Destiny escrita por Excalibur
Já havia se passado três tempos de aula, era hora do intervalo. Eu,Castiel e Lysandre estávamos indo para o pátio para lanchar. Ok, os dois estavam meio que me seguindo pois descobriram que eu tenho um PÉSSIMO senso de direção.
- Sabe, eu sei chegar ao pátio sozinha...
- Isso já é um bom começo. – Comentou Castiel.
- Então.. porque estão me seguindo ? – Não agüentei e perguntei.
- Vai que algum babaca queira te fazer mal. Com essa cara de menina bondosa e ingênua, ninguém resistiria. – Lysandre falou com um sorriso. Corei.
- E-eu não sou ingênua, ok ? E ainda mais, eu vou lanchar com meu melhor amigo... – Fiz bico.
- Ah, você já vai abandonar a gente assim, do nada ? – Castiel estava fazendo um drama básico. – Como você é cruel.
Fiz uma cara de ‘’O quê ?’’ e pra piorar, o Lysandre entrou na onda dele. Fez uma pose de príncipe solitário na chuva.
- Você é tão má... já está nos trocando por outro qualquer ?
Nesse ponto da história, Castiel já estava começando a fazer um choro falso.
- Eu pensei que éramos melhores amigos e... – Ele forçava pra fazer voz de choro.
- Ok gente,chega de brincadeiras. Eu só vou lanchar com o Ken, poxa. – Já estava me afastando- Não morram de ciúmes, ok ? – Mostrei a língua e fui me sentar ao lado de Ken.
- Quem eram aqueles dois ? – Ken perguntou.
- Castiel e Lysandre, conheci por acaso. São da minha turma.
- Wahhh, eu queria estudar na mesma sala que você ... – Ken fez um biquinho.
- Ah, não fique assim, podemos lanchar juntos todos os dias e você ainda pode ir na minha casa, eles não.
- É mesmo... posso esfregar isso na cara deles. – Ken parecia destemido.
- Ok, não faça isso. – Eu comecei a rir e ele também.
- Posso saber qual é a graça ? – Ouvi uma voz bem irritante, levantei os olhos e vi uma loira vestido um saco de batatas. Atrás da mesma tinha uma asiática que não parava de se olhar no espelho e uma garota normal, na minha opnião.Só que ela me encarava feio.
- E quem é você ? – Perguntei, em um tom de desanimação.
- Isso não te interessa agora, garota. Só vim lhe esclarecer uma coisa. – Ela me levantou pela blusa. Ken estava desesperado, estava sem reação. – Fique longe do Castiel, ele é meu.
Eu a segurei pelos pulsos e torci, fazendo ela me soltar.
- Achei que já estava na hora de uma dessas gurias do fã clube do Castiel aparecer, já tava demorando. Sinto muito querida, mas eu não posso fazer o que você está me ‘’obrigando’’. Aquele cara já gosta tanto de mim que podemos nos considerar amigos babacas. – Eu falava gesticulando, como se estivesse falando com uma criança de 2 anos. – Entende ?
- Como eu disse, o Castiel é meu. Sua vaca. – Ela tentava arranjar argumentos.
- Pode ficar com ele. Tudo que eu quero é poder encher o saco dele todos os dias. – Dei um sorriso. – Mas vamos parar de falar dele, vamos falar de vocês. Não acha que o dono do circo já está preocupado por causa de vocês ? Não é todo dia que Patati,Patata e o Palhaço Bozo somem. Vocês são as atrações principais.
A loira ficou vermelha em puro ódio,a asiática estava perplexa e a mal-encarada me encarava dez vezes pior. E eu claro, com o melhor sorriso sarcástico que conseguia fazer.
- Agora me dêem licença, pois tenho que avisar para o IBAMA que tem animais selvagens soltos na escola. Vamos, Ken ? – Ken se levantou na hora e foi saindo comigo.
- Você que pediu por isso. – Em questão de segundos a loira me virou para ela de deu um tapa na minha cara. Senti minha bochecha arder e algumas pessoas paravam para ver isso.
- Você é muito ousada,vadiazinha. – Ela falava com ódio e com certo tom de vitória.
Eu estava com cabeça abaixada. Ken tremia do meu lado.
- O que está acontecendo aqui ? – Ouvi Castiel gritar.
- Aprendeu a lição, guria ? Há, está até abaixando a cabeça. Veja, Li, Charllote! – Ambas começaram a rir iguais hienas. – Deve estar doendo muito, hã ?
- Hah – Comecei a rir e levantei a cabeça, com um sorriso bem intimidador. – Isso é tudo o que você tem ? Hahahah, já levei picadas de mosquito piores.
Suspirei, me acalmei.
- Muito bem, olha, não estou procurando briga nem nada. Só não vou com sua cara ‘’princesa’’. – Cruzei os braços. – Mas se quiser briga, vá em algum bar por aí e falar que o cara mais rico e casado de lá estava dormindo com você nos últimos meses. A mulher dele vai arranjar briga pra você, de graça.
