O Tempo Dirá escrita por Bibelo


Capítulo 34
Estopim


Notas iniciais do capítulo

Consegui vir mais cedo. Viram só? URHEUREHREU

Bom, esse capítulo eu escrevi mais rápido para dar de presente para a Mitty. O aniversário dela foi ontem, então deem os parabéns que essa lindeza merece u-u

Tem um LINK de música no capítulo. Ele estará destacado de azul, e cliquem nele e deixem a musica começar antes de continuarem a ler. Vai ajudar no impacto.

FINALMENTE O CLIMAX!

Agora começou a guerra. Ela não se desenrola rápido, é somente uma imensa quantidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo.

Espero que gostem!

Boa leitura :3



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Capítulo 34 - Estopim



— Gotham City está sendo atacada por Alienígenas reptilianos. Todas as pessoas estão sendo evacuadas da cidade para os arredores. Caso ainda estejam em suas casas, vão para os abrigos contra terremotos, mas não fujam paras as ruas. — avisou o apresentador do noticiário de Ghotam City.

(...)

— A cidade de Ghotam está sendo devastada por extraterrestres. Com somente o Batman para combatê-los, será que a cidade tem uma chance? — debateu o noticiário de Nova Iorque: — Superman, o morcego precisará de ajuda!

(...)

— Será uma devastação igual à Tanagariana? — indagou o noticiário de São Francisco.

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Caos.

Não havia outra palavra para descrever o que acontecia na cidade naquele momento. A simples e pura desordem do equilíbrio entre bem e mal, criou um dos piores cenários já vividos na cidade.

As ruas totalmente destruídas, prédios e casas ruídos, carros dados como perdidos, e pessoas machucadas debaixo de escombros ou mutiladas por reptilianos asquerosos.

Ainda visualizando a cidade, em seu total, vazia e totalmente isolada no meio as outras grandes cidades, Gotham mergulhava na mais pura tragédia.

Gordanianos eram conhecidos por sua crueldade perante planetas inferiores, dotando-os como vermes rastejantes os quais servem apenas como escravos da mais baixa orla.

Sem piedade alguma, dominam planeta por planeta, criando desordem em quase todos os sistemas a quais percorreram; conhecidos como vendedores de escravos temidos e "bons" no que fazem.

Estrela negra somente observava a destruição de cima. Aguardando o aparecimento da irmã mais nova, Komander tamborilava seus dedos no assento central da nave gordaniana, considerada exclusivamente do comandante. Fosse ela a comandante ou não, estava ali entediada.

— Nada ainda? — perguntou irritada à um dos monstros escamosos.

— Não. Nenhum sinal deles, somente um homem de preto se manifestou. Está tendo certa vantagem na área leste da cidade. — avisou um dos navegantes.

— Batman. — rosnou: — Bem, coloquem reforços por lá, mas deixem os mais fortes para enfrentar os Titãs.

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— Como assim quer ir lá sozinha? — exasperou-se Dick na mesma intensidade de indignação dos outros titãs.

— Aquilo é um problema meu, o qual cabe a mim resolver a situação. — respondeu Estelar resignada: — Além do mais, você não foi de grande utilidade na ultima vez em que eles apareceram. — cuspiu a garota.

— Como é? — trincou os dentes um pouco chocado.

— Não me venha com desculpas, sabe bem do que falo. — sua voz saiu pesada.

— Independente disso — interrompeu Cyborg em tom de bronca: — Temos que ir lá fora. Ou se esqueceram que está havendo um apocalipse crocodilesco nas ruas? — ridicularizou em meio ao tom sério.

— Sabemos disso, mas nada em hipótese alguma vai me convencer em deixá-la ir lá fora sozinha. — bradou Robin: — Pode esquecer.

— Lá vem você com isso de novo. — irritou-se a tamaraneana.

— Estelar só nos de um bom motivo para não irmos com você. — pediu Mutano.

— Mutilação. — respondeu somente isso.

