Capitulo 12 - proteção

-Tara? - pergunta o moreno  fitando a loira que o encarava com pesar no olhar.

-Temos de conversar Grayson! - Afirma a garota cruzando os braços na altura dos seios. O rapaz arqueia a sobrancelha curioso. - Quero saber o porquê de você ter traído a Kory. - indaga ela fazendo o rapaz arregalar levemente os olhos.

-Então é isso que ela pensa... - sussurra o rapaz em tom inaudível para a amiga. Este encara-a friamente enquanto volta a andar. - Não é da sua conta. - diz ele grossamente apressando o passo, não era algo que ele queria mencionar. Ela apertou a mão em punho seguindo-o pelo corredor.

Eles andaram até o fundo da escola parando em frente a alguns armários quebrados e enferrujados, a mata era bem visível e aquele pequeno corredor já tinha sido local de diversos "acidentes". A menina abraçou o próprio corpo com o calafrio que sentiu naquele local, percebera algumas poças de sangue a fazendo engolir em seco. O rapaz sorri divertidamente ao vê-la com medo. Recostou na parede úmida pelas recentes chuvas fitando a menina.

-Por que quer saber? Pra começar, todos os problemas que tive tiveram um dedo seu, mesmo que indiretamente. - afirma o moreno chamando a atenção da loira que arqueia a sobrancelha.

-A Kory mencionou isso. Porém, não creio que a sua traição tenha sido culpa minha. - fala ela se aproximando dele ficando a uns dois metros de distancia. Precisava ser cautelosa. - Pode até ser que eu tenha mexido emocionalmente com o Gar mas, com você, não acredito. - balbucia Tara descruzando os braços e os colocando na cintura. O Grayson suspira pesadamente.

-Bom, não preciso mesmo te dizer o que houve. Não tem nada haver com você e, o máximo que posso te dizer é que não foi uma traição. - assim ele se retira de sua frente as pressas ouvindo as vozes de Tara ao longe chamando-o.

Richard Pov's on:

Sai de perto de Tara indo em direção a quadra. Justo ela tinha de vir tocar no assunto? Isso nunca foi algo que eu quisesse voltar a comentar. Sentei na arquibancada vazia encarando as gotas de chuva que caiam da cobertura ao chão mal encerrado. Apertou as mãos juntas fitando-as minuciosamente.

Ela me fez lembrar de tudo, e de coisas que eu tinha certeza de ter encerrado bem fundo na minha memória, entre elas o dia em que terminei com Kory. Nunca quis terminar mas, foi preciso.

[flashback]

Já faz um mês desde que a Tara resolveu se mudar para a Inglaterra. A escola ficou mais calma já que sempre foi ela quem fazia-a animada. O Logan esta diferente, mais frio e arrogante, talvez seja por causa dela. Realmente ele a amava muito, isso ninguém podia negar. A tempos ele vem brigando comigo e com os rapazes por meras banalidades.

Devido a isso tenho focado em meus deveres para com Bruce. Assim acabo não ficando muito tempo com Kory, o que me faz ficar incômodo. Estou, no momento, em uma das reuniões de trabalho das empresas Wayne. Tendo de conhecer todos os convidados, o que de fato é algo irritante, e falar bem da empresa. De todo modo ela possui grande prestígio e isso é algo que lhe favorece.

A reunião acabou tarde e, ainda por cima, tive de sair em missão com Bruce pelas ruas de Gotham. Chego exausto a escola com a mochila nas costas e alguns livros nas mãos, minha paciência está no limite e, não quero nem ver o rosto do Garfield, não to afim de brigas hoje. Andei vagarosamente pelos corredores lotados passando por diversas pessoas que me chamavam, mas somente os ignorei.

-Dick! - grita ao longe uma voz doce e feminina. Não pode deixar de esboçar um sorriso. Ele sempre ilumina minha vida sombria. Me viro encarando duas orbes esverdeadas. Sorriu a ela pegando-a pela cintura com minha mão livre selando nossos lábios em um rápido beijo.

-Bom dia Kory! - falo a ela que sorri abertamente abraçando meu pescoço me fazendo entrelaçar meus braços em sua cintura. Ela se solta de mim encarando-me nos olhos.

-Bom dia meu amor! - responde ela pegando em minha mão livre puxando-me para a sala. Acho que, sem ela, eu não seria nada.Encarei sua cabeleira rosada e reluzente, acho que, dei mais sorte do que imaginava ao encontrar essa perfeição.

Paramos de frente a porta da sala encarando o Logan que estava recostado na parede ao lado desta. A Kory andou até ele o fazendo abrir um grande sorriso, devido ao que ele passa, ela é a unica que o faz sorrir. Me aproximei deles com um meio sorriso retibuido a contra gosto por ele. Suspiro andando até a sala sentando-me em minha carteira. Logo atrás veio Kory parando do meu lado.

