O Submundo Da Ciência escrita por Felipe


Capítulo 3
Capítulo 3 - Os gênios e Marco


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, nem trabalhei tanto nele, mas tentei fazer o melhor possível. Revisei, e não encontrei nenhum erro de Português, se há, passou sem querer!



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— Estamos chegando, vamos! — Exclamou Lucio.

— Que seja. — Respondeu Marco com desdém.

           

            Podia-se ouvir um grito vindo da sala que havia atrás da enorme porta de um vidro escuro: “MALDITO SEJA! ATRASADO NOVAMENTE!”.

— Acho que estamos um pouco atrasado... — Falou Lucio, ao escutar a voz do Prof. Rondl.  

                Lucio e Marco adentraram a sala: Lá era bastante iluminado, apesar das poucas janelas; Tinha um enorme telão na sala, que era a primeira coisa a ser observada, já que ficava na direção da porta; O local lembrava bastante uma sala comum de uma escola: Havia uma mesa perto do telão, e várias cadeiras de aparência bem confortáveis, em direção ao telão. Um homem robusto estava em pé na frente do telão, sua cara barbuda demonstrava inquietação e parecia está andando de um lado para o outro na sala. E soltou um som gutural que parecia um som de alívio.

— Lucio, onde você esteve esse tempo todo?! Estamos aqui esperando faz quase uma hora! — Rezingou com uma voz um pouco rouca.

— Desculpe-me Prof. Rondl! Não sabia que a reunião seria hoje, e acabei levando ele para o lugar errado. — Soltou uma mentira descarada. Na verdade, eles estavam a menos de quinze minutos da sala. Eles tinham parados para comer algo na lanchonete e esqueceram-se do tempo.

— Oras! Vamos, sente-se aí, você e o novato, que começarei a explicação! — Ordenou o Prof. Rondl.

— Certo, certo! Vamos Marco, sente-se em qualquer lugar.

                Apesar de ter várias cadeiras sobrando, Marco sentou em uma cadeira no fundo da sala e Lucio em uma cadeira na primeira fila, ambos na mesma fileira. Então o Prof. Rondl tomou a atenção do lugar novamente e começou a explicação.

— Acho que alguns de vocês, os novatos, é claro, já sabem o que somos. Nós da Central de Ciência e Tecnologia, temos o objetivos de treinar novos combatentes contra tudo que há de ruim no mundo, treinamos novos cientistas, novos pesquisadores, entre outras coisas. Vocês que ocupam as cadeiras desta sala, tem uma habilidade em especial. Esperem. — O homem virou-se à mesa e abriu uma pasta, tirando uma pilha de papéis, então começou a ler — Johan... Levante-se por favor.

            Um jovem que estava sentado na terceira fileira da esquerda para a direita, e encontrava-se na segunda cadeira, levantou-se timidamente. Ele tinha cabelos lisos e penteados de uma forma que parecia que havia sido moldado com uma tigela na cabeça, usava um óculo aparentemente não muito forte, vestia uma camiseta azul marinho, e evitou encarar o Prof. Que havia chamado-o.

— Johan... 17 Anos, um hacker que estava brincando com as câmeras espaciais da NASA, e modificando os satélites apenas para aumentar a velocidade da sua internet. — Fez uma breve pausa, enquanto andava pela sala e olhava para o garoto tímido. — Genial, genial! Isso será bastante útil! Sente-se.

            O homem robusto então amassou a primeira folha, e a jogou numa lixeira ali perto. E começou a ler a segunda folha:

— Myrian... Belo nome. Levante-se.

            Uma garota de longos cabelos rosa e trançados que lhe chegavam à cintura, levantou-se, ela parecia um pouco animada, até sorria.

— Myrian — Repetiu ele. — Ual... Estou impressionado. Essa belezinha aí, é mestre em 8 artes marciais. Cuidados garotos, ela é forte... E inteligente, ganhou o prêmio internacional de Biologia.

— Tsc, uma garota forte? — Marco desprezou-a, em um tom baixo.

— Ela com apenas 19 anos, já ensinou a arte do combate desarmado para muitas equipes policiais do mundo inteiro. É. É o que consta aqui! Pode sentar.           

