A Sociedade Secreta escrita por WooJayy


Capítulo 2
Convido meus amigos para uma missão suicida


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap da minha fic. Como a minha foto do Nicolas não abriu e minha net nao está boa agora, posto ela quando puder. Mas ele seria o Chris de Todo mundo odeia o Chris. Meus primeiros caps estão um pouco pequenos, mas os farei maiores ao longo do tempo. Espero que gostem e, se gostarem, comentem.
Bem, chega de enrolação e vamos ao capítulo.



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Já haviam se passado dois dias desde minha conversa com Rose, agora eu visitava sempre o casarão, mas me disseram que ainda não estava pronto para o ritual. Ela não me disse nenhuma outra informação sobre sua maldição, mas iríamos nos encontrar à tarde em minha casa, depois que eu convencesse meus amigos a participarem dessa loucura comigo. Sou um ótimo amigo, não?!

Marquei de os encontrar em uma sorveteria que sempre íamos, pois tinha o melhor sorvete da cidade, na nossa opinião. O primeiro a chegar foi Nicolas, tinha pele chocolate, olhos castanhos, cabelos encaracolados curtos, usava bermudas cáqui, regata branca e tênis branco da Nike. Nos cumprimentamos com um aceno e um aperto de mão, depois eu o convidei para se sentar.

"Então João, qual é o assunto super importante sobre o qual você me chamou aqui com tanta urgência?" Perguntou Nicolas claramente curioso. "E onde está Baltazar?"

"Ele ainda não chegou, e explicarei o assunto assim que Baltazar se juntar a nós. E como foi a viajem?" Eu tentava conter todo meu medo, toda minha ansiedade e aflição para não mostrar fraqueza, mas admito que era difícil. Não queria ter que envolver meus amigos nisso, mas estava desesperado e precisava de ajuda, Rose também. Por isso dependíamos deles.

"Nada demais, vimos algumas peças antigas e o Baltazar vomitou no professor de matemática, o que foi a parte mais divertida da viajem. E como foram as coisas aqui?"

"Hum... nada de novo aconteceu, só estou de castigo."

Nessa hora Baltazar chegou com um grande sorriso no rosto. Tinha cabelos loiros, pele clara, olhos verdes e estava usando jeans e camiseta preta. Pediu licença e se sentou ao lado de Nicolas.

"E aí pessoal? Qual o motivo dessa reunião?"

"Eu não sei, João ainda não me contou." Nicolas disse um pouco aborrecido.

"Ok galera." Eu dizia enquanto tomava coragem. "O que vocês acham de participarem de uma 'missão' comigo?" Sorri nervosamente.

"O que você quer dizer com isso?" Baltazar estava desconfiado. "Essa missão é muito perigosa? Vai nos trazer problemas? Você sempre nos mete em problemas com essas suas aventuras."

"Bem, digamos que pode ser um pouco arriscado, mas se der certo, não teremos nenhum tipo de problemas. Só que existem riscos."

"Como assim riscos?" Disse Nicolas claramente assustado.

"É... vocês se importariam de entrarem em um casarão abandonado, enfrentarem um demônio, correrem o risco de ter suas peles arrancadas e sua alma consumida por ele só para me ajudarem e ajudarem uma menina de que estou afim?" Perguntei tentando não soar maluco, mais era impossível. Meus amigos me encararam por alguns segundos analisando meu rosto na esperança de que eu estivesse brincando, mas minha expressão mostrava que eu não estava. Sendo assim, eles assumiram uma expressão assustada. O primeiro a se manifestar foi Nicolas:

"Diz que isso é piada João." Mas ele notou que meu rosto ainda estava sério. "Espera um pouco, explica essa história direito para nós."

Sendo assim, contei a apavorante história da maldição de Rose e que eu tinha sido contaminado por saber demais. Agora disse que eles também estavam contaminados, já que eu lhes tinha contado da maldição.

"Então agora nossas almas também são dele?" Perguntou Baltazar assustado, fiz que sim com a cabeça. "E se quisermos vencer ele temos que acreditar em um plano suicida de uma garota que você conhece a pouco tempo e de quem não sabemos nada?"

"Basicamente." Eu disse com vergonha.

"To fora!" Disse Baltazar se levantando, mas eu segurei seu braço.