Robin fechou os olhos arfando. Buscou nas suas memórias a outra invasão. Foi literalmente uma mutilação sem pé de igualdade. Talvez, somente talvez, aquilo tenha sido uma antecipação do que estava por vir.

— Quando perguntei a você — começou Robin à Estelar: — quais as chances deles voltarem à Terra, você me disse que eram nulas. — relembrou ele: — Então por que estão aqui novamente?

— Não iriam desistir facilmente de mim, Robin. — respondeu rígida.

— E isso justificou mentir? — afirmou: — Se tivesse me avisado da possibilidade deles voltarem, teria tentado nos preparar, ou mesmo avisar o Batman. Sabia que ele está lá fora sozinho, pois a liga não tem capacidade de ajudar por estarem tendo problemas em outra galáxia sem possibilidade de comunicação? — exasperou-se o rapaz.

— E eu com isso? — deu de ombros a garota.

Robin ficou calado. Por Deus, o que estava acontecendo ali?

— Estelar... o que você planeja? — sibilou Ravena pela primeira vez, estava tão focada em seu problema que não prestou muita atenção além da ultima sentença.

— Como assim?

— Sabe o que insinuo. — avisou impedindo a garota de desviar da conversa.

Ela suspirou: — Planejo fazer o que já iria desde o começo. Exterminá-los do meu modo.

— Decapitando lagartixas? — zombou irritado Kid.

— Leve do modo que quiser, mas não tem outro jeito de lidar com eles, isso é fato. — o rosto da garota era duro e impassível, qualquer rastro da Estelar de horas antes do ataque não estava mais lá.

— Diz isso por experiência, suponho. — criticou Abelha.

— Exatamente. — ignorou o tom usado por Abelha e respondeu em pé de igualdade.

— Não quer que viremos assassinos como você, quer? — salientou Abelha.

— Ei! — bradou Jinx irritada. Afinal de contas, ela sabia sobre Kory bem mais do que Karen.

— Jinx... — Kory negou com a cabeça, como se pedisse para ela não se envolver.

— Bom, nós vamos lá fora, Estelar. Quer você queria, quer não. — avisou Robin: — A questão é, iremos lá como um time, ou como simples estranhos?

Todos ficaram quietos. Afinal, Kory já tinha dito o que precisava dizer; ela sabia desde o começo que se recusariam a cruzar os braços em meio ao caos, entretanto, ela precisava tentar.

Já que Ryan tinha pouco tempo de distração.

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O ponteiro do relógio badalou as três horas da tarde. Grande parte das naves de guerra vazias, e algumas habitadas por gordanianos e seus escravos.

O imenso exercito das forças especiais estavam aguardando pelo aviso da Comandante da nave acima deles. Enfileirados perfeitamente um atrás do outro, batiam continência e repetiam tudo o que lhes era dito.

"Corra como o vento, e sinta a brisa colidir em seu rosto pintado de vermelho"

Ryan sorriu ao se lembrar daquela citação. Grotesca e pejorativa, mas muito útil em momentos como invasões e sobrevivência. Quem sempre lhe dissera isso fora Komander.

Naquela época ele nunca percebeu a malícia por detrás da citação. Afinal, onde uma criança de 5 anos iria associar vermelho com sangue?

Um suspiro latente saiu por seus lábios e o levou até o corredor da nave. Atravessou veloz pela porta aberta da sala de treinamentos desviando de cada soldado que marchava entre as intersecções dos caminhos metálicos.

Ryan deslizava sorrateiramente, entrando em bifurcações, dutos e eliminando alguns gordanianos — não sem antes escondê-los para não deixar rastros.

Exatamente como animais, eles conseguiam sentir cheiro do medo, sangue e excitação.

Ele era a caça naquele local. Sozinho no meio de tantos predadores, Ryan tinha poucas chances de sair dali com todos os braços e pernas no lugar, mas precisava ajudar Kory. Afinal de contas, traidores pagam sempre com a vida, exatamente como Koma sempre lhe dissera, e como se arrependeria de tê-las dito.

