What Goes Around, Comes Around... escrita por Jiullia


Capítulo 13
Até você voltar.


Notas iniciais do capítulo

"Acreditar no amor já não faz mais sentido..."



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–Não sabia que você gostava dessas coisas de controle e submissão, Charlô. - Edward observava da cama, divertido, enquanto ela tirava as jóias que usava. Tudo que ela fazia era um deleite de se assistir.

–E eu lá tenho idade para 50 tons de cinza, meu querido? - ela subiu na cama e engatinhou até onde ele estava, o posicionando bem no meio. - Só quero aproveitar a minha noite do meu jeito.

–Estilo Dominatrix?

–Estilo Charlô.

Dizendo isso ela o puxou pra cima pela gola, novamente, e o beijou. Enquanto o beijava tirou o terno, inacreditavelmente ainda no corpo de Edward, desafivelou o cinto e começou a desabotoar a camisa dele. Deixava que as pontas de suas runhas arranhassem de leve a pele do homem, que retesava o corpo em calafrios com a sensação. As mãos dele estavam na cama, para que se apoiasse, seu peso e o dela, que estava praticamente por cima.

Que mulher era aquela.

Ela só interrompeu o beijo quando tirou a camisa de Ed. Para admirá-lo. Não disse nada, apenas o olhou, e voltou a fitá-lo nos olhos. Seus dedos traçavam a linha dos músculos, das marcas e da pele do peito, do abdome, do ventre. Cada uma daquelas trilhas deixava como que fogo em Edward, fogo este já atiçado no carro, e agora ainda mais aceso. Ela ainda estava vestida, vinho sobre a pele branca, os cabelos loiros e cacheados emoldurando o rosto, os belos olhos mel agora escuros, intensos. Ela voltou a beijá-lo e ele a abraçou, colocando todo o carinho que sentia naquele beijo. Eles se afeiçoaram tão rápido, como num encontro de duas solidões, tão distintas, mas tão próximas.

Edward ficara viúvo há cinco anos, quando ainda morava no exterior. Um casamento longo, de décadas, e mais ninguém depois da esposa. Apesar da beleza, do charme, ele apenas saía em companhia de mulheres, geralmente bem aparentadas e discretas, para conversar. Não passava disso. Charlô era sua primeira companhia real naqueles anos de viuvez. Ela não sabia disso, e talvez não fosse necessário.

Na verdade, nem daria tempo. Mas isso é outra história.

Edward cessou o beijo e olhou para o corpo de Charlô. Olhou novamente para seu rosto, pedindo aprovação. Ela abriu o fecho lateral do vestido, e esperou que ele o tirasse. As mãos dele eram firmes, deslizando sobre seu tronco, ele parecia saber o que fazer sem tremer, sem temer. Ela usava por baixo de qualquer roupa a mesma peça de cima mas fina, para que em casos de acidentes, ou de molhar, nada ficasse transparente. Era uma forma de estar segura e confortável. Naquele dia, porém, Charlô não usava um vestido fino ou uma camisola como de costume, mas uma peça de lingerie que se assemelhava a isso. Era como um vestido tomara que caia, preto, mas curto, para dar sustentação e não marcar o vestido. E Edward a deixou apenas com a peça no corpo.

Ele ficou louco ao vê-la daquele jeito, sem nada mais. Era maravilhosa. As marcas do tempo não a privaram da graça e do charme sedutor do qual ela sempre desfrutara.

Então o telefone de Charlô tocou. Estava no chão, tinha caído da bolsa quando a loira a jogara ali,enquanto beijava Edward. O toque era o usado para Felipe e suas netas, e raramente eles ligariam tão tarde da noite.

–Esse toque é o do meu filho e das minhas netas, Edward, - ela estava desorientada, meio zonza, com a quebra do clima. - eu preciso atender.

–é claro, eu entendo. Tome, peguei para você.

–Obrigada. - Ela olhou o visor do celular. 01:30 da manhã. Analu. - Alô? Analu? É você mesmo?

–Oi, vó Charlô... - a menina chorava ao telefone.

–Mas o que aconteceu, Analu? Você está chorando? É seu pai? Você foi sequestrada? Juliana?

–Não, vó... Foi o tio Otávio... Ele tá aqui no hospital...

–O Otávio? O que houve?

–A gente não sabe ainda! Ele estava desacordado quando a Olívia foi chamar para o jantar, e quando encostou nele estava frio como morto...

–O OTÁVIO MORREU?

–Não, vó... ainda não.

Charlô emudeceu e ficou parada, olhando pro ar.

–Eu só liguei pra avisar porque se você voltar pra casa... quando você voltar e tals... e nós não estivermos lá, você sabe onde estamos e o que aconteceu. Vó? VÓ? TAÍ, VÓ?

Charlô deixou o telefone cair, pegou o vestido e enfiou pela cabeça corpo abaixo.

–Edward, me leva para o hospital. O Otávio está morrendo!


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Notas finais do capítulo

SU-JOU!



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