Pov. Bella

2 dias depois...

Marquei para fazer meus exames hoje mesmo. Não eram muitos, porém só o básico como exame de sangue e uma ultrassonografia para saber se não tem nada de errado comigo.

– Amor, já está pronta? – perguntou Edward

– Estou anjo – disse

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– Vamos? – perguntou meu marido

– Vamos sim – falei.

Saímos do apartamento, indo para garagem e entramos no carro. Seguimos para o hospital.

A gente conversava bastante sobre o assunto e perguntei algumas coisas sobre o procedimento dos exames. Eu odeio hospitais e tirar sangue, mas isso fazia parte para uma futura gravidez.

Pelo que percebi, Edward andava bastante pensativo e preocupado com esse assunto. Ele ainda não havia superado tão bem a perda do nosso primeiro bebê há anos atrás.

[...]

Estamos nós dois em uma sala, aguardando a enfermeira para fazer a coleta do meu sangue. Meu marido, como médico, disse que eles iriam examinar tudo: se eu tenho alguma doença, deficiência e outras coisas.

– Tudo bem, paixão? – perguntou Edward.

– Mais ou menos, Love. Não gosto de tirar sangue. – disse fazendo careta e Edward riu.

– Calma paixão. Olha eu vou estar aqui com você, ok? – disse Edward fazendo carinho em minha mão

– Obrigada, Love – disse lhe dando um selinho.

Não demorou muito e a enfermeira entrou.

– Olá, sou a enfermeira Jéssica Stanley e irei colher o seu sangue para o exame – falou ela – Está pronta, Sra. Cullen?

– Nem tanto – disse e ela riu

– Fique tranquila, será rápido – disse ela. Não pude deixar de notar sua barriga de grávida.

– Você está de quantos meses? – perguntei

– Estou de 6 meses – disse ela sorrindo.

– É menino ou menina? –perguntei para ela

– Um menininho – respondeu ela contente e sorri por educação – E vocês, têm filhos? – perguntou ela e percebi que Edward disfarçou a tristeza em um sorriso forçado.

– Não. Infelizmente, há algum tempo atrás, eu perdi meu bebê – disse e engoli seco – Mas agora decidimos nos dar uma segunda chance e tentarmos novamente.

– E vocês irão conseguir. Raramente escuto falar sobre casais que tentam de novo logo após o aborto espontâneo – contava ela – Não sei porque. A vinda de um filho é uma luz e com certeza as coisas mudam para melhor, apesar de algumas dificuldades.

– É verdade. Essa decisão é muito importante, tanto para mim quanto a meu marido – disse e ela terminava de colher meu sangue.

– Prontinho – disse ela e colocou um pequeno esparadrapo no lugar onde furou – O exame irá ficar pronto em 3 dias.

Saímos da sala de coleta e fomos andando pelo corredor, agora é a hora de fazer a ultrassonografia. Esse era o meu maior medo, não ter resultado positivo quanto ao meu útero e não consegui engravidar novamente.

Depois do aborto, eu e Edward nunca mais tocamos no assunto “filhos”. Pois eu sabia que falar sobre isso com ele era delicado demais e via que ele não havia superado até hoje o ocorrido. Foi com muita conversa, opiniões e debates que consegui reverter essa história e convencê-lo de nos dar essa divina segunda chance.

– Paixão? – chamou ele e pisquei saindo dos devaneios – Está tudo bem?

– Sim. Eu só pensava em algumas coisas – disse – Edward, você quer mesmo ter um filho comigo? – decidi abrir o jogo.

– Claro que quero, paixão – respondeu ele preocupado – Mas porque a pergunta?

– Sinceramente, love. Eu estou com medo que você se afaste por ainda sofrer pelo o que aconteceu – disse abaixando os olhos. Ele acariciou meu queixo e ergui o olhar.

– Bella, não fique se remoendo de um passado triste. Eu jamais deixaria de desejar um filho nosso – disse ele – Como você mesmo me disse há alguns dias: aquilo tudo foi uma fatalidade. Nós sofremos, claro, mas não podemos viver com medo a vida toda. Uma hora ou outra nós íamos ter um filho, essa palavra hoje me enche de muitas esperanças e expectativas e saber que a minha esposa quer tanto me dar essa divindade, me faz amá-la ainda mais.

– Obrigada, obrigada e muito obrigada, love – disse e segurei seu rosto em minhas mãos – Eu te amo.

– Eu também te amo – retribuiu ela

Chegamos ao consultório da Rosalie e batemos na porta. Ela abriu com um sorriso animado no rosto, abraçando cada um de nós e nos fazendo entrar na sala.

Como Dra. Irina, ela fez perguntas básicas e tornou a confirmar tudo. Até chegou a prometer um jantarzinho para nós na casa dela em uma noite qualquer.

– Fico muito feliz em saber que vocês vão tentar de novo – disse ela – Garanto que tudo irá se sair bem dessa vez e terão um lindo filhinho correndo por aquele apartamento. Vocês merecem pela luta, felicidade e superação que tiveram.

– Obrigado, cunhada – agradeceu Edward e trocamos um breve sorriso.

– Espero mesmo que aconteça – disse e apertei a mão de Edward.

– Bells, eu já assisti vários casos como o seu. E hoje essas mulheres vem aqui com um ou até mais filhos, todas com a gestação normal e saudável – disse ela e respirei aliviada – Mudando de assunto. Vamos para a ultrassonografia e depois conversamos mais.

Andei até a maca que estava e me deitei nela. Ergui a minha blusa até abaixo dos meus seios, Rosalie espalhou um gel esquisito e gelado em cima da minha barriga. Ela deslizava o aparelho, mostrando os detalhes para nós e digitava algo no computador.

– Pode se limpar, Bella – ordenou ela e me passou um papel toalha. Limpei minha barriga, abaixei a minha blusa – Bem, não há nada de errado com os ovários ou com o útero. Mas acontece que após o aborto, o seu útero ficou mais sensível.

– Isso é grave, Rose? – perguntei com a voz embargada.

– Calma, cunhadinha – disse ela – Você poderá engravidar normalmente, só que o seu útero tem uma sensibilidade menor devido ao ocorrido. Fora isso está tudo em ordem.

– Certo – disse Edward – Está tudo bem, paixão. Veja só, você pode carregar um filho saudavelmente e sem contar que a Rose e eu estamos aqui para te ajudar sempre.

– Isso mesmo – disse ela piscando para mim, sorrindo. Fiquei mais aliviada em saber que sou capaz de dar um filho ao meu marido.

Ter o apoio das pessoas que eu amo é importante para mim. Meus pais ficaram super contentes quando liguei para eles contando sobre a nossa decisão. Disseram que viriam nos visitar uma hora mais apropriada e conversar mais sobre esse assunto e também para matar as saudades.

Edward segurou em minhas mãos e beijou minha testa, passando-me bastante confiança e muita proteção. Tendo a certeza que escolhi o homem certo para passar a vida inteiro ao meu lado.