— Obrigado, senhor! — Responde Myrian, antes de sentar-se.

— O próximo é... — E mais uma vez amassou o papel e jogou fora. Lendo agora o próximo papel com as características de Marco. — Marco. Por favor, levante-se.

— Não, obrigado. — Marco recusou, sarcasticamente.

— Como é...? — Indagou-o, com os olhos cerrados.

— Pode falar daí mesmo, gorducho. Não preciso me levantar, né?

                O Prof. Rondl então calmamente aproximou-se da cadeira de Hidenori.

— Veja bem, eu sei muito bem da sua personalidade, tudo consta aqui nesta folha. Não tente ficar dando uma de difícil... — Parando bem de frente, e acarando com um par de olhos amedrontadores, então continuou a falar, dessa vez com uma voz gutural. — AQUI OU VOCÊ SEGUE AS REGRAS... OU SEGUE AS REGRAS! Essa é a maior regra. Agora se levante!

                Marco não sabia bem, mas aquele homem... Talvez fosse o único homem da face da Terra que conseguiu colocar um pouco de sentimento de medo em Marco! Nunca viu aquele homem antes, mas algo lhe dizia para seguir as regras. Ou é melhor não brincar com o Prof. Rondl.

— S... Sim senhor. — Falou Marco, levantando-se cabisbaixo.

— Muito bem. Continuando. Marco, só vivia metido em confusão, não se importa com as pessoas. Quando não estava na escola atormentando alguém, estava em casa, provavelmente jogando vídeo-game ou no computador. Nunca praticou nenhum esporte, ou algum tipo de luta, mas sempre foi o melhor lutador da escola, vencia até os professores dos dojos. —Myria o encara, severamente. — Impressionante... Impressionante. IMPRESSIONANTE COMO VOCÊS ME TRAZEM UM SER COMO ESSE PARA CÁ! Ele será menos do que inútil aqui!

— Professor! Ele pode... — Lucio fora interrompido pela grosseria de Rondl.

— Ele não é um gênio como a Myria, nem um prodígio como o Johan! O que diabos ele está fazendo aqui?!

— Professor, se o senhor me permitir... — Insistiu Lucio — Apesar de ser um delinquente, Marco entende bastante de tecnologia (Apenas vídeo-game e computadores), talvez o senhor não tenha lido a nota que está no rodapé da folha.

                Cuidadosamente, Rondl leu a nota no rodapé.

— É. Isso é verdade... Não fez diferença alguma. Sente-se.

                Emburrado, Marco senta-se. Além de sentir medo pela primeira vez, ele foi completamente humilhado, e não conseguira fazer nada. Apenas sentou-se e ficou calado.

— Vamos para o próximo. Danih!

                Imediatamente um garoto levantou-se, estava bem animado. E era o menor da turma, vestia uma camisa branca, com um suspensório, seus cabelos eram parecidos com o de Marco, porém eram brancos.

— Muito bom! 11 anos e formou-se em Física. Um superdotado, isso é ótimo...

                As apresentações duraram cerca de uma hora. Havia nove novatos, além de Johan, Marco, Myria e Danih. Havia Poll, um garoto de 16 anos que construiu um robô com inteligência artificial; Nyuki, com 15 anos, assim como Danih, ela é da área da Física, e com uma nova visão da teoria dos universos paralelos, ela acabou provando que realmente existia um universo paralelo, que se cogitavam há anos a existência; Muhiu, com 18 anos, ele dominava completamente a área de engenharia robótica, recebeu o PhD ao inventar uma nova bateria robótica que duravam séculos, através de nanotubos de carbono, criando uma nanobateria; Reikan era o menos gênio, junto com Marco, mas tinha uma habilidade incomum, em 20, ele invadiu várias locais secretos e roubou arquivos ultra-secretos, sua habilidade de invasão seria útil para espionagens; e, por último, um estudante de Química, que apesar de não ser sua área, comprovou cientificamente a Teoria da Evolução de Charlie Darwin, de um modo único, com experiência de laboratórios.