- Ora sua... – Ela já estava pronta para me bater novamente quando Nathaniel apareceu e a puxou para trás bruscamente.
- Ambre, o que pensa que está fazendo ?
- Nathaniel, ela que começou. – Estava dando uma de menina mimada agora.
- Fractious, isso é verdade ? – Nath me olhava.
- Bom... pra dizer a verdade, foi ela que começou dizendo ‘’Fique longe do Castiel, ele é meu e ain’’. – Ouvi algumas pessoas rirem da minha imitação fajuta da Ambre. – Aí eu disse, pode ficar com ele, mas acho que você deveria voltar pro seu lugar, bozó. Ai depois disso ela me deu um tapa e concordaria plenamente que a culpa foi toda dela.
- Mas eu também estava colocando fogo na lareira,então a culpa também é minha.
- Barraqueira.... – Castiel falou.
- É melhor você calar a boca, Barbie ruiva.
Nathaniel estava perplexo. – Bem...
- Você sabe que a culpa é dela, NÃO É NATH ? – Ambre falava estranho, como se avisasse ele alguma coisa.
- Sim sim, eu sei Ambre. Fractious, estou perdoando o que você faz porque é o primeiro dia, mas se fizer mais uma, vou ter que lhe dar uma advertência. – Nath parecia hesitante em falar isso.
- Ok ok. – Dito isso Ken me levou pra enfermaria. Mas é claro que a dupla de stalkers tinha que vir junto.
Ken cuidava do machucado no meu rosto.
- Ainda não sei porque não deu um soco na cara daquela bastarda. – Castiel só falava sobre possibilidades de uma luta na escola. – Briga de mulher é muito dahora.
- Castiel! Se a Frac fizesse algo contra a ‘’Ambrega’’ ela seria advertida. – Lysandre comentou.
- E vocês dois foram pra lá só pra ver o circo pegar fogo, não é ?
- Bem.. e-eu... – Lysandre parecia costrangido.
- Que belos melhores amigos vocês são. – Fiz o mesmo drama básico que eles.
- Mas o de óculos também não te ajudou em nada. – Castiel deu o golpe final. Ken ficou paralisado.
- Eu... b-bem... – Ele suspirou. – Já volto, vou fazer uma ligação. – E saiu para fora da enfermaria.
- Parabéns Castiel, agora ele ficou deprimido. Baka!
- Mas o quê eu fiz ? Só falei a verdade! – Castiel se defendia.
- Não devia nem ter falado nada, Castiel. – Lysandre sempre ficava calmo. Eu queria ter essa paciência toda.
Passou uns minutos e Ken estava de volta, estava meio triste.
- Fractious, eu vou para a escola militar. – Ele falou meio baixo.
- O QUÊ ? Mas porque ? – Eu não queria perder meu melhor amigo assim, do nada.
- Eu falei com meu pai, e ele entrou de acordo em me colocar na escola militar. Assim vou poder me defender, te defender. Defender as pessoas que eu gosto.
- Ken....
Ele me deu um abraço.
- Eu estou indo para casa agora, meu pai vai vir aqui e me retirar da escola. Eu volto assim que puder.
- Tudo bem.... – Dito isso ele foi embora.
- O cara realmente levou a sério a parada de defender os amigos. – Castiel falava enquanto olhava para fora da enfermaria.
- A culpa é daquela vaca loira por ele ter ido embora. – Eu estava emburrada.
- Mas olhe pelo lado bom, agora você é só nossa! – Castiel parecia feliz.
- Agora somos um trio de melhores amigos. – Lysandre também parecia feliz.
- ..... – Suspirei – Vocês realmente me amam, né ?
Saímos os três da enfermaria.Já estava na hora da saída.
- Bom gente, já estou indo.
- Mas já ? Calma menina, o sinal bateu agora. Pra quê ir pra casa tão cedo ? – Castiel perguntou.
- Meu irmão está me esperando lá fora, e minha tia trabalha até de noite. Então eu fico em casa com ele.
- Então podemos te acompanhar até a porta ? – Lysandre perguntava de um jeito bem rústico.
- Claro. – Sorri e fomos para a saída. Aoi estava mesmo me esperando. Ele se virou para me encarar e viu Lysandre e Castiel atrás de mim.
- Não agüentou só ter um namorado agora tem dois ? – Perguntou.
- Não tenho namorado.
- Hahahahahah, esse é seu irmão ? Gostei dele, prazer. Sou Castiel.
- Meu nome é Lysandre, prazer.
- Muito prazer, sou Aoi. – Ele se curvou. – Por favor, tomem conta dessa encrenqueira.
Bati na cabeça dele com força.
- Encrenqueira é seu nariz.
- AI! BRUTA! – Ele estava com lágrimas nos olhos.
- Tchau, Lys, Cast. Até amanhã. – Falei e me afastei descendo a rua com Aoi.
- O que aconteceu com seu rosto ? – Ele perguntou.
- Nada de mais.
- Tu é uma peste. – E ele começou a rir o caminho inteiro.
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