Depois da morte do agente James, Watson ficou preocupado com sua esposa que, por sua sorte, estava em sua casa, nos EUA.

Sherlock andava pra lá e pra cá no seu pequeno apartamento na Baker Street. Ele havia mandado Mrs. Hudson para a América do Sul, por segurança. Lestrade estava uma pilha de nervos, preocupado e confuso. Muito preocupado com sua família, ele pressionava Sherlock. Os cidadãos de Londres estavam com medo. Temiam e esperavam pelo pior. Não havia mais portas e janelas destrancadas, tudo estava trancado. Mas, mesmo assim, os assassinatos não paravam de crescer. Já eram 13, contando com o de James. Londres temia Jeff, dava para ver o medo no olho de cada cidadão.

-Sherlock, o que vamos fazer? –Watson quebrou o silêncio, mostrando preocupação.

-Esperar que ele venha até nós.

-Esperar que ele nos mate, é isso?

-Ninguém nunca conseguiu nos matar, Watson. Por que esse individuo conseguiria tal?

-Mas ele não é um ninguém, Sherlock! Você não percebe que essa coisa não é humana?

-Se não fosse humana, não deixaria evidências! –Sherlock gritou.

-Que evidências nós temos? Hein? Diga-me! –O tom de Watson estava muito alto.

-O nome dele é pouco para você? –Sherlock acalmou-se e depois suspirou.

-O que? –Watson gaguejou e ficou surpreendido. –Nós temos o nome dele? Como?

-O sangue que coletei do primeiro caso nos mostra que o nome dele é Jeff, 15 anos, morou em uma cidade pequena onde começou sua onda de assassinatos. Matou 15 policiais, três adolescentes e toda sua família.

-Mas como isso não... –Sherlock o interrompeu.

-Saiu na mídia? Poupe-me dessas perguntas, Watson! A TV só mostra o que quer, quando quer, Dr. Watson!

Sherlock saiu do apartamento e foi para algum lugar desconhecido. Watson sentou-se e tomou um café quente. Era tudo que ele podia fazer em mais uma noite fria em Londres. Então o telefone tocou:

-Alô? –Watson atendeu.

-Olá, senhor Watson. –Uma voz roca, trêmula e medonha respondeu. –Como o senhor esta?

-Eu, eu estou bem. Escute-me, quem esta falando? –Watson tremia.

-Um grande amigo seu e do senhor Holmes. –Tossindo ele prosseguia a falar. –Eu não sou muito de lugar para as pessoas, mas vocês são especiais. Ainda temos muitas surpresas pela frente, Dr. Watson! E eu acho melhor o senhor não dormir essa noite –Ele riu e desligou.

-Alô? Alô? Merda!

Continua...