Aproximou-se da sala de controle da nave encostando as costas na parede fria do metal sólido. Inspirou fundo antes de resolver entrar. Ele não foi muito bem recebido pelos reptilianos ali da nave. Na verdade, nem que ele usasse suas duas mãos conseguiria contar a quantidade de seres ali presentes.

Respirou fundo e começou o ataque.

Primeiramente eliminou com um único soco um enfileirado dos monstros à sua esquerda. Deu um giro de 360º graus dando uma rasteira naqueles ainda a seu redor. Pegou sua arma em seu cinto acertando o botão da porta que se fechou.

Esboçou um sorriso:

— Bem, vamos levantar poeira. — zombou o usando uma das gírias americanas mais comuns do seu vocabulário.

Levantou voo avançando aos controles de direção. Ele sabia que já haviam chamado reforços, afinal, a porta de entrada estava sendo pressionada por socos e outros tipos de colisões.

Pousou em frente aos monitores com vários gordanianos à sua volta. Começaram uma luta de punhos com socos por cima, baixo, outrora chutes e rasteiras.

Em algum momento — sem ele sequer ter percebido — um dos vidros dianteiros da nave se partiu e uma forte rajada de vento puxou para fora da nave que estava em movimento alguns dos répteis da sala.

Ryan aproveitou a chance e mudou o curso da nave de forma brusca para a direita.

A nave virou rapidamente quase dando uma volta completa em seu próprio eixo. Em alta velocidade colidiu com força à outra nave a seu lado, e esta em outra fazendo uma espécie de efeito dominó.

Atingindo os tanques de combustível, as naves explodiram bem antes do Ryan conseguir sair delas.

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As explosões foram altas o bastante para chamar a atenção dos titãs. Estelar soltou o ar — a qual nem sabia que segurava —, e avançou contra a janela.

— É a nossa deixa. Temos a distração. — avisou ela voando para fora do apartamento sendo seguida imediatamente pelo resto do grupo que não entendia bem o que se passava.

Simplesmente seguindo a amiga, Ravena fez uma proteção em volta dos heróis que não voavam — Robin, Cyborg, Jinx e Kid Flash —, e os levou até a rua principal onde os deixou ao chão e avançou pelo ar ao lado de Kory.

A luta estava começando para eles.

Robin aproveitou a parada brusca e atingiu alguns dos répteis com seu bastão lançando também seus batrangs mais personalizados.

Cyborg utilizou de seu canhão para criar uma espécie de barreira entre eles, impedindo a aproximação dos gordanianos.

Já a Jinx utilizou de seus poderes para desmoronar — e piorar a situação da cidade, consequentemente — parte das construções soterrando alguns dos seres ali presentes.

No ar, Estelar e Ravena avançavam jogando forte ao chão com pancadas e rajadas de poderes vários Gordanianos alados.

Talvez dentre as duas, Estelar pudesse ser a mais cruel, claro, isso se não fosse um dia um tanto perturbador para Rachel, onde a ansiedade pelo nada e pelo tudo a deixava de cabelos em pé.

Rachel simplesmente descontava sua fúria nos monstros a frente, sem piedade alguma de seus braços, pernas ou costelas que se partiram no processo. Kory pareceu não se importar, ou talvez simplesmente não reparou, pois do seu lado jorrava mais a cor rubra do que ossos se partindo.

Voltando ao solo, Kid e Mutano derrotavam com rapidez desequilibrando e lançando ao longe vários dos extraterrestres ao lado deles.

Mutano mudava constantemente de forma, hora uma animal veloz, hora um alado, tentando desnortear todos eles e levar o máximo de gordanianos ao chão.

A luta já começou complicada deixando-os totalmente em desvantagem. Pela quantidade de Gordanianos, poderia contar com 30 gordanianos para cada Titã.

Aquilo estava exatamente caótico.

Robin já estava exaurido em poucos minutos, igualmente seus companheiros. Nunca tiveram de participar de uma guerra, e agora saber o quão complicado e cansativo é.

Arfou algumas vezes acertando com força gordanianos em uma sincronia perfeita para não perder o ritmo e ser acertado pelas lanças.

