As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 40
O Herói dela


Notas iniciais do capítulo

*U* cap 40!!!!
Como prometi as leitoras maravilhosas que tenho... Aqui esta um cap novinho... achei que ficou curto, mas ele foi necessario...
Gente, fantasminhas... Cade os comentarios que antes chegavam até mim??? Digam apenas se gostaram ou não... Isso ajuda!
Boa leitura amores.



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THALIA

Annie parecia estar pressa no lugar, sem nem conseguir retirar seus olhos das chamas. Segurei o pulso dela com firmeza e passei a correr, Grover e Luke estavam um pouco na nossa frente, mas assim que Annie “acordou” nós os passamos; seguíamos sempre pela margem do lindo rio cujo agora só fazia refletir as chamas. Em instantes já não víamos quase nada com exceção do fogo, mas fui capaz de perceber que seguíamos para o sul em vez do leste.

-Grover! – o chamei em meio a vários acessos de tosse; meus e dos meus amigos.

-O... O que foi? – ele respondeu.

-Estamos indo para o sul! – depois disso não conseguimos mais no falar; pude perceber que estávamos sujos do que me parecia ser fuligem, os cortes ardiam e o oxigênio não se fazia mais presente e a fumaça ia nos sufocando cada vez mais rápido... Annie foi a primeira a cair, seguida por Grover; Luke lutou para ficar de pé, mas também caiu tossindo muito. Acho que eu tinha um fôlego muito maior do que esperava, pois não me senti tão enfraquecida assim. Minha visão só registrava a cor vermelha do fogo e tom cinza escuro da fumaça... Mas o ar me faltou e assim como meus amigos cai tonta, mas não inconsciente...

Quando cai vi um sorriso triunfante nas chamas; não tive dificuldade em reconhecê-lo... Hades parecia se divertir assistindo minha morte. Estiquei o braço e assim que ia fazer força para me levantar sentia algo frio em minha pele... Tossi varias vezes e esfreguei meus olhos para enxergar melhor. Deparei-me com o verde e magnificamente frio rio, mas me forcei ainda a erguer os olhos... Não acreditei no que via... Não podia! Na outra margem do rio estavam dois homens: um parecia estar voltando de uma maratona de corrida e tinha um celular com duas estranhas cobras, já o segundo... Bom, ele vestia terno e gravata como um bom executivo muito bem sucedido, mas algo nele me assustava e me acalmava. Acho que vocês podem imaginar o que era; não? Seus olhos eram muito azuis... Eles se afastaram um pouco e vi uma entrada com outro túnel... Indo diretamente para o leste!

Virei para meus amigos, achei Grover primeiro e o sacudi... Ele tossiu, mas não demonstrou outro sinal de vida. Segurei seus cascos de bode e o arrastei até a margem, o deixei ali se refrescando e recobrando sua consciência enquanto procurava os outros; Luke foi o próximo, bati em seu rosto levemente e o ouvi tossir mais do que realmente vi.

-Thalia... – outro acesso de tosse que o fez erguer os ombros – Sai daqui! – sua voz era algo forçado que o machucava toda vez que saia...

-Não sem vocês! – arrastei-o até a margem assim como fiz com Grover... Annabeth era a única que faltava...

-Annie! – eu chamava e esperava pela resposta que nunca vinha de volta – Annabeth! – passei a correr em meio às chamas sem me importar com mais nada; meus cortes estavam literalmente em fogo e experimentei o terrível cheiro de cabelo chamuscado... Ouvi uma respiração muito ofegante e vários acessos de tosse... Encontrei Annie e negando minhas forças a ergui em meus braços e corri até o rio; tropecei quase na margem, mas Annie caiu nas águas ao lado de dois meninos já conscientes... Levantei os olhos, mas não vi os dois homens... Minha imaginação adora me pregar peças!

-Vamos atravessem o rio... Aquela entrada vai para o leste.