-O que acha de ir lá em casa? - pergunta ela para mim provocante me fazendo sorrir sapeca.

Casa da Kory

Eu a beijava delicadamente sentado na cama rosa dela com a mesma por cima de mim. Minhas mãos dançavam por sua silueta bem feita e suas grossas pernas. Ela possuia os braços entrelaçados em meu pescoço brincando com meu cabelo puxando-o de leve, e as vezes mais forte.

Levei minha mão até seu rosto acariciando-o com a ponta de meus dedos enquanto nos separávamos, rapidamente, em busca de ar antes de retomar o beijo. Aumentei a intensidade dele apertando suas coxas a fazendo soltar um pequenino gemido o que me fez ficar excitado. Puxava fortemente meus cabelos me fazendo abrir um pequeno sorrio. Ela está louca.

Separei nosso beijo encarando-a docemente. Passei minhas mãos por seu cabelo aproximando nossos narizes num roçar. Ela sorriu-me passando suas mãos por meu peitoral.

-Te amo! - diz ela me dando um rápido selinho. Não pude evitar o riso beijando-a novamente e descendo para seu pescoço dando doces beijos a ouvindo gemer.

-Também te amo.

 Uma semana depois.

Minha primeira briga de verdade com o Garfield me fez parar no hospital de Gotham. Desta vez ele me tirou do sério ao ponto de eu socá-lo. Esta ficando cada vez mais idiota por causa daquela trouxa da Tara. Ele esta fazendo todos ficarem maus, principalmente eu e Kory. Falando nela, veio me visitar durante minha estadia toda aqui me trazendo algumas comidas escondidas, mesmo que as daqui sejam boas.

Recebi visitas estranhas de empresários e clientes de Bruce. Para a empresa foi algo interessante já que chamou a atenção de todos mas, para mim foi um saco. O Bruce me deu uma bronca tão grande e duradoura que parecia mais um discurso para se tornar presidente. Realmente minha paciência tem um limite e ela já se estourou.

Voltei a escola depois de 4 dias. Fui interrogado por todos da escola mas, somente os ignorei. Andei apressadamente para encontrar o Garfield e esclarecer tudo. Não acho certo deixar tudo quieto, mesmo que seja o mais sensato.

Passei por Kory apressadamente sem falar com ela, não poderia ouvir sua voz eu acabaria amolecendo. Entrei no vestiário do ginásio encarando o Garfield que possuia um dos olhos ainda roxos.

Ele me encara com ódio enquanto encara o outro lado. Certamente esta mais irritado do que eu. Acho que terei problemas, muitos problemas.

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Já faz tempo que não falo com Kory, a mesma vive me encarando ao longe, será que a magoei de verdade? Não é porque eu quero é só um meio de precaução. Se eu ficar muito proximo dela, tudo o que eu viso vai se perder.

Sei que estou a magoando mas, esta tudo de cabeça para baixo e, preciso resolver antes de voltar a minha vida social de antes. Tenho tido muitos mais compromissos com o Bruce, o que dificulta a minha vivência na escola e, consequentemente, com minha namorada. Fomos convidados para um evento com uma das empresas que fazem parceria com a Wayne e, agora estou aqui encostado numa mesa alimentícia encarando pessoas hipócritas e falsas diante meu pai e outros seres importantes.

Suspiro pesadamente encarando o andar das pessoas apressadas pelo local, com certeza, tentando se aproximar daqueles de maior influencia. Todos uns aproveitadores, querendo tirar até a ultima gota que puderem para seu próprio benefício. Reviro os olhos ao ver pessoas tentando persuadir o Bruce, acho que não vai rolar.

Desencosto-me da mesa indo até Bruce que sorri de canto a mim.

-Esta se divertindo? - pergunta ele a mim em seu tom mais irônico. Não pude deixar de soltar um riso.

-Tanto quanto você! - respondo ele sorrindo e acenando a algumas pessoas que passaram a meu lado me cumprimentando.

-Então estamos no mesmo barco. Quanto antes isso terminar melhor. - afirma Bruce cruzando os braços mantendo um olhar sério, como sempre. Não evitei de sorrir e encarar  o grande salão. Realmente belo mas, não acho que se iguala ao nosso. Sem querer ser metido, já que não ajudei em nada que Bruce conquistou, nossa casa é maior.