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— A princesa Koryand'r apareceu, Imperatriz. — avisou um dos informantes da nave.

Koma riu satisfeita.

— Ótimo. Liberem nossos "mascotes". — avisou ela: — Esta na hora do show. Contate o Exterminador.

Batendo continência ao aceitar a ordem dela, os Gordanianos deram passagem a Koma que saiu da sala de comando seguida por seus guarda-costas.

— Para onde vamos agora, Imperatriz? — perguntou um de seus seguidores.

— Vamos descer, afinal de contas quero estar lá para ver minha irmãzinha ser esmagada por nossos filhotes. — sibilou ela com um macabro sorriso no rosto.

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A luta continuou intensa no chão. Kory se desligou do mundo, descontando toda a raiva que possuía por seus anos servindo como escrava em cada soco e chute que desferia.

Uma alegria macabra era vista em seu rosto, onde o prazer pela morte daqueles monstros se tornava saboroso. Entretanto, estava tão desligada que nem mesmo percebeu que estava sendo cercada por dezenas.

Ravena arfava pelo cansaço. Diferente dos outros dias, seu corpo parecia pesado, tenso. Ainda que aquilo fosse massacrante, nunca se cansou tão rápido nos treinos que tinha em Azarath, sequer em uma luta antes. Aquilo estava descomunal.

— Estelar, volte para cá. — pediu a empata.

Estelar estava longe demais para ouvir, mas estava cada vez mais cercada pelos reptilianos.

— Estelar! — gritou seu nome.

Vários Gordanianos começaram a atacar de uma vez, machucando-a com suas espadas e lanças. Algumas aparentemente eletrificadas nas pontas, que encostavam em sua pele tirando um grito agonizante por entre os dentes.

Um chute lateral arremessava longe aquela lança, mas outras mais apareciam. Aquilo parecia insuportável para ser aguentado por alguém que fosse humano.

"Droga!", pensou a tamaraneana.

Encurralada era a palavra certa. Ravena tentou ajudar, mas não surtiu efeito, somente atraiu a atenção de alguns deles para si, mas nada que fizesse diferença para Kory.

Ela tentou novamente avançar em direção à Estelar para ajudá-la, mas somente viu uma grande quantidade de poeira, e um corpo lançado ao chão com brusquidão formando uma imensa cratera.

— Estelar!!! — gritou Ravena.

Kid correu para o lado da garota caída desviando de alguns Gordanianos pelo caminho. Cheia de hematomas horrendos pelos pulsos elétricos em sua pele, Kory tinha fortes espasmos por toda extensão de seu corpo. Kid parou ao seu lado pegando-a no colo e correndo novamente para perto do grupo.

Estavam cercados.

— Estelar! — chamou Robin parando a seu lado. Ela resmungou algo inaudível abrindo os olhos relutante. Ele trincou os dentes: — Isso está terrível. — comentou sobre a situação.

Todos totalmente machucados e destruídos dentro de minutos de luta. A desvantagem era ameaçadora o suficiente para acabar com a autoestima deles.

machucados grotescos na pele da cada um, aquilo era um massacre.

Ravena pousou logo em seguida sendo recebida por Mutano que fez questão de olhar seu estado, desde o físico ao psicológico.

Mais gordanianos os cercavam apontando lanças eletrificadas à eles. Estelar grunhiu ficando de pé cambaleante.

— Não podemos parar aqui. — avisou ela tombando para a esquerda, mas conseguindo se segurar: — Se eles vencerem... vão... destruir tudo. — arfou com dificuldade para falar.

— Não temos como vencer. — comentou derrotada Jinx.

— Temos sim, nós... só... Tsk— tentou Kid, mas nada passava em sua mente. Aquilo era uma guerra, e a guerra os destruiu mentalmente.

— Vamos tentar nos defender e ir para algum esconderijo, precisamos recuperar o fôlego. — propôs Cyborg. Robin assentiu.

— Vamos fazer isso. — aceitando-a, Robin acenou a todos que ficaram um de costas para o outro formando um círculo ao redor dos reptilianos.

