Destiny escrita por Excalibur


Capítulo 2
Ambre e despedidas.




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Já havia se passado três tempos de aula, era hora do intervalo. Eu,Castiel e Lysandre estávamos indo para o pátio para lanchar. Ok, os dois estavam meio que me seguindo pois descobriram que eu tenho um PÉSSIMO senso de direção.

- Sabe, eu sei chegar ao pátio sozinha...

- Isso já é um bom começo. – Comentou Castiel.

- Então.. porque estão me seguindo ? – Não agüentei e perguntei.

- Vai que algum babaca queira te fazer mal. Com essa cara de menina bondosa e ingênua, ninguém resistiria. – Lysandre falou com um sorriso. Corei.

- E-eu não sou ingênua, ok ? E ainda mais, eu vou lanchar com meu melhor amigo... – Fiz bico.

- Ah, você já vai abandonar a gente assim, do nada ? – Castiel estava fazendo um drama básico. – Como você é cruel.

Fiz uma cara de ‘’O quê ?’’ e pra piorar, o Lysandre entrou na onda dele. Fez uma pose de príncipe solitário na chuva.

- Você é tão má... já está nos trocando por outro qualquer ?

Nesse ponto da história, Castiel já estava começando a fazer um choro falso.

- Eu pensei que éramos melhores amigos e... – Ele forçava pra fazer voz de choro.

- Ok gente,chega de brincadeiras. Eu só vou lanchar com o Ken, poxa. – Já estava me afastando- Não morram de ciúmes, ok ? – Mostrei a língua e fui me sentar ao lado de Ken.

- Quem eram aqueles dois ? – Ken perguntou.

- Castiel e Lysandre, conheci por acaso. São da minha turma.

- Wahhh, eu queria estudar na mesma sala que você ... – Ken fez um biquinho.

- Ah, não fique assim, podemos lanchar juntos todos os dias e você ainda pode ir na minha casa, eles não.

- É mesmo... posso esfregar isso na cara deles. – Ken parecia destemido.

- Ok, não faça isso. – Eu comecei a rir e ele também.

- Posso saber qual é a graça ? – Ouvi uma voz bem irritante, levantei os olhos e vi uma loira vestido um saco de batatas. Atrás da mesma tinha uma asiática que não parava de se olhar no espelho e uma garota normal, na minha opnião.Só que ela me encarava feio.

- E quem é você ? – Perguntei, em um tom de desanimação.

- Isso não te interessa agora, garota. Só vim lhe esclarecer uma coisa. – Ela me levantou pela blusa. Ken estava desesperado, estava sem reação. – Fique longe do Castiel, ele é meu.

Eu a segurei pelos pulsos e torci, fazendo ela me soltar.

- Achei que já estava na hora de uma dessas gurias do fã clube do Castiel aparecer, já tava demorando. Sinto muito querida, mas eu não posso fazer o que você está me ‘’obrigando’’. Aquele cara já gosta  tanto de mim que podemos nos considerar amigos babacas. – Eu falava gesticulando, como se estivesse falando com uma criança de 2 anos. – Entende ?

- Como eu disse, o Castiel é meu. Sua vaca. – Ela tentava arranjar argumentos.

- Pode ficar com ele. Tudo que eu quero é poder encher o saco dele todos os dias. – Dei um sorriso. – Mas vamos parar de falar dele, vamos falar de vocês.  Não acha que o dono do circo já está preocupado por causa de vocês ? Não é todo dia que Patati,Patata e o Palhaço Bozo somem. Vocês são as atrações principais.

A loira ficou vermelha em puro ódio,a asiática estava perplexa e a mal-encarada me encarava dez vezes pior. E eu claro, com o melhor sorriso sarcástico que conseguia fazer.

- Agora me dêem licença, pois tenho que avisar para o IBAMA que tem animais selvagens soltos na escola. Vamos, Ken ? – Ken se levantou na hora e foi saindo comigo.

- Você que pediu por isso. – Em questão de segundos a loira me virou para ela de deu um tapa na minha cara. Senti minha bochecha arder e algumas pessoas paravam para ver isso.

- Você é muito ousada,vadiazinha. – Ela falava com ódio e com certo tom de vitória.

Eu estava com cabeça abaixada. Ken tremia do meu lado.

- O que está acontecendo aqui ? – Ouvi Castiel gritar.

- Aprendeu a lição, guria ? Há, está até abaixando a cabeça. Veja, Li, Charllote! – Ambas começaram a rir iguais hienas. – Deve estar doendo muito, hã ?

- Hah – Comecei a rir e levantei a cabeça, com um sorriso bem intimidador. – Isso é tudo o que você tem ? Hahahah, já levei picadas de mosquito piores.

Suspirei, me acalmei.

- Muito bem, olha, não estou procurando briga nem nada. Só não vou com sua cara ‘’princesa’’. – Cruzei os braços. – Mas se quiser briga, vá em algum bar por aí e falar que o cara mais rico e casado de lá estava dormindo com você nos últimos meses. A mulher dele vai arranjar briga pra você, de graça.