Grover se atirou na água e Luke também já foi atravessando as águas. Annie tossiu e assentiu para mim; nós duas fomos nadando e em poucos segundos eu já me encontrava na margem oposta com os dois meninos... Annie engasgou e começou a afundar e quase não voltava à superfície. Meu coração disparou quando a vi quase inconsciente sendo levada pela correnteza. Mergulhei nas águas agora muito mais agitadas e dei braçadas quase frenéticas até achar um emaranhado cabelo loiro. Afundei e voltei à superfície segurando Annie, mas quase afundo junto com ela...

 Grover havia mergulhado junto comigo e agora apoiava o outro lado do corpo inconsciente da menina. Demos varias braçadas fortes e eu quase podia ouvir os murmúrios de Grover: orações frenéticas a Poseidon, acho... Nadar contra a correnteza de um rio é como desafiar a própria morte, mas nadar contra a correnteza de um rio de águas turbulentas com um amigo inconsciente era pedir pela morte, ainda mais no meu caso; desafiando dois deuses que não gostam muito de mim.

Luke pegou Annie nos braços e Grover me ajudou a voltar à margem; Annie engasgou e voltou a abrir os olhos, soltei um suspiro aliviado.

-Vamos embora daqui! – eu pedi a eles – Eu detesto o subsolo e acabei de perceber que incêndios também não me agradam muito.

Grover foi à frente e eu ia logo atrás dele; embora tenhamos escapado do fogo, não tínhamos calma e nem vontade de ir devagar. Corremos por túneis que foram ficando cada vez mais estreitos e íngremes; eu não fazia idéia de que havíamos ido tão para baixo. Finalmente avistamos a luz de um buraco em cima de nossas cabeças. Grover subiu primeiro e me ajudou a subir, ele pegou Annie e a passou para mim.

-Onde estamos? – perguntei sentado no chão com Annie já despertada ao meu lado.

-Me parece um parque. – Luke comentou examinando o local... Já era tarde da noite e a lua crescente era visível no céu agora quase negro... Bom, era por volta das 11 da noite, e o lugar estava vazio.

-Grover, você e a Annie podem ir procurar o que comer? – perguntei e os dois foram felizes procurando arvores e arbustos frutíferos; Annie ia comentando o quanto estava feliz de Luke tê-la salvado das águas. Grover olhou para mim e eu confirmei com a cabeça. Luke ficou olhando para mim e eu esperava que eles se distanciassem o bastante. Virei-me e o encarei com a expressão séria.

-O que aconteceu?

-Como? – ele perguntou confuso.

-Luke, você mente muito bem, mas não consegue mentir pra mim... Você parece que andou sonhando acordado e não foram sonhos bons.

-Como... – ele estava petrificado pelo choque.

-Ah, por favor! Até Annabeth percebeu que você esta escondendo algo de nós. – fiz uma pausa tentando controlar minha vontade de gritar “o que esta acontecendo?” – Era aquele abismo de novo?

Ele não me respondeu.

-Ótimo! Não responda. Por que não pulou atrás da Annie no rio? – outra pergunta sem resposta e eu tinha certeza de que meus olhos faiscavam de raiva – Por que de repente me parece que você já não se importa em correr riscos?

- Olha o que você esta dizendo! Não faz sentido nenhum! Esta parecendo uma idiota que não confia mais em mim! – nossas vozes se elevaram, mas não me importei... Finalmente entendi!

-Quer provar a ele, não é?

-Ele? Quem? Provar o que?

- Chega de enrolar Luke! Você quer provar ao seu pai que não precisa dele!

-Mas que... – não o deixei terminar.

-Chega! Cala a sua boca e me escuta. Prove a Hermes que você é forte e corajoso para enfrentar monstros, mas esta provando a todos nós o quão irresponsável esta se tornando.

-CHEGA! Eu não quero falar dele, Thalia!

-Como começou o incêndio? – perguntei com a voz um pouco mais controlada – Luke, como começou o incêndio?

