As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 37
Um acordo e... Uma resposta?


Notas iniciais do capítulo

Gente esse cap é apenas uma introdução para os proximos... Despulpem a demora entre outras coisas
Boa leitura:



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GROVER

O Senhor D. iria me matar! Como eu levaria três semideuses em segurança? Não tinha como! Eu não conseguiria proteger todos eles, mas não podia voltar sem a menina... O que eu faria? Meus pensamentos estavam a mil e os dois semideuses saíram de perto de mim. Eles se afastaram um pouco para conversar a sós; eu continuava preso naquela arvore com pensamentos desesperados e confusos... Eu conseguiria! Tinha que tentar. Minha única alternativa era seguir as exigências da filha de Zeus... Mas eu teria que avisar o acampamento...

Eu estava encrencado!

THALIA

Assim que disse para o sátiro escolher o que ele faria me afastei devagar; temerosa, segui em direção as sombras, onde a luz da fogueira quase não alcançava. Luke veio atrás de mim e parou na minha frente. Seus olhos deixavam claro um misto de emoções: alegria e receio.

-Por que iríamos com ele? Por que devemos acreditar? – sua voz era preocupação em seu estado mais puro.

- Por que não iríamos? Somos três contra um, Luke. A Annie sozinha conseguiu nocauteá-lo. – comentei achando graça e ele esboçou um sorriso.

-Por que deveríamos seguir para esse tal acampamento?

-Luke, entenda uma coisa: eu não me importo em por a minha vida em risco; detesto ser caçada por monstros e você sabe muito bem disso, mas no fundo já me acostumei... Mas e a Annie? Ela devia crescer longe disso tudo, não acha? E o que te incomoda tanto assim?

-O fato e ser algo proporcionado por nossos supostos pais. Não quero ficar lá sabendo que tenho um pai mais do que ausente.

Pensei nas suas palavras e no fundo eu também concordava. Não queria ficar em algum lugar proporcionado por “pais” ausentes e ser lembrada disso a todo instante. Era pedir demais um lugar longe de monstros e uma vida o mais normal na medida do possível? Eu só queria estar em algum lugar seguro sem ter que me importar com mais nada.

Luke se aproximou de mim e segurou minhas mãos; ele me olhava com os olhos suplicantes. Ele entendia meus motivos e eu entendia os seus. Mais uma vez o impasse se fazia claro entre nós dois.

-E se fizermos assim? – ele começou, vendo que eu não diria nada ele continuou – Nós vamos para esse acampamento e ficamos durante um tempo, se não gostarmos, podemos fugir como tantas vezes antes. Nós dois e se a Annie quiser, ela também pode vir conosco. O que acha? – seus olhos brilhavam e ele esperava pela minha resposta... Um sorriso nos meus lábios demonstrou meu contentamento.

- Acho perfeito! Agora só depende do menino-bode.

Voltamos para as luzes e o menino se contorcia sem parar, tentando se livrar das amarras muito bem feitas. A princípio, ele nem notou nossa presença; Grover estava concentrado em destruir as cordas e arames que o prendiam a uma arvore. Luke pigarreou e conseguiu atrair a atenção dele.

- E então? – perguntei muito calma – Vai levar nós três ou vai voltar sozinho?

Seu rosto e expressava duvida e seu olhar medo era visível.

- Vamos todos – sua voz soou um pouco tremula, mas ele estava nervoso então não posso culpá-lo – Podem me soltar agora?

Luke sorriu.

-Se tentar qualquer coisa, você já provou o que a pequena sabe fazer... Então não teste nossa paciência, entendido?

Grover ficou pálido e eu me segurava para não rir do coitadinho...

-Sim. Sim, claro que sim. – ele respondeu rápido demais fazendo com que eu mordesse o lábio inferior para segurar o riso.

-Ótimo. – Luke sorria, mas era evidente que prendia o riso assim como eu. Sendo assim, Luke começou a desfazer os nós e amarras para livrar o nosso estranho prisioneiro. Eu me sentei ao lado da nossa pequena adormecida e passei a observar as primeiras luzes da manhã. Só então percebi o quanto meu corpo estava cansado...

- Durma Thalia. Eu fico de vigia enquanto vocês duas dormem. – Luke comentou ainda entretido em desfazer nós. Por que ele não cortava tudo logo de uma vez?

- Não era mais fácil cortar as cordas? – perguntei sorrindo e ignorando o comentário anterior.

-Seria, mas essa mocinha aqui...

-Hei! – Grover exclamou indignado.

 -Está com medo que eu o corte. – juntos, nós dois deixamos escapar breves risinhos – Pode dormir. Eu cuido da proteção de vocês... Alias você parece cansada.

-Mas e você? Está tão cansado quanto eu. – retruquei de maneira teimosa

-Pode pelo menos uma vez concordar comigo? – ele perguntou sorrindo docemente.

-Posso... Mas não quero! – foi minha vez de sorrir só que de uma forma marota.

-Vocês podem descansar que eu cuido da segurança – Grover comentou fazendo dois pares de olhos azuis se voltarem para si.

-Sinto muito, Grover. Mas eu não sei se posso confiar em você. – fui sincera e tentei soar gentil, mas não duvido que eu tenha soado um pouco grossa.

-Não precisa temer um ataque meu. A única coisa que deveria preocupar você deveria ser a ira do deus dos mortos e não alguém que foi designado para protegê-la.

Fiquei em estado de choque por alguns segundos. Como ele sabia que Hades estava atrás de mim?

-Como...?

-Como sei? Thalia, certo? – apenas assenti – Então Thalia, você é muito importante e queremos apenas a sua segurança. O Acampamento Meio-Sangue foi feito para proteger heróis e para treiná-los para serem ainda melhores. Como poderíamos deixar uma semideusa sozinha e sem nenhum treinamento enfrentar toda a fúria de um deus?

Pensei em suas palavras... É. Fazia sentido tudo aquilo, mas alho ainda me incomodava; uma questão que aparentemente havia sido esquecida por mim: por que Hades me queria morta sendo que eu não havia feito nada para ele? Aquele sátiro parecia ter as respostas...

-Por que Hades...? – comecei, mas fui interrompida por um balido de bode nervoso e a voz de Grover em um sussurro tremulo

- Nomes têm poder! Vamos nos referir a ele como Senhor dos Mortos ou seu tio, pode ser? – Revirei os olhos para aquele medo dele, mas eu sentia um medo ainda maior; nunca confessaria.

-Então senhor medroso, como eu dizia, porque o Senhor dos Mortos me quer morta? – perguntei. Grover ficou inquieto e finalmente se viu livre das amarras; o menino-bode começou a andar de um lado para o outro e começou a murmurar em grego. Dessa vez não consegui me concentrar nas suas palavras e não compreendi nada... Apenas uma palavra: profecia.

-Grover! – gritei e ele parou. A pequena Annabeth se mexeu um pouco e passei a acariciar-lhe os cabelos dourados. – Me responde. Eu sei que você sabe a resposta. Não acha que eu tenho o direito de saber o porquê disso tudo?

Grover mordeu o lábio inferior e soltou um suspiro.

-Eu...


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Notas finais do capítulo

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