Todas as nossas memórias escrita por MMs


Capítulo 9
Capítulo 9 - Nossas memórias


Notas iniciais do capítulo

Muito tempo depois, eis que surge um capítulo novo!



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— Algo no interrogatório foi útil? - A voz de Rony foi a primeira a superar a cacofonia que se instalou na sala de Draco, no St. Mungus.

A maioria dos Weasleys foi embora quando souberam que Rose não receberia visitas naquele dia. Já os parentes que restaram reuniam-se na sala do medibruxo, numa tentativa de entender a situação que encaravam.

Rose e Sofie dormiam mais uma vez, graças as poções restauradoras. Ambas sob o olhar atento da equipe de curandeiros, além dos aurores que vigiavam a porta do quarto. Ainda assim, a noite já estava alta quando Scorpius deixou a ruiva e juntou-se aos demais.

— Pouca coisa é confiável, mas só o reaparecimento das duas já é suficiente para reabrir as investigações. - A informação partiu de Harry. O moreno estava visivelmente cansado, seus cabelos mais despenteados que o normal. - Informarei a Ministra assim que voltar ao meu escritório.

— Cho Chang usou o sequestro da minha filha apenas como uma pauta para se eleger, quando renunciei no meio do mandato. - Robert Shacklebolt acusou, sob o olhar criterioso da esposa. - Ela esta tão interessada em fingir que vivemos tempos de paz, que fechara os olhos para qualquer situação que possa desenterrar conflitos.

— Isso é verdade. - Albus perambulava pelo escritório enquanto falava, mechando na decoração e tirando alguns livros do lugar, complemente alheio à crescente irritação do loiro mais velho, que o observava. - Desde que assumiu o Ministério, ela vem abafando qualquer investigação que envolver comensais ou o uso de magia negra.

— Foi exatamente o que ela fez com a investigação do sequestro. - Hermione concluiu em dado momento. Após ocupar o cargo de Ministra por sete anos, ela sabia precisamente qual a abrangência daquele poder. - Condenou dois Comensais mortos na queda do cativeiro como os únicos possíveis suspeitos do crime e suspendeu as investigações, tão logo quanto pode.

— A verdade é que as noticias sobre o caso não contribuíam para a popularidade do mandato dela. - Rony finalmente externou o pensamento que boa parte da Londres bruxa tinha, mas que não ousavam dizer em voz alta. Não em tempos de paz, não se fosse acabar com a fantasia que o governo pintava aos cidadãos.

— Droga! - A voz de Scorpius fervia de raiva. - Assim que souber a Ministra distorcerá os fatos a favor do mundo fantástico que criou.

Sentado em uma poltrona, afastado dos demais, o loiro tentava controlar o balançar incessante da perna e se concentrar nos demais.

— A volta delas sera tudo o que a Chang precisava pra encerrar as investigações definitivamente. Ela foi bem clara quanto a isso ao me afastar do cargo, esse caso nunca passou de uma mancha inconveniente na imagem de prosperidade do mandato dela. - As palavras dele pesaram no ar por alguns instantes, tão verdadeiras quanto revoltantes. - Ela não se importa, condenou dois homens mortos e pareceu muito sincera quando me disse que só não colocava um fim definitivo nisso tudo porque ainda não haviam corpos.

Aquele detalha chocará o total de zero pessoas naquela sala, ainda assim, a senhora Shacklebolt prendeu involuntariamente o folego, diante da dureza daquela realidade.

— Agora, ela tem as duas vivas, surgindo realmente como num passe de magica. Vai usa-las como mais um veiculo de autopromoção, enterrando a verdade e nós nunca saberemos quem causou todo esse inferno. - O loiro continuou. - Nunca permitira a reabertura do caso e ha pouca coisa que podemos fazer, sem que ela corte nossas cabeças.

— Acontece, que não pretendo pedir a permissão da Ministra. - O auror assumiu, surpreendendo os presentes. - Tenho provas suficientes para reabrir as investigações e, assim que fizer isso, haverá um longo procedimento a ser seguido ate que consigam encerra-lo.

