O Mundo Dá Voltas escrita por duda_bouvier


Capítulo 26
Capítulo 26- Duda (parte O1)


Notas iniciais do capítulo

Meus capitulos estao ficando muito grandes :O
logo posto a segunda parte
bgs ♥



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Voltamos do aeroporto depois de levar aquele enjoado pra la. Cheguei em casa, mal entrei e meu irmão já me pegou no colo e me jogou no sofá. Urgh! Odeio quando ele faz isso.

      - Para Pierre! – gritei.

      - Enjoada! – continuou ele.

Simulamos uma briguinha. Ele sabe que eu não sei brigar direito, eu sempre machuco ele. Ele esquece do tamanho dele e me enche de tapa. Os tapas dele doem :’S

Otimo, agora ele me pega de cabeça pra baixo! Ele adora fazer isso comigo. Eu vou vomitar desse jeito!

      - Não, de cabeça pra baixo não, Pie!

      - Háhá, te adoro ver gritar assim. – respondeu ele.

      - Pof! – dei um tapa nele. – Me Poe virada pra cima.

      - Zupt! – ele me jogou no sofá. Machuquei minhas costas.

      - Seu idiota! xP

      - Hhuahsua, adoro “bringar” com você! (brincar com brigar)

Nisso, o Moosthafar estava na sala, vendo a cena. Começou a balançar o rabinho pra la e pra ca. Pensei: Vixi! Mas a campainha tocou e fui la ver quem era. Pierre ficou sozinho com o gato na sala.

Quando eu abri o portão era o Sebby! *-*

      - Oi meu amor! – cumprimentei.

      - Hey meu bem! – e me deu um selinho. :} – Fechar o carro direito faz bem pra saúde.

      - Ah, só podia ser o idiota do meu irmão. Mais tarde eu fecho. Vai entrar?

      - Não, passei aqui rapidinho, só pra te ver um pouquinho.

Enquanto nos beijávamos no portão, começamos a escutar alguns gritos distantes, mas nem tanto. Nos soltamos e paramos pra ouvir.

      - Que isso? – perguntei.

      - Não sei... – respondeu ele, me abraçando.

Olhamos pra rua e não havia ninguém que estivesse gritando, em tom de desespero.

      - na rua não é...

      - AAAAAAAH, SOCORRO, DUDA!

      - É impressão minha ou alguém gritou me chamando?

      - É, eu também ouvi...

      - Pierre, é você? – gritei.

      - DUDA, SOCORRO!

      - É seu irmão, Duda.

      - Ah, ele deve ta querendo chamar atenção. Ele é meio ciumento.

      - Será? Se for, ele é um ótimo ator.

      - é mesmo, ne? Ta muito desesperado pra ele estar só brincando. Vou la ver.       

      - Vou com você.

 

Mas enquanto isso...

      - Uai Moostha... Que cara é essa?- perguntou Pie.

O gato tava o olhando, balançando o rabo pra lá e pra cá, bem rápido. Coisa boa nao estava passando pela cabeça do gato.

      - Moostha... – disse Pie, assistindo TV. – Vem cá gatinho, vem.

No que ele chamou o gato, esse foi com tudo e com todas as unhas bem no rosto dele, fazendo-o gritar desesperadamente daquele jeito. Quase a unha do bicho foi no olho do meu irmão, tadinho! =’/

Quando eu e o Seb chegamos lá em cima, o gato continuava agarrado na cara e nos cabelos de Pierre, que não sabia se continuava a gritar ou se assumia que estava chorando.

      - Pieh, que isso? Moosthafar sai daí! – gritei, já correndo em direção a meu irmão, arrancando o gato de cima dele.

      - Tira pelo amor de Deus! – gritava, ou melhor, implorava meu irmãozinho.

Com custo, consegui arrancar o gato de cima do Pie, que tava com a cara toda vermelha por causa dos arranhados e pouco abaixo do olho sangrando. O coitado tava desesperado. Enquanto isso, Seb tinha ido pegar gelo e alguma coisa pra limpar o sangue.

      - Seu gato é maldito! Não fiz nada com ele e ele me atacou e...