Ouvimos um estrondo vindo da entrada da festa fazendo Bruce apertar os olhos. Não pode deixar de encarar a frente por onde passou um homem com uma capa - e o capuz sobre a cabeça, uma armadura na cor negra com alguns utensílios em cinza e, mais alguém que se encontra atrás de si mas, não consegui o ver. O homem para frente aos convidados mais proximos de mim e Bruce que não desviava o olhar, um segundo sequer, do homem.

-Ora, parece que interrompi uma grande festa. Que desrespeito o meu. - diz sarcasticamente o homem que cuspia as palavras de sua boca. Não conseguia ver seu rosto mas, podia saber que era tapado por algo.

-O que você quer? - pergunta um dos seguranças do dono da festa - e também das empresas de pesquisas cientificas de Gotham. O homem somente deu de ombros antes de pegar um pequeno aparelho em sua mão. Aquilo é...

-Bom, se me permitem, não quero muitas testemunhas. - assim ele aperta aquele botão. Explosão. Diversos blocos caido por entre as pessoas, não podíamos ajudá-las, comprometeríamos nossos disfarces. Bruce se contorcia de ódio. Não tínhamos por onde sair e, muito menos como ajudá-los lançando algo que nos entregasse. Eu não teria problemas mas, se soubessem que o Bruce é o homem morcego, ele teria muitos problemas.

Me separo de Bruce, o mesmo foi ajudar algumas pessoas, enquanto eu fui procurar vitimas do outro lado do salão. Ouço um barulho atrás de mim me virando e encarando-o ao longe.

O mascarado veio até mim retirando o capuz de sua cabeça mostrando uma mascara, metade amarela e metade preta, com somente um dos olhos amostra e algumas fendas da altura de sua boca.

-Quem é você? -  pergunto autoritariamente fazendo o homem apertar os olhos. Ele se aproxima de mim encarando-me.

-Me chamo Exterminador. Vim conhecê-lo Garoto prodígio. - fala ele encarando-me estranhamente o que me fez ficar em posição de ataque. Ele recua. - Ora, não fique assim, só tenho um pequeno recado a você, por enquanto não posso ser considerado uma ameaça mas, caso voltemos a nos encontrar, melhor tomar cuidado. Não terá a proteção de seu pai por muito tempo. - diz ele sinicamente a mim, meu pai?

-O QUE VOCÊ SABE? - exaspero-me enquanto o homem ria ironicamente.

-Ora ora, não se altere. Sei de muitas coisas e, todas de você Robin! - Eu bambeio. Ele sabe. - E, caso você seja um problema para mim futuramente em alguns de meus joguinhos, me certificarei de acabar com sua namoradinha. - ameaça ele me fazendo arrepiar inteiro... Arregalei os olhos com o que ele disse. KORY!

-SE TOCAR NELA EU TE MATO SEU DESGRAÇADO! - grito sentindo todo o meu sangue ferver e borbulhar. O homem somente ri enquanto pega um telefone discando algum número. Fiquei sem entender até ouvir a voz do outro lado. Estremeci.

-"Alô? Alô? Quem é? Alô?" - fala do outro lado do telefone a voz que eu mais temia ouvir. Kory. O mesmo desliga o telefone encarando-me sério.

-Sei onde ela mora, a rotina dela e seu maior segredo e fraqueza. - começa ele me fazendo dar dois passos para trás. - A menos que você se desapegue de tudo e de todos, você verá, um a um morrer a sua frente. Caso o queira continue a agir normalmente com todos, irei mesmo matá-los. - termina ele com seu amigo aparecendo a seu lado. - Já deu minha hora, foi uma honra conversar com você e, espero que possamos nos ver novamente. Até mais Robin! - diz ele sumindo em um breu que desconheço.

Aperto a mão em punho com tamanho ódio, algumas lágrimas começaram a brotar em meus olhos...

-Droga!

[flashback]

Assim tive de beijar uma garota qualquer para protegê-la. Dói-me lembrar de tudo o que passei, o que tive de perder para proteger o que me é mais precioso. Minha linda garota de cabelos ruivos o olhos verdes.

-Espero que continue assim, ai... - sussurro para mim mesmo enquanto fito minhas mãos. -...eu não terei de te ver morrer.

Meu telefone toca me fazendo sair de meus devaneios, mais do que tudo agradeci a quem ligou por isso, atendendo -o.

-Alô?

-Problemas Robin! - afirma o homem de aço do outro lado da ligação fazendo o garoto prodígio sorrir.

-Estou indo.

Narrador Pov's on:

Ele fora em direção ao centro enquanto os outros recebiam a mesma ligação. Nenhum deles sabiam que, aquilo que começou como uma ameaça a alguns meses contra Dick, iria se tornar uma maldição que afetaria a todos eles, principalmente a Roth.

~TO BE CONTINUED~