— Chang vai encarar isso como uma afronta pessoal as suas ordens, Harry.

— Essa atividade seria da competência de qualquer auror, Hemione, mesmo sem a aprovação da Ministra. Eu sou o chefe, afinal, não posso ser intimidado assim.

— Cargo do qual ela pode afasta-lo sem demora, principalmente estando tão envolvido neste caso. Esse movimento vai fazer sua imparcialidade ser questionada. - Ela avisou, os cachos castanhos balançando energicamente enquanto falava.

— Bem, não é como se houvessem outras opções, Mione. - O Potter encolheu os ombros, sem mais argumentos.

— O caso era meu, então, eu mesmo assino a reabertura das investigações. - O anuncio de Rony veio após alguns instantes de reflexão, pegando os demais de surpresa.

— Creio que você não teria um destino muito diferente do meu, Cho te afastara assim que descobrir. - Harry tentou alerta-lo, mas após jogar uma olhada para o ruivo, percebeu que o amigo já entendia as consequência. - Você passou todos esses anos tentando fazer justiça pela Rose, não vou deixa-lo desistir agora que finalmente temos alguma pista.

— Esse tempo todo, eu só queria a minha filha de volta. - Rony assumiu, apertando levemente a mão da esposa. - Agora, minha família precisa de mim e nós precisamos que o chefe dos aurores seja alguém de confiança. Você pode ajudar mais nesse caso do que eu poderia.

— O Rony tem razão. - Hermione concordou. - A Cho vem tentando arrumar motivos para afasta-lo e colocar alguém mais flexível em seu lugar, Harry. Se você fizer isso, estará dando uma arma para ela continuar contando reescrevendo a realidade de todo mundo bruxo.

Harry encarou os amigos, lembrando de todos os sacrifícios que fizeram para ajuda-lo na sua missão de vida. Como no primeiro ano, quando ainda mal se conheciam e ele arriscaram as próprias vidas em desafios para achar a pedra filosofal.

Aquela foi apenas a primeira de tantas situações em que os três amigos estiveram juntos, buscando um bem maior. E, com um aceno para Rony e Hermione, ele concordou que ainda haveriam outras pela frente.

— Vou fazer a papelada pra você.

— Obrigado, estarei a caminho logo. - O ruivo sorriu enquanto o amigo se retirava.

— Nós também vamos. - Kendra informou, fazendo o mesmo caminho que Harry, junto ao marido. - Quero estar no primeiro horário de visita.

E, após uma despedida breve, eram apenas os Malfoy, o casal Weasley e o Albus no escritório. O último ainda em meio ao súbito interesse na decoração sobre a mesa do medibruxo.

— Então, Draco, o que pode dizer sobre a memória da Rose? - Perguntou Hermione. - Percebi que anotou muita coisa no prontuario enquanto visitávamos ela.

— Sim, eu estive examinando as reações da paciente. - Ele respondeu, entregando suas anotações ao casal. - E em conjunto com os exames que fizemos, pude excluir algumas conclusões mais obvias e outras nem tanto. Extraoficialmente, se eu pudesse chutar, o que eu não posso, eu diria seus sintomas são psicológicos. Crises de cefaleia, essas dores de cabeça que vem ocasionam os desmaios, não são característicos de encantamentos ou resultado de poções. Ainda que não excluo a possibilidade de ser resultado de uma maldição.

— Maldição? Mas não há qualquer sinal traumatismo craniano ou uso de drogas? Nada que aponte um sintoma físico? - Hermione perguntou, ainda analisando os exames da filha.

— Não, nada que fisicamente justifique uma perda tão significativa de memoria. Considerando o trauma mental, eu apostaria que não é com o corpo que estamos lidando, mas com a mente dela.

— E o que isso significa? - O ruivo inqueriu, duvidando se gostaria da resposta. - Se o que aconteceu, quando ela nos viu, for um indicativo, que dizer que não podemos ter contato com nossa filha?