      - Calma! A gente vê o que aconteceu daqui a pouco. Vamos limpar isso primeiro, depois a gente olha.

      - AAhhh... =’C – chorou meu irmãozinho.

Abracei ele. Tadinho! Tava dando dó, ele com a cara toda machucada e sangrando e as lagrimas descendo dos seus olhos, misturando com o resto e fazendo uma meleca feia.

      - Acalma, Pie! Já tirei o gato!

      - Buááááá...

      - Toma, limpa isso ai e Poe gelo onde o bicho te machucou. – disse Seb, com gaze e gelo nas mãos. Nem sabia que tinha caixa de primeiros socorros em casa...

Tentei limpar, mas até nisso ele é inquieto! Mandei ele segurar o gelo em cima do machucado. Ele pos e foi se acalmando, parando de chorar.

      - Cade o infeliz? – perguntou ele.

      - Pus ele la fora. – respondi. – Mas o que você fez pra ele ter te atacado?

      - Num sei... Ele tava me olhando, ai eu chamei ele e ele me mordeu. – contou ele, ainda chorando um pouquinho.

      - Mas gato não ataca assim não, Pie. Já vi você brincando com ele outras vezes e ele nunca te fez isso. – disse Seb.

      - Aah, deve ser na hora que a gente fingiu que estava brigando! – lembrei.

      - Deve ser...

Decidimos levar o gato no veterinário e depois passar ao menos no posto de saúde pra ver o que aconteceu com o rosto do Pie. Quando descíamos as escadas da varanda, vemos a mamãe chegando.

      - Mae?- perguntamos juntos.

      - Olá crianças! PIERRE? O que aconteceu com você, meu filho?

      - O gato, mãe! – disse, chorando de novo.

      - Meu Deus!! Deixa eu ver!

Mamãe foi dar uma olhada e quase caiu pra trás.

      - É melhor a gente descer logo pro medico olhar isso.

Fomos descendo e já saindo em disparada pela rua a fora, com o gato dentro daquelas casinhas, gaiolas, sei lá o que leva gato pra viajar. O que importa é que o Moostha tava dentro daquilo e levamos ele no veterinário. Deixamos ele lá pra fazer uns exames e ver o que ele tinha e voltamos a correr com Pie pro posto de saúde. Chegando lá, a mulherzinha lá foi dar uma olhada no rosto dele, que não tinha parado de sangrar e ainda estava vermelho.

      - Ei moço bonito! Tudo bem com você? – perguntou ela, tentando ser legal. Mas era obvio que ele não estava bem.

      - Nããão... – disse ele, chorando.

      - Hey, não chora! Um menino lindo desse chorando? O que aconteceu com seu rosto?

      - O gato da minha irmã me machucou. – respondeu ele, limpando as lagrimas enquanto minha mãe fazia carinho em seu cabelo.

      - Não foi o namorado dela não ne? – Pierre fechou a cara. – Tudo bem, vamos ver o que aconteceu no seu rosto. Ele machucou seu olho?

      - Não, só do lado de fora.

      - Hum... – disse ela, olhando e examinando o rosto dele. Depois de tanto “põe a língua pra fora”, “abre bem o olho”, “respira fundo” e blábláblá, ela disse: - Bom, mocinho, você não teve mais nada de grave a não ser esse roxo que vai ficar no seu olho esquerdo, por causa da unha do bicho. Essa região é mais fina, por isso deve ficar roxo por alguns dias, mas depois seu rosto volta ao normal. Alias, qual seu nome?

      - Pierre.                                        

      - Pois é Pierre, você deve ficar com seu olho assim por uns 5 a 7 dias roxo. Mas por enquanto vou deixar um curativo, só ate cicatrizar. Depois você pode tirar, daqui uns 3 dias...

      -Ta...

      - Você é irmã dele, moça? – perguntou ela, pra mim.

      - Sim. – respondi.

      - Pois é, tira seu gato de perto dele, porque se atacou uma, pode atacar de novo.

      - vou dar um sumiço nele...

      - Mãe, eu vou ter que ficar com essa geringonça no meu olho?- cochichou Pie, pra mamãe.

      - Vai sim, meu amor, pra você ficar lindo igual você era antes.