Começaram novamente o ataque, tentando achar uma brecha mínima para conseguirem passar e seguir caminho.

Um Tremor

Os olhos de Estelar se arregalaram, sentindo uma onda elétrica passar por seu corpo como um sentimento nostálgico.

Outro tremor.

Ela se virou horrorizada. Conhecia aquilo, aquele som.

Mais um tremor.

Por detrás dos prédios ainda intactos, apareceram imensos seres alienígenas de quatro patas. Do tamanho de um edifício de 15 andares, vinham com um ar de superioridade pisoteando até mesmo os próprios gordanianos ao chão.

A terra tremia em desespero rachando quase sem suportar seu peso. Carros eram amassados, e prédios derrubados por seus imensos corpos pesados.

— Não... — arfou Estelar desesperada.

Os monstros escamosos — lembrando incrivelmente um dragão sem asas, com uma casca marrom recobrindo a superfície de seu rosto e costas, uma cauda com espinhos em sua ponta —, caminhavam em direção ao grupo lenta e calmamente.

A terra não parava de tremer, à vista haviam três deles, cada um indo em direções opostas à nave que os deixou — tão imensa quanto eles.

Abrindo a boca, um rugido grotesco saiu junto à uma rajada de vento tão forte quando um furioso furação, quente e úmido e um cheiro pútrido embalando a rua.

Os titãs foram jogados bruscamente para trás colindo com a superfície rochosa de um dos prédios.

O vento cortou e destruiu edifícios, casas, lojas, lançou carros ao ar, amassando-os dentro deles mesmos.

Assim que ele cessou seu grito de guerra, tudo o que estava ao ar caiu minguante ao chão, e os titãs colidiram ao solo cambaleantes e desorientados.

Segundos, minutos? Não souberam dizer, mas a desorientação criou vertigens e tonturas em excesso.

Sentindo uma forte ardência em sua pele, Dick passou a mão no local onde doía percebendo a ausência de sua máscara. Fora um vento tão quente que derreteu por completo sua máscara resistente.

O formato vermelho da máscara circundava seus olhos azuis. O momento teria sido bem cômico se não fossem as circunstâncias.

Não somente a dele, mas as outras máscaras — bem menos resistentes que a sua — também foram corroídas pelo fervor.

Levantaram-se aos poucos, e a surpresa foi avassaladora.

— VOCÊS? — Falaram todos em uníssono, tirando fora é claro a Rachel e o Victor.

Estelar riu sem emoção:

— Quantos rostos conhecidos. — sibilou.

— Eu que o diga. — afirmou Mutano embasbacado.

— Falei que eu sabia quem era quem. — falou Wally com grandeza na voz. Lucky revirou os olhos.

Novamente o tremor.

Kory levantou-se com brusquidão. Os titãs fizeram o mesmo.

— A casca dele é quase impenetrável. — avisou ela gritando para vencer o barulho agudo dos passos do monstro que se aproximava: — Ele sempre foi usado para dominar planetas fortes demais para lidarem sozinhos.

— Ou seja — começou Victor: — Eles usam isso para acabar de vez com a autoestima dos inimigos mais fortes.

Kory assentiu: —Tentaram usar em Tamaran, mas não surtiu efeito. Tínhamos nossos próprios monstros.

Dick arfou exausto: — O que iremos fazer?

— Vou tentar derrubá-lo, peguem os gordanianos, este fica pra mim. — avisou Kory levantando voo sequer ouvindo se apoiavam ou não a decisão.

Atingindo uma alta velocidade, socou a lateral do rosto do monstro que virou o focinho para a direita com o impacto. O monstro rugiu irritado balançando sua calda em direção a Kory.

Esta desviou com dificuldades usando a calda para pegar impulso e socar novamente o animal. Sem efeito. Levantou voo e desceu com força na base de sua cabeça conseguindo fazê-lo se desequilibrar, mas nada além daquilo.

Ela arfou irritada. Pousou em um dos prédios mais distantes para recuperar o fôlego. Mirou o chão onde seus amigos lutavam.