— Não, muito pelo contrario. - Draco informou, rapidamente. - Mas a recuperação da memória pode ser bem dolorosa, se acontecer.

— Só vamos saber disso quando ela acordar. - Scorpius se pronunciou pela primeira vez, desde que entrou no escritório do pai.

— Exatamente. Assim que tivermos todos os exames, quero encaminha-la ao acompanhamento especializado. Por enquanto, qualquer estimulo familiar ou não deve ser feito com cautela e sob supervisão, para evitar novas crises. - Draco ponderou, correndo os olhos pela sala.

— Então, estaremos aqui amanha, independente de poder vê-la ou não. - Rony informou, ajudando a esposa a levantar. - Mas agora, preciso ir pro Ministério. Você vai encontrar o Hugo?

— Sim, ele esta com na casa do Lorcan agora. - Hermione respondeu, agarrando a mão de Draco em um aperto suave. - Obrigada.

— Só estou fazendo o meu trabalho. - Respondeu o loiro, trocando um rápido olhar com o casal, recebendo um aceno do ruivo antes de se retirarem.

O Malfoy soltou um longo suspiro, olhando os rapazes à sua frente. Seu filho era uma grande preocupação no meio de toda daquela confusão, mas foi no jovem Potter que Draco fixou a atenção, já sentindo a costumeira impaciência que sempre o acompanhava na presença do moreno.

— Al, venha sentar.

— Me quer pertinho, né? - Albus perguntou, dando uma olhadinha animado para Scorpius enquanto sentava no sofá, ao lado do medibruxo. - Sou o filho que seu pai sempre quis, Scorp.

— Te quero longe dos meus documentos. - Vendo a empolgação do amigo murchar visivelmente, Scorpius não pode segurar a leve risada de deboche.

— E quanto vocês, não vão embora? - Ele sentou na beirada da mesa, encarando os jovens aurores.

— Seu amor é muito volúvel, tio Draco. - Os olhos verdes brilhavam com o sarcasmo. Deitando-se no sofá, ele cruzou as pernas e encarou os loiros.

— Não sou seu tio, Potter. - Num movimento sutil, o medibruxo apontou a varinha para Albus, fazendo o moreno sentar-se novamente. - Vocês deveriam ir para casa, foi um longo dia.

— Claro, assim que eu me despedir da Rose.

— A senhorita Weasley ainda esta dormindo e não vai receber mais visitas hoje, meu filho.

— Só preciso dar mais uma última olhada nela. - Scorpius respondeu com um dar de ombros tranquilo.

— Você precisa descansar, assim como ela. - A informação não foi bem recebida pelo loiro mais jovem, mas Draco já se dirigia a própria mesa, se enterrando em prontuários e encerrando o assunto com poucas palavras: - Não adianta me olhar assim, Hyperion. Os curandeiros já estão avisados, o horário de visita acabou.

— Relaxa, tio Draco. Eu mesmo me encarrego de levar o Scop aqui pra casa. - Albus prometeu, antes mesmo que o loiro pudesse responder ao pai. - Vamos, cara. Minha prima vai estar no mesmo lugar amanha

 

...

 

— O que você esta tramando, Albus? - Scorpius perguntou assim que viu o amigo seguindo o caminho contrario à saída do hospital.

— Fica pianinho ai e me segue, Romeu. - Foi tudo que o jovem arrancou do moreno, enquanto apertava o passo para acompanha-lo.

Mas não demorou muito para o Malfoy perceber qual era o real destino, já que pretendia faze-lo à poucos minutos.

— Maxwell, Laurentis. Estão dispensados. Vamos cobrir o resto do tuno de vocês. - Albus informou no momento que chegaram na porta do quarto de Rose.

Scorpius não deveria, mais ainda ficava surpreso sempre presenciava o amigo incorporando seu lado sonserino.

— Essas não foram as minhas ordens, Potter.