      - Mas ta doendo!

      - Eu sei... Mas a mamãe vai ficar com você, ta bom? Te amo muito. – e deu um beijo nele.

      - Você ta liberado, Pierre. Qualquer coisa se sangrar ou se doer fora do normal você volta, ta?

      - Ta.

Nós saímos do consultório e Sebby estava no bebedouro. Logo ele voltou pra perto da gente e perguntou:

      - E aí, no que deu?

      - Vou ficar com o olho roxo, mas depois ela disse que sai. – respondeu Pie.

      - Ainda bem! (:

Fomos voltando a pé pra casa, mas mamãe e Pie foram direto. Eu e Seb voltamos ao veterinário pra ver o que tinha acontecido com Moostha.

      - E aí, doutor?

      - Pois é Dona do Moostha... Pelos exames, ele não tem nada de diferente. Mas o que ele aprontou?

      - Ah, meu nome é Eduarda, esqueci de te falar.

      - Ah, ok, Eduarda.

      - Ah, pois então. Eu acho que ele atacou meu irmão, porque a gente tava tipo fingindo que tava brigando. E foi na frente do gato. Ai eu desci e ele ficou sozinho com meu irmão, ai depois ele foi brincar com ele e o Moostha foi direto na cara do meu irmão.

      - Caramba, que gato perigoso, o seu! Você costuma brincar muito com seu gato?

      - ah mais ou menos... Brinco muito com ele na hora que eu vou dormir, que é a única hora que eu acho ele dentro de casa. Mas costumo ficar com ele no colo boa parte do dia.

      - Seu irmão brinca com ele?

      - Brinca.

      - Mas o gato é seu.

      - É.

      - ah, deve que ele ta com ciúmes excessivos... Ele viu você brincando com seu irmão e achou que ele tava te tirando dele.

      - É... e deve que ele ficou com raiva, porque meu irmão tava me batendo.

      - Pois é. Foi uma forma de te defender.

      - Quase eu bato nele... Ah, legal o que o gato quis fazer, meu não queria que ele machucasse meu irmão. Ah, agora vou ter que me livrar dele.

      - Cuidado, se não ele ataca de novo.         

      - Eu vou ver o que eu faço. Vou falar com meu tio, que me deu o gatinho, pra ver o que ele faz com o Moostha. Não queria me desfazer dele, mas não quero ver meu irmão machucado de novo.

      - Só uma pergunta. Quantos anos seu irmão tem?

      - 19, moço.

      - Ah, é grande... do jeito que você tava falando, achei que era pequeno.

      - Ah, acho que pra ter carinho e prevenir de acidente não tem idade, não acha?

      - Ta certa.

      - Aqui, posso deixar esse gato aqui e amanhã eu venho buscar ele? Quanto é?

      - R$ 30,00.

      - Amanha na hora que vier buscar eu pago. Não tenho 30,00 aqui agora.

      - Acho que eu tenho, amor. – disse Seb, olhando na carteira dele. Tirou uma nota de cinquenta e me deu pra pagar. – Toma, meu bem.     

      - Obrigado amor, daqui a pouco eu te dou. – e paguei o cara do Pet Shop.

      - Que? Não, presente meu pra você. Precisa pagar não. – e me deu um beijo no rosto *-*.

      - Entao até amanha... Mas, aqui... Posso despedir do gato?

      - Você que sabe... – respondeu o doutor.

O doutor trouxe ele de lá de dentro e eu fui brincar com ele, talvez pela ultima vez. Alisando ele e fazendo carinho na barriguinha dele, conversava: 

      - oh Moostha, porque você fez aquilo com o Pie, meu amorzinho? A mamãe agora vai ter que deixar você aqui, e nem sabe se vai levar você de volta pra casa! Gatinho malvado! Não faz isso de novo, se não vou ter que dar um jeito em você de vez! Gatinho bobo. Smack! – dei um beijo no gato, que em seguida, lambeu minha bochecha. – Te amo, viu Moostha? Fica ai, depois eu venho te buscar. – e entreguei ele de volta pro doutor.

      - Obrigado, Doutor! Amanha eu volto. – disse e fui embora.

 


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