Dick e Cyborg uniram forças, enquanto Rachel e Garfield afastavam-nos. Já o Wally, a Karen e a Lucky avançavam um pouco mais.

Kory fechou os olhos inspirando um pouco do ar poluído da cidade. Virou-se de frente novamente ao monstro que encarava-a com curiosidade. Pegou impuls0 e avançou contra o monstro dando um chute em sua lateral.

Nem sequer se desequilibrara. Estava cansada. Kory irritou-se, preparou-se para levantar voo mais uma vez, mas sentiu uma espécie presságio. Virou-se para a esquerda a tempo o bastante de ver a extremidade da cauda aproximar-se a acertá-la em cheio em sua lateral.

Foi arremessada sem dó nem piedade em direção à um dos prédios atravessando-o partindo em dois o edifício. Por sorte, a parte de cima caiu para trás evitando de soterrá-la.

O barulho chamou a atenção dos titãs. Tentaram ver o que acontecia, mas só poeira envolvia o lugar. Mas tinham certeza de que não havia sido a queda do monstro.

A poeira assentou e dela puderam ver ao chão mais distante o corpo de Kory ao chão desacordado.

— KORY! — Chamou Dick correndo até ela.

— Que visão mais maravilhosa! — esbravejou Komander aparecendo ao ar rodeada de guarda costas. Dick brecou: — Finalmente minha irmãzinha caída, isso é uma visão que tenho esperado à anos.

Dick apertou os olhos pela raiva. Que tipo de irmã gostaria de ver a desgraça da própria caçula?

— O que você quer, Komander? — gritou Dick aturdido.

— Ora, meu caro Dick — sibilou a garota com certo escárnio: — Quero vingança com a morte dela, é pedir demais?

O Grayson rangeu os dentes.

— Acredito que seja, mas vamos deixar o sim e o não de lado. — cuspiu o rapaz.

Koma riu.

— Cruktá — chamou a mulher, aparentemente o nome da fera: — Esmague-a.

O monstro urrou como se entendesse e caminhou em direção a Kory. O titãs tentaram ir atrás, mas foram cercados novamente pelos Gordanianos. Dick entrou em colapso.

— Wally, você consegue ir até lá? — pediu Dick.

— Se conseguirem uma brecha para mim sim, mas com tantos impossível eu passar. — respondeu: — Nas lanças deles deve ter quantidade de watts suficiente para me desacordar por dias. — ressaltou: — Nem sei como a ruivinha aguentou.

— Nem eu. — comentou Dick.

— Vou me teletransportar. — avisou Rachel: — Vou tentar chegar até ela. — comentou.

Assim, a empata desapareceu por um buraco negro no chão formado por seus poderes.

O monstro estava cada vez mais perto. Passos pesados e tranquilos em direção à Kory que sequer se mexeu. Desacordada e ao chão, seria facilmente esmagada pelo "dragão" imenso. Rachel se teletransportou para perto, mas não conseguia ir além por estar estranhamente limitada naquele dia.

Trincou os dentes e tentou utilizar o teletransporte de novo, mas foi barrada pela própria Komander que apareceu à sua frente.

— Você é um incômodo, sabia demônio? — cuspiu Koma desferindo um soco em Rachel. Ainda que ela tenha defendido foi muito mais forte do que ela poderia suportar. Foi lançada ao chão com força.

Outro urro, Cruktá já estava em cima de Kory.

— PARE COM ISSO! — gritou Garfield desesperado. O monstro levantou a pata direita para dar um fim naquilo tudo, mas não conseguiu esmagá-la. Fora lançado longe pelo ar até o outro lado da rua passando pelas cabeças dos titãs.

Segurando o ar, Dick comprimiu os olhos tentando enxergar através da poeira que subiu na rua.

Kory se remexeu pela primeira vez naquele intervalo de minutos sentindo uma dor latente em sua coluna. Levantou o olhar tentando focalizar a vista conseguindo ver a figura do rapaz a sua frente.

— Ryan...? — chamou ela. Ele sorriu.