— Eu estou dando as suas ordens agora, Maxwell. - O Potter havia usado seu tom mais imperativo com os dois aurores mais jovens, deixando pouca margem para recusa. - Pode perguntar ao chefe, se esta duvidando. Mas só adianto que ele não esta de bom humor hoje. - Completou com um sorriso debochado.

— Não vai ser necessário. - A resposta foi rápida. - Fitz disse que o Potter colocou o McLaggen pra cuidar do rastreamento de criaturas magicas até segunda ordem. Então, não to querendo ser o próximo a enfrentar a ira do chefe, muito obrigado.

— Bem, boa sorte pra vocês. - Laurentis desejou e os mais jovens se despediram com um aceno, deixando o posto sob a guarda de um orgulhoso Albus e um Scorpius levemente confuso.

— O que você pretende com isso, Al? - O loiro questionou baixinho, se contorcendo no seu lugar à porta, tentando enxergar a ruiva pelas frestas das cortinas que rodeavam sua cama. - Meu pai deixou claro que a Rose não vai receber mais visitas hoje, os curandeiros não vão cair na lábia do seu alter ego sonserino.

— Relaxa, eu tenho um plano. - Albus murmurou de volta.

— Essas palavras são sempre um mal agouro quando vem de você. - O Malfoy teria insistido mais, porem foi interrompido pela saída do curandeiro que acompanhava Rose.

— É isso, você tem vinte minutos, seja breve. - O comunicado do moreno veio assim que ambos ficaram sozinhos no corredor outra vez.

— Do que você ta falando, cara?

— Seu pai tem a escala de trabalho dos curandeiros no escritório dele. - Albus respondeu com um simples dar de ombros. - Eu dei uma checada e há um intervalo de vinte minutos ate o próximo plantão. Então vai logo e não faça nada que possa me traumatizar.

— Você é um idiota, mas sempre age como um sonserino quando é preciso.

— Vou levar como um elogio, agora vai.

Scorpius sorriu e entrou no quarto, o mais silenciosamente que pode.

Ao lado da cama, ele puxou as cortinas devagar e tomou seu tempo observando Rose. Sua pele, agora limpa, estava mais pálida do que ele lembrava e com alguns pequenos curativos. Os cabelos ruivos, estavam limpos e penteados ao redor do seu rosto, e Scorpius não resistiu ao impulso de toca-los, alinhando alguns dos fios rebeldes.

— Oi, você! - Suas palavras não passaram de um sussurro, mas foram o bastante para surpreende-lo. O loiro viu aqueles lábios rosados se moverem, repuxados em um sorriso suave, evidenciando um pequeno corte que ainda não cicatrizara completamente.

— Oi, Rosie. - Ele respondeu, retribuindo o sorriso quando Rose abriu os olhos e esperou enquanto a visão dela se ajustava à penumbra do quarto. - Não queria te acordar.

— Estou bem acordada há algumas horas. - A resposta parecia bastante com uma confissão de culpa, pela forma como a ruiva encolheu os ombros.

— Você estava fingindo? - Ela levou um momento, se sentando na cama antes de responder e, quando o fez, se manteve encarando as próprias mãos.

— Sim. Não quero mais falar com ninguém, não sei o que responderia. - Ainda que evitasse olha-lo, Scorpius sentia a verdade nas palavras dela. - Na verdade, acho que o seu pai percebeu, mas não disse nada.

— Ele não tem a menor intenção de te interrogar. - Malfoy tomou as mãos da ruiva nas suas, capturando também o seu olhar, sem a intuito de deixa-la se esconder dele por mais tempo. - Ele ta mais interessado no sua melhora, todos nos estamos. Você me deixou preocupado.

— Mais preocupado do que nesses anos?

— Não. Agora eu posso te ver, te tocar e saber como você esta. - Ele respondeu com um sorriso fraco. - Todos esses anos, não foi exatamente preocupação, era mais um sentimento constante de desespero.

— Eu sinto muito. Queria ajudar mais, talvez continuando o interrogatório. Quem sabe tem algo no meio da minha confusão que contribua com o caso?

