo ela sendo usada por Zero para o ataque e puxou o que pareceu um feitiço verde da espada – Ferrão Caçador! – Fez exatamente como Zero, fazendo aparecerem aqueles ferrões, que perfuraram os guardas e demais inimigos perto – Saia daí, Celly!

Ele salvara a minha vida, mas eu não podia agradecer. Tinha que me afastar; acabei me juntando ao pequeno grupo de OOCs que não estavam ajudando seus ICs, um pouco afastado da batalha.

Duel, Astaroth e o exército tentavam de qualquer maneira avançar e sair do acampamento, mas foram lindamente barrados pela Grand Chase. Ao perceber que a luta estava durando muito e que já havia ICs e até mesmo OOCs machucados, Elesis deu ordem de retirada. Retiramos-nos com algumas flechas de uma habilidade suprema da Lire nos dando cobertura, Duel berrava de raiva. Havíamos retirado dele todas as esperanças de ver Edna novamente. Era inútil nos perseguir, Astaroth fez seu exército parar.

- Todos bem? Estão todos vivos? – Elesis olhava um a um, enquanto já estávamos a caminho dos arredores da Base dos Anões, no mesmo local em que havíamos nos encontrado.

- Claro que estamos – Mateus revidou. Ele de certa forma, implicara com a ruiva.

Mais dez minutos de caminhada, cansados e dando o nosso jeito, chegamos até o ponto de encontro.

- Oh, pelas deusas! O que houve com vocês? – Uma voz feminina um tanto que familiar correu até nós, quando viu os ferimentos. Era Tammy, a simpática mascote enfermeira.

- Tammy? – Olhei-a um pouco confusa. Não me lembrava de vê-la chegar junto ao grupo que havia ficado no QG.

- Olá lupinha! – Ela sorriu brincalhona para mim – Oh, desculpem-me o atraso, eu não estava achando os meus medicamentos! Mas ao menos consegui chegar a tempo de cuidar de vocês, depois da batalha!

Olhei ao redor, percebendo que praticamente todos tinham ferimentos no mínimo leves. Até mesmo Carlos tinha um grande corte no braço, fato que me preocupou muito. Mateus também tinha seus ferimentos, ele ajudara Azin na batalha. Odiava ver meus amigos feridos daquele jeito. Resolvi ir até Lue, para ver como a mesma estava.

- Foi horrível... Ele fez vários experimentos, não sei como ainda estou viva... – Lue contava isso quando eu cheguei até lá. Confesso que por um momento senti um ódio indescritível de Duel.

- Mas agora você está conosco, não está? – Teffy sorria, tentando acalmá-la.

- Nosso próximo passo é transferir todos os OOCs para o portal principal e fechá-lo, certo? – O imortal sorria vitorioso, em outra conversa paralela.

- Exato. Não deve haver mais monstros soltos pela Terra, visto que o OOC de Hareupe já está conosco, e que não saberiam como se virar lá sozinhos – Mari completou.

- Então partiremos para o portal em Áton, logo após todos serem tratados por Tammy – Concluiu Elesis.

O pesadelo, enfim, já está acabando... Assim eu espero.


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Notas finais do capítulo

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