Diário de Bella Swan

23/1 – Aeroporto de Genebra

Se tem uma coisa que eu aprendi com toda essa pasmaceira ao longo de três anos, é que se você quer realmente algo, você consegue. Não precisa de mais nada além da força de vontade, e só isso te dá uma boa dose de coragem.

E é por causa dessa boa dose de vontade e coragem que eu estou arrastando esta mala pesada.

Eu vou continuar com o mesmo plano que tracei desde que cheguei neste maldito país. Levei todo esse tempo pra conseguir sair daqui com grana o suficiente pra poder me libertar dessa vida que eu me obriguei a levar, quando percebi a confusão em que havia me metido. Mas estou livre, finalmente. Posso entrar em um cursinho e prestar vestibular pra Letras, que é o que eu mais quero na vida. E é a próxima meta da minha lista. Sinto-me leve...

Estou voltando pra casa.

Diário de Edward Cullen

23/1 – Meu quarto, pra variar

Eu vou ter que fazer cursinho. De novo. Não passei no vestibular. Como se as habilidades que eu vou ter que adquirir trancado durante cinco anos numa faculdade chata tivessem o mínimo de relação com essa tranqueira de vestibular. Se pelo menos eu conseguisse prestar a carreira que eu quero... Mas não posso, tenho “obrigações familiares” a cumprir. Eu tenho que ser médico. Não adianta dizer que eu quero ser músico. “Não há músicos na família, Edward. Você vai trabalhar na clínica do seu pai. Além do mais, quem é que ganha dinheiro com música?”, disse a minha mãe quando eu revelei a minha opção de carreira. E então eu prestei a tal da Medicina e, lógico, não passei. Eu detesto biologia. E a minha família detesta o meu teclado. Como é o meu pai que me custeia, vou ter que prestar Medicina de novo...

Às vezes eu quero fugir de casa.