— Cheguei bem a tempo. — zombou ele. Kory riu.

— A tempo do qu— ela se interrompeu ao ver melhor o rapaz, e o sangue que escorria por seu braço direito: — SEU BRAÇO!

Durante a explosão, Ryan teve queimaduras sérias ao ser arremessado para fora da nave. Desmaiando na queda, teve seu braço esmagado pelos escombros da nave.

Tinha ouvido os estrondos mais ao fundo, e sabia que precisava sair dali, mas não tinha forças suficientes para levantar os escombros com somente um braço inutilizado. Só teve uma solução, que foi cortar aquilo que lhe atrapalhava.

— É só um braço, não me faz falta. — avisou ele tentando tranquilizar a irmã catatônica.

— Como não faz falta? — Exasperou-se: — E ainda por cima esta sangrando. — comentou desesperada.

Ele somente sorriu.

— Só eu consigo com eles. Koma sabe disso, nem sequer vai me atrapalhar. — comentou o rapaz insinuando o quão mais forte ele era que Komander e Koryand'r juntas.

— Isso não importa se não tiver ambos braços. — comentou já a beira das lágrimas, como se sentisse a dor do irmãozinho caçula.

Ele novamente sorriu. Talvez já estivesse entrando em colapso pela falta de sangue em seu corpo que escapava pela ferida infectada.

— Não se preocupe comigo. Eu me viro. — falou se virando à ela: — Acabe com a Koma. — Assim, ele avançou em direção aos outros monstros que perambulavam pela cidade.

Kory mordeu o lábio irritada.

Um estrondo imenso soou a frente dela seguido de um rugido, mas a mesma nem precisou olhar para saber que era um feito de Ryand'r. Ele estava totalmente ferido, e sabia bem que seus amigos não iriam sobreviver à mais uma hora sequer daquela guerra.

Apertou o punho.

Como em qualquer outra guerra, quando o líder cai todos caem, e Koma como líder tinha de cair.

Levantou-se cambaleante ainda fitando o chão.

Koma seria derrubada por ela. Levantou voo em direção a Koma que segurava Rachel pelo pescoço. Segurou o rosto de sua irmã com a palma de sua mão direita e a empurrou para frente arrastando sua cabeça no asfalto destruindo-o por todo o caminho.

Levantou-a no ar dando um chute em seu estômago seguido de uma volta de 360º graus mais um chute com a outra perna; seguindo a sequência cerca de três vezes até arremessá-la com um soco no rosto à um dos prédios já destruídos.

Ódio era o que pintava o rosto da mais nova. Vermelho de excitação.

Koma saiu de dentro da cratera em direção a irmã. Kory pegou impulso no ar e foi de encontro com a mais velha.

— KOMAAAAAAA!!!!

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O teto da caverna tremia com os choques na superfície. Estalactites despencavam do teto colidindo ao chão quebrando-se em vários pedaços. Escombros e mais escombros se juntavam no chão da caverna úmida.

Sentado na mesa, Slade conversava com Trigon mentalmente:

— O plano está indo como arquitetado, senhor. — avisou Slade.

— Com a derrota de sua subordinada? — comentou Trigon ao falar de Koma.

— Isso já estava programado também, ainda que não tenha acontecido. — disse com convicção: — Ela não é párea para a irmã mais nova, e sequer para os titãs, era somente para exauri-los.

— Quero a Gema agora, humano imundo. — afirmou: — O dia está chegando ao fim.

— Não está. Agora mesmo iremos fazê-la libertá-lo de sua prisão. — ao dizer isso, Slade corta a conexão: — Terra, está na hora de irmos.

A garota aproximou-se dele. Usando de uma armadura branca de aço, e algumas atadura entre suas juntas para possibilitar o movimento de seu corpo, Tara prendeu os cabelos loiros em um rabo de cavalo :— Vamos sim, Slade.





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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim :3

Até o próximo. Como estou meio inspirada, pode ser que seja logo!

Agradeço a todos que comentaram. Obrigada mesmo.

Beijos e mordidas



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