Ele abaixou a cabeça e a balançava negativamente de um lado para o outro e no fundo parecia discutir consigo mesmo.

-Você nem me responde! – a tristeza tomou o lugar da raiva – O pior é que a Annie vê as suas ações como se tudo fosse perfeito.

-E o que tem de errado nisso? – ele perguntou com a voz fria.

- Que você esta iludindo ainda mais uma criança que não tem mais condições de sofrer. Luke, você não percebe? – ele me olhou perguntando do que eu falava – Você é o herói dela. Você é o exemplo dela. Ela acha que foi você que a salvou no rio; justo você que não fez nada! Nem estamos mais vivendo bem!

-Você pode estar certa... – ele começou de um modo seco, seus olhos brilhavam de um jeito que assumiam um tom de dourado, mas logo sumia.

-Ahh, não sacaneia! Ela me contou todas as coisas horríveis que seus pais fizeram e como quem ela julgava ser seu herói a deixou... Ela me disse que você é o herói dela e que estava feliz por ter encontrado alguém que cuidasse e a aceitasse como ela é!Nós quase não comemos, não dormimos direito, estamos cansados e machucados e até o ar parece estar em falta e você nem repara mais!

-Thalia, eu não sei o que eu tenho...

 -Eu sei. Você quer provar ao seu pai que não precisa dele; quer provar que mesmo ele tendo deixado você, você foi forte o suficiente para esquecê-lo.

-Mas você acha que isso é errado! – ele me olhou suplicando com os olhos que entendesse seus motivos.

-Não acho errado, mas a única coisa que esta conseguindo é deixar claro que está irresponsável. Nem parece o garoto que eu amo!

-E quem você ama então? – ele perguntou com raiva, sarcasmo e ciúmes.

-O Herói da Annie. Ele é tudo o que você quer provar e muito mais... Então, seja o Luke que eu conheci naquele dia na chuva – ele sorriu se lembrando do dia – seja o Luke que nos prometeu ser uma família. Esse é o herói da Annie e o cara que eu mais amo. – Ele me sorria suavemente como se pedisse desculpas – Então seja esse Luke, ok?

- Vou ser. – ele disse perdendo o sorriso e se aproximando lentamente.

-Promete? – perguntei em duvida.

-Prometo.

Seus olhos perderam o ultimo traço dourado e voltou a brilhar como o Luke que eu conhecia. Essas promessas de alguma forma me acalmavam, mas também me deixavam inquieta.

-Você sabe que prometer é uma coisa muito séria, não sabe? – perguntei sem expressar muito minhas emoções.

- Sei. Mas eu sei que vou cumprir essa promessa.

-É bom mesmo!

Afastamos-nos e Grover e Annabeth voltaram com quatro maçãs. Nós saímos do parque comendo as frutas e nos dirigimos até as ruas movimentas. Estávamos no Brooklyn, na grande Nova York. Andamos por bastante tempo e nos deparamos com uma casa que parecia abandonada.

-Devemos entrar? – perguntei em duvida

-Eu vou primeiro – Grover se manifestou –Afinal eu sou o protetor.

Ele passou pela porta e tudo se resumiu ao silencio da noite... Ouvimos o que me pareceu porcelana se quebrando e sacamos nossas armas...

-Ai... Que susto... Podem vir gente!... Ta tudo bem.

Annie não precisou ouvir de novo... Ela correu para dentro e mais uma vez ouvimos o barulho de coisas sendo revidaras...

-Grover! Que susto... Venham!

Virei-me para Luke.

-Seja o herói dela! – repeti em seu ouvido e relutando entrei na “casa”.


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Notas finais do capítulo

acho que todos ja sabemos que acontecerá nos proximos caps, não?
E então ficou ruim? conselho, sugestões? estou aberta para tudo...
Então leitoras lindas que eu sei que tenho... Se manifestem da mehor forma de mostra se gostaram ou não, ok? até o proximo cap!