Marina escrita por Christie Bach
Quando dei por mim eu não era mais impar.
E a solidão não era mais par.
Eu não estava mais sozinho. Não era mais noite. Meus batimentos cardíacos nunca cessaram e minha respiração não ofegou o suficiente a ponto que me faltasse o ar (ela tomava-o de mim de maneira doce).
Eu nunca morri.
Eu nunca fui jogado e esquecido a sete palmos abaixo do chão, e o diabo nunca soube se eu havia morrido, afinal.
E eu não queria ficar mais sozinho.
Eu queria ficar com ela.
Quando eu percebi, ela estava segurando minha mão pesada e tão fria quanto a de um cadáver seria, e havia aquele calor que me derretia. Ainda que eu relutasse e praguejasse e ignorasse, aquele calor existia.
E eu o amava.
E eu a amava.
E eu estava vivo e acompanhado.
Eramos par, afinal.
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fim.