- Ora sua... – Ela já estava pronta para me bater novamente quando Nathaniel apareceu e a puxou para trás bruscamente.

- Ambre, o que pensa que está fazendo ?

- Nathaniel, ela que começou. – Estava dando uma de menina mimada agora.

- Fractious, isso é verdade ? – Nath me olhava.

- Bom... pra dizer a verdade, foi ela que começou dizendo ‘’Fique longe do Castiel, ele é meu e ain’’. – Ouvi algumas pessoas rirem da minha imitação fajuta da Ambre. – Aí eu disse, pode ficar com ele, mas acho que você deveria voltar pro seu lugar, bozó. Ai depois disso ela me deu um tapa e concordaria plenamente que a culpa foi toda dela.

- Mas eu também estava colocando fogo na lareira,então a culpa também é minha.

- Barraqueira.... – Castiel falou.

- É melhor você calar a boca, Barbie ruiva.

Nathaniel estava perplexo. – Bem...

- Você sabe que a culpa é dela, NÃO É NATH ? – Ambre falava estranho, como se avisasse ele alguma coisa.

- Sim sim, eu sei Ambre. Fractious, estou perdoando o que você faz porque é o primeiro dia, mas se fizer mais uma, vou ter que lhe dar uma advertência. – Nath parecia hesitante em falar isso.

- Ok ok. – Dito isso Ken me levou pra enfermaria. Mas é claro que a dupla de stalkers tinha que vir junto.

Ken cuidava do machucado no meu rosto.

- Ainda não sei porque não deu um soco na cara daquela bastarda. – Castiel só falava sobre possibilidades de uma luta na escola. – Briga de mulher é muito dahora.

- Castiel! Se a Frac fizesse algo contra a ‘’Ambrega’’ ela seria advertida. – Lysandre comentou.

- E vocês dois foram pra lá só pra ver o circo pegar fogo, não é ?

- Bem.. e-eu... – Lysandre parecia costrangido.

- Que belos melhores amigos vocês são. – Fiz o mesmo drama básico que eles.

- Mas o de óculos também não te ajudou em nada. – Castiel deu o golpe final. Ken ficou paralisado.

- Eu... b-bem... – Ele suspirou. – Já volto, vou fazer uma ligação. – E saiu para fora da enfermaria.

- Parabéns Castiel, agora ele ficou deprimido. Baka!

- Mas o quê eu fiz ? Só falei a verdade! – Castiel se defendia.

- Não devia nem ter falado nada, Castiel. – Lysandre sempre ficava calmo. Eu queria ter essa paciência toda.

Passou uns minutos e Ken estava de volta, estava meio triste.

- Fractious, eu vou para a escola militar. – Ele falou meio baixo.

- O QUÊ ? Mas porque ? – Eu não queria perder meu melhor amigo assim, do nada.

- Eu falei com meu pai, e ele entrou de acordo em me colocar na escola militar. Assim vou poder me defender, te defender. Defender as pessoas que eu gosto.

- Ken....

Ele me deu um abraço.

- Eu estou indo para casa agora, meu pai vai vir aqui e me retirar da escola. Eu volto assim que puder.

- Tudo bem.... – Dito isso ele foi embora.

- O cara realmente levou a sério a parada de defender os amigos. – Castiel falava enquanto olhava para fora da enfermaria.

- A culpa é daquela vaca loira por ele ter ido embora. – Eu estava emburrada.

- Mas olhe pelo lado bom, agora você é só nossa! – Castiel parecia feliz.

- Agora somos um trio de melhores amigos. – Lysandre também parecia feliz.

- ..... – Suspirei – Vocês realmente me amam, né ?

Saímos os três da enfermaria.Já estava na hora da saída.

- Bom gente, já estou indo.

- Mas já ? Calma menina, o sinal bateu agora. Pra quê ir pra casa tão cedo ? – Castiel perguntou.

- Meu irmão está me esperando lá fora, e minha tia trabalha até de noite. Então eu fico em casa com ele.

- Então podemos te acompanhar até a porta ? – Lysandre perguntava de um jeito bem rústico.

- Claro. – Sorri e fomos para a saída. Aoi estava mesmo me esperando. Ele se virou para me encarar e viu Lysandre e Castiel atrás de mim.

- Não agüentou só ter um namorado agora tem dois ? – Perguntou.

- Não tenho namorado.

- Hahahahahah, esse é seu irmão ? Gostei dele, prazer. Sou Castiel.

- Meu nome é Lysandre, prazer.

- Muito prazer, sou Aoi. – Ele se curvou. – Por favor, tomem conta dessa encrenqueira.

Bati na cabeça dele com força.

- Encrenqueira é seu nariz.

- AI! BRUTA! – Ele estava com lágrimas nos olhos.

- Tchau, Lys, Cast. Até amanhã. – Falei e me afastei descendo a rua com Aoi.

- O que aconteceu com seu rosto ? – Ele perguntou.

- Nada de mais.

- Tu é uma peste. – E ele começou a rir o caminho inteiro. 


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