"Por favor, acreditem em mim, nossas vidas dependem desse plano. Nós não temos saída, ou nossas almas serão consumidas. Eu sei que parece loucura, eu não acreditava também em fantasmas, demônios, maldições, mas agora eu acredito e estou preocupado com o que pode acontecer a nós e a Rose." Meu olhar para eles era suplicante. "Por favor."

"Ok." Disse Nicolas. " E como vencemos esse tal demônio?"

"Rose explicará tudo hoje às cinco na minha casa, apareçam lá para podermos elaborar o plano e acabar com essa maldição de uma vez por todas."

Depois dessa minha animadora frase, Nicolas e Baltazar saíram sem dizer nenhuma palavra. Eu não podia culpá-los, eu mesmo fiquei muito abalado quando soube a notícia, ainda estava abalado, mas não podia demonstrar fraqueza na frente dos meus amigos, tinha que dar esperanças para eles, ou então estaríamos todos condenados.

Já eram quatro e meia e a casa estava uma zona. Meus pais tinham viajado e só voltariam em três dias. Sendo assim, minha avó ficava comigo na parte da manhã e preparava almoço, mas à tarde e à noite eu ficava sozinho. Como não sou a pessoa mais organizada do mundo, minha casa parecia um lixão. Comecei a juntar roupas, DVDs e CDs para guardá-los.

Depois de muito custo, a casa estava aceitável para receber meus amigos e Rose. Faltavam ainda uns dez minutos para que o pessoal chegasse, então tomei um tempo para pesquisar sobre demônios, maldições e de como quebrá-las. Achei toneladas de páginas sobre o assunto, mas nenhuma falava sobre uma maldição parecida com a de Rose. Eu estava prestes a desistir, até que achei um blog de um garoto chamado Paulo Rogério, que disse estar sendo perseguido por um demônio depois de ter sido condenado à uma maldição e também havia deixado um vídeo explicando melhor os detalhes. Esse assunto por algum motivo chamou a atenção e, curioso, comecei a assistir ao vídeo. O garoto parecia que não dormia a semanas, seus olhos estavam vermelhos, seu cabelo desarrumado e seu rosto com marca de unhas. Se não fossem por esses detalhes, ele não seria um garoto feio, pois tinha cabelos loiros encaracolados, olhos cor-de-mel e pele bronzeada. Sua voz era rouca, e ele falava com profunda tristeza:

"Já fazem dois dias desde que não consigo dormir, pois cada vez que fecho os olhos, tenho medo que ele acabe com minha vida de uma vez por todas. As garras dele já estão começando à perfurar minha pele e, se continuar assim, talvez eu não aguente mais que dois dias. Tudo começou quando eu era mais novo, costumava brincar com meus amigos em um casarão abandonado. Um dia, nosso amigo foi encontrado morto no sótão com uma maldição em sua mão, a qual nos dizia para comparecer sempre ao casarão para fazer um ritual. Já se passara uma semana desde que não compareço aos rituais, pois eles são tão perturbadores, que não consigo mais fazê-los. Nos primeiros dois dias sem comparecer ao casarão, achei que estava tudo bem, mas então comecei a ouvir sussurros e a ver sombras na escuridão. À dois dias atrás acordei com as primeiras marcas de unhas e percebi que não poderia mais dormir, ou acabaria..." Lágrimas começaram a sair de seus olhos. "Não sei mais quanto tempo aguentarei, agora costumo ouvir passos pesados e garras se arrastando pelas paredes, minha única resistência são amuletos e encantamentos para me proteger, mas mesmo esses estão se tornando inúteis. Pode existir um ritual para acabar com isso, mas não consigo fazê-lo sozinho. Se ao menos..."

A campainha tocou, fechei o computador e fui atender, não podia mostrar isso aos meus amigos, pois iria assustá-los ainda mais. Então decidi que depois pesquisaria mais a fundo sobre o assunto, quando estivesse sozinho. Perguntaria também à Rose se ela conhecia um garoto chamado Paulo, mas sua expressão nervosa à alguns dias atrás me fez desconfiar de que ela escondia algo. A campainha tocou novamente e, dessa vez, fui correndo atender.



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Notas finais do capítulo

Se tiver erros de digitação por favor me falem, mas espero que não tenha. Eu tenho a história mais ou menos pronta, mas sugestões são bem-vindas sobre algo para escrever.