                Diante de todas as apresentações, Marco vira o quanto ele era insignificante diante daqueles gênios. É verdade que nunca ligou para a escola ou aprender as matérias básicas. Mas agora ele cogitou o quanto a isso.

— Senhor... — Marco levantou-se e chamou a atenção do Prof. Rondl — Já que eu não sou um gênio, ou não tenho uma habilidade feito o careca ali — apontou para Reikan, que riu —, eu posso ir embora? Lançou um novo RPG da Série de Fantasy History Lunar, e — Fora interrompido.

— Cale-se! E sente aí, você não irá a lugar algum! — Reclamou o Prof. Rondl. Fazendo com que todos rissem. E marco apenas sentou, magoado. Ele ainda temia àquele homem de barba áspera. — Escutem bem, amanhã, às 08 da manhã, começarei a examinar cada um de vocês, então estejam de pé na frente desta sala. Agora podem sair daqui. Seus guia os levarão à saída, e vocês voltarão para casa.

— Guias? — Pensou Marco.

— Vamos, Marco! —Lucio o chamou.

— Ah... Você.

— Sim, vamos! Vou te levar para casa.

— Até que fim uma boa notícia!

                Todos seguiram pelo corredor que dava de volta à sala principal com o painel central. Marco, ainda teve que esperar impacientemente Lucio ter que resolver umas coisas. Para então voltarem a usar o Iopi Teletransporter e voltarem ao terraço da escola, haviam passado algumas horas, e já estava de noite.

                No caminho para a casa de Marco, Lucio o questionou, se queria continuar e ir até o fim.

— Não sei... Eu realmente pensei nisso. Estava até animado, achando que teria a chance de bater em alguns monstros e me tornar um herói — Marco é interrompido com a risada de Lucio.

— Não seja idiota.

— Mas pelo visto, só os nerds...

— Gênios. — O corrigiu.

— Que seja! Não sou isso, de forma alguma.

— Não, Marco. Você tem potencial, mesmo que não seja superdotado, mas todos estão aptos a aprender. E o que eu tenho para você, não exige tanto de genialidade. Assim...

— Espere, espere! E o que você tem para mim?!

— Surpresa. — Risos.

— Maldito! — Marco virou-se para Lucio e desferiu um soco de direita, que foi facilmente esquivado. Seguido de um chute lateral que também foi desviado sem problemas. — Mas como?! Isso acabaria com qualquer nerd por aí! Acho que seja o sono...

— Novamente, não seja idiota, nem são 21 horas, ainda!

— Argh! — Desdenhou.

— Você não é o único por aqui com talento para brigas. Eu já fui como você.

— Como eu?! Que diabos você está falando?!

— Antes de ser da Central de Ciência e Tecnologia, eu era um delinquente, não tão horrível feito você, mas era.

— Ninguém chega aos meus pés, cara. Se chegar, eu o chutarei.

— Eu vi como você ficou medo do Prof. Rondl.

            Marco o fitou.

— Aquele homem... É assustador, cara!

                Lucio gargalhou alto.

— Eu sei exatamente como se sente. Ele é um dos professores mais temidos. Apesar de ser um ótimo Físico Teórico, ele é um pouco arrogante.

— Físico o quê? — Indagou Marco.

— Esquece. Você irá aprender sobre isso.

— Ah, cara! Isso é um saco. Garotinhos de 15 anos sabem mais coisas do que eu! Não consigo admitir isso!

— Temos que botar esses seu espírito de alguém que quer ser melhor do que outros para fazer você crescer. Isso será bastante útil.

— Não enche. E, aliás, você não pode fazer esse seu aparelho aí nos levar para a minha casa?

— Não, pois nunca estive lá, então não sei as coordenadas, se eu botar errado, poderemos acabar dentro de uma parede. E como o princípio da Impenetrabilidade da matéria diz que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo... Seriamos desintegrados. É assustador pensar nisso.

— Tsc. —Desprezou a explicação de Lucio.

                 E em silêncio, ambos seguiram pelas ruas escuras, até chegar à casa de Marco.

                Lucio despediu-se, e Marco apenas deu de ombros, enquanto entrava em casa.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem. Até o próximo capítulo! :D