Marina escrita por Christie Bach
Eu era impar.
E a solidão era par.
Junto e separado dela era singular e plural.
Eramos uno.
E esta era tão onipresente quanto o ar que absorvíamos juntos e separados.
E era a solidão que me abraçava intimamente naquelas noites mornas e caladas em que, eu desejava de coração e alma que meus batimentos cardíacos cessassem. Que minha respiração ofegasse, até que me faltasse o ar. Que meu liquido rubro e vital escapasse de minhas veias e esfriasse.
E assim, eu morresse.
E fosse jogado e esquecido a sete palmos abaixo do chão, para que o diabo soubesse que estava morto, afinal.
Mas só havia aquele silêncio gritante e os braços solitários a me acolher como uma mãe generosa e negligente naquelas noites de céu forrado de índigo e despido de estrelas.
Eu só queria desaparecer sob ele, não me importava para onde quer que fosse.
Desde que eu fosse.
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