— Você não seria a Rose que eu conheço se não colocasse os outros em primeiro lugar. - Enquanto ele falava, Rose pode vislumbrar a saudade sob aquela nevoa de preocupação no olhar do loiro. - Mas dessa vez, só dessa vez, que tal ser só um pouco egoísta? O mundo não vai acabar se você tomar um tempo pra si recuperar primeiro.

— Tudo já esta muito confuso agora. Quem me garante que minhas memórias não estarão piores se esperarmos mais?

— Nós temos todos os seus fios temporais. - Rose ouviu suas palavras, mais sua atenção foi dividida com a consciente do toque suave dos dedos dele sobre os seus braços - As investigações vão continuar sem você. Então, se concentra em se cuidar e, se lembrar de mais alguma coisa, nos comunicamos ao Potter.

— Como vou saber se é real ou não? - Ela questionou, procurando os olhos dele outra vez.

— O que você quer dizer?

— O que aconteceu aqui, com aquelas pessoas. - A ruiva tomou uma respiração profunda antes de continuar. - Meus pais estão mortos e não podem ser aquele casal.

— Acredita em mim, Rose. - Ele aumentou o aperto de suas mãos na pele dela, tentando passar conforto e confiança. - Você esta confusa, mas eu não mentiria.

— Eu acredito em você, mas isso significa que essas lembranças não são minhas. - Concluiu, levando alguns instantes para encontrar as próximas palavras. - E se for verdade, como vou saber o que são minhas memórias e o que faz parte da confusão na minha mente.

— Você me pergunta. - Scorpius respondeu com simplicidade. - Eu conheço tudo em você, cada detalhe.

— Certo, claro. Então, eles são mesmo...

— Seus pais? Sim. - A voz dele era firme, sem abertura para duvidas. - Rony e Hermione sofreram muito sem você, mas eles te amam tanto que nunca desistiram de procurar e estão vivos, esperando por você. Essas memórias que você carrega, são fruto do trauma, nada mais.

— Isso é tão louco. - Rose confessou, com um sorriso incredulidade nos lábios. - Eles são como estranhos, eu deveria lembrar dos meus pais. Eu lembro de você, afinal, mas não pude reconhecer meus próprios pais.

— Sua predileção me envaidece, Weasley.

— Idiota.

Ali estava, aquele sorriso de lado, brilhante e só um pouco debochado, que alcançavam seus olhos. Na opinião nada imparcial dela, aquele era o quadro perfeito do loiro. A imagem gravada em suas lembranças, responsável por seus momentos de calmaria entre as tempestades.

— Quando eu te vi no interrogatório, lembrei do nosso primeiro beijo, na torre de astronomia em Hogwarts. - Ela confidenciou, erguendo uma das mãos e traçando delicadamente a linha do maxilar dele. - Você tinha o mesmo sorriso idiota. Naquela época, você o usava pra esconder o quanto estava confuso com a morte do seu avô e preocupado com a segurança da sua família.

Rose o ouviu suspirar sob seu toque e não recuou quando o loiro capturou sua mão, plantando um beijo demorado na palma. Ele não a soltou, nem tirou os olhos dos dela, mas a cada palavra da ruiva, ambos se aproximavam quase que sem perceber.

— Eu lembro de te olhar e pensar que você era realmente lindo por trás de toda aquela pose de "não to nem aí pro mundo", então eu te beijei. Porque eu queria muito e, naquele momento, nada mais importava. - Estavam tão próximos que Rose pode sentir a respiração dele em seu rosto e, instintivamente, fechou os olhos. - Essa também foi uma invenção?

Scorpius jogou uma ultima olhada sobre a ruiva, apreciando o rosto corado e repleto de pequenas sardas, assim como aqueles os lábios cheios e rosados, que estavam entreabertos, chamavam pelos seus.

— Não. - A responta era apenas um sussurro sobre a pele da Weasley, mas, antes de beija-la, ele completou com firmeza: - Essa é real, uma entre todas as nossas memórias.

 


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Notas finais do capítulo

Não esquece de me contar o que achou!



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